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Resenha Carlos Benetido Martins

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Resenha – O que é sociologia?
Capitulo I – O Surgimento
Dado o inicio da constituição das ciências naturais e suas ramificações, concatena-se um emaranhado complexo que proporciona um debate acerca da sociedade. Diante da transição do da sociedade feudal para a emergente sociedade capitalista, encontra-se vários pensadores que se empenharam a entender as novas situações da época.
Os dois grandes marcos históricos são as revoluções que se deram ao longo da idade média, a industrial e francesa, o que definiu a instauração da sociedade capitalista. 
Sobre a revolução industrial, grifo que, para Carlos Benedito Martins, “a revolução industrial significou mais do que a introdução da maquina (...) representou o triunfo capitalista, capitaneada pelo empresário capitalista (...) convertendo grandes massas humanas em simples trabalhadores despossuídos”. Assim sendo, denota-se que nesse momento histórico acontecia uma nítida substituição do homem pela maquina, o que era imensamente lucrativo para a indústria. Outrora, isso modifica todo o perfil social e elencava novos problemas da sociedade, gerindo assim uma preocupação maior com a problemática social.
Outro ponto importante dar-se-á nesse mesmo momento histórico, causando outro fenômeno social que fora de suma importância para a ascensão capitalista. Com a utilização da maquina, em vista da larga produção, a produção artesã independente fora destruída. Contudo, a alteração da atividade artesanal em manufatureira, logo após a atividade fabril, gerou o que hoje por nós denominamos êxodo rural. Sucedeu-se um movimento emigratório de larga escala do campo para a cidade, o mesmo que propiciou a entrada de mulheres e crianças às fabricas, com maior jornada de trabalho e com salários de subsistência. 
Ao longo da emergente industrialização e urbanização geradas pela crescente capitalista, realçaram vários males sociais que instigaram cada vez mais a pesquisa acerca do alastramento desse novo fenômeno social. 
Com o decorrer da revolução, deparamo-nos com um novo marco histórico e de fundamentação importância que é o surgimento do proletariado e seu papel na sociedade capitalista. Negaram suas condições de vida e manifestaram-se contrariamente às arbitrariedades imposta pelos empresários capitalistas. 
Com tantos acontecimentos e mudanças acontecendo em um determinado espaço de tempo, com a consubstanciação do capitalismo, colocam a sociedade num plano de análise, inferindo um problema social a ser estudado, um objeto de estudo que deveria ser designado a uma nova ciência. 
Apesar de tudo, o que vislumbravam não era modificar radicalmente a sociedade de seu tempo e muito menos a encaravam como um problema, mas as pesquisas e escritas fundamentadas por eles foram essenciais para um entendimento da nova sociedade.
Daí em diante, somos afrontados por alterações na forma de pensar, e com uma nova corrente que buscavam na razão as causas dos fenômenos que ocorriam. Pensadores empregavam uma duvida metódica, desprendendo-se de tudo o que foram lhe passados, a fim de chegar a uma causa racional dos fatos. O método consistia em observações e experimentações, congruentes a um meio que poderia ser usado para o estudo da sociedade. Assim sendo, chegar-se-ia a um entendimento mais completo da realidade.
Acerca do pensamento encontrado na obra de Vico, “é o homem que produz a história” podemos reiterar que o contexto histórico encontra-se bastante aflorado nesse nascimento (da sociologia). Quando de repente colocamos o homem como centro, e não mais a teologia imperava, ele busca racionalmente sanar as dúvidas que depara em sua história. Nasce aí o racionalismo, uma corrente que contribuiu concomitante a consolidação do capitalismo para emergir uma ciência para investigar os novos e problemáticos fenômenos sociais, elencados na nova sociedade emergente, em desenvolvimento precoce e complexo. 
Ressalta-se que na mesma época, o “homem comum” também se desprendia da teologia e passavam a ver as instituições sociais, normas como fenômenos ocorridos devido à atividade humana, construindo inconscientemente o pensamento racional que já vinha sendo empregado. 
A revolução francesa veio mais tardiamente. Descontruíram as novas acepções sociais e foram duramente criticados por pensadores franceses da época. Mesmo assim, sofriam dos mesmos sintomas da revolução industrial, grifando que o trabalho barato e quase escravo de mulheres e crianças também eram usados como artificio, com intuito lucrativo e que os novos fenômenos sociais, como prostituição, alcoolismo, etc., alastravam-se pelo país.
Exigia-se, em meio à necessidade, a instituição retardatária da figura do “chefe de família” para a recuperação da unidade social básica, o que desenfrearia o processo bastante acelerado da nova sociedade. Contudo, para Comte, um dos fundadores da nova ciência, “a sociologia deveria orientar-se no sentido de conhecer e estabelecer aquilo que ele denominava leis imutáveis da vida social”. Ou seja, a nova ciência ocupar-se-ia apenas de observar os fenômenos sociais ascendentes e deixaria todo o resto de lado. Isso seria a sociologia positivista. 
Capitulo II – A Formação
	Primeiramente, devemos retomar o gancho do capitulo que se foi, onde se norteia que a sociologia emergiu em meio ao emaranhado complexo do estabelecimento capitalista. Isso no diz que a sociologia, que nasceu juntamente a afirmação da sociedade capitalista, encontrará nela sua maior fontes de dados e, sobretudo, seu maior objeto de estudo (o que se dá pelos efeitos da nova sociedade). 
	A nova ciência encontrou no pensamento conservador a inspiração para formular seus principais conceitos. Conservadorismo advindo da sociedade feudal que fora introduzido como conceito base para investigar-se a nova sociedade.
	Mas por que resgatar conceitos da antiga sociedade já desintegrada? A resposta, a priori, parece simples. Os primeiros pensadores e sociólogos preocupavam-se com a ordem e a estabilidade e viram nos recursos utilizados na antiga sociedade meios de frearem os novos fenômenos sociais, que se disseminavam e assustavam com seus malefícios. Deparava-se com uma doença social, o mal do novo sistema. 
	Ademais, as ideias conservadoras serviram de norte para a não desestruturação econômica e política da nova sociedade no final do século XIX, na Europa. Assim a sociologia positivista apontava-se cada vez mais para estudar os fenômenos sociais e trazia consigo pensadores de suma importância para o crescimento e estabilidade da nova sociedade capitalista.
	Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim foram os principais percussores da nova ciência. Todos obtiveram influência tanto do conservadorismo, como de ideias socialistas. 
	Para Saint-Simon, apareciam na época novas forças atuantes na sociedade, capazes de propiciar uma nova coesão social. O pensamento social devia orientar-se pela indústria e pela produção. Segundo ele, “a ciência, (...), poderia desempenhar a mesma função da conservação social que a tivera no período feudal”. 
	Enquanto isso, Comte apresentava um pensamento mais sistematizado e segundo ele a sociedade europeia onde vivia encontrava-se em estado de caos social. Em sua obra, sociologia e positivismo se completa, sobressaindo se a valoração do pensamento humano. Ademais, Comte trazia a “ordem” e o “progresso” como necessidades mutuas da nova sociedade.
	Entrelaçado a estes pensamentos, Durkheim trazia a questão da ordem como uma preocupação constante. Mais seus fundamentos socialistas estavam mais aflorados que a dos demais, defendendo que a greve serviria como instrumento de luta. Seu grande objeto de estudo, porventura, não seria a sociedade em si. Ele desempenhou ao conceito anomia a tarefa de denotar “uma demonstração contundente de que a sociedade encontrava-se socialmente doente”. Conscientemente, Durkheim estudava os fatos sociais e as relações intrínsecas que dali gerava-se. 
	O objeto investigado do positivismo fora a manutenção e a preservação do capitalismo. O pensamento socialistaveio para destruir todos esses ideais, e é a partir dessa relação teórica que a sociedade capitalista é enfrentada como um acontecimento transitório. Contudo, é nítida a influencia do pensamento socialista para a caracterização do desenvolvimento e formação de um conhecimento sociológico negador e critico da nova sociedade. 
	Assim, estabeleceu-se também uma forte critica ao individualismo, onde a teoria era amplamente defendida, levantava que o homem era um animal essencialmente social. Desse modo, a sociologia positivista, além dos moldes tradicionais, preocupou-se com a ordem já existente e a manutenção da estabilidade social.
	Marx, um grande precursor do socialismo e ao pensamento sociológico, buscava as contradições sociais (na nova sociedade, capitalismo), para criticar e formular um modelo social. Pregando na sociedade capitalista a exploração, antagonismo e alienação, e não como dizia o positivismo que havia a solidariedade entre os homens. 
	Max Weber trouxe o caráter cientifico à sociologia. Seus estudos colocavam o individuo e sua ação como ponto chave da investigação. O mesmo queria refutar a prisão dos estudos aos institutos e grupos sociais e propor investidura a compreensão das ações dos indivíduos, sendo o ponto de partida da nova ciência. Sua proposta o levou a rejeitar o positivismo e levar a metodologia de investigação utilizada pelas ciências naturais. 
Capitulo III – O Desenvolvimento
	Em meio a dicotômicos rumos tomados pelo capitalismo, o caráter transitório e passageiro da sociedade moldada pela burguesia evidenciou-se. Contudo, a antropologia e as ciências sociais foram utilizadas para produzir meios e conhecimento para a dominação vigente. 
	A sociologia, como ciência, foi transformando-se com o passar do tempo. Criaram-se novos métodos, implantaram a pesquisa de campo, que se alastrou rapidamente e empenharam em pesquisas documentadas se suma importância para a evolução da mesma. Mesmo assim, a sociologia foi afastando-se do seu objeto de estudo original e desprendeu-se um pouco da dominação provocada pela sociedade capitalista. 
	Coadjuvante a essa evolução, muitos estudiosos buscaram formular e classificar as mistas relações sociais que ocorriam em todas as sociedades seja qual fosse o tempo e o lugar. Entretanto o estudo proposto excluía as realidades históricas vivas e concretas o que levavam a conceitos arbitrários e artificiais. 
	A sociologia teve um enfraquecimento considerável após as duas grandes guerras. Quebrou-se a continuidade dos trabalhos com a temática sociológica e o intercambio de estudo pelas nações. Sendo apenas sustentada ainda pela politica do “Estado-do-Bem-Estar-Social”.
	O empirismo, desenvolvido no decurso do século XX, encontrava-se ameaçado mais ainda com bastante ênfase na América do norte (especialmente, EUA). Lá os estudos continuavam a todo vapor e a produção de material acerca da sociedade emergente era bastante evidente, além da contribuição de pensadores europeus que também se encontravam lá por causa das grandes guerras.
	Vale citar que nos vários países que constituem a periferia capitalista, há uma indagação acerca da ordem, concernida na submissão arbitraria que eles vivem. 
	Por fim, grifo as palavras de Calos Benedito Martins, que tão bem nas palavras finais de seu livro, discorre sobre o papel do sociólogo moderno, que é “liberar sua ciência do aprisionamento que o poder burguês lhe impôs e transformar a sociologia em um instrumento de transformação social”.

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