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CASO 9 E 10

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Em	março	 de	 2014,	 o	 Estado	 A	 ins4tuiu,	 por	 meio	 de	 decreto,	 taxa	 de	
serviço	 de	 segurança	 devida	 pelas	 pessoas	 jurídicas	 com	 sede	 naquele	
Estado,	com	base	de	cálculo	correspondente	a	3%	(três	por	cento)	do	seu	
faturamento	 líquido	 mensal.	 A	 taxa,	 devida	 trimestralmente	 por	 seus	
sujeitos	 passivos,	 foi	 criada	 com	 o	 obje4vo	 de	 remunerar	 o	 serviço	 de	
segurança	pública	prestado	na	região.	A	taxa	passou	a	ser	exigível	a	par4r	
da	 data	 da	 publicação	 do	 decreto	 que	 a	 ins4tuiu.	 Dez	 dias	 após	 a	
publicação	do	decreto	(antes,	portanto,	da	data	de	recolhimento	da	taxa),	
a	pessoa	jurídica	PJ	Ltda.	decide	impugnar	o	novo	tributo,	desde	que	sem	
o	risco	de	suportar	os	custos	de	honorários	advocaQcios	na	eventualidade	
de	 insucesso	 na	 demanda,	 tendo	 em	 vista	 que	 pretende	 par4cipar	 de	
processo	 licitatório	 em	 data	 próxima,	 para	 o	 qual	 é	 indispensável	 a	
apresentação	de	cer4dão	de	regularidade	fiscal,	a	qual	será	obstada	caso	
a	pessoa	jurídica	deixe	de	pagar	o	tributo	sem	o	amparo	de	uma	medida	
judicial.	 Considerando	 a	 situação	 econômica	 do	 contribuinte,	 indique	 a	
medida	judicial	adequada	para	a	impugnação	do	novo	tributo	e	a	garan4a	
da	 cer4dão	 de	 regularidade	 fiscal	 necessária	 à	 sua	 par4cipação	 na	
licitação,	 considerando	 a	 desnecessidade	 de	 dilação	 probatória	 e	
indicando	todos	os	fundamentos	jurídicos	aplicáveis	ao	caso.		
	
•  Pontos	importantes	do	problema:	
•  Estado	A	ins4tuiu,	por	meio	de	decreto,	taxa	de	serviço	
de	 segurança	 com	o	 obje4vo	 de	 remunerar	 o	 serviço	
de	segurança	pública	prestado	na	região;	
•  A	 base	 de	 cálculo	 correspondente	 a	 3%	 do	
faturamento	líquido	mensal	das	pessoas	jurídicas;	
•  A	 taxa	 passou	 a	 ser	 exigível	 a	 par4r	 da	 data	 da	
publicação	do	decreto	que	a	ins4tuiu;	
•  Antes	 da	 data	 de	 recolhimento	 da	 taxa,	 a	 pessoa	
jurídica	PJ	Ltda.	decide	impugnar	o	novo	tributo;	
•  Sem	 o	 risco	 de	 suportar	 os	 custos	 de	 honorários	
advocaQcios	 na	 eventualidade	 de	 insucesso	 na	
demanda	
•  Indispensável	a	cer4dão	de	regularidade	fiscal;	
•  Desnecessidade	de	dilação	probatória.	
•  Conceito	de	taxa	
•  Súmula	Vinculante	nº	29:	
•  Princípio	da	legalidade	
•  Princípio	da	anterioridade	
EXCEÇÕES À 
LEGALIDADE 	
II	 IE	 IPI	 não é 
exceção	
IOF	 não é 
exceção	
não é 
exceção	
CIDE-
combustível	
ICMS-
combustível	
não é 
exceção	
não é 
exceção	
EXCEÇÕES À 
ANTERIORIDADE 
ANUAL	
II	 IE	 IPI	 não é 
exceção	
IOF	 Empréstimo 
Compulsório 
(calamidade 
e guerra)	
IEG	 CIDE-
combustível	
ICMS-
combustível	
não é 
exceção	
não é 
exceção	
EXCEÇÕES À 
ANTERIORIDADE 
NONAGESIMAL	
II	 IE	 não é 
exceção	
IR	 IOF	 Empréstimo 
Compulsório 
(calamidade 
e guerra)	
IEG	 não é 
exceção	
não é 
exceção	
Fixação 
da base 
de cálculo 
do IPTU	
Fixação da 
base de 
cálculo do 
IPVA	
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível (ou da Fazenda Pública) da Comarca de ... 
Estado A 
 
            PJ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede na ..., por intermédio de 
sua procuradora, que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), com escritório na..., onde irá receber as 
futuras comunicações processuais, vem perante Vossa Excelência impetrar MANDADO DE SEGURANÇA com 
Pedido de Liminar, com supedâneo no artigo 5º, inciso LXIX e na Lei nº 12.016/09, contra o ato da autoridade 
coatora Diretor de Arrecadação e Fiscalização estadual, ou quem lhe faça as vezes, no Estado A, estabelecido na..., 
autoridade vinculada ao Estado A, pessoa jurídica de direito público interno, com CNPJ sob o nº, com sede na..., 
ora impetrados, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe: 
 
 1.      Dos Fatos 
 2. Do Direito 
 - Do Direito Líquido e Certo 
 - Do Ato Coator 
 - Da Autoridade Coatora 
 3. Da Liminar 
 4.      Dos Pedidos 
 Ante o exposto, requer: 
a)      Que notifique o coator a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações necessárias; 
b)      Que dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, ou seja, do Estado A, 
para que, querendo, ingresse no feito; 
c)      A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público, na forma do art.12 da Lei nº 12.016/09; 
d)     A procedência dos pedidos, concedendo-se a segurança para determinar à autoridade coatora que não efetue 
o lançamento do tributo impugnado; 
e)      A juntada da prova pré-constituída em anexo. 
            Dá-se a causa o valor de R$ ... 
Nestes termos, 
Pede e espera deferimento. 
Local..., data... 
 
Advogado 
OAB nº... 
	
A	 União,	 por	 não	 ter	 recursos	 suficientes	 para	 cobrir	
despesas	 referentes	 a	 inves4mento	 público	 urgente	 e	 de	
relevante	 interesse	 nacional,	 ins4tuiu,	 por	 meio	 da	 Lei	
Ordinária	 nº	 1.234,	 publicada	 em	 01	 de	 janeiro	 de	 2014,	
emprés4mo	 compulsório.	 O	 fato	 gerador	 do	 citado	
emprés4mo	compulsório	é	a	propriedade	de	imóveis	rurais	
e	 o	 tributo	 somente	 será	 devido	 de	maio	 a	 dezembro	 de	
2014.	Caio,	proprietário	de	 imóvel	rural	situado	no	Estado	
X,	 após	 receber	 a	 no4ficação	 do	 lançamento	 do	 crédito	
tributário	referente	ao	emprés4mo	compulsório	dos	meses	
de	 maio	 a	 dezembro	 de	 2014,	 realiza	 o	 pagamento	 do	
tributo	cobrado.	
Posteriormente,	 tendo	 em	 vista	 noQcias	 veiculadas	 a	
respeito	 da	 possibilidade	 desse	 pagamento	 ter	 sido	
indevido,	Caio	decide	procurá-lo(a)	com	o	obje4vo	de	obter	
a	res4tuição	dos	valores	pagos	indevidamente.	
Impostos	
•  Art	16	do	Código	Tributário	Nacional:	
Imposto	é	o	tributo	cuja	obrigação	tem	por	fato	gerador	uma	
situação	 independente	 de	 qualquer	 a4vidade	 estatal	
específica,	rela4va	ao	contribuinte.	
•  	É	TRIBUTO	NÃO	VINCULADO	à	a4vidade	estatal		
•  	Tributo	Unilateral	
•  Sua	 receita	 visa	 custear	 as	 despesas	 públicas	 gerais	 ou	
universais		
•  São	Ins4tuídos	por	lei	ordinária	e	por	Lei	complementar	
apenas	o	Imposto	sobre	grandes	fortunas	(art	153,	VII,	CR),	
e	imposto	residual	(art	154,	I,	CR).		
-Para	relembrar:	emprés4mos	compulsórios	(art	148,	CR)	e	
contribuições	residuais	(art	195,	§4º	c/c	art	154,	I,	amos	CR)	
Taxas	
•  Tributo	vinculado	 	à	ação	estatal,	referida	direta	e	 imediatamente	
no	contribuinte.	
•  Tributo,	contraprestacional	e	sinalagmá4co.	
•  Art	145,	II,	CR	e	art	77	a	79	do	CTN	
•  Art.	 145.	 A	 União,	 os	 Estados,	 o	 Distrito	 Federal	 e	 os	Municípios	
poderão	 ins4tuir	 os	 seguintes	 tributos:	 II	 -	 taxas,	 em	 razão	 do	
exercício	 do	 poder	 de	 polícia	 ou	 pela	 u4lização,	 efe4va	 ou	
potencial,	de	serviços	públicos	específicos	e	divisíveis,	prestados	ao	
contribuinte	ou	postos	a	sua	disposição;	
•  Art.	77.	As	 taxas	cobradas	pela	União,	pelos	Estados,	pelo	Distrito	
Federal	 ou	 pelos	 Municípios,	 no	 âmbito	 de	 suas	 respec4vas	
atribuições,	têm	como	fato	gerador	o	exercício	regular	do	poder	de	
polícia,	 ou	 a	 u4lização,	 efe4va	 ou	 potencial,	 de	 serviço	 público	
específico	 e	 divisível,	 prestado	 ao	 contribuinte	 ou	 posto	 à	 sua	
disposição.	
Taxa	de	Serviço	
•  Art	79	do	CTN	
Os	serviços	públicos	a	que	se	refere	o	ar4go	77	consideram-se:	
I	-	u4lizados	pelo	contribuinte:	
a)	efe4vamente,	quando	por	ele	usufruídos	a	qualquer	Qtulo;	
b)	 potencialmente,	 quando,	 sendo	 de	 u4lização	 compulsória,	 sejam	
postos	à	sua	disposição	mediante	a4vidade	administra4va	em	efe4vo	
funcionamento;	
II	 -	 específicos,	 quando	 possam	 ser	 destacados	 em	 unidades	
autônomas	de	intervenção,	de	u4lidade,	ou	de	necessidades	públicas;	
III	 -	 divisíveis,	 quando	 susceQveis	 de	 u4lização,	 separadamente,	 por	
parte	de	cada	um	dos	seus	usuários.	
•  Serviço	u4	singuli	x	u4	universi	(segurança	pública,	limpezapública,	
iluminação	pública)	
Taxa	de	Polícia	
•  Taxa	de	fiscalização	
•  Art.	78	do	CTN:	
Considera-se	 poder	 de	 polícia	 a4vidade	 da	 administração	 pública	 que,	
limitando	ou	disciplinando	direito,	interesse	ou	liberdade,	regula	a	prá4ca	de	
ato	 ou	 abstenção	 de	 fato,	 em	 razão	 de	 interesse	 público	 concernente	 à	
segurança,	à	higiene,	à	ordem,	aos	costumes,	à	disciplina	da	produção	e	do	
mercado,	ao	exercício	de	a4vidades	econômicas	dependentes	de	concessão	
ou	 autorização	 do	 Poder	 Público,	 à	 tranquilidade	 pública	 ou	 ao	 respeito	 à	
propriedade	e	aos	direitos	individuais	ou	cole4vos.	
•  Exercício	regular:	STF	RE	140.278	e	RE	195.788	
TCFA	RE	416.601/2005	
	
Parágrafo	único.	Considera-se	regular	o	exercício	do	poder	de	polícia	quando	
desempenhado	 pelo	 órgão	 competente	 nos	 limites	 da	 lei	 aplicável,	 com	
observância	 do	 processo	 legal	 e,	 tratando-se	 de	 a4vidade	 que	 a	 lei	 tenha	
como	discricionária,	sem	abuso	ou	desvio	de	poder.	
BASE	DE	CÁLCULO	
•  Quantum	debeatur	
•  Art	145,	§	2º	da	CR:	As	taxas	não	poderão	ter	base	de	
cálculo	própria	de	impostos.	
•  Art	77,	parágrafo	único,	do	CTN:	A	taxa	não	pode	ter	base	
de	cálculo	ou	fato	gerador	idên4cos	aos	que	correspondam	
a	imposto	nem	ser	calculada	em	função	do	capital	das	
empresas.	
•  Equivalência	razoável	entre	o	valor	pago	e	o	custo	da	ação	
estatal.	
•  Taxa	de	licença	de	publicidade;	Taxa	de	serviços	urbanos	
Taxas	de	licenciamento	de	importação;	Taxa	municipal	de	
conservação	de	estradas	de	rodagem	(súmula	595	STF)	
•  a)	 serviços	 públicos	 propriamente	 estatais:	 Ex.:	
serviço	judiciário,	emissão	de	passaportes	etc.;	
•  b)	 serviços	 públicos	 essenciais	 ao	 interesse	
público:	Ex.:	 serviço	 de	 distribuição	 de	 água,	 de	
coleta	de	lixo,	de	esgoto,	de	sepultamento;	
•  c	)	serviços	públicos	não	essenciais:	Ex.:	serviços	
postal,	 telefônico,	 de	 distribuição	 de	 gás,	 de	
energia	elétrica.	A	cobrança	dar-se-á	por	meio	de	
tarifa.	
EMPRÉSTIMOS	COMPULSÓRIOS	
•  Art.	 148,	 da	 Cons4tuição	 da	 República	 –	 A	 União,	
mediante	 lei	 complementar,	 poderá	 ins4tuir	
emprés4mos	compulsórios:	
		I	-	para	atender	a	despesas	extraordinárias,	decorrentes	
de	 calamidade	 pública,	 de	 guerra	 externa	 ou	 sua	
iminência;	
		II	-	no	caso	de	inves4mento	público	de	caráter	urgente	e	
de	relevante	interesse	nacional,	observado	o	disposto	no	
art.	150,	III,	"b".	
	 Parágrafo	único.	A	aplicação	dos	 recursos	provenientes	
de	 emprés4mo	 compulsório	 será	 vinculada	 à	 despesa	
que	fundamentou	sua	ins4tuição.	
•  Res4tuibilidade:	STF	RE	121.336	e	RE	175.385	
–	 devolução	 na	 mesma	 espécie	 em	 que	 foi	
recolhido.	
•  Ins4tuído	por	Lei	Complementar	
•  Fato	gerador	–	a	Lei	Complementar	elegerá	o	
fato	imponível	e	específico,	hábil	a	gerar	para	
o	sujeito	passivo	o	dever	de	pagar	o	tributo.	
•  Tributo	finalís4co	–	não	se	aplica	o	art.	4º	do	
CTN

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