Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TRABALHO EM GRUPO-TG ALUNA: SANDRA PESSOA CACIOLATO RA: 1235732 POLO DIADEMA 2017 LAMPIÃO E LANCELOTE Essa belíssima obra mostra o encontro de dois personagens opostos, meu conterrâneo cangaceiro, Virgulino Ferreira da Silva, mais conhecido como “Lampião” e um dos cavaleiros medievais da Távola Redonda do Rei Arthur, de nome Lancelote. Este encontro mais do que inusitado fez com que o ilustrador e autor Fernando Vilela, compusesse uma obra extremamente original, mesclando linguagens diversas: em verso, na sextilha do cordel sertanejo;e em prosa no tom das narrativas épicas da cultura medieval;em carimbo e xilogravura. É uma aventura visual e poética das culturas que são abordadas por esse autor. Ele mistura dois universos com características distintas, com seus dialetos e formas de expressão. O que me chamou a atenção foi como a diferença entre esses dois personagens pode nos fornecer uma história tão rica de imagens, sons, melodias e poesia. E particularmente gosto muito da literatura de cordel que nada mais é que um tipo de poesia popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores. Esse relato histórico me motivou a refletir na região Sudeste onde me encontro na atualidade. Alem dos nativos paulistanos, encontrarmos muitos nordestinos ou seja pessoas que já em algum momento da sua vida também viveu no sertão e na sua cultura também esta enraizado na memória a literatura de cordel. O Brasil com sua imensidão territorial, com seus vários estilos de falas e sotaques, ainda não é muito divulgado esse estilo literário nas escolas do sudeste, os professores de escolas publicas e privadas poderiam trabalhar de maneira respeitosa e lúdica esse gênero textual. Valorizando a forma da escrita através de rima com uma pitada de comédia, abordando assuntos do cotidiano escolar, ajudando os alunos no entendimento das matérias usando poemas inspirados na literatura de cordel. Poderiam organizar visitas a exposições em museus ou a bibliotecas para pesquisarem e discutirem sobre o assunto, ampliando assim o repertório argumentativo, histórico e cultural dos alunos Por inserir a Literatura de cordel em um futuro projeto, os professores estariam resgatando e disseminando a cultura literária de origem portuguesa, mas que culturalmente é bem empregada na região Nordeste do país. Por desenvolver esse recurso de leitura refletirão em vários outros aspectos que ocorre na rotina do sertão nordestino que é tão grande e tão rico em cultura.
Compartilhar