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ESPELHO, QUEM SOU EU? SUMÁRIO 1. Tema ------------------------------------------------------------------------------ 1 2. Justificativa -------------------------------------------------------------------- 1 3. Situação-problema ---------------------------------------------------------- 1 4. Público-Alvo ------------------------------------------------------------------ 2 5. Objetivos Gerais ------------------------------------------------------------- 2 5.1. Objetivos Específicos --------------------------------------------------- 2 6. Embasamento teórico ---------------------------------------- ---------- 2-3 7. Percurso Metodológico ---------------------------------------------------- 3 8. Recursos ----------------------------------------------------------------------- 4 9. Cronograma e atividades ------------------------------------------------- 4 10. Avaliação ----------------------------------------------------------------------- 5 11. Considerações finais ------------------------------------------------------ 5 12. Referências Bibliográficas ------------------------------------------------- 6 1. Tema O tema escolhido incentiva a trabalhar com a identidade pessoal. A identidade tem função de distinguir, marcar diferenças, sejam elas físicas, emocionais ou comportamentais. Desde o nascimento até o final da vida os seres humanos são marcados por ações, que ajudam na construção de identificar gostos e reconhecer limites. Porém toda essa construção não se faz sozinha, e tem influência da sociedade, família, cultura e também da escola que tem um papel essencial nesse contexto. 2. Justificativa O projeto será trabalhado com a identidade de cada criança, valorizando-a como um ser social e possibilitando a percepção pessoal, pois cada ser possui sua importância para a sociedade como elemento que a constitui e transforma. O espelho é de grande importância para o desenvolvimento da criança. Por meio dele, ela se conhece, raciocina, descobre seu eu, desenvolve o esquema corporal e se distingue das coisas e das outras pessoas. Ela passa a ser ela mesma. Essa identificação através do espelho reaparece de tempos em tempos para reajustar a imagem corporal devido ao crescimento físico. 3. Situação-problema O projeto foi escolhido a partir de questionamentos feitos pelas crianças, como por exemplo: Quem sou eu? Como sou? Porque as respostas a essas questões são fundamentais para a construção da personalidade. Cedo à criança começa e se entender como sujeito e adquirir consciência corporal para se desenvolver e se organizar no espaço e saber se posicionar e se diferenciar do outro, numa exploração sensorial relacionada ao desenvolvimento psicológico, essencial para que o indivíduo se perceba como alguém autônomo e com domínio de si. As atividades coletivas também são importantes para as crianças perceberem o outro, lidar com regras e frustrações. A interação da criança com o ambiente acontece por meio de observação e de exploração do espaço de forma lúdica através de brincadeiras, histórias e vivências, para favorecer a criação de um espaço mágico e acolhedor. 1 4. Público–alvo Educação Infantil Maternal I – 4 anos 5. Objetivo Geral Descobrir sua identidade mediante o conhecimento de seu próprio corpo com suas possibilidades e limitações, se identificando como seres únicos. 5.1. Objetivos Específicos Trabalhar a identidade, Favorecer a exploração corporal, através de contato com outros colegas e das diversas linguagens, Desenvolver a imaginação, Ampliar a confiança 6. Embasamento teórico Segundo o médico, psicólogo e filósofo francês Henri Wallon (1879- 1962), um dos principais estudiosos do desenvolvimento infantil, antes mesmo da aquisição da linguagem, a emoção se configura como o meio utilizado para estabelecer uma relação com o mundo. Ele foi o primeiro pesquisador a incluir a afetividade como componente para a formação integral da criança, junto do movimento, da inteligência e da formação do eu como pessoa. Aspectos motores, afetivos e cognitivos, portanto, integram-se o tempo todo ao longo do desenvolvimento. E a manutenção de vínculos com os adultos é essencial. Esse aspecto é explorado com profundidade na obra do psicólogo bielo- russo Vygotsky (1896-1934), para quem o homem é dialógico por natureza. Isso significa que ele precisa dos semelhantes para existir, ser e viver. O psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981), vai ainda mais fundo. Para ele, a idéia que temos do "eu" só é possível graças ao outro. 2 Ou seja, o "eu" é construído pela imagem do outro. A identidade e a autonomia, portanto, estão intimamente ligadas às relações com o grupo. À medida que os pequenos vão sendo atendidos em suas necessidades básicas, eles passam a identificar as pessoas que cuidam delas e aprendem a se localizar no ambiente. Aos poucos, também percebem que são distintos das outras pessoas e passam por um estágio de reconhecimento da própria imagem diante do espelho, marca da passagem que diferencia o "eu" do outro. Um dos estágios mais importantes no desenvolvimento de qualquer pessoa é o que o psicanalista francês Jacques Lacan (1901-1981) denominou como estádio do espelho ("estádio", no caso, é sinônimo de fase ou período). Quando a criança é colocada em frente a um espelho, ela progressivamente reconhece a imagem refletida de seu corpo e é a partir dessa experiência que o "eu" começa a ser construído. Espelhos, portanto, são elementos imprescindíveis para a construção da identidade e devem estar em todas as salas na creche. Eles ajudam as crianças a ter consciência dos limites do próprio corpo e a observar os próprios movimentos, diferenciando-se dos colegas e do ambiente. Mantenha-os baixos, na altura dos pequenos, e ofereça oportunidades para que eles façam caretas, dancem, comparem imagens e realizem desafios corporais em frente ao espelho. 7. Percurso Metodológico O tema será explorado da seguinte forma: Introdução de espelhos na sala de aula e observação do comportamento das crianças diante da sua própria imagem; Mostrar para as crianças imagens de partes do corpo, fotos de mães, pais, crianças; Fazer duplas, onde cada criança ficará de frente para a outra, uma sendo o “modelo” e a outra sendo o “espelho”; fazendo a identificação de partes do corpo e falando seu nome; Solicitação de fotos das crianças e de seus familiares às famílias; Montagem de uma exposição com as fotos para que cada criança pudesse identificar a sua, a dos colegas e dos familiares; Trabalho com músicas sobre o tema. 3 8. Recursos Materiais: Espelho Figuras de partes do corpo Livros Fotos de pessoas diversas Fotos dos familiares Barbante Cola Cartolina Aparelho de DVD Televisão DVD de músicas sobre o tema 9. Cronograma de atividades O tema será trabalhado durante uma semana. No primeirodia será feita a introdução e observação da imagem no espelho e apresentação as imagens das partes do corpo e fotos de pessoas diversas; No segundo dia será feita a brincadeira de duplas para identificação das partes do corpo; No terceiro dia solicitarei as fotos aos responsáveis e ouviremos e assistiremos os DVDs escolhidos. No quarto dia serão reunidas as fotos para a exposição e colagem nas cartolinas que serão feitas com o auxilio das próprias crianças. No quinto dia será feita e exposição das imagens e trabalharei com as crianças mostrando cada foto e pedindo para eles identificarem quem é a pessoa. 4 10. Avaliação Registro do processo será avaliado dia-dia e terá como base de observação a interação das crianças em grupo, na participação, interesse e desenvolvimento das atividades e desafios propostos e na exploração do mundo. A avaliação terá um processo de valorização de todas as conquistas e descobertas feitas individualmente e coletivamente. 11. Considerações Finais A construção da identidade e da autonomia na criança acontece de forma gradativa nos primeiros anos da infância, quando todos os envolvidos no processo se dispõem em estimular a criança de forma organizada, intencional e planejada. Segundo o Referencia Curricular Nacional para a Educação Infantil, a identidade é uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir, de pensar e da história pessoal. Já a autonomia é a capacidade de se conduzir e tomar decisões por- si próprio, perspectivas pessoais, bem como a perspectiva do outro. Assim, autoconhecimento é base para futuras aprendizagens e a rotina nas atividades planejadas adequadamente dão segurança às crianças, promovendo vínculos afetivos que proporcionem desafios e como conseqüência, novos aprendizados. Nesta perspectiva, nós como docentes devemos atuar como mediadores, e devemos buscar na equipe pedagógica da escola apoio para sua formação constante e assim desenvolver práticas pedagógicas que privilegiem o movimento teoria/prática/teoria. Movimento este que valoriza ações e atitudes que efetivam de fato a identidade e a autonomia na da criança. 5 12. Referências bibliográficas DUTRA, P. S. Construindo identidades. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Prêmio Professores do Brasil. Compartilhe o desafio de ensinar e aprender. Brasília: MEC/SEB, 2006, p. 129-132. LADEIA, D. O eu criança na Educação Infantil. Revista Criança do Professor de Educação Infantil, Brasília, n. 35, p. 19-21, dez. 2001. FERREIRA, Maria Clotilde Rossetti. A educação coletiva do pequeno cidadão de 0 a 3 anos. IN: Revista Criança do professor de educação infantil. Brasília. MEC, nº 46, dezembro de 2008. KRAMER, S. As crianças de 0 a 6 anos nas políticas educacionais no Brasil: educação infantil e/é fundamental. Educação e Sociedade, Campinas, SP, v. 27, n. 96, out. 2006. MATURANA R., Humberto Emoções e linguagem na educação e na política / Humberto Maturana; tradução: José Fernando Campos Fortes. - Belo Horizonte: Ed. UFMG, P. 29. 1998. VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins - Fontes, 2001. VYGOTSKI, L. S. Formação social da mente. 3- São Paulo: Martins Fontes- 1989. 6
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