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Técnico em Meio Ambiente Gerenciamento de Resíduos Sólidos Características dos Resíduos Sólidos AULA 03 Prof(a) Mirella Cavalcanti meioambiente@residenciasaude.com.br Para se obter um correto gerenciamento dos resíduos sólidos é de suma importância conter uma boa base de dados sobre sua quantidade, sua composição e as fontes geradoras dos mesmos, além das variáveis sócio-econômicas, a partir disso pode-se caracterizar os resíduos. Faz-se necessário também identificar o tipo do resíduo descartado pela fonte geradora no meio ambiente para poder caracteriza- lo. Esta caracterização permite a obtenção de informações referentes às características físicas, químicas e biológicas dos resíduos presentes numa cidade ou região, possibilitando uma maior visualização das suas implicações anteriores e atuais, e gerando subsídios para um correto tratamento e disposição final. É característica tanto dos municípios de pequeno porte (população inferior a 20.000 habitantes), quanto naqueles de médio e grande porte dos países em desenvolvimento, apresentarem, respectivamente, maiores quantidades de resíduos orgânicos na massa do lixo urbano gerado. Características Físicas: Geração per capita – quantidade diária de resíduos gerados por habitante. Muitos técnicos consideram de 0,5 a 0,8kg/hab./dia como a faixa de variação média para o Brasil. Composição Gravimétrica: A composição gravimétrica traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total da amostra de lixo analisada. Exemplo: Composição gravimétrica do Aterro Controlado do Município de Marabá. Peso Específico Aparente: Peso específico aparente é o peso do lixo solto em função do volume ocupado expresso em kg/m3. Sua determinação é fundamental para o dimensionamento de equipamentos e instalações. Teor de umidade representa a quantidade de água presente no lixo, medida em percentual do seu peso. Varia muito em função das estações do ano e da incidência de chuvas, podendo‐se estimar um teor de umidade variando em torno de 40 a 60%. Compressividade: É o grau de compactação ou a redução do volume que uma massa de lixo pode sofrer quando compactada. Submetido a uma pressão de 4kg/cm², o volume do lixo pode ser reduzido de 1:3 a 1:4 do seu volume original. Características Químicas Poder Calorífico: Esta característica química indica a capacidade potencial de um material desprender determinada quantidade de calor quando submetido à queima. O poder calorífico médio do lixo domiciliar se situa na faixa de 5.000 kcal/kg. Potencial Hidrogeniônico (pH): O potencial hidrogeniônico indica o teor de acidez ou alcalinidade dos resíduos. Composição Química: Orgânico e Inorgânico A composição química consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria orgânica, carbono, nitrogênio, potássio, cálcio, fósforo, resíduo mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras. Relação Carbono/Nitrogênio (C:N): A relação carbono/nitrogênio indica o grau de decomposição da matéria orgânica do lixo nos processos de tratamento/disposição final. Em geral, essa relação encontra‐se na ordem de 35/1 a 20/1. Características Biológicas As características biológicas do lixo são aquelas determinadas pela população microbiana e dos agentes patogênicos presentes no lixo que, ao lado das suas características químicas, permitem que sejam selecionados os métodos de tratamento e disposição final mais adequados. Informações • O Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos em 2010, quantia 6,8% superior ao registrado em 2009 e seis vezes superior ao índice de crescimento populacional urbano Do total de resíduos produzidos, 42,4%, ou 22,9 milhões de toneladas/ano, não receberam destinação adequada: foram para lixões ou aterros (que não têm tratamento de gases e chorume). Os programas de coleta seletiva também deixaram de avançar: dos 5.565 municípios brasileiros, 3.205 possuem alguma iniciativa de coleta seletiva. Em 2009, eram 3.152 – uma alta de apenas 1,6%, aquém do crescimento da geração de resíduos. Fonte: http://envolverde.com.br/noticias/geracao- de-lixo-no-brasil-cresce-mais-do-que-populacao- e-coleta-seletiva/ O Brasil é o mercado emergente que gera o maior volume de lixo eletrônico per capita a cada ano. O alerta é da ONU, e advertiu que o Brasil não tem nem estratégia para lidar com o fenômeno, e o tema sequer é prioridade para a indústria. Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,brasil -e-o-campeao-do-lixo-eletronico-entre- emergentes,514495,0.htm • Apenas 13% do que o brasileiro joga no lixo é reciclado • Produção de lixo doméstico cresce 7% em um ano Fonte: www.uol.com.br Economia crescendo, brasileiro comprando mais e produzindo mais lixo: esse ciclo levou à geração de quase 62 milhões de toneladas de lixo em 2011, 1,8% a mais do que em 2010. De todo o lixo produzido, 10% não foram coletados; 6,4 milhões de toneladas. As regiões Sudeste e Nordeste são as que mais produzem lixo no Brasil. O Sudeste é o que dá melhor destinação aos resíduos. O Centro-Oeste, a pior destinação. Fonte: http://g1.globo.com/jornal- nacional/noticia/2012/04/mais-de-40-do-lixo- coletado-nao-tem-destinacao-adequada-mostra- relatorio.html • O carnaval no sambódromo produz cerca de 12 toneladas de lixo todos os anos. • A quantidade de lixo retirada após a passagem dos blocos que circularam em toda a cidade teve um aumento de 20% em 1 ano. Fonte: http://noticias.r7.com/rio-de- janeiro/noticias/html Fonte: http://www.culturabaiana.com.br/lixo-do-carnaval- de-salvador-na-praia-da-barra-o-fundo-da-folia- momesca/ Da superfície o visual parecia com as imagens áreas que vemos dos blocos de carnaval durante a festa momesca. Só que ao invés de estarem pulando, dançando e se beijando ao som frenético e ensurdecedor dos trios elétricos, (...) (...) os foliões do fundo do mar estavam rolando de um lado para o outro numa mórbida coreografia, empurrados silenciosamente pelo balanço do mar, sem dança, sem alegria, sem vida e sem poesia. Tijolos Ecológicos O químico Marcelo dos Santos, desenvolveu uma composição química capaz de transformar o lixo orgânico em tijolos para a construção civil. A ideia é baratear a produção dos blocos de alvenaria, assim como, oferecer um destino sustentável ao lixo doméstico. O pesquisador criou também um maquinário que auxilia na separação do lixo orgânico do lixo reciclável. Segundo Santos, o custo para fabricar o tijolo com a nova composição pode cair pela metade. No mercado, o tijolo orgânico custaria R$ 0,70, frente aos R$ 1,20 do bloco convencional. É autossustentável e pode substituir até 50% da areia e 30% do concreto. Os criadores afirmam que os tijolos são inodoros e livres de germes. • Separa os detritos do material reciclável, que é vendido para uma cooperativa e com o dinheiro paga a produção”, • O lixo orgânico passa por um triturador onde o material é moído. Logo depois ele é encaminhado para um misturador, onde a composição, patenteada pelo químico, é acrescentada. • . Os resíduos transformam-se em uma massa uniforme que é processada. Depois de pronta, ela é encaminhada a uma fábrica, onde passa pelo mesmo processodos tijolos de concreto comum. meioambiente@residenciasaude.com.br
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