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Em março de 2014, o Estado A ins4tuiu, por meio de decreto, taxa de serviço de segurança devida pelas pessoas jurídicas com sede naquele Estado, com base de cálculo correspondente a 3% (três por cento) do seu faturamento líquido mensal. A taxa, devida trimestralmente por seus sujeitos passivos, foi criada com o obje4vo de remunerar o serviço de segurança pública prestado na região. A taxa passou a ser exigível a par4r da data da publicação do decreto que a ins4tuiu. Dez dias após a publicação do decreto (antes, portanto, da data de recolhimento da taxa), a pessoa jurídica PJ Ltda. decide impugnar o novo tributo, desde que sem o risco de suportar os custos de honorários advocaQcios na eventualidade de insucesso na demanda, tendo em vista que pretende par4cipar de processo licitatório em data próxima, para o qual é indispensável a apresentação de cer4dão de regularidade fiscal, a qual será obstada caso a pessoa jurídica deixe de pagar o tributo sem o amparo de uma medida judicial. Considerando a situação econômica do contribuinte, indique a medida judicial adequada para a impugnação do novo tributo e a garan4a da cer4dão de regularidade fiscal necessária à sua par4cipação na licitação, considerando a desnecessidade de dilação probatória e indicando todos os fundamentos jurídicos aplicáveis ao caso. • Pontos importantes do problema: • Estado A ins4tuiu, por meio de decreto, taxa de serviço de segurança com o obje4vo de remunerar o serviço de segurança pública prestado na região; • A base de cálculo correspondente a 3% do faturamento líquido mensal das pessoas jurídicas; • A taxa passou a ser exigível a par4r da data da publicação do decreto que a ins4tuiu; • Antes da data de recolhimento da taxa, a pessoa jurídica PJ Ltda. decide impugnar o novo tributo; • Sem o risco de suportar os custos de honorários advocaQcios na eventualidade de insucesso na demanda • Indispensável a cer4dão de regularidade fiscal; • Desnecessidade de dilação probatória. • Conceito de taxa • Súmula Vinculante nº 29: • Princípio da legalidade • Princípio da anterioridade EXCEÇÕES À LEGALIDADE II IE IPI não é exceção IOF não é exceção não é exceção CIDE- combustível ICMS- combustível não é exceção não é exceção EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE ANUAL II IE IPI não é exceção IOF Empréstimo Compulsório (calamidade e guerra) IEG CIDE- combustível ICMS- combustível não é exceção não é exceção EXCEÇÕES À ANTERIORIDADE NONAGESIMAL II IE não é exceção IR IOF Empréstimo Compulsório (calamidade e guerra) IEG não é exceção não é exceção Fixação da base de cálculo do IPTU Fixação da base de cálculo do IPVA Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara Cível (ou da Fazenda Pública) da Comarca de ... Estado A PJ LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede na ..., por intermédio de sua procuradora, que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), com escritório na..., onde irá receber as futuras comunicações processuais, vem perante Vossa Excelência impetrar MANDADO DE SEGURANÇA com Pedido de Liminar, com supedâneo no artigo 5º, inciso LXIX e na Lei nº 12.016/09, contra o ato da autoridade coatora Diretor de Arrecadação e Fiscalização estadual, ou quem lhe faça as vezes, no Estado A, estabelecido na..., autoridade vinculada ao Estado A, pessoa jurídica de direito público interno, com CNPJ sob o nº, com sede na..., ora impetrados, pelos motivos de fato e de direito que a seguir expõe: 1. Dos Fatos 2. Do Direito - Do Direito Líquido e Certo - Do Ato Coator - Da Autoridade Coatora 3. Da Liminar 4. Dos Pedidos Ante o exposto, requer: a) Que notifique o coator a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste as informações necessárias; b) Que dê ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, ou seja, do Estado A, para que, querendo, ingresse no feito; c) A intimação do Ilustre Representante do Ministério Público, na forma do art.12 da Lei nº 12.016/09; d) A procedência dos pedidos, concedendo-se a segurança para determinar à autoridade coatora que não efetue o lançamento do tributo impugnado; e) A juntada da prova pré-constituída em anexo. Dá-se a causa o valor de R$ ... Nestes termos, Pede e espera deferimento. Local..., data... Advogado OAB nº... A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a inves4mento público urgente e de relevante interesse nacional, ins4tuiu, por meio da Lei Ordinária nº 1.234, publicada em 01 de janeiro de 2014, emprés4mo compulsório. O fato gerador do citado emprés4mo compulsório é a propriedade de imóveis rurais e o tributo somente será devido de maio a dezembro de 2014. Caio, proprietário de imóvel rural situado no Estado X, após receber a no4ficação do lançamento do crédito tributário referente ao emprés4mo compulsório dos meses de maio a dezembro de 2014, realiza o pagamento do tributo cobrado. Posteriormente, tendo em vista noQcias veiculadas a respeito da possibilidade desse pagamento ter sido indevido, Caio decide procurá-lo(a) com o obje4vo de obter a res4tuição dos valores pagos indevidamente. Impostos • Art 16 do Código Tributário Nacional: Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer a4vidade estatal específica, rela4va ao contribuinte. • É TRIBUTO NÃO VINCULADO à a4vidade estatal • Tributo Unilateral • Sua receita visa custear as despesas públicas gerais ou universais • São Ins4tuídos por lei ordinária e por Lei complementar apenas o Imposto sobre grandes fortunas (art 153, VII, CR), e imposto residual (art 154, I, CR). -Para relembrar: emprés4mos compulsórios (art 148, CR) e contribuições residuais (art 195, §4º c/c art 154, I, amos CR) Taxas • Tributo vinculado à ação estatal, referida direta e imediatamente no contribuinte. • Tributo, contraprestacional e sinalagmá4co. • Art 145, II, CR e art 77 a 79 do CTN • Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ins4tuir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela u4lização, efe4va ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; • Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respec4vas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a u4lização, efe4va ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Taxa de Serviço • Art 79 do CTN Os serviços públicos a que se refere o ar4go 77 consideram-se: I - u4lizados pelo contribuinte: a) efe4vamente, quando por ele usufruídos a qualquer Qtulo; b) potencialmente, quando, sendo de u4lização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante a4vidade administra4va em efe4vo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de u4lidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando susceQveis de u4lização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. • Serviço u4 singuli x u4 universi (segurança pública, limpezapública, iluminação pública) Taxa de Polícia • Taxa de fiscalização • Art. 78 do CTN: Considera-se poder de polícia a4vidade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prá4ca de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de a4vidades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou cole4vos. • Exercício regular: STF RE 140.278 e RE 195.788 TCFA RE 416.601/2005 Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de a4vidade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder. BASE DE CÁLCULO • Quantum debeatur • Art 145, § 2º da CR: As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. • Art 77, parágrafo único, do CTN: A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idên4cos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. • Equivalência razoável entre o valor pago e o custo da ação estatal. • Taxa de licença de publicidade; Taxa de serviços urbanos Taxas de licenciamento de importação; Taxa municipal de conservação de estradas de rodagem (súmula 595 STF) • a) serviços públicos propriamente estatais: Ex.: serviço judiciário, emissão de passaportes etc.; • b) serviços públicos essenciais ao interesse público: Ex.: serviço de distribuição de água, de coleta de lixo, de esgoto, de sepultamento; • c ) serviços públicos não essenciais: Ex.: serviços postal, telefônico, de distribuição de gás, de energia elétrica. A cobrança dar-se-á por meio de tarifa. EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS • Art. 148, da Cons4tuição da República – A União, mediante lei complementar, poderá ins4tuir emprés4mos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de inves4mento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de emprés4mo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua ins4tuição. • Res4tuibilidade: STF RE 121.336 e RE 175.385 – devolução na mesma espécie em que foi recolhido. • Ins4tuído por Lei Complementar • Fato gerador – a Lei Complementar elegerá o fato imponível e específico, hábil a gerar para o sujeito passivo o dever de pagar o tributo. • Tributo finalís4co – não se aplica o art. 4º do CTN
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