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1 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ CURSO DE DIREITO DISCIPLINA DE PRÁTICA SIMULADA II CASOS DO SEMESTRE PARA ATIVIDADE PRÁTICA SEMANA 01 - PETIÇÃO INICIAL RECLAMAÇÃO TRABALHISTA MÉVIA X ENETÊ EDUCAÇÃO INFANTIL Mévia era empregada da empresa Enetê Educação Infantil na função de telefonista desde 13/05/2011. Cumpria jornada que se estendia das 9h às 17h, de segunda à sexta-feira, com 30 minutos de intervalo para descanso e refeição. Em 30/04/2013, sob a alegação de indisciplina por ter causado danos irreparáveis no equipamento de telefonia ao tentar consertá-lo, contrariando determinação do superior, foi demitida na frente de seus colegas de trabalho, sob o argumento de que era incompetente. Foi convidada a se retirar da empresa e foi agendada a data de 15/05/2013 para receber o salário relativo ao mês trabalhado. Todavia o departamento pessoal da empresa expediu um TRCT, que não foi apresentado ao sindicato e agora busca que Mévia o assine, juntamente com duas testemunhas, bem como a um recibo dando quitação de suas verbas rescisórias para que possa receber o valor relativo a abril/2013 (Considere as informações do TRCT que se encontra na segunda folha). Na qualidade de patronos de Mévia quais providências tomar? SEMANA 02 - PETIÇÃO INICIAL RECLAMAÇÃO TRABALHISTA CASO: Tício x Empresa Alfa TÍCIO, auxiliar administrativo, residente no município de São Gonçalo-RJ, foi contratado pela empresa ALFA LTDA, para trabalhar na filial localizada no Município do Rio de Janeiro-RJ, em 4 de janeiro de 2016. A contratação ocorreu no município de Niterói, local onde está situada a matriz da empresa. Cumpria jornada de trabalho das 8 às 17h, com 1 hora de intervalo para repouso e alimentação. Recebia o salário mensal de R$ 2.000,00 (dois mil reais). Foi imotivadamente dispensado, sem prévio aviso, no dia 26 de janeiro de 2017, ocasião em que nada lhe foi pago a título de verbas resilitórias. Informa que, encontra-se desempregado até o presente momento e que nunca usufruiu férias. Você, na qualidade de advogado(a) do sindicato da categoria de TÍCIO, promova a medida processual cabível, observando o procedimento devido e o Juízo competente. 2 SEMANA 03 - PETIÇÃO INICIAL RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Suzana x Família Moraes XX EXAME OAB 2016 (adaptado) Suzana trabalhou na residência da família Moraes de 15/06/2016 a 15/09/2016, data na qual teve baixa em sua CTPS. A família do ex-empregador vive em Natal/RN. Suzana foi contratada a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando o trabalho às 7h e saindo às 16 h, de segunda à sexta-feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale- transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. Suzana fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia qualquer adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h às 17h, desfrutando de uma hora de almoço. Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos. Você foi procurado por Suzana para, na condição de advogado(a), redigir a peça prático - profissional pertinente em defesa dos interesses da trabalhadora, sem criar dados ou fatos não informados. SEMANA 04 AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO CASO: José x LV José, funcionário da empresa LV, admitido em 11/05/2015, ocupava o cargo de recepcionista, com salário mensal de R$ 1.200,00. Em 19/06/2016, José afastou-se do trabalho mediante a concessão de benefício previdenciário de auxílio-doença. Cessado o benefício em 20/07/2016 e passados dez dias sem que José tivesse retornado ao trabalho, a empresa convocou-o por meio de notificação, recebida por José mediante aviso de recebimento. José não atendeu à notificação e, completados trinta dias de falta, a empresa LV expediu edital de convocação, publicado em jornal de grande circulação, mas, ainda assim, José não retornou ao trabalho. Preocupada com a rescisão do contrato de trabalho, com a baixa da CTPS, com o pagamento das parcelas decorrentes e para não incorrer em mora, a empresa procurou profissional da advocacia. Considerando a situação hipotética acima apresentada, na qualidade de advogado(a) da empresa LV, elabore a peça processual adequada a satisfazer-lhe judicialmente o interesse, ciente de que José nunca usufruiu férias. (39º Exame OAB adaptado) 3 SEMANA 05 INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE CASO: Leonel Pereira x Empresa Alfa Leonel Pereira é empregado da Empresa Alfa Ltda. E, apesar de ser detentor de estabilidade provisória, na qualidade de diretor titular de sociedade cooperativa criada pelos próprios empregados da Empresa Alfa há cerca de um ano, não está liberado de cumprir sua jornada de trabalho. Leonel, todavia, vem apresentando reiteradas faltas e atrasos, todos devidamente punidos pelo seu empregador. Em sua ficha funcional constam nos últimos dois meses, 3 advertências e 2 suspensões, toda pelos motivos descritos. E a situação só vem se agravando a cada dia, tornando-se cada vez mais reincidente em suas faltas. A última e atual suspensão ocorreu faz 2 dias. Diante da situação narrada, a empresa Alfa formula consulta jurídica dizendo que gostaria de proceder a demissão de Leonel, por culpa deste em virtude do cometimento das aludidas faltas e atrasos. Você, na qualidade de advogado (a) contratado, apresente em Juízo, a peça processual adequada, objetivando a demissão do empregado faltoso, por culpa exclusiva deste. (OBS: Semana 06 não haverá peças) SEMANA 07 CONTESTAÇÃO CASO: Paula x Banco Dinheiro Bom XVII EXAME OAB FGV (adaptado) Você foi procurado pelo Banco Dinheiro Bom S/A, em razão de ação trabalhista nº XX, distribuída para a 99ª VT de Belém/PA, ajuizada pela ex-funcionária Paula, que foi gerente geral de agência de pequeno porte por 4 anos, período total em que trabalhou para o banco. Sua agência atendia apenas a clientes pessoa física. Paula era responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada de trabalho dos funcionários da agência, além do desempenho comercial desta. Na ação, Paula aduziu que ganhava R$ 8.000,00 mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo. Porém, seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia R$ 10.000,00, sendo gerente de agência de grande porte atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas. Requer as diferenças salariais e reflexos. Paula afirma que trabalhava das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, com intervalo de 20 minutos. Requer horas extras e reflexos. Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo lá fixado residência com sua família. Por isso, ela requer o pagamento de adicional de transferência. Paula requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, que assinou no ato da admissão, tendo indicado dependentes. Requer, ainda, multa prevista no Art. 477 da CLT, pois foi notificada da dispensa em 06/02/2017, uma segunda- feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 16/02/2017, um dia após o prazo, segundo sua alegação. Redija a peça prático-profissional pertinente ao caso. 4 SEMANA 08 CONTESTAÇÃO CASO: Gilson Reis x Transporte Rápido Baseado no XVIII EXAME OAB FGV Nos autos da reclamação trabalhista 1234, movida por Gilson Reis em face da sociedade empresária TransporteRápido Ltda., em trâmite perante a 15ª Vara do Trabalho do Recife/PE, a dinâmica dos fatos e os pedidos foram articulados da seguinte maneira: O trabalhador foi admitido em 13/05/2010, recebeu aviso prévio em 09/11/2016, para ser trabalhado, e ajuizou a demanda em 25/01/2017. Exercia a função de auxiliar de serviços gerais. Requereu sua reintegração porque, em 23/11/2016, apresentou candidatura ao cargo de dirigente sindical da sua categoria, informando o fato ao empregador por e-mail, o que lhe garante o emprego na forma do Art. 543, § 3º, da CLT, não respeitada pelo exempregador. Que trabalhava de segunda a sexta-feira das 5:00h às 15:00h, com intervalo de duas horas para refeição, jamais recebendo horas extras nem adicional noturno, o que postula na demanda. Que o intervalo interjornada não era observado, daí porque deseja que isso seja remunerado como hora extra. A audiência está marcada. Contratado como advogado (a), você deve apresentar a medida processual adequada à defesa dos interesses da sociedade empresária Transporte Rápido Ltda., sem criar dados ou fatos não informados. SEMANA 09 CONTESTAÇÃO CASO: Paulo x Banco Confiança Paulo ocupava o cargo de gerente-geral do Banco Confiança, desde 2010, quando foi promovido e passou a receber o dobro de seu salário anterior. O Banco Confiança ainda custeou para Paulo a realização de seu MBA em Finanças, investindo na capacitação de seu empregado um total de R$30.000,00, apenas estipulando contratualmente uma cláusula de permanência por 2 anos após o término do curso, sob pena de ressarcimento integral caso o empregado viesse a pedir seu desligamento antes do período pactuado. Paulo, apesar de muito satisfeito com seu trabalho, ao receber uma proposta irrecusável de outra instituição financeira, pediu demissão seis meses após o término de sua especialização profissional. O Banco, por sua vez, lhe pagou corretamente as parcelas decorrentes da extinção do contrato de trabalho, no entanto, ao ser questionado quanto ao pagamento das inúmeras horas extras prestadas desde 2010 até o fim de seu contrato, alegou não serem devidas. Paulo, indignado, ingressou em 25/01/17 com uma reclamação trabalhista postulando as referidas horas extras, com o adicional de 50% e seus reflexos. Você, na qualidade de advogado(a) contratado pelo Banco Confiança, tome a(s) medida(s) processual(ais) cabível (eis). Importante registrar que não foi juntada aos autos, quando do ajuizamento da ação, a procuração do patrono do reclamante. 2ª ETAPA DA DISCIPLINA 5 SEMANA 11 (OBS: Na semana 10 não houve peça) RECURSO ORDINÁRIO CASO: PAULO X TUDO LIMPO LTDA XXI EXAME OAB Paulo foi empregado da microempresa Tudo Limpo Ltda. de 22/02/15 a 15/03/16. Trabalhava como auxiliar de serviços gerais, atuando na limpeza de parte da pista de um aeroporto de pequeno porte. Durante todo o contrato, prestou serviços na Aeroduto Empresa Pública de Gerenciamento de Aeroportos. Ao ser dispensado e receber as verbas rescisórias, ajuizou reclamação trabalhista em face da empregadora e da tomadora dos serviços, pretendendo adicional de insalubridade porque trabalhava em local de barulho, bem como a incidência de correção monetária sobre o valor dos salários, vez que recebia sempre até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Logo, tendo mudado o mês de competência, deveria haver a correção monetária, dado o momento, na época, de inflação galopante. A ação foi distribuída para a 99ª Vara de Trabalho de Salvador. No dia da audiência, a primeira ré, empregadora, fez-se representar pelo seu contador, assistido por advogado. A segunda ré, por preposto empregado e advogado. Foram entregues defesas e prova documental, sendo que, pela segunda ré, foi juntada toda a documentação relacionada à fiscalização do contrato entre as rés, o qual ainda se encontra em vigor, bem como exames médicos de rotina realizados nos empregados, inclusive o autor, os quais não demonstravam nenhuma alteração de saúde ao longo de todo o contrato, além dos recibos do autor de fornecimento de EPI para audição. Superada a possibilidade de acordo, o juiz indeferiu os requerimentos da segunda ré para a produção de provas testemunhal e pericial, consignando em ata os protestos da segunda ré, pois visava, com isso, comprovar que o EPI eliminava a insalubridade. O processo seguiu concluso para a sentença, a qual decretou a revelia e confissão da primeira ré por não estar representada regularmente. Julgou procedentes os pedidos de pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, bem como de incidência de correção monetária sobre o valor do salário mensal pago após a ?virada do mês?. Outrossim, condenou a segunda ré, subsidiariamente, em todos os pedidos, fundamentando a procedência na revelia e confissão da 1ª ré. 6 SEMANA 12 RECURSO ORDINÁRIO CASO: SOLUÇÕES EMPRESARIAIS X RILDO JAIME Em face da sentença abaixo, você, na qualidade de advogado do reclamante, deverá interpor o recurso cabível para a instância superior, informando acerca de preparo porventura efetuado. “Vara do trabalho de São João de Pádua Processo nº 644-44.2013.5.03.0015 – procedimento sumaríssimo Autor: Rildo Jaime Rés: 1) Soluções Empresariais LTDA e 2) Metalúrgica Cristina LTDA Aos 17 dias do mês de fevereiro de 2011, as 10 horas, na sala de audiências desta Vara do trabalho, o meretíssimo juiz proferiu, observadas as formalidades legais, a seguinte: Sentença Dispensado o relatório, a teor do disposto no artigo 852, I, in fine da CLT Fundamentação Da revelia e confissão: malgrado a segunda ré (tomadora dos serviçøs) não ter comparecido em juízo, mesmo citada por oficial de justiça (mandado a fls.10) entendo que não há espaço para revelia nem confissão quanto a matéria de fato, porque a primeira reclamada, prestadora dos serviços e ex-empregadora, contestou a demanda. Assim, utilidade alguma haveria na aplicação da pena em tela, requerida pelo autor na última audiência. Rejeito. Da inépcia: o autor denuncia ter sido admitido dois meses antes de ter a CTPS assinada, pretendendo assim a retificação no particular e pagamento dos direitos atinentes ao período oficioso. Apesar de a ex-empregadora silenciar neste tópico, a técnica processual não foi respeitada pelo autor. É que ele postulou apenas a retificação da CTPS e pagamento dos direitos, deixando de requerer a declaração do vínculo empregatício desse período, fator indispensável para o sucesso da pretensão deduzida. Extingo o feito sem resolução do mérito em face deste pedido. Da prescrição parcial: apesar de não ter sido suscitada pela primeira ré, conheço de ofício da prescrição parcial, conforme recente alteração legislativa, declarando inexigíveis os direitos anteriores a cinco anos do ajuizamento da ação Das horas extras: o autor afirma que trabalhava de 2º a 6º feira das 8h as 16h, com intervalo de 15 minutos para refeição, postulando exclusivamente hora extra pela ausência de pausa de 1 hora. A instrução revelou efetivamente a pausa alimentar era de 15 minutos não só pelos depoimentos das testemunhas do autor, mas também porque os controles não exibem a marcação da pausa alimentar, nem mesmo de forma pré-assinalada. Contudo, uma vez que 7 confessadamente houve fruição de 15 minutos, defiro 45 minutos de horas extras por dia de trabalho, com adição de 40 %, conforme previsto na convenção coletiva da categoria juntada aos autos, mas sem qualquer reflexo diante da natureza indenizatória da verba em questão. Da insalubridade: este pedido fracassa porque o autor postulou o seu pagamento em grau máximo, conforme exposto na peça inicial, mas a perícia realizada comprovou que o graupresente na unidade em que o reclamante trabalhava era mínimo e, mais que isso, que o agente agressor detectado (iluminação) era diverso daquele indicado na petição inicial (ruído). Estando o juiz vinculado ao agente agressor apontado pela parte e ao grau por ela estipulado, o deferimento da verba desejada implicaria julgamento extra-petita, o que não é possível. Não procede. Da multa do artigo 477 da CLT: O reclamante persegue a verba em exame ao argumento de que a homologação da ruptura contratual sucedeu 25 dias após a concessão do aviso prévio indenizado. Sem razão todavia. A ré comprovou documentalmente que realizou o depósito das verbas resilitórias na conta do autor oito dias após a concessão do aviso, de modo que a demora na homologação da ruptura fato incontestado não causou qualquer prejuízo ao trabalhador. Não procede. Anotação de dispensa na CTPS: o acionante deseja a retificação de sua CTPS no tocante a data da dispensa, para incluir o período do aviso prévio. O pedido está fadado ao insucesso, porquanto no caso em exame o aviso prévio foi indenizado, ou seja, não houve prestação de serviço no seu lapso. Logo, tal período não pode ser considerado na anotação da carteira profissional. Não procede. Do dano moral: o pedido de dano moral tem por suporte a revista que o autor sofria. A primeira ré explicou que a revista se limitava ao fato de os trabalhadores, na saída do expediente, levantarem coletivamente a camisa até a altura do peito, o que não trazia qualquer constrangimento, mesmo porque fiscalizados por pessoa do mesmo sexo. A empresa tem razão, pois, se os homens frequentam a praia ou mesmo saem a rua sem camisa, certamente não será o fato de a levantarem um pouco na saída do serviço que lhes ferirá a dignidade ou decoro. Ademais, a proibição de revista aplica-se apenas as mulheres, na forma do artigo 373- A, VI da CLT. Não houve violação a qualquer aspecto da personalidade do autor. Não procede. Dos honorários advocatícios: são indevidos os honorários pagos, em que pese o reclamante estar assistido pelo sindicato de classe e encontrar-se atualmente desempregado, o volume dos pedidos ora deferidos superará dois salários mínimos, pelo que não se cogita pagamento da verba honorária almejada pelo sindicato. Dos honorários periciais: em relação a perícia realizada, cujos honorários foram adiantados pelo autor, já constatei que, no mérito, razão não assistia ao demandante, mas por outro lado, que havia efetivamente um agente que agredia a saúde do laborista. Desse modo, declaro que a sucumbência pericial foi recíproca e determino que cada parte arque com metade dos honorários. A metade devida ao reclamante deverá a ele ser devolvida, sem correção, adicionando-se seu valor na liquidação. Juros e correção monetária: Na petição inicial o autor não requereu ambos os títulos, pelo que não deverão ser adicionados aos cálculos de liquidação, já que a inicial fixa os contornos da lide e da eventual condenação. 8 Responsabilidade da segunda ré: Na condição de tomadora dos serviços do autor durante todo o contrato de trabalho e considerando que não houve fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais da prestadora, condeno a segunda ré de forma subsidiária pelas obrigações de dar, com arrimo na Sumula 331 do TST. Contudo, fixo que a execução da segunda reclamada somente terá início após esgotamento da tentativa da devedora principal ( a primeira ré) e de seus sócios. Somente após a desconsideração da personalidade jurídica, sem êxito na captura de patrimônio, é que a execução poderá ser direcionada contra a segunda demandada. Diante do exposto, julgo procedentes em parte os pedidos, na forma da fundamentação que integra este decisum. Custas de R$ 100,00 sobre R$ 5.000,00 pelas rés. Intimem-se. SEMANA 13 Recurso Adesivo CASO: Mauro Matias x ex-empregada O Sr. Mauro Matias, microempresário, indignado com o ajuizamento da reclamação trabalhista de uma ex-empregada, postulando o pagamento de horas extras e do adicional de periculosidade calculado sobre a remuneração paga ao empregado, resolve comparecer pessoalmente, sem advogado, à audiência de uma ação em que aduz simplesmente nada dever a empregada. Encerrada a instrução, sem produção de outras provas, sob a alegação de falta de contestação específica dos fatos, o juiz julga procedente o pedido, com condenação do empregador apenas no pagamento do adicional de periculosidade, calculado sobre a remuneração do empregado. O empregador, intimado da sentença e embora com ela não concorde, não a impugna. O empregado, por sua vez, oferece recurso ordinário, postulando o pagamento das horas extraordinárias. Como advogado contratado pelo empregador, no momento em que recebida a intimação para oferecer sua resposta, tomar a providência processual cabível com vistas a afastar a sucumbência do reclamado. SEMANA 14 RECURSO DE REVISTA 9 LEONARDO CASQUEIRA X EMPRESA SOL E LUA LTDA. OAB/RJ Leonardo Casqueira ingressou com reclamação trabalhista em face de seu antigo empregador, Empresa Sol e Lua LTDA, requerendo a nulidade da dispensa e consequente reintegração no emprego por ser detentor de estabilidade como dirigente sindical, atribuindo a causa o valor de R$ 29.000,00, razão pela qual a mesma foi autuada no procedimento ordinário. O MM. Juízo da 5º Vara do trabalho do Rio de Janeiro julgou improcedente o seu pedido, negando-lhe direito a estabilidade provisória, como dirigente sindical, pois entendeu que o registro da candidatura ocorreu no curso do aviso prévio. Inconformado, o reclamante ingressou com recurso ordinário sob o argumento de que seu registro foi efetuado um dia antes do comunicado de dispensa, o que demonstra data anterior a concessão do aviso prévio. Alegou nas razões do recurso, violação a lei, jurisprudência e provas que comprovam as suas alegações. O tribunal Regional do Trabalho negou provimento ao recurso ordinário na integralidade a sentença primária por seus próprios fundamentos. Sabedor de seu direito e não compreendendo o porquê da negativa de seu pleito, o reclamante objetiva ingressar com recurso contra o acórdão proferido pelo TRT da 1º Região. Assim no prazo a que alude a Consolidação das Leis Trabalhistas, apresente o recurso apropriado, impugnando o acórdão. SEMANA 15 EMBARGOS A EXECUÇÃO CASO: EMPRESA BOM CAMINHÃO X JOSÉ BRIGÃO Após o trânsito em julgado da decisão em liquidação de sentença, a Reclamada, Empresa Bom Caminhão, nos autos em que contende com José Brigão, apresentou impugnação aos cálculos apresentados pelo Reclamante. O juiz por sua vez, homologou os cálculos da empresa Reclamada, ressalvando, a revisão oportuna dos cálculos. O contador do juízo, contudo, ao proceder a referida revisão dos cálculos, equivocadamente, tomou como base os valores apresentados pelo Reclamante, sendo, então expedido Mandado de Citação, Penhora e Avaliação pela Secretaria da Vara em valor superior ao homologado pelo juízo. Na qualidade de advogado contratado pela Empresa Bom Caminhao S.A, levando-se em conta que seu objetivo é alegar excesso de execução, elabore a medidade processual cabível para salvaguardar os interesses do seu cliente. SEMANA 16 EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE 10 CASO: FRANCISCO E ÔMEGA LTDA X RAIMUNDO NONATO Francisco, administrador, casado, portador da cédula de identidade 123456, expedida pelo IFP, inscrito no CPF/MF sob o nº 129.325.789-87, residente e domiciliado na Rua dos Inválidos, nº 123, Rio de Janeiro, Cep 21.456-79, trabalhou durante anos na empresa Omega LTDA, tendo rescindido o contrato de trabalho em virtude de aprovação em concurso público, ocorrido em novembro de 2010. Ocorre que, enquanto funcionárioda empresa Omega LTDA, realizou diversas funções, inclusive, nos anos de 2007, 2008 e 2009 a função de membro do conselho fiscal da empresa, conforme expressa previsão do contrato social. Pois bem, Francisco o busca em seu escritório, munido de todos os documentos que comprovam suas afirmações, narrando que há dois dias, um oficial de justiça bateu à sua porta, portando um mandado de citação, penhora e avaliação, determinada pelo juízo da 12º Vara do Trabalho do Estado do Rio de Janeiro, no qual constava a ordem de citação e consequente pagamento de dívida no valor de R$ 5.000,00, decorrentes da execução promovida por Raimundo Nonato, em trâmite na 6º Vara do trabalho do Estado de Pernambuco. Informou, ainda, que a execução tem por base a sentença proferida pelo juízo deprecante, na qual foi condenada a empresa Ômega LTDA ao pagamento de diversas verbas trabalhistas devidas ao seu ex-empregado Raimundo Nonato. Outrossim, informou e comprovou que o mandado de citação na fase executória se deu em seu nome, posto que o Exequente, por não conseguir a satisfação do crédito, vez que a empresa Ômega LTDA, encerrou suas atividades de forma irregular, conseguiu junto ao juízo a desconsideração da personalidade jurídica, revertendo a execução para a pessoa dos sócios da Empresa Ômega LTDA. Desta maneira por constar o nome de Francisco em diversos documentos da empresa, principalmente nos anos de 2007, 2008 e 2009, foi ele elencado como sócio da Empresa Ômega LTDA, sendo citado na execução promovida por Raimundo. Como advogado contratado por Francisco, elabore a medida processual cabível para a defesa dos interesses de seu cliente.
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