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Encontro 03 - Avaliação de projetos de investimento 
 Nesta aula conheceremos os métodos clássicos de avaliação de investimentos, utilizados 
amplamente por empresas e indivíduos com conhecimentos básicos de finanças. Estes métodos 
compreendem: Valor Presente Líquido (VPL ou NPV), Taxa Interna de Retorno (TIR ou IRR) 
e o Payback. 
 Para tanto, precisamos primeiramente conhecer o conceito de investimento e entender 
porque empresas ou indivíduos investem. Na sequência veremos que todo e qualquer 
investimento deve ser avaliado com base em seu fluxo de caixa. 
 
INVESTIMENTO 
 
 O investimento constitui a troca de algo certo (recursos econômicos) por algo incerto 
(fluxos de caixa a serem gerados pelo investimento no futuro). Assim, o investimento é o 
comprometimento atual de dinheiro ou outros recursos na expectativa de colher benefícios no 
futuro. Para uma empresa, investir significa comprometer capital, sob diversas formas, de modo 
durável, na esperança de manter ou melhorar sua situação econômica. 
 
FLUXO DE CAIXA 
 
 A ferramenta básica para avaliação de qualquer projeto de investimento é o fluxo de 
caixa gerado pelo mesmo. O fluxo de caixa começa pelo desencaixe no momento do 
investimento e o restante é obtido por meio do somatório de todas as receitas atribuíveis ao 
projeto, menos todas as respectivas despesas. 
 Como um projeto é algo que ainda não existe, o fluxo de caixa obtido é encontrado por 
meio de projeções, ou seja, possíveis valores futuros, tanto para receitas quanto para despesas. 
Desta forma, o que se tem é um fluxo de caixa projetado (estimado), ou, em outras palavras, 
uma expectativa de receitas e despesas. 
 Para entendermos o que é um fluxo de caixa projetado, vamos trabalhar com o Estudo 
de caso proposto para a aula. 
 Um princípio de extrema importância na construção de qualquer fluxo de caixa para 
projetos de investimento é o conservadorismo. Por este princípio devemos sempre estimar 
receitas “para menor” e custos e despesas “para maior”. 
 
VALOR PRESENTE LÍQUIDO - VPL 
Trata-se de um método que traz a valor presente todos os fluxos de caixa projetados, 
descontados por meio da taxa de atratividade ou WACC (custo médio ponderado de capital ou 
Taxa Mínima de Atratividade - TMA). Do valor presente dos fluxos de caixa, o método ainda 
desconta o valor do investimento inicial. 
Critério de decisão 
– Se VPL > 0: o projeto PODERÁ ser aceito 
– Se VPL < 0: o projeto deverá ser rejeitado 
 
 
Fórmula: 
𝑉𝑃𝐿 = 
𝐹𝐶1
(1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶)1
+
𝐹𝐶2
(1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶)2
+
𝐹𝐶3
(1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶)3
+
𝐹𝐶4
(1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶)4
+
𝐹𝐶5
(1 + 𝑊𝐴𝐶𝐶)5
− 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 
Sendo: 
FC = fluxo de caixa 
WACC = custo de capital (TMA) 
 
 
A técnica do VPL consiste em trazer cada fluxo de caixa futuro para o presente (hoje), 
efetuar o somatório e diminuir do valor investido (em nosso exemplo R$ 50.835). Para fins de 
taxa de desconto e referencial comparativo (investimento alternativo), vamos considerar que, 
caso o investimento no Uber seja rejeitado, o valor de R$ 50.835 ficaria investido em uma letra 
do tesouro pré fixada, a qual paga juros de aproximadamente 12% ao ano. Logo, a taxa de 12% 
a.a. será nosso custo de capital ou TMA. 
Para calcularmos o VPL, podemos fazer uso da calculadora HP 12c a qual possui a 
função NPV (Net Presente Value, Valor presente líquido em inglês). Assim, basta efetuarmos 
as seguintes operações. 
 
Ano Fluxo de 
Caixa 
HP 12c 
0 -50.835 ________ CHS g CFo (esta em baixo da tecla PV) 
1 34.825 ________g CFj (esta em baixo da tecla PMT) 
2 29.325 ________g CFj 
3 29.325 ________g CFj 
4 29.325 ________g CFj 
5 49.325 ________g CFj 
 12 i (taxa de desconto) 
 f NPV (em cima da tecla PV) 
Resultado _R$ 71.134_______ 
 
O projeto possui VPL de R$ 71.134 ou seja, os fluxos de caixa futuros trazidos a valor 
presente a 12%, descontados do valor do investimento, produzem um valor positivo. Este 
projeto remunera os mesmos 12% do investimento alternativo (letra do tesouro) e 
adicionalmente proporciona o valor presente de R$ R$ 71.134 indicando que o mesmo pode 
ser viável. 
 
 
 
TAXA INTERNA DE RETORNO - TIR 
 
A outra ferramenta que complementa a análise de viabilidade financeira é a Taxa Interna 
de Retorno (TIR), a qual informa a rentabilidade periódica (intrínseca) do projeto. Esta função 
O WACC ou custo de capital, ou ainda, a Taxa Mínima de Atratividade, representa o custo de 
oportunidade do investidor/empresa, ou seja, o investimento alternativo ao projeto. 
Para que um projeto seja viável faz-se necessário que o VPL encontrado seja maior do que 
zero. VPL>0 
 
também está presente na HP 12c e chama-se IRR (Internal Rate Return). Uma vez que os dados 
já foram lançados na calculadora e não foi “zerada” a memória, basta teclarmos f e depois IRR 
(em cima da tecla FV). 
O resultado será 58,15 ou seja, 58,15 % a.a. Para que um projeto seja viável, a TIR 
calculada deve ser maior que a taxa de desconto utilizada, neste caso nossa taxa de desconto foi 
12% e a TIR 58,15 %, logo, o projeto é viável. 
 
 
 
PRAZO DE RETORNO DO INVESTIMENTO - PAYBACK 
 
Consiste na determinação do tempo necessário para que o investimento inicial seja 
recuperado por meio dos fluxos de caixa promovidos pelo investimento. Em nosso exemplo 
temos um Payback de 19 meses. Não existe um critério de auxílio para a tomada de decisão 
quanto ao Payback, cabe ao investidor/empresa aceitar ou não o período calculado. 
 
CONCLUSÃO DO PROJETO 
 
Como o projeto apresentado possui VPL de R$ R$ 71.134 e TIR de 58,15 % a.a. e 
Payback de 19 meses, conclui-se que o mesmo apresenta viabilidade financeira, podendo ser 
aceito pelo investidor. 
Para que um projeto seja viável faz-se necessário que a TIR encontrada seja maior do que a 
TMA (WACC), ou seja TIR > WACC

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