Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Controle Externo TCM-RJ Prof. Leandro Santos Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Controle - Conceitos O conceito de controle, erroneamente, é associado tradicionalmente à detecção de fraudes e erros. Entretanto, na administração moderna, o controle se relaciona à avaliação de resultados e busca por melhores desempenho, além da prevenção de fraudes e erros. Para Meirelles, o controle da administração pública é “a faculdade de Vigilância, orientação e correção que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro.” Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Controle da Administração Pública (Di Pietro) “No exercício de suas funções, a Administração publica se sujeita a controle por parte dos poderes legislativo e judiciário, além de exercer, ela mesma, o controle sobre os próprios atos. Pode-se definir o controle da Administração Pública como o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhes são impostos pelo ordenamento jurídico. A finalidade do controle é a de assegurar que a Administração atue em consonância com os princípios que lhe são impostos pelo ordenamento jurídico, como os da legalidade, moralidade, finalidade pública, publicidade, motivação, impessoalidade; em determinadas circunstâncias, abrange também o controle chamado de mérito e que diz respeito aos aspectos discricionários da atuação administrativa.” Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Controle Interno e Controle Externo (Direito Administrativo) Para Di Pietro, o controle pode ser classificado segundo a posição do órgão controlador da seguinte forma: Controle interno: é aquele que cada um dos poderes Exerce sobre seus próprios atos e agentes. Controle externo: também segundo Di Pietro, é aquele exercido por um dos poderes sobre o outro, como também o controle da administração direta sobre a indireta. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA QUANTO AO MOMENTO DO CONTROLE QUANTO A SUA EXTENSÃO QUANTO À NATUREZA DO CONTROLE QUANTO AO ÓRGÃO QUE EXERCE • Controle Prévio ou preventivo (a anteriori); •Controle concomitante (pari passu) • Controle posterior ou repressivo (a posteriori) • Controle Interno; •Controle Externo • Controle Legalidade; •Controle de Mérito; • Controle Administrativo; •Controle Legislativo • Controle Judicial Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Quanto ao aspecto controlado (Di Pietro): Controle da legalidade ou legitimidade: é decorrente do princípio da legalidade e tem como objetivo verificar se o ato ou procedimento administrativo está conforme a lei que o regula, pode ser exercido pela Administração e também pelo Legislativo e Judiciário, estes dois últimos devem ser provocados. Controle de mérito: é aquele que verifica o efeito decursivo da prática dos atos administrativos, visando conferir se o administrador público alcançou o resultado pretendido da melhor forma e com menos custos para a Administração. Súmula 473, STF: A ADMINISTRAÇÃO PODE ANULAR SEUS PRÓPRIOS ATOS, QUANDO EIVADOS DE VÍCIOS QUE OS TORNAM ILEGAIS, PORQUE DELES NÃO SE ORIGINAM DIREITOS; OU REVOGÁ-LOS, POR MOTIVO DE CONVENIÊNCIA OU OPORTUNIDADE, RESPEITADOS OS DIREITOS ADQUIRIDOS, E RESSALVADA, EM TODOS OS CASOS, A APRECIAÇÃO JUDICIAL. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Extensão do Controle • Controle Interno • Controle Popular (art. 31 § 3º CF) • Controle Externo Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 CONTROLE LEGISLATIVO • Não pode exorbitar as hipóteses constitucionalmente previstas, sob pena de ofensa ao princípio da separação de Poderes. O controle alcança os órgãos do Poder Executivo e suas entidades e o Poder Judiciário (função administrativa) Controle Político Controle Financeiro Tem por base a possibilidade de fiscalização sobre atos ligados à função administrativa e organizacional Fiscalização financeira, contábil e orçamentária. O PODER LEGISLATIVO É O TITULAR DO CONTROLE EXTERNO! Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 SISTEMAS DE CONTROLE EXTERNO SISTEMA DE TRIBUNAIS/CONSELHOS SISTEMA DE AUDITORIAS/CONTROLADORIAS Comum em Países de tradição latina (França, Portugal, Alemanha, Argélia, Coreia do Sul, Brasi, Belgica etc) Comum em países de tradição britânica (Inglaterra, Africa do Sul, Irlanda, Venezuela, Colômbia, Costa Rica etc) Órgãos Colegiados Órgãos unipessoais Caráter punitivo (tradicionalmente) Caráter opinativo Priorizam o controle de legalidade Priorizam o controle da eficiência, eficácia e efetividade Órgãos administrativos Órgãos administrativos Autônomos em relação ao poder que os vincula Autônomos em relação ao poder que os vincula Suas decisões não estão sujeitas a revisão por outro órgão ou instância Suas decisões não estão sujeitas a revisão por outro órgão ou instância Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Controle Externo na CF/88 Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: TITULAR DO CONTROLE EXTERNO: PODER LEGISLATIVO. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 TIPOS DE FISCALIZAÇÃO Tipo De Fiscalização Objeto de fiscalização Contábil lançamentos e escrituração contábeis Financeira Arrecadação de receitas e execução de despesasOrçamentária Elaboração e execução dos orçamentos públicos Operacional Programas de governo, políticas públicas e processos administrativos Patrimonial Gestão, guarda, uso e conservação de bens móveis e imóveis Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 ASPECTOS DA FISCALIZAÇÃO Aspecto Finalidade Legalidade Verificar a adequação da conduta do gestor com os normativos aplicáveis. Legitmidade Verificara adequação do ato ao interesse público, à moralidade e à impessoalidade administrativa. economicidade Verficação da relação custo x benefício na condução dos programas de governo. Aplicação de subvenções Verificar a adequação da aplicação das subvenções sociais e econômicas decorrentes da obrigação de prestar contas por parte dos beneficiários Renúncia de receitas A renúncia de receitas compreende, dentre outros, a remissão, a anistia e a concessão de benefícios fiscais em caráter não geral. Sua concessão deve observar as normas de responsabilidade fiscal. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Tribunais de Contas Os Tribunais de Contas são órgãos independentes, integrantes da estrutura da administração direta do ente federativo respectivo. Possui autonomia financeira, orçamentária, administrativa e patrimonial. É UM ORGÃO TÉCNICO PARA EXERCÍCIO DO CONTROLE EXTERNO, COM COMPETÊNCIAS PRÓPRIAS OUTORGADAS PELA CF/88. O TC NÃO INTEGRA A ESTRUTURA DO PODER LEGISLATIVO, MAS ESTÁ A ELE VINCULADO APENAS FUNCIONALMENTE: Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO • Natureza Jurídica • O T.C.U. é órgão público; • Não integra a estrutura de nenhum dos Poderes; • Possui autonomia financeira, administrativa e patrimonial • Possui capacidade postulatória; Súmula 347 STF: O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Esfera de Governo Titular do Controle Externo Tribunal de Contas respectivo União Congresso Nacional TCU Estado Assembleia Legislativa TCE Distrito Federal Câmara Legislativa TCDF Municípios Câmara Municipal TCE; ou TCM’s (Ba, Go, Ce, AL); ou TCM (só RJ e SP) Critério para determinação da competência do TC: origem do recurso fiscalizado. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 COMPETÊNCIAS DO TCU Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; Por maioria de votos, o Plenário decidiu, no RE 848826, que é exclusivamente da Câmara Municipal a competência para julgar as contas de governo e as contas de gestão dos prefeitos, cabendo ao Tribunal de Contas auxiliar o Poder Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo, que somente poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos vereadores. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Art. 1° – Ao Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro, órgão constitucional de controle externo, no exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, compete, nos termos da legislação vigente, em especial da Lei nº 289, de 25 de novembro de 1981, com as alterações decorrentes da Lei Complementar nº 82, de 16 de janeiro de 2007: I – apreciar as Contas do Governo do Município, prestadas anualmente pelo Prefeito, elaborando e emitindo parecer prévio em até sessenta dias úteis a contar de seu recebimento, nos termos dos arts. 184 a 194; COMPETÊNCIA DO TCM RJ – REGIMENTO INTERNO DO TCMRJ Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Prestação de contas de governo do Prefeito Municipal (arts. 184 a 194 RI) Art. 184. O Tribunal apreciará as Contas do Governo do Município, mediante parecer prévio a ser elaborado em sessenta dias úteis a contar de seu recebimento. § 1º – As contas serão apresentadas pelo Prefeito, concomitantemente, à Câmara Municipal e ao Tribunal, sendo pelo menos uma cópia em formato digital, dentro de sessenta dias, após a abertura da sessão legislativa. As contas serão constituídas pelos seguintes documentos: - Balanços Orçamentário, Financeiro e Patrimonial, pela Demonstração das Variações Patrimoniais; - pelo relatório do órgão central do sistema de controle interno do Poder Executivo sobre a execução do orçamento ; - pelos demais quadros demonstrativos exigíveis na forma da legislação federal pertinente; - pelos elementos estabelecidos em ato normativo específico. Art. 185 – Na primeira sessão ordinária de cada ano será escolhido mediante sorteio, o Conselheiro que elaborará o relatório e o projeto de parecer prévio sobre as contas do exercício financeiro. § 1° – Serão excluídos do sorteio os Relatores das contas anuais anteriores, até completar- se o rodízio entre todos os Conselheiros. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Art. 186.... § 1° – O Relator, durante o período em que as contas permanecerem no Tribunal, poderá solicitar ao Plenário sua exclusão do sorteio de processos de aposentadoria e de pensão. § 2° – O Presidente poderá, por solicitação do Relator, manifestada até cinco dias antes da realização da Sessão Especial, ouvido o Plenário, requisitar das autoridades da Administração Municipal as informações ou esclarecimentos necessários ao exame das contas. § 3º – Todas as informações ou esclarecimentos serão prestados antes da apreciação das contas. Art. 187 – Apresentadas as contas, serão distribuídas cópias ao Relator, aos demais Conselheiros e ao Procurador-Chefe da Procuradoria Especial, encaminhando-se o processo à Secretaria Geral de Controle Externo, para sua análise e instrução. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Prazos para emissão do Parecer Prévio pelo TCM RJ (art. 188 RI) No prazo de sessenta dias úteis para a emissão do relatório e do parecer prévio conclusivos sobre as Contas de Gestão do Município, apresentadas pelo Prefeito, fica estabelecida a seguinte sequência: I – até 23 (vinte e três) dias úteis, para exame e instrução da Coordenadoria de Auditoria e Desenvolvimento, contados do dia seguinte aorecebimento das contas; II – até 04 (quatro) dias úteis, para manifestação da Secretaria Geral de Controle Externo; III – até 05 (cinco) dias úteis, para pronunciamento da Procuradoria Especial; IV – até 20 (vinte) dias úteis para apresentação, ao Presidente, aos demais Conselheiros e à Procuradoria Especial, do relatório e do projeto de parecer prévio do Relator; e V – até no máximo 03 (três) dias antes do sexagésimo, para realização da Sessão Especial de apreciação das Contas. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Prazos para emissão do Parecer Prévio pelo TCM RJ (art. 188 a 190 RI) O relatório consistirá de minuciosa apreciação do exercício financeiro, elaborado com base nos elementos colhidos no trabalho de auditoria financeira e orçamentária, e conterá, além da análise dos balanços apresentados, informações que auxiliem a Câmara Municipal na apreciação dos reflexos da administração financeira e orçamentária sobre as contas municipais. O projeto de parecer prévio, em conformidade com o relatório, concluirá pela aprovação ou não das contas, e será precedido da respectiva fundamentação, com especificação das irregularidades, no último caso. Aos Conselheiros é assegurado o direito de vista do processo, pelo prazo de 24 (vinte e quatro) horas, permanecendo o processo na Secretaria das Sessões. Caso mais de um Conselheiro exerça esse direito, o prazo concedido será comum aos solicitantes. O pedido de vista não obstará que os demais Conselheiros, sentindo-se habilitados a fazê-lo, profiram, desde logo, os seus votos. Concedido o pedido de vista previsto no caput, a sessão ficará suspensa pelo prazo ali estabelecido. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Prazos para emissão do Parecer Prévio pelo TCM RJ (art. 191 a 194RI) O Tribunal deverá pronunciar-se sobre as Contas, impreterivelmente, até 24 (vinte e quatro) horas antes de expirar o prazo para a remessa do relatório e parecer prévio à Câmara Municipal. A decisão do Plenário converter-se-á em parecer prévio do Tribunal, que será redigido pelo Relator e assinado pelos Conselheiros e pelos membros da Procuradoria Especial presentes à sessão. Os Conselheiros que desejarem poderão oferecer voto por escrito, o qual constará da ata e do processo. O relatório e o parecer prévio do Tribunal, juntamente com as declarações de voto acaso existentes e a defesa escrita, se houver, serão encaminhados, em originais, à Câmara Municipal e, através de cópia, ao Prefeito. O resumo do relatório e o parecer prévio serão publicados no Diário Oficial do Município. O parecer prévio, emitido pelo Tribunal, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal. Da ian e D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 - D aia ne D a S ilva Br an dã o - 11 56 28 66 70 2 Obrigado! Prof. Leandro santos
Compartilhar