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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – UNIJUÍ DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA – DETEC CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA – EGE Aula 01 Caracterização e Previsão de Carga Disciplina: Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica Prof. Moises M. Santos moises.santos@unijui.edu.br 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 2 1. Demanda 1.1 Definições Básicas • Demanda – Compreende a carga média consumida uma instalação, ou sistema, em um intervalo de tempo especificado. • Tempo de Integralização – Período de tempo no qual a demanda é calculada. – No Brasil, para fins de faturamento as distribuidoras de energia utilizam um tempo de integralização de 15 minutos. • A demanda pode ser dada em kilowatts, kilovars, kilovoltamperes, ou em ampéres. 1. Demanda 1.2 Curva de Carga • A figura a seguir apresenta a variação da demanda diária de um dado sistema (curva de carga) . – A seleção do tempo total e ∆t é arbitrária. – A carga é expressa em P.U. do valor de pico da demanda. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 3 1. Demanda 1.3 Classificações • Máxima Demanda – A máxima demanda de uma instalação ou sistema é a maior de todas as demandas registradas durante um período de tempo especificado. – É fundamental especificar o período em analisado (dia, semana, mês, ano). – Impõe as condições mais severas de aquecimento e queda de tensão. • Demanda Diversificada (demanda coincidente) - A demanda diversificada de um dado conjunto de cargas, num dado instante de tempo, é a soma das demandas individuais naquele instante de tempo. – A demanda máxima, em via de regra, não corresponde a soma das demandas máximas individuas dos consumidores. – Normalmente, nem todos os consumidores tem sua demanda máxima de consumo no mesmo instante de tempo. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 4 ni idiv tDtD ,1 11 )()( (1) 2. Fatores Típicos de Carga 2.1 Fator de Diversidade/Coincidência • Fator de Diversidade – Define-se como fator de diversidade do conjunto de carga como a relação entre a soma das demandas máximas das cargas e a demanda máxima do conjunto. – O fator de diversidade é adimensional e >=1. • Fator de Coincidência - É o inverso do fator de diversidade. – O fator de coincidência é adimensional e <=1. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 5 max, ,1 max, )( div ni i div D tD f ni i div div coinc tD D f f ,1 max, max, )( 1 (2) (3) • Fator de Contribuição – O fator de contribuição de cada uma das cargas do conjunto é definido pela relação, em cada instante de tempo, entre a demanda da carga considerada e sua demanda máxima. • Fator Contribuição - Máxima Demanda Do Conjunto 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 6 ni icontidivconj fDDD ,1 ,max,max,max ni i ni iconti cont D fD f ,1 max, ,1 ,max, 2. Fatores Típicos de Carga 2.2 Fator de Contribuição (4) (5) DEMANDA HORA DO DIA ILUMINAÇÃO PÚBLICA CARGA RESIDENCIAL CARGA INDUSTRIAL 0-1 50 70 200 1-2 50 70 200 2-3 50 70 200 3-4 50 70 350 4-5 50 80 400 5-6 - 95 500 6-7 - 90 700 7-8 - 85 1000 8-9 - 85 1000 9-10 - 85 1000 10-11 - 95 900 11-12 - 100 600 DEMANDA HORA DO DIA ILUMINAÇÃO PÚBLICA CARGA RESIDENCIAL CARGA INDUSTRIAL 12-13 - 130 900 13-14 - 90 1100 14-15 - 80 1100 15-16 - 80 1000 16-17 - 100 800 17-18 - 420 400 18-19 50 1450 400 19-20 50 1200 350 20-21 50 1000 300 21-22 50 700 200 22-23 50 200 200 23-24 50 50 200 • Um sistema elétrico de potência supre uma pequena cidade que conta com três circuitos , que atendem, respectivamente, cargas industriais, residenciais e de iluminação pública. A curva diária de demanda (kW) de cada um dos circuitos é apresentada na tabela a seguir (Exemplo – 2.2 – pag. 29 - Kagan, Oliveira, Robba, 2005). 2. Fatores Típicos de Carga 2.3 Exemplo 1 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 7 • Determine – A) As curvas de carga dos três tipos de consumidores e a do conjunto – B) As demandas máximas individuais e do conjunto • R. - Dmax IP – 50kW Dmax Res – 1450kW – Dmax Ind. – 1100kW • Dmax conj – 1900kW – C) A demanda máxima diversificada • R. – fdiv-1.368 – fcoinc-0,731 – D) O fator de contribuição dos três tipos de consumidores para a demanda máxima do conjunto. • R. – fcont-IP-1 - fcont-RES=1 – fcont-IND-0,364 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 8 2. Fatores Típicos de Carga 2.3 Exemplo 1 2. Fatores Típicos de Carga 2.3 Exemplo 1 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 9 • Fator de Demanda – O fato de demanda de um sistema, ou de parte de um sistema, ou de uma instalação, num intervalo de tempo τ, é a relação entre sua demanda máxima, no intervalo de tempo considerado, e a carga nominal ou instalada total do elemento considerado. • Dmáx. – demanda máxima do conjunto de n cargas, no intervalo de tempo considerado. • Dnom,i – potência nominal da carga. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 10 ni inom dem D D f ,1 , max 2. Fatores Típicos de Carga 2.4 Fator de Demanda (6) • Fator de Utilização – O fator de utilização de um sistema, num determinado período de tempo, é a relação entre a demanda máxima do sistema, no período τ , e a sua capacidade. • Dmáx – demanda máxima do sistema no período τ. • Csist – capacidade do sistema. • Futil – fator de utilização. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 11 . max sist util C D f 2. Fatores Típicos de Carga 2.5 Fator de Utilização (7) 2. Fatores Típicos de Carga 2.5 Fator de Utilização • Considere o sistema abaixo: • Determine: – O Fator de demanda individual dos transformadores; • R. fdem-tr1-1,067 – tr2-0,8 - tr3=1,250 – O fator de demanda do conjunto; • R. Fdem-conj – 1,128 – Se o tronco do alimentador tem capacidade de 1,2MVA, qual o fator de utilização. • R. fu=0,4934 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 12 • Fator de carga – Define-se como fator de carga de um sistema, ou de parte de um sistema, como sendo a relação entre as demandas médias e máximas do sistema, correspondentes a um período de tempo τ. • ε – energia consumida (kwh) 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 13 máxmáx média ac D dttd D D f )( arg máxmáxmáxmédiaac DDD D f )( período no Absorvida Energia arg Média Demanda arg máxac Df 2. Fatores Típicos de Carga 2.6 Fator de Carga (8) (10) (9) • Fator de Perdas – Define-se, para um sistema, ou parte de um sistema, o fator de perdas como sendo a relação entre os valores médios, Pmédio, e máximo, Pmáx, da potência dissipada em perdas, num intervalo de tempo determinado (τ). 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 14 máx perdas p dttp p p f )( emmáx em média máx perdas pp p f intervalo no perdidaEnergia máx média Média Perda máxperdasperdas Pf 2. Fatores Típicos de Carga 2.7 Fator de Perdas (11) (12) (13) • Exemplo – Fator de perdas – Um alimentador trifásico, operando na tensão nominal de 22kV, supre um conjunto de cargas, cuja a curva de carga a dada a seguir (Exemplo – 2.2 – pag. 29 - Kagan, Oliveira, Robba, 2005). • Dados da linha – Comprimento da linha, 10km – A impedância série da linha 1,0 +j2,0 ohms km • Pede-se o fator de perdas e a energia dissipada na linha. – R. fp=0,295 – perdas-2.343,178kWh 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 15 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Exemplo 2 • Solução - fator de Perdas 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 16 2)(3)( tIRtpp LU tS tI 3 )( )( 2 3 )( 3)( L p U tS Rtp 2 2 )()( tS U R tp L p 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Exemplo 2 • Solução - fator de Perdas – simplificação • Observa-se que o fator de carga independe da resistência do trecho e da tensão nominal, sendo função apenas da curva de carga. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 17 iiip tDkt 2 , )( 2max ,1 2 ,1 2 max ,1 2 ,1 2 max ,1 2 D tD tDk tDk tDk tDk f ni ii ni i ni ii ni i ni ii perdas 295,0 244000 1800210003400062800515007800 222222 2 max ,1 2 D tD f ni ii perdas 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Exemplo 2 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Correlação entre fator de carga e fator de perdas • Assumindo-se um consumidor com a seguinte curva de carga: • Nessas condições o fator de carga é dada por: T t D D T t DT tTDtD D T tTDtD f ac 1 1 21 1 1211 1 1211 arg 1 Demanda Tempo D1 D2 t1 T 12 11 11 0 DD TttDD ttDD para para 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 18 (14) 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Correlação entre fator de carga e fator de perdas • Assumindo-se que no intervalo T, a tensão e a fator de potência se mantenham constantes e que o sistema seja trifásico equilibrado, tem- se: • Em que o valor K, em função da natureza da demanda, está representado por: • Assim, o fator de perdas pode ser representado por: )()( 2 tDKtp T t D D T t DT tTDtD DK T tTDKtDK f perdas 1 2 2 1 2 1 1 2 21 2 1 2 1 1 2 21 2 1 1 1 2 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 19 (15) (16) 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Correlação entre fator de carga e fator de perdas • A seguir, exprime-se os valores de tempo e da demanda em por unidade, utilizando-se T1 e D1 como valores de base. • Num sistemas de coordenadas cartesianas, as curvas dos fatores de carga e perda são retas. T t t 1´ ''''''arg 11 dtdtdtf ac 1 2´ D D d 2''2''2'' 11 dtdtdtf perdas 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 20 (17) (18) 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Correlação entre fator de carga e fator de perdas • Três casos particulares podem ser destacados: – A) Quanto t’ tende a 1, ou d’ tende a 1: • Representa uma curva de carga constante – B) Quanto d’ tende a 0: • Representa uma curva de carga constante durante um período e demanda nulo após esse período. – C) Quanto t’ tende a 0: • Representa uma curva de carga com uma ponta de duração muito curta. 11 '''arg dtdf ac 11 2''2' dtdf perdas ''''arg 1 tdtdf ac '2''2'1 tdtdf perdas ''''arg 1 ddtdf ac 2'2''2'1 ddtdf perdas 2 argacperdas ff 1arg acperdas ff ´ arg tff acperdas 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 21 (19) (20) (21) 2. Fatores Típicos de Carga 2.8 Correlação entre fator de carga e fator de perdas • O valor do fator de perdas deve estar compreendido entre os limites (A e B) e, quaisquer outros valores dos parâmetros t’ e d’, deve estar corresponderá ao valor interno a esse intervalo, assegurado por uma equação do tipo: – Onde k apresenta valor entre 0 e 1 2argarg 1 acacperdas fkkff 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 22 (22) 3. Curva de Permanência da Carga 3.1 Aspectos Gerais • Representa o tempo de duração dos diferentes patamares de demanda. • A curva de permanência de carga permite estabelecer durante quanto tempo a demanda é não menor que determinado valor. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 23 • Para a construção da curva de permanência de carga o procedimento a ser seguido resume-se nos seguintes passos: – 1º Ordenam-se, em ordem decrescente, as demanda verificadas no período; – 2º Determina-se, para cada valor de demanda, o tempo durante o qual ela ocorreu; – 3º Acumulam-se, na ordem das demanda descrentes, os tempos de ocorrência de carga uma delas. – 4º Procede-se à construção da curva de carga estabelecendo-se o valor dos patamares de demanda para cada um dos intervalos de tempo acumulados. 3. Curva de Permanência da Carga 3.2 Procedimento para construção da C.P.C. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 24 3. Curva de Permanência da Carga 3.2 Distribuição de Probabilidade • Nesse caso, o tempo é dado em P.U. do tempo total analisado. – Tempo total analisado por ser diário, semanal, mensal ou anual. Carga < 0,18 pu – probabilidade 0 de ocorrência Carga > 0,18 pu – probabilidade 1 de ocorrência Carga < 0,40 pu – probabilidade 0,4 de ocorrência Carga > 0,40 pu – probabilidade 0,6 de ocorrência 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 25 3. Curva de Permanência da Carga 3.3 Exemplo • A demanda medida, durante um semana, de um consumidor comercial está apresentada na tabela a seguir, onde as demanda estão kW e o fator de potência mantém constante nos intervalos (Exemplo – 2.8 – pag. 42 - Kagan, Oliveira, Robba, 2005). • Pede-se: – A curva de duração semanal desse consumidor; – A energia absorvida semanalmente pelo consumidor; • R. 94.500kWh – Os fatores semanais de carga e de perdas. • R. Fc-0,375 – fp=0,2558 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 26 4. Correlação Energia e Demanda 4.1 Curvas Típicas de Carga • Curvas típicas de carga é uma metodologia muito utilizada para o tratamento de carga; • As curvas típicas de carga podem representar os hábitos de consumo de determinadas classes de consumidores, classificados por faixa de consumo. – Por exemplo, consumidores da classe residencial, com consumo mensal de 0 a 100kWh, devem ter certo padrões de consumo que permitam a sua representação ou algumas, ou uma única, curva típica de carga. • As curvas típicas de carga são representadas em valores p.u., com base na demanda média. • Permitem avaliar as curvas de carga, em W, desde que seja conhecidasua classe e faixa de consumo. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 27 4. Correlação Energia e Demanda 4.1 Curvas Típicas de Carga • Considerando-se um dado consumo mensal de um consumidor, em kWh, determina-se a sua demanda média, Dmed em kW, através de: • Assim, o valor de demanda D(t), em qualquer qual instante de tempo pode ser obtida pela expressão: – d(t) – representa a demanda, em p.u., da curva típica de carga. kWdtdD iméd 7203024 1 720 . medDtdtD )()( 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 28 (23) (24) 4. Correlação Energia e Demanda 3.1 Curvas Típicas de Carga • A figura a seguir ilustra uma curva de carga diária, com intervalo de demanda de 1 hora, dada em p.u., para consumidores residenciais, na faixa de consumo mensal entre 200 e 400kWh. • Assim, para um consumidor residencial com consumo mensal de 388kWh, sua demanda máxima as 20 hs será: kWtD 022,1 720 388*86,1 )( 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 29 • A expansão de um sistema de forma econômica, no lugar certo e no tempo devido depende da estimativa adequação da carga futura, em amplitude e localização; • Previsão de carga feita de modo CONSERVATIVO: – tem-se que a capacidade instalada se esgotará em pouco tempo, acarretando em problemas de continuidade de serviço, regulação de tensão e até mesmo de racionamento de energia. • Previsão feita de modo BASTANTE OTIMISTA: – Pode conduzir a instalação de um sistema com capacidade excessiva; – O investimento só terá retorno em um prazo muito longo. 5. Previsão de Carga 5.1 Aspectos Gerais 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 30 • Os principais métodos de previsão aplicados a sistemas elétricos são baseados em: – Modelos Econométricos – Tendências de Crescimento • Modelos Econométricos – baseados em modelos econômicos em que todas as variáveis são mensuráveis e definidas matematicamente; • Tendências de Crescimento – é o estudo do passado de um evento temporal de modo que seu comportamento futuro pode ser estimado por extrapolação (Análise de Regressão). 5. Previsão de Carga 5.1 Aspectos Gerais 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 31 • Qualquer evento ou processo que é função do tempo, como carga do sistema de potência, é dito temporal. • Tais processo podem ser decompostos em: – Tendência básica – Variações sazonais - ocorrem ao longo do ano, por questões climáticas; – Variação cíclicas - ocorrem em períodos mais longos, de três, quatro anos, devido a problemas climáticos (cheias, secas, etc) quanto econômicos; – Variações aleatórias - acontecem no dia-a-dia por conta de feriados, greves, etc. • As três ultimas têm valores médios de longo prazo nulos; • No caso específico da demanda de energia elétrica, normalmente, são modelados apenas os picos de carga, dado que o sistema deve ser dimensionado para atender os mesmos. 5. Previsão de Carga 5.2 Análise de Regressão 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 32 • Análise de regressão baseia-se no princípio de que com base nos valores históricos de um evento se pode definir uma função matemática para descrevê-lo; • A partir dessa função, pode-se é possível estimar o comportamento futuro do evento. • Qualquer função y=f(x) pode se ajustar a um conjunto de pontos (x1,y1), (x2,y2),... (xn,yn). • O critério de ajuste é o dos mínimos quadrados, segundo o qual uma curva se ajusta a um conjunto de pontos quanto a soma dos quadrados dos erros em cada ponto é mínimo. 5. Previsão de Carga 5.3 Funções de Regressão 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 33 5. Previsão de Carga 5.3 Funções de Regressão • Equação a ser minimizada: • Quanto E² é o mínimo, então a curva f(x) se ajusta à seqüência. • E² é um indicador de qualidade. Quanto menor seu valor, mais fino é o ajuste, de modo que esse indicador pode ser utilizando critério para selecionar entre duas curvas, qual a que melhor se ajusta a seqüência. 2 2 1 )( Exfy m i ii ),),.....(,(),,( 2211 mm yxyxyxS 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 34 (25) (26) 5. Previsão de Carga 5.3 Funções de Regressão - Exemplo • Ajustar uma reta aos pontos dados na tabela a seguir: • O problema consiste em determinar os parâmetros da função linear f(x)=ax+b que minimizam o E². Dados do Exemplo xi yi F(xi) F(xi)-yi 0 4,66 b b-4,66 1 4,20 a+b a+b-4,20 2 3,47 2a+b 2a+b-3,47 3 2,32 3a+b 3a+b-2,32 22222 32,2347,3220,466,4),( babababbaE baxxf )( 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 35 5. Previsão de Carga 5.3 Funções de Regressão - Exemplo • As condições de minimização de E² são: • Resolvendo-se, simultaneamente, as equações acima, tem-se a=-0,78 e b=4,83, que representam E²=0,12. 02,361228 2 ba a E 05,29812 2 ba b E 2 3 4 5 1 2 3 x y 825,4775,0)( xxf 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 36 5. Previsão de Carga 5.3 Funções de Regressão - Exemplo • Ajustar uma parábola f(x)=ax²+bx+c, aos ponto dados no exercício anterior. – Agora a função a ser minimizada é dada por: • Derivando a equação acima em relação a cada um dos parâmetros e igualando-se as derivadas parciais a zero se obtém o sistema de equações lineares a seguir: 65,143718 05,93718 48,1971849 cba cba cba 2222 32,23947,32420,466,4),,²( cbacbacbaccbaE 65,4 257,0 172,0 c b a 2 3 4 5 1 2 3 x y 6525,42575,01775,0)( 2 xxxf 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 37 • Generalizando o exemplo anterior (ajuste de uma reta), tem-se • Os parâmetros da função linear f(x)=ax+b que minimizam o E² são dados por • Reorganizando-se as equações (28) e (29) acima,tem-se 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 38 5. Previsão de Carga 5.4 Regressão Linear 2 1 10 2 m i ii yxaaE m i ii yxaa a E 1 10 0 2 02 m i iii xyxaa a E 1 10 1 2 02 m ii i m ii i yxama 10 m i ii m i i m i i yxxaxa 11 2 1 1 0 2 11 2 11 2 11 0 m i i m i i m i ii m i i m i i m i i xxm yxxxy a 2 11 2 111 1 m i i m i i m i i m i i m i ii xxm yxyxm a (27) (28) (29) (30) (31) (32) (33) • Isolando a0 e a1, obtém-se • Os parâmetros da função linear f(x)=ax+b que minimizam o E² são dados por • Reorganizando-se as equações acima,tem-se 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 39 5. Previsão de Carga 5.4 Regressão Linear 2 1 10 2 m i ii yxaaE m i ii yxaa a E 110 0 2 02 m i iii xyxaa a E 1 10 1 2 02 m ii i m ii i yxama 10 m i ii m i i m i i yxxaxa 11 2 1 1 0 (34) (35) (36) (37) (38) • O problema de ajustar um curva exponencial f(y)=b0A b1,x ,pelos pontos (xi, yi), i=1,2,....,n pode ser transformado em ajustar uma reta logA(b0)+b1 x pelos pontos (xi, logA(yi)). – Os coeficiente são b0=A a0 e b0= a1. • Os coeficientes a0 e a1 são os coeficientes da regressão linear, obtidos pelas equações (32) e (33), com valores de yi substituídos por logA(yi)). • Procedimento análogo pode ser adotado para transformar as regressões logarítmicas e potenciais em regressão linear, conforme sintetizado na quadro abaixo. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 40 5. Previsão de Carga 5.4 Regressão Linearizáveis • Os coeficientes do polinômio de ordem n que se ajuste aos m pontos dados (xi, yi), i=1,....,m, como se pode demonstrar, se terminam resolvendo-se o sistema de equações lineares: • onde: 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 41 5. Previsão de Carga 5.5 Regressão Polinomial nnnnnn nn nn BaCaCaC BaCaCaC BaCaCaC 1100 11111010 00101000 m k ji kij xC 1 (39) (40) m k k i ki yxB 1 (41) • O uso de erro quadrático mínimo é um indicador de qualidade ajuste quando se deseja comparar duas ou mais funções. • Para obter um indicador mais efetivo, normalmente, se utiliza o coeficiente de correlação, dado por • Quanto maior for o valor absoluto da correlação, independente do, sinal melhor o ajuste. • Se a R=0 não existe correlação alguma entre os valores dados e os estimados • Se -0,95<R<0,95 invalidam o ajuste para fins práticos. 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 42 5. Previsão de Carga 5.6 Coeficiente de Correlação m i i m i i yy xfy R 1 2 _ 1 2 1)( 1 m i iy m y 1 _ 1 Valor médio da amostra (42) (43) 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 43 5. Previsão de Carga 5.6 Coeficiente de Correlação 22/05/2013 Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica 44 Referências • KAGAN, N.;OLIVEIRA C.C.B.; ROBBA, E.J. Introdução aos Sistemas de Distribuição de Energia Elétrica. São Paulo: Edgard Blücher, 2005. • SOUZA, B. A. Distribuição de Energia Elétrica. Campina Grande: UFPB, 1997. • CIPOLI, J. A. Engenharia da Distribuição. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1993. • Gönen, T. Electric Power Distribution System Engineering. Missouri: McGraw-Hill, 1986.
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