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Rins, ureteres e suprarrenal

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Milena Araujo – XLIX 
Rins 
Os rins têm como função manter a constância do meio interno, indispensável à vida. Os rins são órgãos que se desenvolveram para cumprir essa função. Um volume de 15 vezes o do plasma é filtrado, e a maior parte é reabsorvido; o restante da agua filtrada junto com resíduos metabólicos e sais em excesso, é excretado sob forma de urina. Os rins fazem ainda a produção de eritropoietina que estimula a produção de hemácias, regulação do volume sanguíneo e na resistência vascular. 
Os rins são um par de órgãos retroperitoneais, anteriores aos músculos da parede abdominal posterior. O rim direito é inferior ao esquerdo, por causa da presença do fígado. Os rins apresentam uma cápsula renal, fina e brilhante que se desloca facilmente de um rim normal, mas não de um rim doente. 
A capsula renal apresenta uma capsula fibrosa que se aprofunda no seio renal, ao redor da capsula fibrosa existe a cápsula adiposa do rim, que é separada em duas camadas pela fáscia renal. A camada interna é gordura perirrenal e a camada externa é o corpo adiposo pararrenal. 
O rim possui as faces anterior e posterior, margens medial e lateral e os polos superior e inferior. A margem lateral é convexa; a medial é chanfrada na altura do hilo renal, fenda esta que conduz ao seio renal – através do qual entram e saem os vasos renais e saí a pelve renal. 
O rim está relacionado posteriormente com o diafragma e com os músculos da parede posterior do abdome – psoas maior, quadrado do lombo e transverso do abdome. Ele estende até a 11ª ou 12ª costelas e por isso a cavidade pleural também é uma relação posterior do rim. 
Anteriormente o rim direito relaciona-se com a glândula suprarrenal direita, com o fígado, com o colo ascendente e com a porção descendente do duodeno, ao passo que o rim esquerdo se relaciona com o baço, com glândula suprarrenal esquerda, com o estômago, com o pâncreas, com o jejuno e com o colo descendente. 
Corte frontal torna possível identificar o córtex renal, camada mais externa e clara, e ainda a medula renal mais interna e escura. A medula possui pirâmides renais e os espaços entre as pirâmides são preenchidos por córtex e formam as colunas renais. 
O hilo renal conduz a um recesso – seio renal, é revestido pela continuação da cápsula e contém os vasos renais e a pelve renal, que é expansão superior do ureter. No interior do seio a pelve renal divide-se em tubos largos e curtos, os cálices renais maiores. Cada um dos cálices maiores se subdivide em sete a 14 cálices renais menores que recebem o ápice das pirâmides renais denominada papila renal. Nas papilas abrem-se os ductos coletores por quais a urina escoa para a pelve renal e ureter. 
Vasos e nervos
Os rins são supridos pelas artérias renais que original diretamente da aorta e estão posteriores as veias renais. No nível do hilo do rim, a artéria renal divide em ramos anterior e posterior, e a distribuição das ramificações da artéria renal é suficientemente constante para permitir o reconhecimento de cinco segmentos artérias do rim: superior, anterossuperior, anteroinferior, inferior e posterior. 
Da artéria renal nascem as artérias segmentares para os quatro primeiros segmentos, e a divisão posterior irriga o segmento posterior. Os ramos maiores das artérias segmentares seguem entre as pirâmides com o nome de artérias interlobares. Na junção corticomedular elas curvam-se e formam as artérias arqueadas, que dão origem as artérias interlobulares que penetram no córtex. 
O sangue do córtex e da medula drenam para as veias arqueadas e destas para as veias interlobares e em última análise para as veias renais que desembocam na veia cava inferior. Ao contrário das artérias segmentares que se comportam como artérias terminais, as veias segmentares se anastomosam profusamente. 
No córtex renal há linfáticos que drenam para a cápsula renal ou para a junção corticomedular. Na medula, vasos linfáticos do ápice das pirâmides para a junção corticomedular seguem como troncos linfáticos maiores que acompanham os vasos sanguíneos até o hilo para drenar, por fim, nos linfonodos para-aórticos. 
Não há inervação parassimpática, as fibras simpáticas são do plexo celíaco. Suas fibras pós-ganglionares envolvem as artérias renais. As fibras sensitivas chegam pelos nervos esplâncnicos ou pelas raízes de T12 a L2. 
Pedículo renal 
A pelve renal e os vasos que passam ao hilo renal constituem o pedículo renal, em que as veias e as artérias tendem a ser anteriores à pelve renal e ao ureter. 
Cálculos renais, hemodiálise e transplante 
Pode haver formação de cálculos nos rins que causam for e tentam passar por um tubo, o ureter, obstruindo-o e impedindo o fluxo da urina. 
Cálices renais, pelve renal e ureteres por radiografia com material radiopaco podem ser diagnosticadas obstruções, esse procedimento é denominado urografia ascendente ou retrógrada. Quando há contraste injetado na corrente sanguínea é urografia excretora. 
A hemodiálise é uma alternativa terapêutica para realizar de forma artificial o processo de filtração, que pode ser resolvida apenas com transplante. 
Ureteres 
Urina é conduzida para os cálices renais menores, dos quais ela passa aos cálices maiores e à pelve renal. O ureter é a continuação da extremidade afilada da pelve renal: trata-se de um tubo muscular longo que faz conexão do rim com a bexiga urinaria. 
Está localizado no nível do hilo do rim, posterior aos vasos renais, sobre o músculo psoas maior e em posição retroperitoneal. No nível da pelve, cruza a artéria ilíaca comum, ao longo da parede lateral da pelve, e volta0se medialmente para abrir-se na bexiga urinária no óstio do ureter. 
Há duas partes: a superior que é abdominal, e a inferior que é pélvica – a parte que atravessa a bexiga urinária é a parte intramural. O ureter direito tem origem posterior à parte descendente do duodeno e é cruzado pela raiz do mesentério e pelos vasos gonadais. Já o ureter esquerdo é cruzado pelos vasos gonadais, e em sua abertura pélvica é cruzado pelo colo sigmoide. 
O ureter possui, ao longo do seu trajeto, três pontos de estreitamento: 
Na junção do ureter com a pelve renal;
Quando cruza a abertura superior da pelve;
Durante o seu trajeto através da parede da bexiga urinária. 
Esses locais são potencialmente passíveis de obstrução por cálculos e constituem pontos de dificuldade para a introdução de endoscópicos ureterais. Toda obstrução é acompanhada por uma distensão do ureter, que chega até ao rim – denominada hidronefrose. 
O ureter recebe ramos de pequeno calibre originários dos vasos adjacentes ao seu percurso, há ramos da artéria renal, da artéria gonadal e das artérias ilíacas. Estes vasos que alcançam o ureter se anastomosam precariamente, 
As veias acompanham as artérias.
Os vasos linfáticos drenam para os linfonodos adjacentes. 
A inervação autônoma vem do plexo uretérico, em que a parte abdominal vem dos plexos aórticos e a parte pélvica do plexo hipogástrico inferior. A estimulação parassimpática aumenta atividade peristáltica. A secção dos nervos ureterais não abole a sua motilidade devido à presença de um mecanismo intrínseco. 
Glândulas suprarrenais
Há duas glândulas suprarrenais que estão em posição retroperitoneal, em contato com o pólo superior do rim. São glândulas endócrinas da mais alta importância, nas quais se distingue uma parte cortical e outra medular, a porção cortical produz hormônios esteroides, ao passo que a medula produz as catecolaminas, adrenalina e noradrenalina. A aldosterona regula o equilíbrio eletrolítico e hídrico do corpo – mineralocorticoide, influenciadas pelo teor de angiotensina II que é regulada pelas células glomerulares do rim, que são sensíveis as variações de volemia e de pressão. 
Doenças de hipertensão arterial podem estar associadas a doenças renais. 
Cada glândula é envolvida pela fáscia renal que é firmemente adquirida. A glândula direita tem forma triangular e sua parte superior é posterior à área nua do fígado, sua parte medial à veia cava inferior.A glândula esquerda é mais longa e sua face posterior apoia-se no diafragma, sua face renal é côncava, a face anterior relaciona-se com a parede posterior da bolsa omental, com pâncreas e a artéria esplênica. 
Há três pedículos arteriais para suprir a glândula: 
Artéria suprarrenais superiores: tem origem das artérias frênicas inferiores. 
Artéria suprarrenais médias: tem origem da aorta. 
Artéria suprarrenais inferiores: originam da artéria renal adjacente. 
A drenagem venosa é feita pela veia suprarrenal, do lado esquerdo ela se une a veia frênica inferior e desemboca na veia renal esquerda. A veia suprarrenal direita é muito curta e desemboca diretamente na veia cava inferior.

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