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HIPÓTESE CIENTÍFICA

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HIPÓTESE CIENTÍFICA
 	 O primeiro passo da pesquisa científica dá-se com a elaboração de um problema científico solucionável, capaz de ser revelado como verdadeiro ou falso. Qualquer pergunta não é um problema, no seu enunciado ela deve indicar o seu objetivo de maneira clara. No passo seguinte buscam-se soluções para o problema, por meio de suposições, que podem ou não solucionarem o problema, essa possível solução chama-se hipótese. 
 	 Um problema só é considerado solucionado quando ele pode ser respondido através das hipóteses, mas nem todas as hipóteses são testáveis. Na construção de hipóteses palavras como: bom, mau, deve, deveria que envolvem julgamento de valores devem ser evitadas. Segundo Gil (2007), a hipótese é uma proposição testável, que pode ou não solucionar um problema. Com base na definição de vários autores sobre hipótese, Marconi e Lakatos (2008), apontam que as hipóteses possuem uma diferença quanto as suas comprovações, classificando-as como explicativas e preditivas. Segundo Marconi e Lakatos (2008, p.198): 
A hipótese explicativa é formulada sempre post-factum, surgindo como resultado de gradativas generalizações de proposições existentes na teoria de nível inferior (indutiva); a preditiva, por sua vez é formulada ante-factum, precedendo a observação empírica na teoria de nível superior (dedutiva).
As hipóteses podem ser classificadas de diferentes formas, diante da visão de cada autor. Para Gil (2007), as hipóteses podem ser classificadas como casuísticas, frequência de acontecimentos, relação de associação entre variáveis e relação de dependência entre duas ou mais variáveis. As hipóteses casuísticas são as que se referem a um determinado caso, já a hipótese de frequência de acontecimentos tem como base as características que ocorrem em uma determinada sociedade ou grupo. As hipóteses que estabelecem relação de associação entre variáveis têm como finalidade mostrar a existência de relação entre as variáveis, estabelecendo termos de causalidade e influência. Na relação de dependência entre duas ou mais variáveis, é quando uma variável vai interferir na outra. “É usual dizer que as hipóteses deste grupo estabelecem a existência de relações causais entre as variáveis” (GIL, 2007, p.33). 
Selltiz, Johada, Deutsch e Cook (apud LAKATOS; MARCONI, 2008, p.147-148) classificam as hipóteses abarcando apenas três aspectos como relação à universidade, frequência e a ligação causal. Com relação à universidade ocorre quando a hipótese pode ser enunciada de uma forma universal. Em relação à frequência ocorre quando uma hipótese refere-se a frequência de acontecimentos e a relação de ligação causal é quando uma hipótese pode afirmar que um acontecimento ou características específicas é um dos fatores caracterizam ou determinam um acontecimento. 
Não existe uma regra para a elaboração de uma hipótese, elas surgem de diversas fontes. Uma das primeiras fontes que Gil (2007) considera é a observação dos fatos do dia a dia, observando se existe uma relação entre eles e a partir daí poderia se chegar a uma solução para os problemas impostos pela ciência. Marconi e Lakatos (2008), também consideram essa fonte, para elas essa é uma fonte rica para se chegar a uma hipótese. Outra fonte que Gil (2007) considera são os resultados de outras pesquisas, para ele é importante não fazer uma simples observação, mas se basear em estudos que já foram feitos, para verificar se a mesma relação se repete no estudo presente. Marconi e Lakatos (2008) consideram que a comparação com outros estudos é um caminho importante para elaborar hipóteses, outra fonte são as teorias. Para Gil (2007) as hipóteses que são baseadas em uma determinada teoria ficam mais claras, pois proporcionam um conhecimento maior das ciências. 
Muitos pesquisadores elaboram hipóteses, mas depois de detida análise várias são descartadas, pois nem todas são testáveis, e não possuem características que as conceituem como tal. Para ser considerada como hipótese tem que ser logicamente aceitável, ou seja, apresentar requisitos dos quais seja possível decidir a cerca da sua testabilidade, elas devem ser conceitualmente clara, ou seja, os conceitos contidos na hipótese, principalmente os referentes as variáveis precisam está claramente bem definidos, utilizando as definições operacionais que indicam à operações particulares, que possibilitem o esclarecimento do conceito. A hipótese deve ser específica, há casos em que hipóteses são conceitualmente claras, porém são expressas em termos tão gerais e com objetivos pretensiosos que não podem ser submetidas a verificação, por isso é indispensável que as hipóteses especifiquem o que de fato se pretende verificar, para que se possa ser estudada melhor. Elas podem ser divididas em hipóteses amplas e sub hipóteses mais precisas. Devem apresentar referencias empírica isto é, possuir conceitos que podem ser verificados pela observação, também não pode utilizar-se de julgamentos que não podem ser submetidos a uma observação, deve ser parcimoniosa, é preferível a utilização de uma hipótese mais simples do que as mais complexas. 
As hipóteses podem estar relacionadas com uma teoria já existente para que se possa fazer a generalização dos resultados. Para Marconi e Lakatos (2008, p.169):
Uma pesquisa sobre um grupo de fatos ou fenômenos, que se realiza a partir de hipóteses apoiadas na teoria, tem suas descobertas orientadas sistematicamente; sem isso, ela não passará de um estudo indeterminado e inexpressivo.
Assim como Gil (2007), Marconi e Lakatos (2008), fazem uma análise das características das hipóteses e apresenta 11 críticas para a validação de uma hipótese, algumas são comuns as de Gil (2007), como o apoio teórico, clareza, especificidade e verificabilidade, porém vai apresentar critérios como a consistência lógica que é dividida em dois aspectos, a interna que especifica que não pode haver contradição dentro do próprio enunciado e a externa que é a compatibilidade da hipótese com o conhecimento científico mais amplo ou com a teoria. Outra característica citada é a relevância que consiste na explicação dos fatos que uma hipótese possui: como o fundamento sólido, o qual não pode ser composto por propostas contrárias. A plausibilidade e a clareza são dois aspectos interligados, pois a capacidade do enunciado ser admissível , e a possibilita o entendimento do que se propõe, incluindo a utilização de termos empíricos. A profundidade é uma característica apresentada pelas hipóteses mais específicas e informativas. A característica da fertilidade está relacionada às sequencias dedutíveis da hipótese, quanto maior o número desta, maior a sua utilidade para a ciência. A originalidade da hipótese se baseia de que ela não deve ser reformulada com base em outras já existentes, pois tem a possibilidade de ficar inútil.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GIL, Antônio Carlos.Como construir hipóteses? In:Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas,2007. p.31-39.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Hipóteses.In: Metodologia Científica. 5 ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2008,p.136-173.

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