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Fim da Personalidade da Pessoa Natural

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Consta do art. 6º:
A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
Seguindo o axioma latino mors omnia solvit, a morte tudo resolve, findando a personalidade jurídica natural. Traça-se uma distinção, no entanto, entre a morte de fato (real) e a morte presumida, atribuída a certos ausentes.
Morte de fato, ou biológica, é aquela comprovada, com atestado médico e registro civil de óbito. Ocorre com a paralisação da atividade cerebral, circulatória e respiratória. Esta definição é recente e foi reformulada em favor dos transplantes, já que anteriormente se declarava a morte quando da cessação de atividade cardíaca, o que prejudicava o procedimento e não é, tanto quanto a encefálica, equivalente ao óbito.
Morte Presumida, Ausência e a Comoriência
Diz o artigo 22:
Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela haver notícia, se não houver deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.
O ausente é a pessoa que deixa seu domicílio e não há mais notícias de seu paradeiro. Para efeitos jurídicos, recorre-se a um processo trifásico da ausência, de declaração, sucessão provisória e sucessão definitiva, da qual cuidam os art. 744 e 745 do CPC/2015.
Dada a constatação do sumiço, o ausente deve ser declarado como tal pelo juiz, que mandará arrecadar seus bens e nomear-lhes-á curador para administração temporária. Como previsto no art. 25 do CC, este curador será preferencialmente o cônjuge. Feita a arrecadação, são publicados editais em diferentes plataformas por um ano, anunciando-a e chamando o ausente a entrar em posse de seus bens.
Findo este prazo de um ano, poderão os interessados requerer a abertura da sucessão provisória, na qual o patrimônio é entregue aos sucessores como posse, não propriedade, permitindo usufruto mas não alienação. Esta poderá ser convertida em sucessão definitiva apenas após decorridos dez anos, ou cinco, para maiores de 80, e então a titularidade dos bens será transferida em caráter total.
Além do disposto no art. 22, também o art. 7º trata da morte presumida, porém sem decretação de ausência, nos seguintes casos:
I — se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;
II — se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.
Portanto, é presumida a morte quando do desaparecimento em situação de perigo ou, sendo comum, decorridos dez anos do sumiço. Esta presunção de morte ocorre com fins patrimoniais, de Direito sucessório.
Tudo que é presumido no Direito é altamente provável, mas não constitui certeza. Existe a possibilidade, portanto, de que o declarado morto regresse; nesse caso, não terá perdido seus direitos, e torna-se novamente titular de seu patrimônio.
Temos, ainda, a morte simultânea ou comoriência prevista no Código Civil, art. 8º, que assim proclama:
Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.
Embora o problema da comoriência tenha começado a ser regulado a propósito de caso de morte conjunta no mesmo acontecimento, ele se coloca, como se pode ver pela redação do art. 8º do Código Civil, com igual relevância, em matéria de efeitos dependentes de sobrevivência, nos casos de pessoas falecidas em lugares e acontecimentos distintos, mas em datas e horas simultâneas ou muito próximas. A expressão “na mesma ocasião” não requer que o evento morte se tenha dado na mesma localidade; basta que haja inviabilidade na apuração exata da ordem cronológica dos óbitos. Esse artigo tem grande repercussão na transmissão de direitos, pois se os comorientes são herdeiros uns dos outros não há transferência de direitos, um não sucederá ao outro, sendo chamados à sucessão os seus herdeiros. Há mera presunção juris tantum (presunção relativa do direito, válida até prova em contrário) de comoriência.
Por exemplo: Se “A”, viúvo, idoso, cardíaco e que não sabia nadar, falecer num naufrágio, juntamente com seu único filho solteiro “B” de 20 anos, saudável e bom nadador, não há presunção iure et de iuris (presunção absoluta) da pré-morte de “A”, pois os interessados na herança poderão provar isso por qualquer meio admitido em direito. Aquela presunção juris tantum é inferida da expressão do art. 8º “não se podendo averiguar”, que admite prova contrária, ou seja, da premoriência (é definição da precedência da morte dos envolvidos nos casos, ou seja, a premoriência trata-se do fato de que um individuo “pré-morreu” à outro), sendo o onus probandi (obrigado de provar, ônus da prova)do interessado que pretende provar, com o auxílio de perícia, testemunhas etc., que a morte não foi simultânea, trazendo por consequência a alteração da vocação hereditária. P. ex.: suponhamos que marido e mulher faleçam numa queda de avião, sem deixar descendentes ou ascendentes. Presumamos que testemunhas tenham encontrado o marido morto e a mulher com sinais de vida, ou que o interessado na herança tenha comprovado a premoriência do marido. Considerando a ordem de vocação hereditária, a mulher herda os bens do marido se ele faleceu primeiro, transmitindo-os aos seus herdeiros colaterais; com isso, os herdeiros colaterais do marido nada receberão.
Se dúvida houver no sentido de se saber, com precisão, quem morreu primeiro, o magistrado aplicará o art. 8º do Código Civil, caso em que não haverá transmissão de direitos entre as pessoas que faleceram na mesma ocasião; logo, a parte do marido irá para seus herdeiros colaterais e a da mulher para os herdeiros colaterais dela.
Se o beneficiário sobreviver ao segurado, ainda que por segundos, seus herdeiros serão contemplados; se houver comoriência, seus sucessores ficarão privados do benefício.

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