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1 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ 
CURSO DE DIREITO 
DISCIPLINA DE PRÁTICA SIMULADA II 
 
CASOS DO SEMESTRE PARA ATIVIDADE PRÁTICA 
 
SEMANA 01 - PETIÇÃO INICIAL 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
MÉVIA X ENETÊ EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Mévia era empregada da empresa Enetê Educação Infantil na função de telefonista desde 
13/05/2011. Cumpria jornada que se estendia das 9h às 17h, de segunda à sexta-feira, com 30 
minutos de intervalo para descanso e refeição. 
Em 30/04/2013, sob a alegação de indisciplina por ter causado danos irreparáveis no 
equipamento de telefonia ao tentar consertá-lo, contrariando determinação do superior, foi 
demitida na frente de seus colegas de trabalho, sob o argumento de que era incompetente. Foi 
convidada a se retirar da empresa e foi agendada a data de 15/05/2013 para receber o salário 
relativo ao mês trabalhado. 
Todavia o departamento pessoal da empresa expediu um TRCT, que não foi apresentado ao 
sindicato e agora busca que Mévia o assine, juntamente com duas testemunhas, bem como a 
um recibo dando quitação de suas verbas rescisórias para que possa receber o valor relativo a 
abril/2013 (Considere as informações do TRCT que se encontra na segunda folha). Na 
qualidade de patronos de Mévia quais providências tomar? 
 
 
 
SEMANA 02 - PETIÇÃO INICIAL 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
CASO: Tício x Empresa Alfa 
 
 
TÍCIO, auxiliar administrativo, residente no município de São Gonçalo-RJ, foi contratado pela 
empresa ALFA LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 
4 de janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município de Niterói, local onde está situada a 
matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para 
repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi 
imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro de 2017, ocasião em que 
nada lhe foi pago a título de verbas resilitórias. Informa que, encontra-se desempregado até o 
presente momento e que nunca usufruiu férias. Você, na qualidade de advogado(a) do sindicato 
da categoria de TÍCIO, promova a medida processual cabível, observando o procedimento 
devido e o Juízo competente. 
 
 
 
 
2 
 
 
SEMANA 03 - PETIÇÃO INICIAL 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA 
Suzana x Família Moraes 
 
XX EXAME OAB 2016 (adaptado) Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 
15/06/2016 a 15/09/2016, data na qual teve baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador 
vive em Natal/RN. Suzana foi contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais 
nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as 
atividades do lar, iniciando o trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à sexta-feira, com 
trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale-
transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no 
emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia 
qualquer adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para 
Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora 
de almoço. Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 
3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. Você foi procurado por 
Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático - profissional pertinente em 
defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não informados. 
 
 
SEMANA 04 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
CASO: José x LV 
 
José, funcionário da empresa LV, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, 
com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, José afastou-se do trabalho mediante a 
concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 
e passados dez dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por 
meio de notificação, recebida por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à 
notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV expediu edital de convocação, 
publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho. 
Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS, com o pagamento 
das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa procurou profissional da 
advocacia. Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de 
advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer-lhe 
judicialmente o interesse, ciente de que José nunca usufruiu férias. (39º Exame OAB adaptado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
SEMANA 05 
INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE 
CASO: Leonel Pereira x Empresa Alfa 
 
 
Leonel Pereira é empregado da Empresa Alfa Ltda. E, apesar de ser detentor de estabilidade 
provisória, na qualidade de diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos próprios 
empregados da Empresa Alfa há cerca de um ano, não está liberado de cumprir sua jornada 
de trabalho. Leonel, todavia, vem apresentando reiteradas faltas e atrasos, todos devidamente 
punidos pelo seu empregador. Em sua ficha funcional constam nos últimos dois meses, 3 
advertências e 2 suspensões, toda pelos motivos descritos. E a situação só vem se agravando 
a cada dia, tornando-se cada vez mais reincidente em suas faltas. A última e atual suspensão 
ocorreu faz 2 dias. Diante da situação narrada, a empresa Alfa formula consulta jurídica dizendo 
que gostaria de proceder a demissão de Leonel, por culpa deste em virtude do cometimento 
das aludidas faltas e atrasos. Você, na qualidade de advogado (a) contratado, apresente em 
Juízo, a peça processual adequada, objetivando a demissão do empregado faltoso, por culpa 
exclusiva deste. 
 
 
 (OBS: Semana 06 não haverá peças) 
 
SEMANA 07 
CONTESTAÇÃO 
CASO: Paula x Banco Dinheiro Bom 
 
XVII EXAME OAB FGV (adaptado) 
 
Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, 
distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária Paula, que foi gerente geral 
de agência de pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua 
agência atendia apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por controlar o 
desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do 
desempenho comercial desta. Na ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além 
da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário 
era menor que o de João Petrônio, que percebia R$ 10.000,00, sendo gerente de agência de 
grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e 
reflexos. Paula afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo 
de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula foi transferida de São Paulo para Belém, 
após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família. Por isso, ela requer o 
pagamento de adicional de transferência. Paula requer a devolução dos descontos relativos ao 
plano de saúde, que assinou no ato da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda, 
multa prevista no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 06/02/2017, uma segunda-
feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 
16/02/2017, um dia após o prazo, segundo sua alegação. Redija a peça prático-profissional 
pertinente ao caso. 
 
4 
 
 
SEMANA 08 
CONTESTAÇÃO 
CASO: Gilson Reis x Transporte Rápido 
 
 
Baseado no XVIII EXAME OAB FGV 
 
Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade 
empresária TransporteRápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do Recife/PE, 
a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: O trabalhador foi 
admitido em 13/05/2010, recebeu aviso prévio em 09/11/2016, para ser trabalhado, e ajuizou a 
demanda em 25/01/2017. Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua 
reintegração porque, em 23/11/2016, apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da 
sua categoria, informando o fato ao empregador por e-mail, o que lhe garante o emprego na 
forma do Art. 543, § 3º, da CLT, não respeitada pelo exempregador. Que trabalhava de segunda 
a sexta-feira das 5:00h às 15:00h, com intervalo de duas horas para refeição, jamais recebendo 
horas extras nem adicional noturno, o que postula na demanda. Que o intervalo interjornada 
não era observado, daí porque deseja que isso seja remunerado como hora extra. A audiência 
está marcada. Contratado como advogado (a), você deve apresentar a medida processual 
adequada à defesa dos interesses da sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., sem criar 
dados ou fatos não informados. 
 
SEMANA 09 
CONTESTAÇÃO 
CASO: Paulo x Banco Confiança 
 
 
Paulo ocupava o cargo de gerente-geral do Banco Confiança, desde 2010, quando foi 
promovido e passou a receber o dobro de seu salário anterior. O Banco Confiança ainda 
custeou para Paulo a realização de seu MBA em Finanças, investindo na capacitação de seu 
empregado um total de R$30.000,00, apenas estipulando contratualmente uma cláusula de 
permanência por 2 anos após o término do curso, sob pena de ressarcimento integral caso o 
empregado viesse a pedir seu desligamento antes do período pactuado. Paulo, apesar de muito 
satisfeito com seu trabalho, ao receber uma proposta irrecusável de outra instituição financeira, 
pediu demissão seis meses após o término de sua especialização profissional. O Banco, por 
sua vez, lhe pagou corretamente as parcelas decorrentes da extinção do contrato de trabalho, 
no entanto, ao ser questionado quanto ao pagamento das inúmeras horas extras prestadas 
desde 2010 até o fim de seu contrato, alegou não serem devidas. Paulo, indignado, ingressou 
em 25/01/17 com uma reclamação trabalhista postulando as referidas horas extras, com o 
adicional de 50% e seus reflexos. Você, na qualidade de advogado(a) contratado pelo Banco 
Confiança, tome a(s) medida(s) processual(ais) cabível (eis). Importante registrar que não foi 
juntada aos autos, quando do ajuizamento da ação, a procuração do patrono do reclamante. 
 
 
 
2ª ETAPA DA DISCIPLINA 
5 
 
 
 
SEMANA 11 
(OBS: Na semana 10 não houve peça) 
RECURSO ORDINÁRIO 
CASO: PAULO X TUDO LIMPO LTDA 
 
XXI EXAME OAB Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 
15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de 
um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto 
Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas 
rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos 
serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, bem 
como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre 
até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de 
competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação 
galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, 
a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A 
segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova 
documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à 
fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames 
médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam 
nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de 
fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os 
requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, consignando 
em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a 
insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e 
confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os 
pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência 
de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a ?virada do mês?. 
Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a 
procedência na revelia e confissão da 1ª ré. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
SEMANA 12 
RECURSO ORDINÁRIO 
CASO: SOLUÇÕES EMPRESARIAIS X RILDO JAIME 
 
Em face da sentença abaixo, você, na qualidade de advogado do reclamante, deverá interpor 
o recurso cabível para a instância superior, informando acerca de preparo porventura 
efetuado. 
 
“Vara do trabalho de São João de Pádua 
 
Processo nº 644-44.2013.5.03.0015 – procedimento sumaríssimo 
 
Autor: Rildo Jaime 
Rés: 1) Soluções Empresariais LTDA e 2) Metalúrgica Cristina LTDA 
 
Aos 17 dias do mês de fevereiro de 2011, as 10 horas, na sala de audiências desta Vara do 
trabalho, o meretíssimo juiz proferiu, observadas as formalidades legais, a seguinte: 
 
Sentença 
 
Dispensado o relatório, a teor do disposto no artigo 852, I, in fine da CLT 
 
Fundamentação 
 
Da revelia e confissão: malgrado a segunda ré (tomadora dos serviçøs) não ter comparecido 
em juízo, mesmo citada por oficial de justiça (mandado a fls.10) entendo que não há espaço 
para revelia nem confissão quanto a matéria de fato, porque a primeira reclamada, prestadora 
dos serviços e ex-empregadora, contestou a demanda. Assim, utilidade alguma haveria na 
aplicação da pena em tela, requerida pelo autor na última audiência. Rejeito. 
 
Da inépcia: o autor denuncia ter sido admitido dois meses antes de ter a CTPS assinada, 
pretendendo assim a retificação no particular e pagamento dos direitos atinentes ao período 
oficioso. Apesar de a ex-empregadora silenciar neste tópico, a técnica processual não foi 
respeitada pelo autor. É que ele postulou apenas a retificação da CTPS e pagamento dos 
direitos, deixando de requerer a declaração do vínculo empregatício desse período, fator 
indispensável para o sucesso da pretensão deduzida. Extingo o feito sem resolução do mérito 
em face deste pedido. 
 
Da prescrição parcial: apesar de não ter sido suscitada pela primeira ré, conheço de ofício da 
prescrição parcial, conforme recente alteração legislativa, declarando inexigíveis os direitos 
anteriores a cinco anos do ajuizamento da ação 
 
Das horas extras: o autor afirma que trabalhava de 2º a 6º feira das 8h as 16h, com intervalo 
de 15 minutos para refeição, postulando exclusivamente hora extra pela ausência de pausa de 
1 hora. A instrução revelou efetivamente a pausa alimentar era de 15 minutos não só pelos 
depoimentos das testemunhas do autor, mas também porque os controles não exibem a 
marcação da pausa alimentar, nem mesmo de forma pré-assinalada. Contudo, uma vez que 
7 
 
 
confessadamente houve fruição de 15 minutos, defiro 45 minutos de horas extras por dia de 
trabalho, com adição de 40 %, conforme previsto na convenção coletiva da categoria juntada 
aos autos, mas sem qualquer reflexo diante da natureza indenizatória da verba em questão. 
 
Da insalubridade: este pedido fracassa porque o autor postulou o seu pagamento em grau 
máximo, conforme exposto na peça inicial, mas a perícia realizada comprovou que o graupresente na unidade em que o reclamante trabalhava era mínimo e, mais que isso, que o agente 
agressor detectado (iluminação) era diverso daquele indicado na petição inicial (ruído). Estando 
o juiz vinculado ao agente agressor apontado pela parte e ao grau por ela estipulado, o 
deferimento da verba desejada implicaria julgamento extra-petita, o que não é possível. Não 
procede. 
 
Da multa do artigo 477 da CLT: O reclamante persegue a verba em exame ao argumento de 
que a homologação da ruptura contratual sucedeu 25 dias após a concessão do aviso prévio 
indenizado. Sem razão todavia. A ré comprovou documentalmente que realizou o depósito das 
verbas resilitórias na conta do autor oito dias após a concessão do aviso, de modo que a demora 
na homologação da ruptura fato incontestado não causou qualquer prejuízo ao trabalhador. 
Não procede. 
 
Anotação de dispensa na CTPS: o acionante deseja a retificação de sua CTPS no tocante a 
data da dispensa, para incluir o período do aviso prévio. O pedido está fadado ao insucesso, 
porquanto no caso em exame o aviso prévio foi indenizado, ou seja, não houve prestação de 
serviço no seu lapso. Logo, tal período não pode ser considerado na anotação da carteira 
profissional. Não procede. 
 
Do dano moral: o pedido de dano moral tem por suporte a revista que o autor sofria. A primeira 
ré explicou que a revista se limitava ao fato de os trabalhadores, na saída do expediente, 
levantarem coletivamente a camisa até a altura do peito, o que não trazia qualquer 
constrangimento, mesmo porque fiscalizados por pessoa do mesmo sexo. A empresa tem 
razão, pois, se os homens frequentam a praia ou mesmo saem a rua sem camisa, certamente 
não será o fato de a levantarem um pouco na saída do serviço que lhes ferirá a dignidade ou 
decoro. Ademais, a proibição de revista aplica-se apenas as mulheres, na forma do artigo 373-
A, VI da CLT. Não houve violação a qualquer aspecto da personalidade do autor. Não procede. 
 
Dos honorários advocatícios: são indevidos os honorários pagos, em que pese o reclamante 
estar assistido pelo sindicato de classe e encontrar-se atualmente desempregado, o volume 
dos pedidos ora deferidos superará dois salários mínimos, pelo que não se cogita pagamento 
da verba honorária almejada pelo sindicato. 
Dos honorários periciais: em relação a perícia realizada, cujos honorários foram adiantados 
pelo autor, já constatei que, no mérito, razão não assistia ao demandante, mas por outro lado, 
que havia efetivamente um agente que agredia a saúde do laborista. Desse modo, declaro que 
a sucumbência pericial foi recíproca e determino que cada parte arque com metade dos 
honorários. A metade devida ao reclamante deverá a ele ser devolvida, sem correção, 
adicionando-se seu valor na liquidação. 
 
Juros e correção monetária: Na petição inicial o autor não requereu ambos os títulos, pelo que 
não deverão ser adicionados aos cálculos de liquidação, já que a inicial fixa os contornos da 
lide e da eventual condenação. 
8 
 
 
 
Responsabilidade da segunda ré: Na condição de tomadora dos serviços do autor durante todo 
o contrato de trabalho e considerando que não houve fiscalização do cumprimento das 
obrigações contratuais da prestadora, condeno a segunda ré de forma subsidiária pelas 
obrigações de dar, com arrimo na Sumula 331 do TST. Contudo, fixo que a execução da 
segunda reclamada somente terá início após esgotamento da tentativa da devedora principal ( 
a primeira ré) e de seus sócios. Somente após a desconsideração da personalidade jurídica, 
sem êxito na captura de patrimônio, é que a execução poderá ser direcionada contra a segunda 
demandada. 
 
Diante do exposto, julgo procedentes em parte os pedidos, na forma da fundamentação que 
integra este decisum. 
 
Custas de R$ 100,00 sobre R$ 5.000,00 pelas rés. 
 
Intimem-se. 
 
SEMANA 13 
Recurso Adesivo 
CASO: Mauro Matias x ex-empregada 
 
O Sr. Mauro Matias, microempresário, indignado com o ajuizamento da reclamação trabalhista 
de uma ex-empregada, postulando o pagamento de horas extras e do adicional de 
periculosidade calculado sobre a remuneração paga ao empregado, resolve comparecer 
pessoalmente, sem advogado, à audiência de uma ação em que aduz simplesmente nada 
dever a empregada. Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação de 
falta de contestação específica dos fatos, o juiz julga procedente o pedido, com condenação do 
empregador apenas no pagamento do adicional de periculosidade, calculado sobre a 
remuneração do empregado. O empregador, intimado da sentença e embora com ela não 
concorde, não a impugna. O empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando o 
pagamento das horas extraordinárias. Como advogado contratado pelo empregador, no 
momento em que recebida a intimação para oferecer sua resposta, tomar a providência 
processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do reclamado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMANA 14 
RECURSO DE REVISTA 
9 
 
 
LEONARDO CASQUEIRA X EMPRESA SOL E LUA LTDA. 
 
OAB/RJ 
Leonardo Casqueira ingressou com reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador, 
Empresa Sol e Lua LTDA, requerendo a nulidade da dispensa e consequente reintegração no 
emprego por ser detentor de estabilidade como dirigente sindical, atribuindo a causa o valor de 
R$ 29.000,00, razão pela qual a mesma foi autuada no procedimento ordinário. O MM. Juízo 
da 5º Vara do trabalho do Rio de Janeiro julgou improcedente o seu pedido, negando-lhe direito 
a estabilidade provisória, como dirigente sindical, pois entendeu que o registro da candidatura 
ocorreu no curso do aviso prévio. Inconformado, o reclamante ingressou com recurso ordinário 
sob o argumento de que seu registro foi efetuado um dia antes do comunicado de dispensa, o 
que demonstra data anterior a concessão do aviso prévio. Alegou nas razões do recurso, 
violação a lei, jurisprudência e provas que comprovam as suas alegações. 
 
O tribunal Regional do Trabalho negou provimento ao recurso ordinário na integralidade a 
sentença primária por seus próprios fundamentos. Sabedor de seu direito e não 
compreendendo o porquê da negativa de seu pleito, o reclamante objetiva ingressar com 
recurso contra o acórdão proferido pelo TRT da 1º Região. 
 
Assim no prazo a que alude a Consolidação das Leis Trabalhistas, apresente o recurso 
apropriado, impugnando o acórdão. 
 
 
SEMANA 15 
EMBARGOS A EXECUÇÃO 
CASO: EMPRESA BOM CAMINHÃO X JOSÉ BRIGÃO 
 
Após o trânsito em julgado da decisão em liquidação de sentença, a Reclamada, Empresa Bom 
Caminhão, nos autos em que contende com José Brigão, apresentou impugnação aos cálculos 
apresentados pelo Reclamante. O juiz por sua vez, homologou os cálculos da empresa 
Reclamada, ressalvando, a revisão oportuna dos cálculos. O contador do juízo, contudo, ao 
proceder a referida revisão dos cálculos, equivocadamente, tomou como base os valores 
apresentados pelo Reclamante, sendo, então expedido Mandado de Citação, Penhora e 
Avaliação pela Secretaria da Vara em valor superior ao homologado pelo juízo. 
 
Na qualidade de advogado contratado pela Empresa Bom Caminhao S.A, levando-se em conta 
que seu objetivo é alegar excesso de execução, elabore a medidade processual cabível para 
salvaguardar os interesses do seu cliente. 
 
 
 
 
 
SEMANA 16 
EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 
10 
 
 
CASO: FRANCISCO E ÔMEGA LTDA X RAIMUNDO NONATO 
 
Francisco, administrador, casado, portador da cédula de identidade 123456, expedida pelo IFP, 
inscrito no CPF/MF sob o nº 129.325.789-87, residente e domiciliado na Rua dos Inválidos, nº 
123, Rio de Janeiro, Cep 21.456-79, trabalhou durante anos na empresa Omega LTDA, tendo 
rescindido o contrato de trabalho em virtude de aprovação em concurso público, ocorrido em 
novembro de 2010. 
 
Ocorre que, enquanto funcionárioda empresa Omega LTDA, realizou diversas funções, 
inclusive, nos anos de 2007, 2008 e 2009 a função de membro do conselho fiscal da empresa, 
conforme expressa previsão do contrato social. 
 
Pois bem, Francisco o busca em seu escritório, munido de todos os documentos que 
comprovam suas afirmações, narrando que há dois dias, um oficial de justiça bateu à sua porta, 
portando um mandado de citação, penhora e avaliação, determinada pelo juízo da 12º Vara do 
Trabalho do Estado do Rio de Janeiro, no qual constava a ordem de citação e consequente 
pagamento de dívida no valor de R$ 5.000,00, decorrentes da execução promovida por 
Raimundo Nonato, em trâmite na 6º Vara do trabalho do Estado de Pernambuco. 
 
Informou, ainda, que a execução tem por base a sentença proferida pelo juízo deprecante, na 
qual foi condenada a empresa Ômega LTDA ao pagamento de diversas verbas trabalhistas 
devidas ao seu ex-empregado Raimundo Nonato. 
 
Outrossim, informou e comprovou que o mandado de citação na fase executória se deu em seu 
nome, posto que o Exequente, por não conseguir a satisfação do crédito, vez que a empresa 
Ômega LTDA, encerrou suas atividades de forma irregular, conseguiu junto ao juízo a 
desconsideração da personalidade jurídica, revertendo a execução para a pessoa dos sócios 
da Empresa Ômega LTDA. 
 
Desta maneira por constar o nome de Francisco em diversos documentos da empresa, 
principalmente nos anos de 2007, 2008 e 2009, foi ele elencado como sócio da Empresa Ômega 
LTDA, sendo citado na execução promovida por Raimundo. 
 
Como advogado contratado por Francisco, elabore a medida processual cabível para a defesa 
dos interesses de seu cliente.

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