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SEGURANÇA JURÍDICA

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CURSO DE DIREITO
JULIANA CAVALCANTE AUGUSTO
Matricula: 201702226018
DISCIPLINA: INRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
SEGURANÇA JURÍDICA
FORTALEZA, SETEMBRO 2017
RESUMO
Este artigo visa conceituar o princípio da segurança jurídica ao referir-se sobre a criação e a interpretação do direito. Kelsen afirma que há dois sistemas jurídicos: o da livre descoberta do direito, no qual não há um órgão legislativo central e os tribunais decidem os casos concretos segundo sua livre apreciação e o da descoberta do direito vinculada à lei, no qual a produção legislativa é centralizada, reservada a um órgão legislativo. Estes sistemas apresentam distintos graus de flexibilidade que se opõe ao princípio da segurança jurídica. Kelsen sustenta que a decisão judicial é continuidade e não início do processo de criação do direito. Quanto à interpretação das normas, Hans Kelsen assegura que a inevitável plurissignificação das normas deve ser reduzida ao mínimo possível, de modo que se obtenha o maior grau possível de segurança jurídica.
Vale ressaltar que o Princípio da Segurança Jurídica possui conexão direta com os direitos fundamentais e ligação com determinados princípios que dão funcionalidade ao ordenamento jurídico brasileiro, tais como, a irretroatividade da lei, o devido processo legal, o direito adquirido, entre outros.
PALAVRAS-CHAVE 
SEGURANÇA JURÍDICA; POSITIVISMO; ORDENAMENTO; JUSTIÇA
ABSTRACT
This article's aim is to explore the aspect and principles of legal security.
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO.....................................................................................
2.PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA...........................................
3.ASPECTOS DA SEGURANÇA JURÍCIDA...........................................
4.CONCLUSÃO.........................................................................................
REFERÊNCIAS................................................................................................
INTRODUÇÃO
A segurança jurídica existe para que a justiça, finalidade maior do Direito, se concretize.
Vale dizer que a segurança jurídica concede aos indivíduos a garantia necessária para o desenvolvimento de suas relações sociais, tendo, no Direito, a certeza das consequência dos atos praticados.
Mas a segurança jurídica não poderá se resumir na simples ideia de certeza pela existência de um conjunto de leis, que dispõem sobre o que é permitido ou proibido. 
O indivíduo deverá se sentir seguro, também, por verificar no corpo dos textos jurídicos, a inclusão de princípios fundamentais, fruto das conquistas sociais dos homens.
A segurança jurídica sempre foi objeto de estudo da doutrina, isto porque o homem busca incessantemente a certeza das coisas, da sociedade, dos fatos que o cercam. Para garantir a segurança em suas relações, o homem utiliza-se do direito como instrumento. Em tempos de crise e de instabilidade surgem novas reflexões objetivando sempre o equilíbrio social, ou seja, a segurança.
PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA
 - PRINCÍPIOS PERTINENTES:
Assim para que a segurança jurídica se concretize no mundo do Direito, alguns princípios deverão ser respeitados, sendo esses de três gêneros:
- relativos à organização do Estado;
- relativos ao Direito, enquanto conjunto de normas;
- relativos à aplicação do Direito;
- RELATIVOS À ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
Para que haja segurança jurídica é fundamental que o Estado tenha seus poderes divididos (Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário), cada qual atuando dentro de suas funções, sem que um interfira nas funções dos outros. Igualmente importante, seria a estrita observância, pelo poder judiciário, de uma organização interna eficaz, capaz de não prejudicar a eficiência da aplicação das normas.
É importante mencionar que, apesar do princípio da separação dos poderes ser uma garantia constitucionalmente estabelecida, para se manter a segurança jurídica dentro do Estado, na própria Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 encontram-se normas que autorizam "invasões" de um poder dentro das funções de outro.
- Positividade do Direito: pode ser explicado como a existência de um conjunto de normas (escritas ou não, neste último caso, advinda dos costumes), a ser seguido por uma sociedade, em época e local determinado, que disponha claramente sobre as condutas permitidas e proibidas. Como medida para que tal positivação seja eficaz, é necessário que os indivíduos conheçam a norma, sendo que os costumes seriam repassados pelo próprio povo, de geração a geração, e as leis escritas, devidamente publicadas.
SEGURANÇA DE ORIENTAÇÃO: por esse princípio tem-se que o Direito deve conter regras claras, de forma que não haja dúvida quanto ao seu conteúdo, simples, para que qualquer pessoa do povo possa entender o que está regulado, inequívocas, ou seja, a norma não poderia apresentar contradições, que façam nascer um conflito dentro do texto da norma e suficiência, sendo que o Direito deverá apresentar todas as soluções ao deslinde de qualquer situação que necessite de ser resolvida.
- IRRETROATIVIDADE DA LEI: esse é o princípio mais importante da segurança jurídica. Pode ser explicado pelo fato de leis futuras não atingirem os fatos presentes e passados. Em outras palavras: uma lei atual ou futura não poderá interferir em atos e fatos que já tenham ocorrido, e que observaram, na época, a lei anterior. Se a retroatividade fosse admitida, seria criado um clima de profunda instabilidade, pois os indivíduos não teriam como prever as leis futuras, e assim ficariam inseguros diante de qualquer relação jurídica.
- ESTABILIDADE RELATIVA DO DIREITO: O Direito, enquanto criação humana voltada a estabelecer a coexistência pacífica entre os homens, deve estar atento à realidade social a que está inserido, e com ela evoluir, sob pena de se tornar inútil.
Entretanto, esse princípio propõe alguns cuidados a serem observados. Por ele, a ordem jurídica deve conservar a característica de estabilidade, mantendo um equilíbrio, pois não poderá criar novas leis de forma impulsiva, sob o pretexto de evolução, e da mesma maneira não poderá ficar inerte, pois a realidade social é complexa e é enriquecida a cada dia, tendo o Direito que acompanhar as principais mudanças, de forma progressiva, e não desordenada.
- RELATIVO À APLICAÇÃO DO DIREITO: entende-se os princípios relacionados às decisões judiciais, sendo que essas devem se apresentar sempre num mesmo sentido e coerência, pois se cada tribunal entender de uma forma diversa sobre uma mesmo assunto, isso criaria uma atmosfera de insegurança para aquele que recorre ao Poder Judiciário.
ASPECTOS DA SEGURANÇA JURÍCIDA
A consolidação em muitos países do Estado Democrático e de Direito alargou o horizonte jurídico exigindo o desenvolvimento de princípios e instituições que garantissem a sobrevivência e o aperfeiçoamento dessa conquista de muitos povos modernos.  Na essência do Direito que organiza essa nova forma de Estado, encontramos o princípio da Segurança Jurídica.
Entretanto, não há um só conceito de Segurança Jurídica. Por isso, seguiremos o mais comum, no caso, uma garantia contra a alteração normativa que atente contra o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (C.F. Art. 5°, XXXVI). De fato, como observa Paulo Nader, objetivamente a segurança jurídica manifesta-se por meio de um Direito definido, ou seja, estável.
A segurança jurídica depende da aplicação, ou melhor, da obrigatoriedade do Direito. 
Reale, discorrendo acerca da obrigatoriedade ou a vigência do Direito, afirma que a ideia de justiça liga-se intimamente à ideia de ordem. No próprio conceito de justiça é inerente uma ordem, que não pode deixar de ser reconhecido como valor mais urgente, o que está na raiz da escala axiológica, mas é degrau indispensável a qualquer aperfeiçoamentoético claro.
 A segurança jurídica implica que o Direito seja certo, que as normas sejam conhecidas, compreendidas e fixem com razoável previsão o que ordenam.
No entanto, a segurança não se opõe a que a Administração ou os Tribunais, gozem de alguma liberdade na aplicação das leis, que possuam certa elasticidade para permitir atender às particularidades dos casos concretos por elas regulados.
A segurança supõe algo mais que a certeza, supõe que um conjunto de interesses do 
Indivíduo estejam protegidos pelo Direito, para que haja uma existência humana digna. 
Esses interesses andam a volta da noção de liberdade e foram catalogados na famosa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão em 1789.
CONCLUSÃO:
Observamos então que o princípio da segurança jurídica está ligado diretamente aos direitos e garantias fundamentais do Estado Democrático de Direito, sendo assim, podemos identificá-lo nas mais variadas situações do nosso cotidiano, notadamente visualizados nas exemplificações feitas neste trabalho.
Mesmo numa sociedade complexa, susceptível a mudanças sociais, econômicas e políticas é possível, necessário e desejável atingir-se a segurança jurídica, pois o Direito visa planificar os comportamentos trazendo paz social, então, modificar uma sentença já transitada em julgado ou cobrar uma nova interpretação de uma situação já ocorrida, desfaz assim, qualquer conceito de Estado Democrático de Direito. 
a partir da análise da Teoria pura do direito, que Hans Kelsen aborda o tema segurança jurídica ao tratar do que ele denomina de “sistemas jurídicos”, quais sejam: o sistema da livre descoberta do direito e o sistema da descoberta do direito vinculada a lei.
REFERÊNCIAS
NADER, Paulo. Introdução ao Estudo de Direito, 24ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
REALE, Miguel, Lições preliminares de Direito, 27. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 2009.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução de João Baptista Machado. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

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