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Fisiologia do Músculo Cardíaco O coração é formado por três tipos principais de músculo cardíaco: atrial e ventricular (duração da contração é muito maior) e fibras especializadas excitatórias e condutoras (controla a ritmicidade da contração). O músculo cardíaco é um sincício, no qual as céls estão interconectadas e quando uma é excitada, o potencial de ação passa para todas as demais. É dividido em dois sincícios: atrial e ventricular. Essa divisão permite que os átrios se contraiam pouco antes da contração ventricular, o que é importante para a eficiência do bombeamento cardíaco. Potencial de Ação e Platô: Abertura dos canais rápidos de sódio. Abertura dos canais lentos de cálcio (canais sódio-cálcio). Influxo de cálcio e sódio, aumentando o período de despolarização. Permeabilidade da membrana para íons potássio diminui, devido ao influxo excessivo de cálcio. Canais lentos de cálcio e sódio se fecham depois de 002, a 0,03 segundos. Influxo de cálcio e sódio cessa. Permeabilidade da membrana para potássio aumenta. Efluxo de potássio. Potencial de ação volta ao valor de repouso. Fim do potencial. Período refratário relativo: é mais difícil de excitar o músculo, mas pode ocorrer se o potencial for extremamente alto. O período refratário do músculo atrial é muito menor do que o dos ventrículos. Acoplamento excitação-contração: (Igual ao músculo estriado esquelético) O potencial de ação da membrana celular se propaga aos túbulos T. A despolarização destes gera uma mudança conformacional fundamental dos receptores de dihidropiridina sensíveis à voltagem. Essa mudança abre canais de liberação de Ca2+ (receptores de rianodina) do retículo próximo. O Ca2+, então é liberado no LIC da cél muscular, aumentando a concentração. O Ca2+ se une à troponina C, gerando uma mudança conformacional no complexo de troponina. – A troponina C pode se ligar a até quatro íons de Ca2+, essa união é cooperativa -. A mudança conformacional da troponina move a tropomiosina, desbloqueando o sítio de ligação da actina com a miosina. As cabeças de miosina agora podem se ligar à actina formando pontes cruzadas. A molécula de ATP se liga à cabeça da miosina, produzindo uma mudança conformacional que reduz a afinidade desta pela actina. Logo, ela se solta. O ATP é clivado em ADP+Pi. A miosina se liga à outra actina. Essa última parte acontece diversas vezes, promovendo a contração. (Diferenças começam aqui) Além dos íons cálcio que são liberados pelo retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma, quantidade extra de cálcio se difunde dos túbulos T para o sarcoplasma. Essa quantidade extra aumenta a força de contração, uma vez que o retículo sarcoplasmático do músculo cardíaco é pouco desenvolvido e não armazena cálcio suficiente. Os túbulos T possuem diâmetro maior, além de mucopolissacarídeos em seu interior, que são carregados eletronegativamente e se ligam a íons cálcio, permitindo seu armazenamento. Esses túbulos T se abrem para o LEC, ou seja, a quantidade de cálcio armazenada neles, depende diretamente da concentração de cálcio no LEC. Final do platô: influxo de cálcio cessa. Cálcio do sarcoplasma é bombeada de volta pro retículo e pros túbulos T. Contração cessa. Duração da contração: É em grande parte função do potencial de ação. Efeito da frequência sobre a duração da contração: FC aumenta, duração do ciclo diminui. O coração contraindo com frequência muito rápida pode não deixar tempo suficiente para permitir o enchimento completo das câmaras cardíacas antes da contração seguinte.
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