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ANALISE TEXTUAL 2

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ANALISE TEXTUAL
Aula 2: Adequação vocabular, variação linguística, texto e hipertexto
1) Analisar a variação da linguagem de acordo com os contextos;
2) Identificar a textualidade a partir dos conceitos coesão, coerência e hipertexto.	
Leia no Material Didático os seguintes capítulos do livro Produção de texto - interlocução e gêneros, de Maria Luiza M. Abaurre e Maria Bernadete M. Abaurre:
capítulo 1, "Discurso e texto"; e
capítulo 2, "A interlocução e o contexto".
Na aula anterior falamos sobre os contextos formais e informais na linguagem e nesta aula vamos tratar da forma como construímos os textos de acordo com cada situação. 
Por que precisamos falar sobre isso? 
Devemos estudar este assunto simplesmente porque não nos expressamos de uma forma única, não é mesmo? Se precisamos nos adequar a cada situação, consequentemente nosso discurso também deve se adequar.
No vídeo anterior, você assistiu a uma entrevista que surpreendeu pela total inadequação entre o que é perguntado e o que é respondido. E, para evitar situações como essa, devemos dominar o conteúdo que será trabalhado nesta aula.
Percebeu que a língua não é a mesma em todas as situações?
Como vimos, a língua varia de acordo com a situação, com a idade do falante, com a formalidade ou informalidade do encontro, com as pessoas envolvidas etc. 
Enfim, possuímos diversos contextos em que a língua se acomoda. Esse fenômeno é chamado de Variação Linguística. Entretanto, mesmo que haja variação, sempre será necessário que os elementos da língua estejam ordenados e relacionados de forma a haver textualidade.
Clique nas caixas de texto e veja alguns enunciados:
CAUSADO EMBORA ENTÃO GATO ALIENÁVEL DISPONIBILIDADE: Temos uma sequência de palavras que são legítimas na língua, pois conhecemos cada uma delas. No entanto, agrupadas da forma como estão, não apresentam uma sequência lógica, compreensível.
A REPERCUSSÃO DAQUELA SITUAÇÃO FOI MUITO GRANDE AINDA QUE HOUVESSE CUIDADO EM DESMENTIR O FATO: Nesta frase, as palavras legítimas na língua estão agrupadas de forma a comunicar uma mensagem compreensível. Diferente do que aconteceu no exemplo anterior.
A CASA É : Este exemplo apresenta uma ideia incompleta, já que não é possível entender o que se quer dizer sobre a casa.
SILÊNCIO: Apesar de ter somente uma palavra, a frase comunica uma ideia completa.
Temos um texto toda vez que apresentamos uma ideia completa, mesmo que isso seja feito através de uma única palavra. 
Percebemos com isso que um texto não é uma questão de quantidade de palavras, mas, sim, de comunicação, da capacidade de passar uma mensagem que possa ser entendida pelo interlocutor ou pelo leitor.
Observe a frase baixo:
a texto é partes preciso em compreender para as contida um mensagem ordenar.
Conseguiu entender a mensagem? Fora de ordem é complicado, não é mesmo?
Tente, então, no espaço abaixo, reescrever a frase, de forma que ela faça sentido.
A frase pode ser escrita de duas maneiras, veja:
Para compreender a mensagem contida em um texto, é preciso ordenar as partes.
É preciso ordenar as partes para compreender a mensagem contida em um texto.
Obviamente você percebeu que a reorganização desta sentença lhe conferiu sentido e possibilitou o entendimento, não é mesmo? É essa organização que diferencia um texto de um amontoado de palavras que não produzem sentido.
Vamos falar agora de Coesão
Fala-se de coesão (junção) quando temos palavras, expressões, isto é, conexões colocadas estrategicamente ao lado de outras para produzirem a sequência da mensagem com sentido. Há diferentes tipos de coesão, que são responsáveis pela chamada “tessitura do texto”( Não é incomum encontramos a forma tecitura. Porém, como este termo ainda não está registrado no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), utilizaremos a forma tessitura.).
Veja um exemplo: Coesão Pai, depois da aula, vou à casa do Roberto pegar o meu casaco, porque(A palavra porque estabelece uma noção de causa. No texto, ela explicará o motivo da filha ir à casa do colega.) hoje ele me avisou que o deixei lá.  Já as palavras ele, o e lá, ligam as duas partes do texto por se tratarem de referentes. Assim, a palavra ele se refere a Roberto, o se refere a casaco e lá se refere a casa.
Enunciado: é a expressão de uma  ideia, um sentimento, uma informação ou qualquer outro tipo de manifestação feita por meio de palavras. O ato de expressar-se é chamado de enunciação.As expressarmos nossas ideias, podemos organizá-las em torno de um verbo, criando um enunciado oracional. Já o enunciado não oracional é a expressão que se realiza sem o auxílio do verbo.Suponhamos que alguém esteja em uma situação de grande aflição, necessitando de auxílio imediato. Essa pessoa pode manifestar seu pedido de duas formas:
• com um enunciado oracional (“Eu preciso de socorro!”); ou
• com um enunciado não oracional (“Socorro!”)
Ambos comunicam com bastante eficiência a intenção do emissor, certo?
 Observe, porém, que, no primeiro exemplo, o pedido se organizou em torno do verbo 
“precisar”; enquanto, no segundo, não há verbo.
Aprofundando o assunto
Coesão---Coesão referencial: a informação é retomada—Lexical--Permite o entrelaçamento do texto pela substituição/omissão de palavras (podemos destacar o uso de sinônimos(Os automóveis estacionados de maneira irregular deverão ser retirados do local. Caso contrário, os carros serão rebocados.)e hiperônimos(A gripe suína causou grande preocupação. Tal doença, se na forma grave, pode causar a morte.)).
Gramatical: Permite o entrelaçamento do texto pelo emprego de pronome(O aluno ficou com dúvidas sobre o conceito. Ele pediu uma nova explicação ao professor.), conjunções(Ficou indignado, quando soube que seu time havia perdido por erro do juiz.)e numerais(O mural indica dois avisos: o primeiro refere-se à matrícula; o segundo, à formatura.), dentre outros.
Coesão --Coesão sequencial:a informação progride—Temporal--Permite a progressão da informação pela ordenação linear dos elementos(O aluno sentou na cadeira, pegou a caneta e começou a prova.), pela utilização de partículas temporais (Antes ele acreditava que não tinha jeito, agora ele está mais esperançoso.) e pela correlação dos tempos verbaisAntes de o time ganhar o campeonato, ele havia se preparado por duas semanas. )(.
Por conexão: Auxilia na compreensão do texto como um todo. Pode ser vista por meio dos operadores do tipo lógico (O Shopping Center sofreu um incêndio porque não havia água para abastecer o sistema de segurança. ) e operadores discursivos(O acidente ocorrido ontem exemplifica a falta de segurança nas estradas.), dentre outros.
Agora vamos tratar da coerência textual
Você já ouviu alguém dizer que as informações de um texto estavam incoerentes? Ou até mesmo que uma pessoa era incoerente?
Pois é, isso acontece quando não conseguimos estabelecer coerência entre as partes de um texto. Deste modo, cada uma dessas partes acaba apresentando informações que são opostas, contraditórias, gerando incompreensão. 
Observe a faixa abaixo, por exemplo:
ABERTO TODOS OS DOMINGOS 
Até onde sabemos, domingo é um dia. Então, por que colocaram essa informação separada? 
Será que a loja abre em todos os dias úteis da semana, não abre no sábado e volta a abrir no domingo? Será que apenas queriam enfatizar que a loja abre inclusive no domingo? 
Não ficou claro, concorda?Veja outro exemplo, agora de um texto, que também apresenta problemas em relação à coerência textual.
Leia-o com atenção e clique no destaque para ver a explicação:
A estrutura da administração pública é dividida em direta e indireta. A administração pública direta é exercida por órgãos subordinados entre os entes gestores, porque a indireta é exercida por pessoas jurídicas criadas por lei vinculadas ao ente gestor.(O texto pretende informar a divisão da estrutura da administração pública, especificando as caracteristicas de cada uma (direta ou indireta). O problema é que o conectivo “porque” indica uma explicação mas a “conexão “ entre umainformação e outra não é explicativa ; logo temos ma incoêrencia.
Leia o texto abaixo:
“Vou vê-la! Esta é a minha primeira exclamação da manhã, quando acordo e meus olhos procuram alegremente o sol. ‘Vou vê-la!’ E, durante o dia inteiro, não tenho outro desejo. E tudo, tudo mergulho nessa perspectiva.”  (Os sofrimentos do jovem Werther, Goethe).
Observe que a coerência é mantida pelos seguintes elementos: 
1 - O objeto de quem se fala;
2 - O tempo;
3 - O estado emocional do sujeito que fala.
Como leitores, precisamos, muitas vezes, acionar o nosso conhecimento de mundo para completar uma mensagem e construir um texto.
É o que acontece, por exemplo, quando lemos mensagens que buscam a economia da linguagem, como no caso das comunicações via internet, ou quando procuramos atribuir significado a textos poéticos.
Como acabamos de ver, uma das formas de se garantir que um grupo de palavras seja denominado texto é a presença de recursos linguísticos e semânticos (como a coesão e a coerência).Entretanto, nossa leitura vai além, já que temos necessidade de recorrer ao nosso conhecimento (experiência de vida, senso comum, formação acadêmica etc.) para que um texto faça sentido, signifique alguma coisa. Já não basta mais garantirmos que as palavras sejam reconhecidas e que a sequência de palavras esteja encadeada de forma coesa e coerente. É preciso recorrer a outros recursos para se ler um texto. Esse é o caso, por exemplo, do recurso de Hipertexto!
hipertexto pode ser entendido como uma espécie de conexão em que as informações podem ser lidas em diferentes sequências. O leitor segue vários caminhos para desvendar/desdobrar a mensagem, assim como você está fazendo para conhecer esse conceito. 
No mundo contemporâneo, por exemplo, os hipertextos se tornaram uma forma de interatividade, fundamental para que possamos compreender e organizar a enorme quantidade de informações a que somos expostos diariamente.
Chegamos ao final da aula 2...
Concluímos que tanto a coesão quanto a coerência são aspectos fundamentais que constituem um texto, pois, do contrário, sem a existência deles, a unidade necessária não será mantida e não teremos o texto propriamente dito.
 É graças à coesão, por exemplo, que conseguimos compreender um texto com mais facilidade. Se, quando lermos, identificarmos os chamados elos coesivos, que nos remetem a formar a sequência de ideias e as mensagens que vão construindo o sentido do texto, conseguiremos entender a mensagem com muita mais clareza e rapidez.
Outro aspecto importante visto nesta aula é o entendimento do conceito de hipertexto, elemento cada vez mais comum nos textos e bastante presente como forma de hiperlink.
1a Questão (Ref.: 201401500789)	
São expressões típicas do registro informal. Na maioria das vezes elas servem para marcar a identidade de um grupo social. Que linguagem é esta?
	Oralidade
	Ortografia
 	X Gírias
 	Regional
	Norma culta
 Código de referência da questão.2a Questão (Ref.: 201401489135)	
Segundo Bechara (1987), o privilégio não deve ser dado nem à língua culta nem à coloquial, todavia à adequação da linguagem em suas diversas situações de uso. A linguagem publicitária, e a jornalística, embora dinâmicas, sintéticas e até mesmo divertidas, fogem, em algumas situações, ao registro formal da língua escrita sem, contudo, transgredir totalmente as normas gramaticais. Muitos desses textos são escritos em linguagem informal, marcados por ironia, humor e expressões populares, parecem conversar com os interlocutores. Isso se deve a necessidade de adequação da linguagem ao público alvo.
Tendo em vista a relação entre linguagem e interlocutores, indique a opção em que o texto foi composto em linguagem formal de acordo com um público específico que tem uma linguagem e uma cultura próprias
	Oakley: Uma pancada de estilo em seu rosto! (Anúncio de óculos)
	Tem gente que coloca embaixo do tapete, a gente joga no ventilador. (Jornal Diarinho)
 X 	81% dos usuários aplaudem a parceria da CAARJ/UNIMED. Isso é o que demonstra uma recente pesquisa do IBOPE ( Jornal Tribuna do Advogado)
	"Coca-cola é isso aí!"
	Por que cargas d' água o futebol não tem na literatura brasileira a correspondência de sua verdadeira dimensão na nossa sociedade? ( Crônica )
 Código de referência da questão.3a Questão (Ref.: 201401268685)	
Sabemos que, em todas as línguas, há diferentes tipos de variação: por região, por escolaridade, por idade, por classe social. Isso nos mostra o quanto as línguas são dinâmicas e nos aponta que essas variações independem de ser o sistema linguístico utilizado em um país do primeiro ou do terceiro mundo.
Quando analisamos a variação por idade, percebemos que os jovens costumam inserir estruturas novas em suas falas, enquanto pessoas de mais idade tendem a ser mais conservadoras. Isso não significa dizer que um grupo possui maneira de falar mais correta que o outro e sim que eles possuem diferentes formas para comunicar suas ideias. Por exemplo, enquanto muitos jovens dizem 'Geral foi lá', pessoas de mais idade diriam 'Todos foram lá'. No entanto, apesar desse movimento de variação, para que uma estrutura seja inserida no sistema da língua, é preciso que seu uso se amplie e, por isso, muitas delas desaparecem sem ao menos terem sido dicionarizadas. 
A partir da leitura do parágrafo acima, qual das afirmativas a seguir está correta?
Na língua, todas as inovações são aceitas pelos falantes.
Os idosos falam de maneira mais correta que os jovens e, por isso, comunicam melhor suas ideias.
Os jovens utilizam as formas mais corretas porque frequentam a escola.
 X A língua é um fenômeno dinâmico e, por isso, passa por transformações.
A variação linguística é um fenômeno que só ocorre nas línguas faladas em países de terceiro mundo.

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