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Genética aos Raminhos

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Doenças Genéticas 
 
1º Ano – 2º Semestre 
 
 
 
 
 
Elaborado por: 
Joana Marques 
 
 
 
 
2010/2011 
1 
 
 
Introdução 
 
Olá mais uma vez! 
Desta vez aventurei-me pela genética. O pedido para a elaboração desta sebenta surgiu no face-
book. Claro que exposta a tantos olhares não poderia negar a tentadora proposta da Pipoca para fazer esta 
pequena “sebenta”, ainda por cima com o encorajamento de 7 likes (ena tantos) e uns quantos post’s a 
perguntar se isto saía. Acho que isto não se poderá chamar de facto sebenta, já que não explica matéria 
nem descreve aulas. 
Aventurei-me nisto e espero que ajude. A tabela das doenças das TP’s foi feita a partir dos power-
points que os meus queridos colegas partilharam. Decidi ainda juntar uma lista de conceitos genéticos… A 
minha professora passava a vida a insistir com aquilo e, sinceramente, começava a baralhar aquilo tudo. 
Estando tudo mais juntinho espero que seja mais fácil para comparar e esclarecer conceitos! 
No final tem uma tabela resumida (se calhar demasiado até) com as doenças abordadas nas teóri-
cas. Acrescentei algumas coisas a uma tabela que a Aninhas me enviou (obrigada!). 
Espero que não encontrem erros… 
Muito boa sorte para todos! 
 
Joana Marques 
 
 
2 
 
 
Conceitos Genéticos 
 Doenças genéticas 
 Autossómicas Dominantes - doenças que se manifestam na presença de apenas um alelo mutado, ou seja, 
em indivíduos heterozigóticos. A árvore genealógica desta doença caracteriza-se pela sua presença em 
todas as gerações. Pais saudáveis não têm filhos doentes. 
 Autossómicas Recessivas - doenças que se manifestam apenas na presença dos dois alelos mutados, ou 
seja, em homozigotia. A árvore genealógica desta doença caracteriza-se por existirem algumas gerações 
sem nenhum indivíduo afectado. Pais saudáveis poderão ter filhos doentes. 
 Ligadas ao Y - estão presentes apenas em indivíduos do sexo masculino. São transmitidas apenas de pai 
para filho. 
 Ligadas ao X - a manifestação de doenças deste tipo será diferente nos dois sexos: na mulher comporta-se 
como uma doença autossómica; no homem, quando a mutação está presente irá manifestar-se a doença 
(poderá ser influenciado pela penetrância, claro). Assim, o homem apresenta uma incidência superior à 
mulher. 
De que forma a mulher pode expressar a doença? 
 -Homozigotia (terá que ter um pai afectado e uma mãe portadora); 
 -Lionização (o silenciamento dos cromossomas poderá ser desfavorável); 
 -Sindrome de Turner (uma vez que só possui um cromossoma, terá um comportamento semelhante 
ao que ocorre no sexo masculino. 
 -Dissomia (há duplicação da informação genética, logo, a mutação também se encontra duplicada) 
 -Translocação seguida de lionização. 
 
 Tipos de Dominância: 
 Simples ou completa – quando apenas a presença de um alelo provoca o aparecimento da doença. 
 Incompleta ou parcial – os indivíduos heterozigóticos apresentam um fenótipo intermédio, podendo tam-
bém ser assintomáticos. Os indivíduos homozigóticos apresenam a expressividade total. 
 Co-dominância – num indivíduo heterozigótico os alelos são expressos na mesma quantidade. 
 Negativa - alelo mutante interfere na acção do alelo normal. 
 
 Tipos de doenças (de acordo com a função): 
 Amórficas – o alelo não produz o produto. 
 Hipomórficas – o alelo origina quantidade ou actividade reduzida do produto. 
 Hipermórficas – o alelo origina quantidade ou actividade acrescida do produto. 
 Neomórficas – o alelo origina uma nova actividade ou produto. 
 Antimórfico – o alelo cuja actividade ou produto é antagonista da actividade do produto normal. 
 Letais 
 
 Homozigotia letal – em grande parte das dominâncias completas não existe indivíduos homozigóticos para a 
mutação. Isto porque a homozigotia é incompatível com a vida. 
 Haplossuficiência – característica das doenças recessivas. Um alelo saudável assegura que o indivíduo seja saudá-
vel. 
 Haploinssuficiência – característica de doenças dominantes. A existência de um alelo mutado não é suficiente 
para satisfazer as necessidades do organismo. 
 
 
3 
 
 
 
 Mutação de novo - Uma nova mutação que não foi herdada de nenhum dos pais. 
 Mosaicismo – está intimamente relacionado com a lionização, especialmente no caso da mulher. Existem outros 
tipos de mosaicos somáticos, que derivam de mutações precoces no desenvolvimento e permitam a existência de 
células com e sem mutação no indivíduo. 
 Dissomia: ocorre quando uma pessoa recebe duas cópias de um cromossoma ou parte de um cromossoma de um 
dos pais e nenhuma cópia do outro. 
 
 Prevalência ou Incidência: indica o número de pessoas de uma determinada população afectados pela doença. 
Permite compreender o quão frequente é a doença. 
 Penetrância: refere-se à quantidade de indivíduos portadores da mutação genética que manifestam a doença. 
 Penetrância incompleta: refere-se à situação em que, num grupo de indivíduos com o mesmo genótipo, 
alguns não expressam o fenótipo da maioria, ou o fenótipo "que deveriam" 
 Expressividade: Entre aquelas pessoas, nas quais o gene teve seu produto expresso, ocorre uma graduação do 
fenótipo, ou seja, os efeitos não são sentidos de igual forma em todos os indivíduos. Dependendo do grau do 
defeito exercido pelo gene, do grau de manifestação clínica e da natureza e da gravidade do fenótipo em si dife-
rentes intensidades de apresentações clínicas poderão ser encontradas. 
 Pleiotropismo: refere-se à capacidade de um único gene controlar o aparecimento de alterações em sistemas, 
tecidos ou células distintas, que não aparentam estar relacionadas. 
 
 Heterogeneidade genética alélica: refere-se à existência de mutações diferentes no mesmo loci, que provocam o 
aparecimento da doença. 
 Heterogenidade genética não alélica: refere-se à existência de mutações diferentes, em loci diferentes (por vezes 
até em cromossomas diferentes) que provocam o aparecimento da doença. 
 Compostos genéticos: presença, num mesmo indivíduo, de mutações distintas. Estas mutações poderão, ao apre-
sentar-se simultaneamente resultar na manifestação da doença ou, em alguns casos, resultar no efeito negativo 
que uma das mutações provocava. 
 
4 
 
Doenças Genéticas (TPs) 
D
o
e
n
ça
 
Mutação 
(localização e 
gene) 
A mutação 
afecta… 
Que vai provocar a sintomatologia… 
Conceitos genéticos que se 
aplicam… 
Observações 
 D
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d
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α
1
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Doença 
Autossómica 
recessiva 
 
Atinge o gene 
da α1-anti-
tripsina 
14q32.1 
A α1-anti-tripsina adquire 
uma configuração distinta 
do habitual, inviabilizando a 
sua saída do fígado e deslo-
cação até aos alvéolos. 
A nível pulmonar, a redução da α1-AT vai provocar difi-
culdades em neutralizar as proteases. Isto traduz-se na 
perda sucessiva da estrutura pulmonar, culminando no 
enfisema pulmonar. Os doentes aparentam: 
 Falta de ar e fadiga; 
 Doença pulmonar obstrutiva crónica 
 Infecções respiratórias crónicas; 
A nível hepático, pensa-se que existirá uma lesão decor-
rente da acumulação da proteína mutante no fígado. 
Doente apresenta cirrose e insuficiência hepática. 
Prevalência: 1:1 500-3 500 
Penetrância incompleta. 
Apresenta pleiotropismo. 
Apresenta heterogeneidade 
alélica. 
Existem mais de 1000 variantes 
alélicas (polimórfico), sendo a 
variante ZZ a mais grave. 
Os vários alelos que existem 
estabelecem relações de co-
dominância (M<S<Z) 
Tratamento passa por uma terapia 
de reposição intravenosa da α1-anti-
tripsina. 
Esta doença é muito agravada pela 
existência de comportamentos de 
risco, tais como fumar. 
P
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A
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 F
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ar
 Doença 
Autossómica 
Dominante 
 
Atinge o gene 
da transtirre-
tina 
18q12.1 
A transtirretina é produzida 
no fígado e está envolvida 
no transporte de lípidos, 
tiroxina, vitamina A e reti-
nol. 
Quando mutada, decom-
põe-se nos seus monóme-
ros, provocando a formação 
de fibrilas amilóides. 
 Polineuropatia periférica: perda de sensibilidade táctil e 
de dor, perda de destreza motora (uma vez que os depó-
sitos amilóides se dão ao nível do sistema nervoso perifé-
rico). 
 Perturbações oculares: glaucoma, opacidade vítrea; 
 Disfunção eréctil e urinária; 
 Perturbações gastro-intestinais; 
 Disfunções renais (diminuição da filtração glomerular; 
 Problemas cardíacos (diferentes arritmias, obstruções 
aurículo-ventriculares). 
Penetrância=83% 
Apresenta Pleiotropismo. 
Heterogeneidade genética alé-
lica (estão descritas mais de 80 
mutações diferentes). 
Identificaram-se compostos 
genéticos em que as mutações 
de alguma forma “compensam-
se” anulando a acção uma da 
outra. 
Vulgarmente designada por “Doença 
do Pézinho”. 
Indivíduos homozigóticos e heterozi-
góticos não apresentam grandes 
diferenças a nível dos sintomas. 
 
Sintomas surgem entre 25-30anos 
A única forma de tratamento será 
transplante hepático, uma vez que 
este é produtor da transtirretina. 
In
to
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H
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Fr
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se
 
Doença 
Autossómica 
Recessiva 
 
Atinge o gene 
ALDOB 
9q22.3 
A mutação reflecte-se na 
ausência do enzima Aldo-
lase-B, tornando-se impos-
sível metabolizar a frutose e 
outros açúcares relaciona-
dos. A frutose acaba por se 
acumular no fígado, rins e 
intestino delgado. 
 A ausência da aldolase-B conduz à retenção de frutose-
1-P. Este glícido constitui uma importante fonte glicídica 
e, por isso, conduz a situações de hipoglicémia. 
 Baixo peso para a idade (existe uma aminoacidémia, 
agravada por lesão dos tubos renais; resulta na origem de 
doença metabólica óssea e atraso no crescimento. 
 Hepatomegália, e posterior cirrose hepática, uma vez 
que estes enzimas são tóxicos para as células do fígado 
pois impede o fosfato esteja disponível para a síntese de 
ATP. 
 Frutusémia, Hipermagnesémia e hiperuricémia. 
 Naúseas e vómitos. Irritabilidade e convulsões. 
Prevalência: 1:100 000 (mun-
dial) 
Apresenta pleiotropismo. 
Heterogeneidade genética alé-
lica (descritas mais de 21 muta-
ções) 
Foram descritos alguns com-
postos genéticos. 
Sintomas iniciam-se logo após a 
criança deixar de mamar. 
 
O tratamento passa pela adopção de 
uma dieta que exclua todos os ali-
mentos que contêm frutose. 
 
5 
 
D
o
e
n
ça
 
Mutação 
(localização e 
gene) 
A mutação 
afecta… 
Que vai provocar a sintomatologia… 
Conceitos genéticos 
que se aplicam… 
Observações 
D
o
e
n
ça
 d
e
 F
ab
ry
 
Doença 
Recessiva 
ligada ao X. 
Atinge o gene 
GLA. 
X q22.1 
O gene codifica a α-galactosi-
dase-A. Assim, vai ocorrer a 
acumulação de galactose e 
lactosilceramida nos lisosso-
mas. 
 Coração: há acumulação em estruturas cardíacas 
como miocárdio e endocárdio. Assim, podem apre-
sentar, angina, fadiga, palpitações, etc. 
 Pele: surgem vários angioqueratomas; 
 Enfraquecimento do rim; 
 Dor neuropática (iniciada nas extremidades); 
 Visão: apresentam a córnea verticillata; 
 Alterações de sudurese 
Homens apresentam 
penetrância muito 
elevada; mulheres 
apresentam penetrân-
cia de 70%, expressivi-
dade muito variável. 
Apresenta pleiotro-
pismo. 
Heterogeneidade 
genética alélica. 
Os sintomas surgem na infância/adolescência, com 
uma esperança média de vida de 41 anos. 
Tratamento: terapia enzimática de substituição, 
terapia por chaperone (no caso da mutação se 
dever ao incorrecto folding da proteína) ou terapia 
genética. 
P
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A
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In
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Doença 
Autossómica 
Dominante 
 
Atinge o gene 
HMBS 
19 q23:3 
O gene HMBS codifica um 
enzima que está envolvida na 
produção do heme. A acu-
mulação do precursor do 
enzima HMBS vai tornar-se 
tóxica para o organismo. Nes-
te caso, as porfírias acumu-
lam-se no fígado. 
Afecta, principalmente, o sistema nervoso, que vai 
reflectir-se nos sistemas: 
 Gastro-intestinal: dores abdominais intensas, 
vómitos, obstipação, diarreia ou distensão abdo-
minal. 
 Urinário: micção difícil e distúrbio no sistema 
renina-angiotensina-aldosterona. Urina fica arro-
xeada (existe um grande número de percursores 
de heme em circulação para tentar repor os níveis, 
acabando por ser acumulados na urina) 
 Fraqueza muscular, tremores, convulsões; altera-
ção dos níveis de consciência, alucinações, etc. 
Verifica-se ainda um estado de hiponatrémia. 
Prevalência: 1:10 000 
Penetrância: 1:4 
Apresenta pleiotropis-
mo 
Existem várias muta-
ções registadas, sem 
maior prevalência de 
nenhuma  efeito 
fundador e mutação de 
novo. 
Homozigotia é incom-
patível com a vida, 
bem como heterozigo-
tia dupla. 
O aparecimento desta doença relaciona-se com a 
exposição aos factores desencadeadores: fármacos 
(para problemas cardiovasculares ou respiratórios, 
ansiolíticos, etc); hormonas (progesterona); dietas 
hipocalóricas e grandes períodos de jejum; álcool; 
stress. 
São mais frequentes nas mulheres do que nos 
homens, devido às diferenças hormonais. 
Tratamento passa por evitar os factores desenca-
deadores, adoptar uma dieta rica em glícidos, 
administração de hematinina, com o objectivo de 
aumentar [heme]. 
D
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 C
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Poderá ser: 
 Doença 
ligada ao X. 
Atinge o gene 
CYBB. X p 21.1 
 Doença 
Autossómica 
Recessiva. 
Atinge os 
genes NCF1 
(9q), NCF2 
(1q) ou CYBA 
(16q). 
A mutação ligada ao X corres-
ponde a uma mutação na 
proteína do citocromo B 
(60%). Activação é responsá-
vel pela captura do O2 e trans-
formação em superóxido. 
A mutação autossómica cor-
responde a falhas na síntese 
das subunidades. 
Os vários genes codificam 
subunidades da NADPH Oxi-
dase, que vai permitir o burst 
oxidativo 
Esta doença é uma imunodeficiência. Os doentes 
vão, desta forma, apresentar: 
 Várias infecções: da pele, narinas, ouvidos, pul-
mões e osso. 
 Gengivite, úlceras aftosas, dermatite seborraica, 
 Artrite reumatóide juvenil ou purulenta 
 Abcessos hepáticos. 
 Inflamação excessiva, com granulomas. 
 Acumulação de macrófagos, sem digestão. 
 Gânglios aumentados 
 Obstruçãso dos tractos GI+GU. 
 Hipergamaglobulinemia. 
Prevalência: 
1:4milhões 
Penetrância completa. 
NÃO apresenta Pleio-
tropismo. 
Apresenta mosaicismo 
(zonas mais susceptí-
veis a aftas e erupções 
cutâneas) 
Apresenta Heteroge-
neidade Alélica e não 
Alélica. 
Especialmente sensíveis a infecções bacterianas e 
fúngicas, não particularmente sensíveis a vírus (os 
anticorpos circulam em quantidade e qualidade 
apropriada) 
As crianças que apresentam esta doença nascem 
saudáveis e nos primeiros meses começam a 
desenvolver infecções bacterianas ou fúngicas 
recorrentes. 
O sexo masculino será mais afectado pela doença, 
principalmente através da via de transmissão liga-
da ao X. 
Tratamento passa por administração de antibióti-
cos, sendo possível o transplante de medula óssea. 
 
6 
 
 
D
o
e
n
ça
 
Mutação 
(localização 
e gene) 
A mutação 
afecta… 
Que vai provocar a sintomatologia… 
Conceitos genéticos que 
se aplicam… 
Observações 
H
o
m
o
ci
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in
ú
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 Doença 
Autossómica 
Recessiva 
 
Atinge o 
gene CBS 
21q22.3 
Na ausência do enzima 
cistationina-β-sintase,o 
metabolismo do ami-
noácido metionina é alte-
rado, havendo acu-
mulação de homocisteína 
e metioninca no sangue e 
urina. 
 Ptose do cristalino por luxação (cisteína é fundamen-
tal para a formação dos ligamentos da zónula ocular); 
 Atraso no desenvolvimento motor e no início da lin-
guagem (encontra-se em estudo a influência da expres-
são da CBS nos astrócitos e células da glia); 
 Ossos longos e finos e sinais de osteoporose (a ele-
vada concentração de homocisteína interfere com a 
síntese normal das ligações cruzadas do colagénio). 
Escoliose, aracnodactilia, pés calvos, joelho valgo, peito 
escavado ou carinado; 
 Problemas vasculares como tromboembolias e AVC. 
Prevalência: 1:344000 
Apresenta Pleiotropismo 
Heterogeneidade alélica 
(mais de 130 mutações 
descritas) 
Heterogeneidade não 
alélica (estão descritas 
mutações noutros genes 
que provocam fenótipo) 
Maioria dos doentes são 
heterozigóticos compos-
tos 
A doença é mais frequente em países do norte da 
Europa e paises colonizados (EUA e Austrália) 
Tratamento: dieta pobre em metionina; adminis-
tração de piridoxina, ácido fólico, beteína (nem 
todas as substâncias são eficazes para todos os 
doentes). 
O diagnóstico desta doença é realizada após o 
nascimento, com o chamado “teste do pezinho”. 
H
e
m
o
cr
o
m
at
o
se
 Doença 
Autossómica 
Recessiva 
 
Atinge o 
gene HFE 
6p21.3 
O gene codifica uma pro-
teína (transferrina) que 
tem como função regular 
a absorção de ferro. A 
mutação principal provoca 
uma predisposição para a 
absorção de ferro. 
O ferro vai acumular-se em vários órgãos provocando a 
formação de depósitos férricos. 
 Hepatomegália, esplenomegália; 
 Falência cardíaca congestiva (traduz-se em cansaço, 
fraqueza, alterações de pressão arterial); 
 Pigmentação excessiva da pele; 
Diabetes mellitus, artropatia, hipogonadismo. 
Prevalência: 1:200 
Penetrância: varia con-
soante a mutação verifi-
cada. 
Apresenta Pleiotropismo 
Há heterogeneidade alé-
lica e não alélica. 
Existem compostos 
genéticos. 
A prevalência é bastante grande. Pensa-se que 
no passado esta doença tenha constituído uma 
vantagem relativamente à anemia. 
Há maior percentagem de homens do que 
mulheres afectados, uma vez que a mulher perde 
sangue mensalmente, equilibrando os níveis de 
ferro. 
Existe um tipo secundário, que se caracteriza 
pelo aparecimento da doença, como consequên-
cia de uma outra patologia. 
Tratamento: flebotomia terapêutica (retirada do 
excesso de ferro); uso de sequestrantes de ferro; 
controlo da dieta. 
D
o
e
n
ça
 d
e
 H
a
rt
n
u
p
 Doença 
Autossómica 
Recessiva 
 
Atinge o 
gene 
SLC6A19 
5p15.33 
Codifica a proteína B0AT1, 
responsável pelo transpor-
te de aminoácidos neutros 
(no intestino e nos rins), 
especificamente o tripto-
fano (que acaba por ser 
convertido em serotonina, 
melatonina e niacina). A 
niacina é um precursor da 
nicotinamida (componen-
te necessário do NAD
+
) 
 Ataxia intermitente, tremores, cefaleias (serotonina é 
um neurotransmissor); 
 Problemas de visão; 
 Dermatite, Fotossenssibilidade; 
 Problemas de crescimento; 
 Presença de proteínas na urina; 
 Problemas intestinais: diarreia, etc. 
Prevalência: 1:30 000 
Penetrância incompleta 
Apresenta Pleiotropismo 
Heterogeneidade alélica 
(21 mutações descritas) 
A maior parte dos pacientes são assintomáticos. 
Muito influenciada pelo ambiente, especialmen-
te pela dieta. 
Tratamento passa por adoptar uma dieta rica em 
proteínas, evitar a exposição solar; é fundamen-
tal recorrer a suplementos de niacina. 
7 
 
Doenças Genéticas (Ts) 
 
Doença Mutação Alterações Metabólicas & Sintomatologia Conceitos genéticos 
Fibrose Quís-
tica 
Doença Autossómica Reces-
siva. 
Atinge o gene CFTR (7c31) 
O gene CFTR codifica um canal de cloro. Assim, a sua deficiência irá provocar alterações na viscosidade 
dos mucos 
Doenças pulmonares (infecções); alterações gastrointestinais (pancreáticas) devido à deficiente produ-
ção de secreções; secreções das glândulas sudoríparas, parótida e salivares também serão alteradas. 
Pleiotropismo 
Possui várias classes de expres-
sividade, de acordo com a gra-
vidade. 
Síndrome de 
Marfan 
Doença Autossómica Domi-
nante 
Atinge o gene FBN1 (15q21) 
Doença do tecido conjuntivo por defeito na fibrilina tipo 1. 
Indivíduos altos, com laxidão articular, relação envergadura:altura>1,05, deformidades da parede toráci-
ca, escoliose e relação segmento corporal superior/inferior reduzida, dilatação da aorta ascendente com 
maior risco de dissecção. 
Pleiotropismo 
Um quarto dos doentes tem 
mutações esporádicas de novo 
Doença de 
Wilson 
Doença Autossómica Reces-
siva 
Atinge o gene ATP7B 
Retenção de cobre no fígado, podendo existir mesmo cirrose 
Alterações na fala e no movimento 
Depósitos de cobre nos olhos (anéis de Kayser-Fleischer) 
 
Distrofia 
Muscular de 
Duchenne 
Doença ligada ao X 
Atinge o gene DMD (Xp21) 
ocasionado pela deleção do gene que codifica a proteína distrofina, essencial para a manuten-
ção da membrana da célula muscular. 
Caracteriza-se pela degeneração progressiva e irreversível da musculatura esquelética, levando 
a uma fraqueza muscular generalizada. 
Não apresenta pleiotropismo 
Xeroderma 
Pigmentoso 
Doença Autossómica Reces-
siva 
Poderá ocorrer a mutação 
em vários cromossomas. 
Mais frequente no gene 
NER. 
Os mecanismos de reparação do DNA quando há uma lesão provocada por raios ultravioletas estão 
ausentes. Assim, os indivíduos são hipersensíveis à luz solar, sendo comum o desenvolvimento de cancro 
da pele associado. 
Heterogeneidade genética não 
alélica. 
Não apresenta pleiotropistmo. 
Hipercoleste-
rolémia Fami-
liar 
Doença Autossómica Domi-
nante. 
Atinge o gene que produz o 
receptor das LDL. 
Uma vez que os receptores das LDL são afectados, verificam-se níveis elevados de LDL plasmática. 
Xantomas tendinosos, aterosclerose coronária prematura 
Heterogeneidade alélica 
Dominância incomplete (em 
heterozigotia, há alguma incor-
poração do LDL para as células) 
Fenilcetonú-
ria 
Doença Autossómica Reces-
siva. 
Atinge o gene PAH (12q22) 
O gene codifica a enzima fenilalanina hidroxilase. Esta é responsável pela hidrólise da fenilalanina em 
tirosina (por sua vez envolvida na síntese de melanina). Uma vez que a fenilalanina se encontra em 
excesso irá tornar-se tóxica para o cérebro. Caracterizado por problemas neurológicos, que se traduzem 
em atrasos mentais, dificuldades psicomotoras, convulsões, microcefalia, etc. 
Heterogeneidade não alélica 
Anemia Falci-
forme 
Doença Autossómica Reces-
siva 
Atinge o gene HbS 
Existe uma alteração da forma dos eritrócitos. Doente apresenta: anemia hemolítica, AVC, Insuficiência 
renal, maior incidência de infecções, insuficiência cardíaca 
 
 
 
8 
 
 
Acondropla-
sia 
Doença Autossómica Domi-
nante 
Mutações no gene FGFR3 
Estatura pequena, encurtamento rizomélico, mãos em tridente, apneia do sono, atraso no desenvolvi-
mento, perda de audição, dificuldade respiratória, hidrocefalia, estenose do foramen magnum e do canal 
espinhal 
Apresenta pleiotropismo 
Alguns doentes apresentam 
mutações de novo. 
Hemofilia A Doença Ligada ao X 
Atinge o gene do factor VIII 
(Xq28) 
Ausência do factor de coagulação VIII 
O doente apresenta hemorragias traumáticas 
Heterogeneidade alélica 
Interacção dos genes dos facto-
res de coagulação VIII e IX 
Síndrome de 
Lesch-Nyhan 
Doença Ligada ao X 
Atinge o gene HPRT (Xq26) 
Mutações do gene levam a hiperuricémia, hiperuricosúria (Ác. Úrico elevado no sangue e urina, respecti-
vamente). 
HGPRT1 é 1 enzima do metabolismo das purinas, q cataliza a conversão de hipoxantinapara IMP e de 
guanina para GMP. 
Um terço dos casos deve-se a 
mutações de novo. 
Heterogeneidade alélica. Pleio-
tropismo. Genes modificadores

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