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CASOS CLÍNICOS sobre Transtornos de Personalidade exercício em sala de aula

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CASOS CLÍNICOS – TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE
I - Identifique o diagnóstico de cada caso clínico.
Caso 1
Um homem de 36 anos procura seu clínico queixando-se de estar “estressado” desde que mudou de emprego há dois meses. Afirma que estava se saindo bem em seu trabalho, desenvolvendo softwares. Então foi informado de que sua função seria extinta e de que precisaria mudar para o departamento de vendas se quisesse continuar na empresa. O paciente concordou, pois não queria perder os benefícios do seguro e o plano de aposentadoria, mas agora relata que “não suporta todas aquelas pessoas”. Comenta que seu trabalho anterior lhe permitia ficar sozinho a maior parte do tempo. A nova função exige uma interação quase constante como colegas e clientes, algo que ele detesta. Diz que quase não tem amigos, exceto um primo de quem é íntimo desde a infância, e que nunca teve um relacionamento afetivo nem relação sexual significativos, mas não sente falta desse experiência nem de ter amigos. Acrescenta que adora ficar horas “surfando” na internet ou jogando sozinho no computador. Nunca consultou um psiquiatra e não via razão para fazê-lo antes da recente mudança no trabalho.
No exame do estado mental, parece bastante desinteressado e distante em relação ao examinador e dificilmente o olha nos olhos. Seu humor é descrito como “estressado”, mas seu afeto não é congruente com essa impressão – parece emocionalmente calmo, e seu afeto é embotado. Não são observados outros sintomas de destaque durante esse exame.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 2
Uma garota de 13 anos é levada ao psiquiatra pela mãe. A jovem relata que nos últimos seis meses tem tomado longos banhos, de até cinco horas. Diz que não consegue evitar esse comportamento, embora isso a perturbe e esteja deixando sua pele ferida e sangrando. Relata que os sintomas começaram depois que passou a ter pensamentos recorrentes de estar suja ou impura. Tais pensamentos ocorrem várias vezes por dia, e ela vai ficando cada vez mais ansiosa até poder se lavar. Refere que o tempo que passa no banho está aumentando porque precisa se lavar em uma ordem específica para evitar que a “espuma limpa” do sabonete se misture com a “espuma suja”, pois, quando isso acontece precisa repetir todo o procedimento desde o início. Diz que sabe que “deve estar louca”, mas não consegue evitar o comportamento. Sua mão confirma o relato. Conta que a filha sempre foi popular na escola e que tem muitos amigos. Enfatiza que ela jamais usou drogas ou álcool. O único problema clínico da paciente é uma história de asma, tratada com inalador de albuterol. Não é encontrada anormalidade no exame de estado mental além das citadas.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 3
Uma mulher de 24 anos é admitida no setor obstétrico para o parto de um bebê do sexo masculino. Um dia após o parto, o serviço obstétrico solicita um consulta com o psiquiatra de plantão para “descartar esquizofrenia”.
O psiquiatra entrevista a paciente e descobre que a gravidez resultou de um estupro sofrido há nove meses. Ela planejava dar o bebê para adoção. Diz que jamais procurou um psiquiatra e que nunca sentiu necessidade de fazê-lo. Fala de forma detalhada como o estupro estava “escrito nas estrelas” para todos verem; ela é apaixonada por astronomia. Nega ter qualquer pensamento ou pesadelo recorrente sobre o estupro. Diz que tem poucos amigos íntimos, que prefere estudar astronomia e projeção astral, em casa, sozinha. Acredita profundamente em reencarnação, embora saiba que sua família acha estranha essa crença. Fala que realizou trabalhos intermitentes como “vidente com bola de cristal”, mas jamais teve emprego remunerado, de tempo integral.
Durante o exame do estado mental, a paciente está sentada ereta em sua cama hospitalar, usando a camisola do hospital e um robe, está vestido às avessas. Seu cabelo está bem penteado, mas um lado está trançado e o outro não. Coopera com o entrevistador. Afirma que seu humor é bom, e seu afeto é congruente, ainda que constrito. Seus processos de pensamento são tangenciais e apresenta ideias de referência, mas nenhuma ideação suicida ou homicida, nem alucinações ou delírios.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 4
Um homem de 36 anos é encaminhado à agência de assistência aos empregados por ter dificuldade de tomar decisões oportunas e ter o costume de atrasar trabalhos importantes. O paciente, zangado, concordou em procurar atendimento, embora não acredite que haja algo errado consigo. Descreve-se como “tão dedicado ao meu trabalho que faço os outros parecerem preguiçosos”, acreditando que esse foi o motivo de ter atraído atenção. Diz que trabalha para a companhia há quatro anos e que, durante esse período, dedicou de 10 a 12 horas por dia ao trabalho. Admite que muitas vezes não consegue cumprir prazos, mas afirma que “são prazos inadequados para a qualidade do trabalho que eu ofereço”. Em suas palavras: “Se mais pessoas neste país fossem igual a mim, muito mais coisas seriam feitas – há muita gente preguiçosa e pessoa que não seguem as regras”. Salienta que seu escritório está sempre perfeitamente organizado e diz: “Eu sei para onde foi cada dólar que gastei”.
No exame do estado mental, o paciente não revela qualquer anormalidade de humor, processos de pensamento ou conteúdo do pensamento. Sua aparência chama atenção pela rigidez e obstinação.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 5
Um homem de 32 anos é atendido pelo psiquiatra da prisão depois de se envolver em uma briga com outro prisioneiro devido a uma aposta de $5. O paciente foi preso por falsificar cheques, e essa é sua quarta sentença. As sentenças anteriores foram por atacar um policial, roubar em uma loja de departamentos e, aos 13 anos, roubar um carro. Ele afirma que brigou com outro detento porque “eu estava entediado e senti vontade”. Admite que os $5 não eram seus, mas não demonstra remorso por tentar tirar o dinheiro ou brigar fisicamente com outro preso. Afirma que já conversou com psiquiatras no passado (sempre de modo relutante e porque a mãe ou os tribunais exigiram), mas que “não há nada de errado comigo, por isso eu não preciso me preocupar”. Ele nega usar drogas ou álcool no momento, mas admite que, se não estivesse na prisão, certamente os estaria usando. 
No exame de estado mental, está alerta e orientado para pessoa, tempo e lugar. Coopera com o examinador. Em alguns momentos parece receptivo e envolvido, mas em outros é grosseiro e desrespeitoso. Ele está vestindo o uniforme da prisão. Sua fala é normal em velocidade, ritmo e tom. Não demonstra transtorno nos processos nem no conteúdo do pensamento.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 6
Um homem de 42 anos procura uma psiquiatra afirmando que sua vida “está se desmantelando”. Ele explica que, desde que a namorada de dois meses o deixou, tem estado “inconsolável”. Menciona que está tendo dificuldade para dormir à noite, pois fica lamentando sua perda. Quando solicitado a descrever a namorada, diz: “Ela era o amor da minha vida, simplesmente linda, linda”. Não consegue dar outro detalhe sobre ela. Fala que saíram juntos cinco vezes, mas que sabia que ela era a mulher certa para ele. Relata que, ao longo da vida, com frequência se sentiu “nas profundezas do desespero”, mas também “no topo do mundo”. Nega qualquer história psiquiátrica ou problema clínico.
No exame do estado mental, observa-se que o paciente está vestindo uma camisa colorida. Com um desenho tropical, e calças cáqui. Ele se inclina repetida vezes para tocar no braço da entrevistadora enquanto fala, e é cooperativo durante a entrevista. Às vezes soluça por um curto período de tempo quando fala diretamente sobre a namorada. Depois, abre um amplo sorriso ao fazer perguntas pessoais à entrevistadora. Sua fala tem ritmo normal, embora às vezes fale pouco alto. Descreve seu humor como “horrivelmente deprimido”. Seu afeto é eutímico a maior parte do tempo, e com variação completa. Seus processos de pensamento e conteúdo de pensamento estão noslimites da normalidade.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 7
Uma jovem de 21 anos procura o centro de aconselhamento a alunos com queixas de estar deprimida e ansiosa. Afirma que há duas semanas, durante uma aula, foi chamada pela professora e deu a resposta errada. Diz que se sentiu “humilhada” e não voltou à sala desde então. Descreve uma história de intensa timidez ao longo de toda a vida. Diz que gostaria de ter um namorado, mas que teme encontrar alguém e “acabar levando um fora”. Descreve a si mesma como “socialmente retardada” e evita sair com qualquer pessoa que não conheça. Tem duas amigas íntimas e janta com elas semanalmente, algo que gosta muito. Nega ter problemas para dormir ou de apetite, embora reconheça que sente vergonha de sua inépcia social. Teme não conseguir se formar na faculdade devido seus problemas.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 8
Um homem de 47 anos é encaminhado a um psiquiatra por seu programa de assistência ao empregado devido a constantes conflitos no trabalho. Essa é a terceira vez que é encaminhado ao psiquiatra nessas circunstâncias. Já havia perdido dois empregos em razão desses conflitos. Ele afirma que as pessoas não gostam dele e querem que fracasse. Cita como exemplo o caso em que um colega demorou para lhe enviar materiais de que precisava, o que acabou impedindo que concluísse a tarefa no prazo. Mesmo o colega tendo pedido desculpas pelo erro, o paciente diz que sabe que esse homem que “fazer com que eu seja despedido”. Desde então, rompeu o contato com esse colega e se recusa a falar com ele diretamente, preferindo se comunicar apenas por bilhetes.
Ao exame do estado mental, parece um tanto zangado e desconfiado. Olha fixamente para o entrevistador e senta de costas para a parede. Pede esclarecimentos sobre as perguntas repetidas vezes, indagando: “Para que será usado esse material? Aposto que vocês vão usá-lo contra mim para que eu seja despedido”. Quando o bipe do entrevistador toca, o paciente o acusa de tentar encurtar o tempo reservado para ele por uma combinação prévia com alguém para interrompê-lo pelo bipe. Seu humor é descrito como “bom”, mas seu afeto é tenso, e ele parece desconfiado e pouco à vontade. Os processos e o conteúdo de pensamento do paciente estão nos limites normais.
-Qual é o diagnóstico mais provável? 
Caso 9
Uma mulher de 23 anos é hospitalizada na unidade psiquiátrica por ter cortado ambos os punhos quando seu terapeuta saiu de férias por uma semana. Os cortes foram superficiais e não precisaram de pontos. A paciente diz que está zangada com o psiquiatra por “abandoná-la”. Afirma que se deprime frequentemente, embora as depressões durem “apenas algumas horas”. Quando foi hospitalizada, disse ao psiquiatra de plantão que ouvia uma voz lhe dizendo que “ela nunca seria nada”, mas depois negou ter ouvido a voz. Esta é a sua quarta hospitalização, e todas foram desencadeadas pela partida de alguém que fazia parte de sua vida. Depois de três dias na unidade, o residente de psiquiatria discute com a equipe de enfermagem. Ele afirma que a paciente está se comportando muito bem, respondendo a terapia e merece alta. As enfermeiras afirmam que ela não tem seguido as regras da unidade, dorme durante os encontros de grupo e ignora os limites estabelecidos. Ambas as partes procuram o diretor da unidade para se queixar uma da outra.
-Qual é o diagnóstico mais provável?

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