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9. RESP ADI por Omissão caso 9 (2)

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PRÁTICA SIMULADA V
CASO CONCRETO 9 – AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADI por omissão ou ADO)
PRFª.: CARINA SENNA
ALUNA: IONE CRISTINA FRANÇA DE LIMA MATRI.: 201301483151
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 
 
 
 
 
 
PARTIDO PROGRESSISTA, com representação no Congresso Nacional, representado por seu Presidente..., CNPJ nº..., com sede na..., bairro..., cidade..., por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., endereço que indica para fins do artigo 106, do C PC/2015, devidamente constituído, conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9.868/99), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 103, § 2º, da CRFB/88, e Lei nº 9.868/99, propor, 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
com base no artigo 103, §2º, da CRFB/88 e n a Lei nº 9.868/99, por omissão do EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA em face do descumprimento e da falta de emissão de norma 
regulamentadora do disposto no artigo 37, X, , da Constituição Federal, esperando que seja recebida e seguindo as formalidades de estilo, seja distribuída e ao final declarada a mora do Poder competente, que inviabiliza a aplicação da norma constitucional, conforme será demonstrado ao longo da presente petição, nos termos e motivos que passa a expor.
DA LEGITIMIDADE
A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente encontra assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática “... os partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada” “O reconhecimento da legitimidade ativa das agremiações partidárias para a instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vinculo de pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais, que justificam a existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos.” (STF – ADI 1396). Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal encontra-se dispensado de demonstrar Pertinência Temática. 
 
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. É certo que frente a omissão legislativa federal que se discute no caso em questão, a competência originária do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada. 
 
DO CABIMENTO
A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever, porquanto o princípio fundamental do Estado de Direito Republicano exige que o poder político deve ser exercido para a realização não de interesses particulares, mas do bem comum do povo (res publica). 
Segue-se daí que toda competência dos órgãos públicos, em lugar de simples faculdade ou direito subjetivo, representa incontestavelmente um poder-dever. Assim, ao dispor a Constituição da República que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário são “Poderes da União, independentes e harmônicos entre si” (artigo 2°), reforça o princípio que se acaba de lembrar, pois quando os órgãos estatais constitucionalmente dotados de competência exclusiva deixam de exercer seus pode res-deveres, o Estado de Direito desaparece. 
Sabe-se ser imprescindível, para o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão a existência de um direito previsto na Constituição Federal que não possa ser exercido por ausência de lei especifica e, no caso em tela, tal direito, pode ser encontrado no artigo 37, X da CRFB/1988. 
 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS 
Trata-se de ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão, proposta pelo Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, considerando o descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina. 
É nítida a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores públicos dessa unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da Constituição Federal.
Cabe salientar que a última revisão remuneratória ocorrida nesse Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003, assim os servidores acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação, e mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual pretenda cumprir o ditame ora destacado.
Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende a presente ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art. 37, X, da Carta Magna, pretendendo-se também o estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos. 
Ademais, a omissão perpetrada pelo Excelentíssimo Sr. Governador afronta também, ainda que indiretamente, os preceitos constitucionais estribados no artigo 6º, caput, da CRFB, direitos sociais do cidadão como educação, saúde, lazer etc, não apenas para per si, mas também para sua família, pois a ausência de reajuste priva diretamente o servidor do exercício de tais direitos, considerando a baixa do poder aquisitivo. 
Por fim, e não menos importante, cabe ressaltar que se esta a incorrer em crime de responsabilidade, posto que tal omissão atenta contra o cumprimento da Constituição Federal, situação que se enquadra no artigo 85, inciso, VII, da CRFB/88, pelo que deve ser reconhecida e declarada a inconstitucionalidade por omissão.
DO PEDIDO 
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência: 
1. Procedência do pedido para que seja declarada a mora legislativa do Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina, na elaboração da Lei espeífica do artigo 37, X, CRFB/88;
2. A notificação do Exmo. Sr. Governador do E stado..., para que como órgão/autoridade responsável pela elaboração da Lei, manifeste-se, querendo, no prazo legal; 
3. A notificação, caso Vossa Excelência entenda pertinente, do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União para se manifestar sobre o mérito da presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 12-E, § 2º, da Lei nº 9.868/99; 
4. A oitiva do Exmo. Sr. Procurador Geral da República para que emita o seu parecer, nos termos do artigo 12-E, § 3º, da Lei nº 9.868/99; 
DAS PROVAS 
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do artigo 14, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões judiciais). 
 
DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais) para fins meramente procedimentais.
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local..., data... 
Advogado... 
OAB/UF n.º...

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