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03-a economia na modernidade

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HISTÓRIA MODERNA: DA TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AS REFORMAS RELIGIOSAS
Aula 3-A economia na Modernidade.
1e
Tema da Apresentação
AULA 3- A ECONOMIA NA MODERNIDADE
HISTÓRIA MODERNA: DA TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AS REFORMAS RELIGIOSAS
O QUE VAMOS VER HOJE?
Identificaremos as origens da economia moderna.
Analisaremos os principais conceitos econômicos da modernidade.
Reconheceremos o mercantilismo como a base do sistema capitalista.
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Tema da Apresentação
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HISTÓRIA MODERNA: DA TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AS REFORMAS RELIGIOSAS
Refletindo sobre os aspectos econômicos……
Vimos que a historiografia por muito tempo privilegiou as estruturas econômicas para explicar os diferentes períodos da História. 
	É possível pensar a sociedade do Antigo Regime, a partir de uma análise essencialmente econômica? Quais as reflexões necessárias para se pensar essas práticas? 
	Há relação estreita e recíproca com as principais transformações sociopolíticas ocorridas nesse período de transição?
 3a
Tema da Apresentação
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Relembrando algumas discussões sobre o Antigo Regime:
 
 
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Tema da Apresentação
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Tema da Apresentação
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Mas o que é Mercantilismo?
 
 
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 Devemos considerar que tanto a noção quanto
a própria palavra mercantilismo são posteriores
historicamente aos fenômenos aos quais se
referem.
 No final do XVIII e início do XIX os economistas
construíram a ideia de sistema do comércio ou 
sistema mercantil para designar: 
A forma que caracteriza uma economia nacional.
O capitalismo mercantil ou comercial.
 Etapa da evolução econômica da 
economia medieval para a economia moderna.
 Designar um modo de produção entre
 o feudalismo e o capitalismo. 	
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O que é um sistema econômico?
 
 
 Há várias definições possíveis, mas podemos ter por empréstimo uma conceituação clássica da escola teórica da Economia:
 É a forma como a sociedade se organiza, visando solucionar os seus problemas de produção, circulação e distribuição de riqueza. 
Resumindo: é a maneira como as sociedades resolvem os problemas econômicos fundamentais: o que e quanto, como e para quem produzir? 
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As práticas mercantis: uma conceituação
 
 
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 Segundo Falcon, o mercantilismo não reúne um conjunto de características que possa defini-lo como um sistema econômico. Pode ser entendido como:
“Um conjunto de ideias e práticas político-econômicas que caracterizam a história européia e, principalmente, a política econômica dos Estados Modernos europeus entre os séculos XV e XVIII”.
				 (Falcon, 2006, p.25)
 Não podemos deixar de lado a formação dos Estados Modernos, isto é, as monarquias absolutas representando de fato uma intervenção cada vez maior dos reis e príncipes na vida econômica de seus reinos.
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Mas o que é Modo de Produção? 
 
 
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Fatores de Produção: Recursos de que as pessoas e, consequentemente a sociedade (que pode ser um país, uma região, uma comunidade etc.) dispõe para produzir qualquer bem ou serviço. Os fatores de produção se dividem em quatro categorias: trabalho, recursos naturais, capital e tecnologia.
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Modo de Produção, por Karl Marx:
 
 
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Devemos entender a maneira como se organiza o processo pelo qual o homem age sobre a natureza material para satisfazer as suas necessidades. “Produzir é (…) trabalhar”, pondo “em movimento forças” que ajam sobre a natureza. Estas forças variam com a história e com a sociedade. O trabalho é assim não só “um processo (…) entre um homem e a natureza” mas “supõe uma forma de sociedade” realizando-se em certas “condições sociais”, as “relações sociais de produção”. 
 Segundo Marx, a passagem de um modo de produção a outro dá-se no momento em que o nível de desenvolvimento das forças produtivas entra em contradição com as relações sociais de produção. 
Quando isso ocorre, há um sufocamento da produção em virtude da inadequação das relações nas quais ela se dá. Nesse momento, surgem as possibilidades objetivas de transformação desse modo de produção.
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A herança feudal
 
 
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 A análise dessas heranças nos encaminha para uma reflexão de que não há rupturas ou o total desaparecimento das práticas feudais. Como já vimos, são novas maneiras de se relacionar com os meios de produção.
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Principais características do Mercantilismo
 
 
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 Segundo Falcon, ideias e práticas mercantilistas transformaram-se constantemente durante essa época, sendo ilusório imaginar que algumas delas tenham fincado raízes definitivas em qualquer país durante três séculos.
 Mesmo com a herança feudal, podemos observar objetivos distintos nessa prática mercantil:
Objetivos econômico e sociais: defender o mercado “nacional” em formação e assegurar as condições de monopólio para uma burguesia ascendente. 
Objetivos político-sociais: Buscar a defesa das estruturas sociais típicas do Antigo Regime. O Estado era ao mesmo tempo sujeito e objeto das práticas mercantis. 
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Conhecendo as principais práticas mercantilistas
 
 
 
 A disputa pelos mercados criou um cenário de grande rivalidade entre as nações que se formavam nesse período. Cada um dos estados nacionais procurou buscar a melhor combinação dessas práticas para obter lucro e fortalecimento da economia. 
De uma forma ou de outra, os principais teóricos discutiam as melhores políticas econômicas para fortalecimento de seus Estados Modernos.
Práticas Mercantilistas
Balança comercial favorável
Pacto Colonial
Protecionismo 
Metalismo
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Metalismo:
 
 
 
 De acordo com as ideias e práticas da época, o acúmulo de ouro e prata era sinônimo de riqueza e de crescimento econômico. Como um “índice”de riqueza e poder.
“Um país rico, tal como um homem rico, deve ser um país com muito dinheiro (…)e juntar ouro e prata num país deve ser a forma mais fácil de enriquecer”
	 (Apud Adam Smith, Causa da riqueza das nações) 
 Essa premissa antecipou uma outra preocupação para cada Estado: 
COMO MANTER ESSE ACÚMULO DE OURO E PRATA NA NAÇÃO?COMO EVITAR AS SAÍDAS DE NUMERÁRIO E AS EXPORTAÇÕES DE OURO E PRATA?
Muitos Tratados foram redigidos para essa discussão do acúmulo de metais:
Na Inglaterra: “A riqueza da Inglaterra, através do comércio externo”
Na França: “A grande monarquia da França”
Na Espanha: “Para que a moeda não saia do reino”
Na Áustria: “A Áustria acima de tudo, contanto apenas que ela o queira” 
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Protecionismo:
 
 
 
 Os governos absolutistas passaram a interferir na economia de seus estados, estabelecendo uma política intervencionista. Essas práticas visavam proteger o estado e assegurar o acúmulo de riquezas.
Altos impostos como política alfandegária.
 (altas taxas para produtos importados)
Estímulo para fabricação interna de mercadorias.
Concessão de prêmios e facilidade às exportações.
A intervenção (via protecionismo, monopólios e exploração colonial) fortaleceu os
 reinos e enriqueceu a burguesia.
 A agricultura não desaparece, mas é tratada como atividade secundária, visando 
apenas os gêneros alimentícios necessários. 
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Balança comercial favorável:
 
 
 
Essa prática consistia em ter exportação maior que a importação, auxiliando a manter as reservas de ouro e prata de cada estado. 
 Segundo Pierre Deyon, a permanente preocupação com o equilíbrio das importações e das exportações estabelece certa unidade no pensamento mercantilista.
 Colbert foi considerado o escritor mais eloquente sobre o mercantilismo. Foi ministro do Rei Luís XIV, entre 1661 a 1683. Suas obras serviram de “palco” para as discussões teóricas sobre a política econômica que deveria ser adotada por cada estado.
 Foi um dos primeiros a discutir a lucratividade da circulação das espécies e não, tão somente, o acúmulo de capital.
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Pacto colonial
 
 
 
 O pacto colonial era a garantia de comercialização somente entre colônia e metrópole. O monopólio comercial era estratégico para as novas políticas econômicas. 
 Era uma garantia para a metrópole de comprar barato e vender caro para seus vizinhos, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. 
 A criação das companhias de navegação, são armas nessa verdadeira “guerra de prata”,como diz Pierre Deyon. 
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Breve panorama do Mercantilismo 
 
 
 
 As práticas mercantis tiveram ritmos diferenciados e contornos específicos, estritamente ligadas a cada formação dos estados nacionais.
 Por essa razão, podemos identificar etapas distintas dessa política mercantilista. 
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Breve panorama do Mercantilismo 
 
 
 
 Mercantilismo ibérico: essencialmente metalista, exercendo total monopólio sobre os negócios ultramarinos.
Mercantilismo holandês: Caracterizado como um regime de “aparente” liberdade existente nas atividades mercantis. Bem representado pelas companhias de comércio organizadas. 
Mercantilismo francês(Colbert): Identificado como a mais forte intervenção de estado nas atividades mercantis. Política marcada por protecionismo, com criação de companhias de comércio privilegiadas. 
Mercantilismo inglês (Parlamento e atos de navegação): Resultado de políticas internas de contorno próprio, que reduziu significativamente a intervenção estatal. 
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Breve panorama do Mercantilismo 
 
 
 
 Segundo Falcon, houve um gradual aprimoramento teórico e também das práticas mercantis, desde a noção de acúmulo de ouro e prata como sinônimo de riqueza, até a adoção de políticas ancoradas na estratégia da balança comercial favorável. 
 Para Pierre Deyon, na Europa moderna não havia mais lugar de honra para os estados incapazes de mobilizar exércitos e frotas numerosas. 
A formação dos estados nacionais estabelece um novo equilíbrio dos grupos sociais. 
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Breve panorama do Mercantilismo 
 
 
 
Percebe-se um sentimento nacional das grandes monarquias européias (sobretudo do século XVI) em buscar políticas econômicas para supremacia do estado.
As políticas mercantis já revelam certa laicização da vida pública.
O Mercantilismo forneceu novas motivações às rivalidades internacionais.
O mercantilismo evocou, por suas ambições, o dinamismo das futuras sociedades industriais. 
22r
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O QUE VIMOS NA AULA 3:
 Identificamos o progressivo desgasta e substituição das estruturas econômicas da Idade Média.
 Compreendemos o que é mercantilismo e em quais práticas ele está amparado.
 Analisamos de que forma a economia moderna cria as condições para a transformação industrial que ocorrerá na Europa do século XVIII. 
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AGORA É COM VOCÊ……
SUGESTÕES DE LEITURA:
Capítulo 2:
FALCON,F.RODRIGUES, A.E. A Formação do Mundo Moderno. Rio de Janeiro:Elsevier,2006.
_______________. Mercantilismo e transição. São Paulo: Brasiliense,1983
SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996
DEYON, Pierre. O Mercantilismo. São Paulo:Perspectiva,1968 
Link do livro: 
http://pt.scribd.com/doc/52503786/O-Mercantilismo-Pierre-Deyon
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O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA 4....
 A formação do Estado nação moderno.
 O pioneirismo ibérico na centralização nacional.
 A unificação política tardia da Inglaterra e da França.
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