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QUESTÃO ÍNDIGENA 
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura, então por que o preconceito?
Gabriel o Pensador
O Brasil surge na História como a “descoberta”, pelos portugueses. Mas diversos povos nativos habitavam todas as extensões do continente americano desde tempos imemoriais. Estima-se que, à época do descobrimento, até cinco milhões.
A chegada dos portugueses foi uma verdadeira catástrofe para os nativos e resultou no extermínio de muitos povos indígenas no Brasil em decorrência de conflitos armados, doenças trazidas pelos europeus e pelo processo de escraviza.
Após o contato e a partir da criação das capitanias hereditárias, que marcam o início das atividades de colonização do Brasil, os índios foram escravizados e se tornaram a base da formação da economia colonial.
Os avanços de frentes de colonização para o interior formam um dramático capítulo da formação territorial brasileira. A expansão começou com sertanistas e bandeirantes, que organizavam expedições para localizar jazidas de ouro e pedras preciosas. Milhares de indígenas que habitavam o interior entraram em conflito com os colonizadores.
Paralelamente, a demanda por escravos fez surgir um rentável comércio para os bandeirantes paulistas, que organizavam as chamadas “bandeiras”, expedições de captura de indígenas para o trabalho escravo. Os bandeirantes eram ainda recrutados para combater tribos rebeladas e quilombos. Foi apenas na década de 1750 que a escravidão indígena no Brasil foi oficialmente abolida pela Coroa Portuguesa, que começou a estimular o tráfico de escravos africanos.
Após os anos de 1970, durante a ditadura, houve um período de expansão das atividades produtivas na amazônia, que era vista como um impulso para o desenvolvimento. A construção de estradas como a transamazônica, hidrelétricas e o desmatamento para a pecuária resultaram na expulsão de comunidades indígenas de suas terras e o contato com doenças trouxe novas mortes.
De acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), a atual população indígena do Brasil é de aproximadamente 818.000 indivíduos, representando 0,4% da população brasileira. Vivendo em aldeias somam 503.000 indígenas. Há, contudo, estimativas de que existam 315 mil vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas. A plena cidadania do índio depende de sua integração à sociedade nacional e do conhecimento, mesmo que precário, dos valores morais e costumes por ela adotados. 
A Constituição de 1988 realizou um grande esforço no sentido de elaborar um sistema de normas que pudesse efetivamente proteger os direitos e interesses dos índios brasileiros. Segundo a FUNAI, apenas recentemente a sociedade começa a se conscientizar que os índios são parte integrante da vida nacional. 
Assim, os índios brasileiros participam da política do país elegendo candidatos, ajudando na elaboração de leis e compartilhando problemas relacionados ao meio ambiente, política, economia, saúde e educação. A afirmação do direito à diversidade cultural importa a reivindicação pelas populações indígenas de um espaço político próprio no seio do Estado e da nacionalidade. A conquista desse espaço supõe, por sua vez, o reconhecimento de níveis crescentes de participação das comunidades indígenas nas decisões que tenham impacto sobre o seu modo de vida.
Transporte e Urbanização 
Os deslocamentos urbanos ganharam destaque na agenda do país sobretudo com os protestos de rua que reuniram milhares de pessoas em junho de 2013. As manifestações evidenciaram um cenário comum nas grandes cidades: o alto custo da passagem, os longos deslocamentos diários, a superlotação de ônibus e metrôs e a crescente opção pelo transporte individual, aumentando os congestionamentos. “O investimento no transporte individual motorizado é de oito a dez vezes maior do que no coletivo. Ao longo dos anos, isso desenhou cidades para favorecer o automóvel. A médio e longo prazo, isso é insustentável”, aponta a socióloga Renata Florentino, pesquisadora do Observatório das Metrópoles.
Quase 85% dos brasileiros vivem em ambiente urbano, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a taxa de urbanização do país deva chegar a 90% nos próximos cinco anos. Com tanta gente vivendo nas cidades, é preciso articular políticas públicas que possibilitem uma convivência harmônica e igualitária nesse espaço. Um dos desafios cotidianos das cidades é o de garantir o direito de ir e vir de tantas pessoas.
Se o espaço nas ruas é limitado e a demanda só aumenta, é indispensável otimizar o seu uso. Para isso, não há como fugir de investimentos em sistemas de transporte coletivo mais eficientes e agradáveis aos seus usuários. A maioria das nossas cidades possui um sistema de transporte coletivo baseado em ônibus, que são invariavelmente mais lentos e desconfortáveis que os carros – além de estarem sujeitos aos mesmos congestionamentos dos automóveis. Em um mundo ideal, teríamos mais ônibus à disposição, mais horários e veículos menos lotados, o que aumentaria a adesão ao transporte coletivo. É o básico do que se espera de um bom sistema de transporte coletivo.
Para além disso, uma medida de valorização do transporte coletivo que tem sido adotada nos maiores centros do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, é a abertura de faixas exclusivas para ônibus em certas vias e horários. Tal medida faz com que quem pega ônibus tenha uma grande vantagem nos horários de pico sobre os que estão de carro, diminuindo bastante o tempo de deslocamento. Por outro lado, essa medida gera reclamação nos usuários de carros, afinal as faixas exclusivas ficam subutilizadas.
É cada vez mais comum ver pessoas se deslocando de bicicleta nas grandes cidades. Infelizmente, esse é um meio de locomoção ainda pouco priorizado no trânsito brasileiro: a extensão de ciclofaixas e ciclovias nos grandes centros ainda é muito menor que a extensão de vias dedicadas para veículos motorizados (para cada 100 km de vias para carros, existe apenas 1 km para bicicletas). Isso obriga muitos ciclistas a fazerem percursos por vias compartilhadas com carros, causando frequentes conflitos, quando não acidentes e mortes.
É isso mesmo, andar pode ser de grande ajuda para o nosso trânsito. Boa parte dos deslocamentos no Brasil são feitos dessa forma. Ainda assim, não é nada agradável ser um pedestre em uma grande cidade brasileira: faltam calçadas adequadas (com largura suficiente e sem obstruções) e também respeito por grande parte dos motoristas, muitos dos quais não param na faixa de pedestres e não demonstram se preocupar com a segurança deles. O resultado é que os pedestres são geralmente as maiores vítimas do trânsito.
Aumentar o tráfego de pedestres também tem relação com uma forma desejável de organização das cidades, em que grande parte das pessoas moraria perto de seu local de trabalho, diminuindo assim a necessidade do uso do automóvel no dia a dia. Quanto mais pedestres na rua, menos carros e mais segurança para os próprios pedestres. E de quebra, é sempre bom lembrar, caminhar faz muito bem à saúde.
Não exija somente dos políticos, você também pode ajudar no Transporte dando carona, na Saúde evitando acidentes, na Educação ensinando corretamente seus filhos. #Cidadão
Daniel Langer
Participação dos jovens nas questões sociais 
A inclusão da juventude nos debates políticos é um dos desafios da democracia em todo o mundo. No Brasil, essa questão ganhou contornos especiais com as manifestações de junho de 2013, quando milhares de pessoas, na maioria jovens, foram às ruas numa explosão social que há muito não se via. Nesse contexto, são fundamentais os debates levantados pelo Dia Internacional da Juventude, comemorado em 12 de agosto e que teve como tema escolhido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) a “Participação Cidadã da Juventude” (tradução livre de “Youth Civic Engagement”).
A ampliação da presença do jovemna esfera pública encontra desafios nas duas pontas do processo. Se por um lado é necessário modificar a estrutura das instituições para que elas se tornem mais abertas para ouvir as demandas dos jovens, por outro é igualmente fundamental fazer a juventude se interessar por política e criar uma cultura de participação.
Como grande impulso para as transformações sociais, a juventude não aguarda ser compreendida e tampouco pede licença para participar ativamente das mudanças. Muito pelo contrário: ela é o fio condutor das transformações sociais. Garantida no Estatuto da Juventude, a participação social e política dos jovens é entendida como um processo em que eles buscam influenciar e compartilhar o controle e a responsabilidade das decisões e do destino dos recursos que lhes afetam.
Pode-se dizer que participação juvenil refere-se ao envolvimento do jovem na transformação social, sendo ele considerado um ator estratégico do desenvolvimento, um cidadão ativo que participa dos processos sociopolíticos e da tomada de decisão sobre os assuntos de interesse do próprio jovem.Nas décadas de 1960 e 1970,  a participação dos jovens foi estratégica para o fim da ditadura militar ao representarem a grande resistência a esse regime político. Num passado mais recente, na década de 1990, eles pressionaram o governo pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, e, em junho de 2013 e no começo de 2014, diferentes manifestações organizadas por jovens de metrópoles brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro, mostraram que a juventude quer ter cada vez mais o direito à cidade.
O que especialistas indicam é a mudança da participação juvenil: nos últimos tempos, os movimentos e coletivos são feitos à margem dos partidos políticos. “As estruturas partidárias – pelo menos as grandes – não têm mais força alguma para mobilizar as pessoas. E os pequenos partidos cobram caro pela mobilização: um tipo de adesão que acredito que boa parte dos jovens não está disposta a dar, pelas melhores razões. Eles não querem virar instrumentos para uma lógica partidária. Essas mobilizações se fazem em torno de temas: você se organiza para certos objetivos, cria estruturas ou fóruns ligados a eles; depois, eles se dissolvem. É bem provável que isso seja cada vez mais utilizado”, explica o filósofo Vladimir Safatle (2012).
Para além das organizações político-sociais, outras transformações são vistas. De acordo com a Pesquisa sobre juventudes no Brasil, de 2008, o jovem já não se vê como os jovens de outras gerações se viam e não busca a mesma coisa que eles buscavam. O documento revela que há sinais de desconforto social. Segundo as informações levantadas, “hoje buscam-se outros encantos e prazeres: participar em redes de colaboração, contribuir para uma distribuição menos desigual das riquezas produzidas por todos, construir novas relações entre o ser humano e a natureza”.
Em relação ao desejo de participação, a pesquisa mostra que os jovens participam efetivamente menos que os adultos na maior parte dos tipos de entidades e movimentos. Entretanto, são os que mais desejam se engajar. Em todas as modalidades associativas investigadas, o percentual de pessoas que gostaria de participar é maior entre os jovens que entre os adultos, indicando, talvez, que existam maiores obstáculos nas organizações para incorporar a presença dos jovens.
Dificuldade na integração de deficientes 
Entre 2000 e 2010 são registrados avanços nas possibilidades de participação e controle social pelas pessoas com deficiência nas políticas públicas que lhes dizem respeito. Mas ainda há um longo caminho a ser trilhado para que se construa uma sociedade inclusiva
As pessoas com deficiência – que numa definição mais ampla podem ser entendidas como aquelas com diferentes níveis de limitação física, sensorial (ouvir ou enxergar) e cognitiva (mental) – foram historicamente relegadas a uma posição segregada na estrutura social. Consideradas, durante muito tempo, como “inválidas” ou “incapazes”, merecedoras apenas da caridade privada e/ou do assistencialismo do Estado.
Paulatinamente, tanto em nível internacional como no Brasil, este “status social” foi se alterando com a percepção de que tais indivíduos podem e devem estar inseridos nos ambientes sociais comuns a todas as pessoas, além de, com os suportes e adaptações necessárias, terem plena capacidade de trabalho.
Naturalmente, este processo não se deu de forma linear e homogênea, sendo que, mesmo na atualidade, ainda persistem exemplos de tratamentos inadequados e até mesmo discriminatórios em relação à pessoa com deficiência.
Mas, sem dúvida, numa perspectiva histórica mais geral, é possível afirmar que houve tanto um amadurecimento civilizatório na forma de lidar com este contingente populacional, como o reconhecimento da sua condição de segmento social detentor de direitos e deveres de cidadania, assim como outros grupos historicamente discriminados e socialmente excluídos.
Por fim, é preciso mencionar o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver Sem Limite, lançado pelo Governo Federal em Novembro de 2011 (Decreto 7.612/11). Tendo como objetivo desenvolver novas iniciativas e intensificar programas que já estão em andamento, o Plano prevê investimentos de R$ 7,6 bilhões a serem executados até o final de 2014, estando estruturado em quatro eixos: I. Acesso Educação; II. Inclusão social (inserção no trabalho); III. Atenção à Saúde; IV. Acessibilidade. 
Porém, isto não significa dizer que as condições de vida das pessoas com deficiência no Brasil, de modo geral, são plenamente satisfatórias. Os dados do último Censo Demográfico, por exemplo, que apontou uma população com deficiência de 45,6 milhões pessoas (quase ¼ do total de brasileiros, embora em critérios mais amplos), mostram a persistência de barreiras no acesso à formação escolar, como também participação limitada deste contingente populacional no mercado de trabalho formal.
Ademais, na vida cotidiana dos municípios continuam existindo barreiras tanto para mobilidade física como para comunicação plenamente acessível entre as pessoas com e sem deficiência. É fato que, entre 2000 e 2010, são registrados avanços, mas ainda há um longo caminho a ser trilhado para que se construa uma sociedade inclusiva e que respeite a diversidade humana.
Para tanto, além do aprimoramento das políticas públicas específicas, é preciso enfatizar que, obviamente, as pessoas com deficiência também serão beneficiadas pela melhora das condições econômicas e sociais do País. Avanços na distribuição de renda, crescimento econômico, serviços públicos universais de qualidade e programas sociais eficazes, dentre outros aspectos, são benéficos para todos, inclusive para aqueles com algum tipo de limitação física, sensorial ou cognitiva.
Respeito
De que forma mostrar respeito? O respeito se expressa quando não se julga a outra pessoa pela sua visão, decisão, comportamento, ou forma de vida. A pessoa não é censurada nem recriminada por ser como é, e também não se espera que ela seja de outra forma.
Portanto, respeitar é a maior mostra de que aceitamos a outra pessoa na sua individualidade, na sua totalidade como a pessoa que é, não como gostaríamos que ela fosse.
Como expressar o respeito? O respeito se mostra por meio da empatia, isto é, com uma atitude comunicativa que mostra que sabemos, aceitamos e respeitamos a outra pessoa como ela é, mesmo que talvez não estejamos de acordo com suas decisões, opiniões ou comportamentos.
A empatia é a ferramenta utilizada dentro da comunicação assertiva ou adequada, que mostra o respeito depois de escutar a outra pessoa, observando de onde ela nos fala, com seus sentimentos e experiências pessoais.
Para isto, expressa-se compreensão e entendimento em relação ao seu direito e, se for o caso, posteriormente podemos expressar a nossa própria opinião, que mesmo que seja diferente, é respeitosa diante do ponto de vista alheio.
Quando é mais difícil respeitar? É mais difícil respeitar quando ser querter razão a qualquer custo, ou quando se supõe, frente a qualquer ponto de vista, que a própria postura é a única possível, e a que possui a certeza absoluta.
Por outro lado, é pouco provável que exista o respeito quando a atitude é agressiva com a outra pessoa, nos gestos, na comunicação não verbal e nas atitudes. Mesmo com as palavras adequadas, o respeito não está presente.
Para respeitar…
É preciso considerar a sua própria visão apenas como uma possibilidade entre muitas outras.
É preciso falar na primeira pessoa, opinando e expressando o que é o seu ponto de vista, não o que marca “a lei como verdade absoluta”.
É preciso aceitar que a própria percepção, ainda que pareça objetiva, não o é em nenhum caso. A percepção está sujeita à própria interpretação, baseando-se nas experiências anteriores, no estado de ânimo e. inclusive, nas crenças prévias que já existem em cada pessoa, em função do seu próprio aprendizado.
E quando nos dirigimos aos outros, devemos fazê-lo a partir da empatia, incluindo a escuta e a observação da abordagem da outra pessoa, assim como a aceitação do seu direito de ser como decidir ser.
Conceito de família
Com o passar do tempo e a evolução a que passou a sociedade, o modelo familiar mudou, fora influenciado pela ideia da democracia, do ideal de igualdade e da dignidade da pessoa humana. A família passou a ser mais democrática, o modelo patriarcal fora abandonado, sendo empregado um modelo igualitário, onde todos os membros devem ter suas necessidades atendidas e a busca da felicidade de cada indivíduo passou a ser essencial no ambiente familiar.
Porém, o maior avanço a que o ideal de família passou fora no elemento que a constitui, hoje, as pessoas se unem por haver uma atração entre elas, um querer. A união das pessoas possui um fim egoísta, porém no melhor sentido do termo, vez que esta se dá pelo fato de a outra pessoa lhe trazer prazer, felicidade e crescimento. Esse novo elemento para a criação da família é de suma importância, principalmente para entendermos as mudanças à que passa a família.
Como se percebe, não há mais que se falar em casamento como elemento de criação da família, afinal é o sentimento que une seus membros, a vontade de cada um em se unir ao outro, por isso, hoje é possível vislumbrarmos que uniões estáveis podem constituir família, que há a família monoparental (mãe ou pai solteiro) e que há família na união de pessoas do mesmo sexo. Tudo isto porque o elemento responsável pela constituição da família é subjetivo e decorre da vontade dos indivíduos.
A família passou a ser vista como um instrumento de desenvolvimento pessoal de cada indivíduo, e não mais como uma instituição. Essa mudança filosófica e institucional ainda não está completamente difundida na sociedade atual, porém encontra-se em crescente consolidação.
Tal mudança se deu principalmente pelo princípio da dignidade da pessoa humana, vez que hoje há uma proteção maior à pessoa, à sua felicidade e a seus direitos individuais. Não há mais que se falar em obrigação matrimonial, hoje as pessoas podem se divorciar de forma imediata caso queiram, inclusive, sem o consentimento do outro cônjuge ou da família, não há mais a figura do chefe de família, sendo cada indivíduo responsável por suas escolhas, possuindo o livre arbítrio e não há mais que se falar em uma família patrimonializada, vez que a via que cria os laços familiares é subjetiva e depende do elemento volitivo das partes.
Portanto, temos que a ideia de família já avançou consideravelmente, logicamente ainda há resquícios de um conceito antigo de família na sociedade atual, afinal, não se trata de um conceito universal, sendo a família composta por indivíduos, cada qual com uma maneira única de pensar. Porém, em um contexto generalizado, percebemos que o ideal de família evoluiu juntamente com a sociedade, evolução esta que ainda não se findou, vez que, como já dito, o conceito e a ideia de família é volátil e está em constante alteração.
CONCLUSÃO
Em face à evolução social que passamos, não há como ter uma visão estagnada do que vem a ser família. Hoje, muito se critica as novas formas familiares, como a família entre pessoas do mesmo sexo, porém, conforme já vimos, o elemento que cria a família é a vontade entre as partes, portanto, não há como negar o status de família à uniões estáveis, à famílias monoparentais e a família advinda da união entre pessoas do mesmo sexo. A dignidade da pessoa humana deve ser respeitada e protegida, não podendo utilizar uma ideia ultrapassada de família para privar a constituições de novos tipos familiares. Afinal, o que deve-se proteger é a felicidade, a liberdade e a igualdade entre os indivíduos, e não uma forma arcaica de pensamento.
É preciso que haja uma conscientização popular, para que seja difundida a ideia de família como um instrumento de felicidade e de desenvolvimento pessoal, e não como uma instituição.Portanto, não devemos nos prender a um pensamento estagnado, mas sim evoluirmos juntamente com a sociedade, respeitando sempre a maior conquista já obtida ao longo do tempo, a liberdade, em todas as suas formas.
Automedicação
A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina.A medicação por conta própria é um dos exemplos de uso indevido de remédios, considerado um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINTOX), em 2003, os medicamentos foram responsáveis por 28% de todas as notificações de intoxicação. 
O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos.
Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro.O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte.
Conceito
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) quando “os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade”. A definição foi proferida durante Conferência de Nairobi, Quênia, em 1985. 
Tipos de Uso Irracional de Medicamentos
 Uso abusivo de medicamentos (polimedicação);
Uso inadequado de medicamentos antimicrobianos, freqüentemente em doses incorretas ou para infecções não-bacterianas;
Uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais;
Prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas;
Automedicação inadequada, frequentemente com medicamento que requer prescrição médica.
Estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS): Em todo o mundo, mais de 50% de todos os medicamentos receitados são dispensáveis ou são vendidos de forma inadequada; Cerca de 1/3 da população mundial tem carência no acesso a medicamentos essenciais. Em todo mundo, 50% dos pacientes tomam medicamentos de forma incorreta.
Ações para o Uso Racional de Medicamentos: O Ministério da Saúde criou, em março de 2007, um Comitê Nacional para Promoção do Uso Racional de Medicamentos (URM) – uma instância colegiada, representativa de segmentos governamentais e sociais afins ao tema e com caráter deliberativo. O Comitê tem como papel propor estratégias e mecanismos de articulação, de monitoramento e de avaliação de ações destinadas à promoção do URM. Para garantir as implementações das ações, foi criado o Plano de Ação, composto por vertentes em quatro áreas: regulação, educação, informação e pesquisa.
Criminalidadeentre jovens Brasileiros
Falta de estrutura familiar, falta de um projeto de vida, valorização do ter ao invés do ser, falta de políticas públicas que combatam a desigualdade social, impunidade da estrutura penal brasileira, aumento do consumo de drogas. Estes são apenas alguns fatores apontados por especialistas como motivadores para o envolvimento de adolescentes com o crime.
A cada dia que passa mais crianças deixam a inocência da infância de lado para dar lugar ao universo sombrio do crime. Ao invés dos carrinhos, bolas e bonecas para brincar no quintal de casa, meninos e meninas com 11, 12, 13 anos de idade brincam com armas, canivetes, e facas. A droga ganhou espaço no meio familiar que, cada vez mais desestruturado, não sabe impor limites, ensinar valores e educar para a vida.
Dados levantados pelo Sistema Nacional de Atendimento Sócio Educativo, Sinase, revelam que o perfil do adolescente em conflito com a lei é o seguinte: 90% são homens; 76% tem entre 16 e 18 anos; 51% não frequentam a escola; 81% vivia com a família na época da internação; 12,7% vem de família que não possui renda; 66% a família possui renda inferior à dois salários mínimos e 85,6% são usuários de drogas.
 
A entrada de crianças e adolescentes no mundo do crime tem aumentado no país, sobretudo por meio do tráfico de drogas. No ano passado, o crescimento no número de menores apreendidos foi mais de duas vezes superior ao de prisões de adultos. A conclusão é de levantamento feito pelo GLOBO com dados oficiais obtidos com os governos de oito estados de diferentes regiões do país. Em 2012, houve um aumento, em relação a 2011, de 14,3% no número de apreensões de crianças e adolescentes por crimes como vandalismo, desacato, tráfico, lesão corporal, furto, roubo e homicídio. No mesmo período, a elevação no número de jovens e adultos que foram presos por crimes em geral foi bem menor: de 5,8%.
O envolvimento de menores com o tráfico de drogas é apontado por especialistas em segurança pública como um dos maiores responsáveis pelo aumento nos últimos anos da entrada de crianças e adolescentes no mundo do crime. Na avaliação deles, a fragilidade do atual sistema de proteção social, a má qualidade dos ensinos fundamental e médio e a falta de iniciativas e programas governamentais para o atendimento de menores, tanto os que estão em situação de risco como os já inseridos no mundo do crime, são outros fatores que contribuem para o envolvimento de menores em crimes e delitos
O Brasil avançou na proteção da infância, de 0 a 12 anos, mas na questão do atendimento aos adolescentes ainda deixa muito a desejar. Faltam programas mais específicos para a faixa etária dos 12 aos 18 anos, principalmente destinados à formação de jovens, e que os estimule para o mercado de trabalho.
A socióloga Camila Nunes Dias, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP), avalia que o sistema socioeducativo, assim como o carcerário, já está em seu limite e aponta como reflexo desse cenário a falta de uma legislação mais clara em relação às drogas.

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