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Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) Gestão da Produção Industrial Comportamento Organizacional e Intraempreendedorismo Aula 5 Profa. Mary Ferreira da Silva Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 1 Conversa Inicial Seja bem-vindo à aula de Comportamento Organizacional e Intraempreendedorismo! Hoje conheceremos a inteligência emocional, para isso iniciaremos nossos estudos pelos conceitos relacionados à inteligência emocional e faremos um link com o assunto que aprendemos na aula 3, as emoções. Analisaremos a natureza da inteligência emocional, como ela ocorre nas mulheres e nos homens e quais são os obstáculos que criamos para nós mesmos. Estudaremos, ainda, sobre a inteligência emocional aplicada, ou seja, em relação à crítica, ao feedback e o ao QI de grupo. Debateremos sobre a influência do temperamento na inteligência emocional, sobre os tipos diferentes de temperamento e desvios de comportamento no ambiente de trabalho; por fim, compararemos os pressupostos a favor e contra a inteligência emocional. Vamos começar? Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 2 Contextualizando Pense na organização onde você trabalha ou já tenha trabalhado e reflita: 1. Como as pessoas se comportam em relação ao trabalho e nas relações pessoais dentro da empresa? 2. Há pessoas mais fáceis e outras mais difíceis de lidar, certo? Por que será que é assim? 3. Haveria um modo de cada um de nós termos controle sobre o nosso temperamento e agir de modo a favorecer nosso próprio desempenho e o dos outros? 4. Você conseguiria identificar entre as pessoas com as quais convive se elas têm inteligência emocional ou não? E você, é emocionalmente inteligente? Ao final você terá condições de responder todas estas perguntas! Assista a videoaula, disponível no material on-line, onde a professora Mary apresenta o conteúdo desta aula. Não deixe de assistir! alphaspirit/shutterstock.com Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 3 O modo como os indivíduos avaliam situações complicadas ao se depararem com elas e a respostas que dão, são moldadas também por um passado ancestral, não apenas por julgamentos racionais próprios ou história de vida, ou seja, nosso comportamento vem geneticamente de milhares de anos do ser humano na terra. Segundo Goleman (1995, p. 20), em essência, todas as emoções são impulsos, herança da evolução humana, para uma ação imediata ou planejamentos instantâneos para atender a vida. Temos um repertório de emoções, cada uma com uma função específica e esses tipos diferentes de emoções preparam o corpo para diferentes tipos de resposta. Pesquise O Conceito de Inteligência Emocional Segundo Goleman (1995, p. 18), as emoções são de suma importância porque, principalmente em momentos decisivos, somos orientados por elas, “cada tipo de emoção que vivenciamos nos predispõe para uma ação imediata; cada uma sinaliza para uma direção que, nos recorrentes desafios enfrentados pelo ser humano ao longo da vida, provou ser a mais acertada” (GOLEMAN, 1995). Por isso, em comportamento organizacional temos que dar uma atenção especial às emoções, pois “quando são as emoções que dominam, o intelecto não pode nos conduzir a lugar algum” (GOLEMAN, 1995). Em entrevista o neurocientista português António Damásio fala sobre como as emoções e sentimentos são essenciais ao influenciar a tomada de decisões e moldar a razão humana. Acesse ao site <http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/os- sentimentos-sao-fundamentais-para-a-sociedade-diz-antonio-damasio/> e confira! O lg a1 81 8/ sh ut te rs to ck .c om O lg a1 81 8/ sh ut te rs to ck .c om Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 4 Vamos conhecer algumas emoções e suas respostas? Raiva — O sangue flui para as mãos, facilitando sacar uma arma ou golpear o inimigo; os batimentos cardíacos aceleram-se e uma onda de hormônios gera uma pulsação, uma energia forte o bastante para uma ação enérgica. Medo — O sangue corre para os músculos facilitando a fuga e o rosto fica pálido. Ao mesmo tempo o corpo imobiliza-se por um breve instante, talvez para a pessoa pensar em se esconder ao invés de fugir. Circuitos dos centros emocionais do cérebro disparam uma corrente de hormônios que põe o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto e pronto para agir. A atenção é focada na ameaça imediata. Felicidade — Há um aumento na atividade do centro cerebral, inibindo sentimentos negativos e favorecendo o aumento da energia existente, silenciando aqueles que geram pensamentos de preocupação. Mas não ocorrem mudanças na fisiologia, a não ser uma tranquilidade, fazendo com que o corpo se recupere rapidamente do estímulo causado por emoções perturbadoras. Isso proporciona um total relaxamento e uma melhor disposição e entusiasmo para a execução de qualquer tarefa que surja ou para seguir em direção às metas estabelecidas. Amor — Sentimentos de afeição e satisfação sexual provocam estímulos parassimpáticos, que significa “resposta de relaxamento”, é um conjunto de reações que percorre todo o corpo, provocando um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperação. Surpresa — Ao erguer as sobrancelhas é realizada uma varredura visual mais ampla e a retina recebe mais luz. Isso favorece a obtenção de mais informações sobre algo que aconteceu inesperadamente, ficando mais fácil perceber exatamente o que está havendo e planejar melhor a ação. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 5 Repugnância — Algo desagradável ao paladar ou ao olfato, real ou imaginariamente. O lábio superior se retorce para o lado e o nariz enruga ligeiramente, como se fosse uma tentativa de tapar as narinas para evitar um odor ruim ou cuspir uma comida estragada. Tristeza — Tem como uma de suas funções favorecer um ajustamento a uma grande perda, como a morte de alguém ou uma grande decepção. Provoca uma perda de energia e de entusiasmo pela vida, principalmente por diversões e prazeres. Quando a tristeza é profunda, próxima da depressão, o metabolismo fica lento. Essa retração interior cria a oportunidade para lamentações ou frustração, para captar suas consequências para a vida e para planejar um recomeço quando a energia retornar. Goleman (1995, p. 23) diz que temos duas mentes, uma emocional1 e outra racional2, ou seja, uma que raciocina e outra que sente. As duas interagem na construção de nossa vida mental. As mentes emocional e racional operam, na maior parte do tempo, em harmonia, integrando seus conhecimentos para nos orientarmos no mundo. Geralmente há um equilíbrio entre as duas: a emoção alimenta e informa as operações da mente racional, e o racional refina e, às vezes, veta a entrada de emoções. Mas são faculdades semi-independentes, que refletem o funcionamento de circuitos diferentes, embora interligados do cérebro. 1 Impulsiva, poderosa e, às vezes, ilógica. 2 É o modo de compreensão de que temos consciência – é mais marcado na consciência, mais atento e com capacidade de ponderar e refletir. Dmitry Guzhanin/shutterstock.com Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 6 Você sabia que ossequestros neurais, muitas vezes, são os responsáveis por levar pessoas a cometerem assassinatos? Sequestros neurais ocorrem quando a pessoa perde completamente o controle, e não dá tempo de a mente racional perceber o que está ocorrendo e nem de decidir sobre o que deve ser feito. Então, a pessoa tem uma atitude, muitas vezes, agressiva, como se estivesse possuída por um ímpeto desesperado e quando a se dá conta de si novamente, o crime já está consumado (GOLEMAN, 1995, p. 28). Dentro do nosso cérebro está a parte que coordena e arquiva os nossos sentimentos, chamada de amígdala, um feixe em forma de amêndoa e com estruturas interligadas. Pesquisas realizadas com um indivíduo que teve sua amígdala retirada por conta de um acidente revelaram que ele, mesmo capaz de conversar, não reconhecia seus amigos, parentes, nem a mãe. Ele ficava impassível, sem nenhum sentimento; robotizado. Somente o ser humano chora e tem lágrimas, estas são provocadas pela amígdala e uma estrutura próxima, portanto, sem elas não há lágrimas. Animais que tiveram a amígdala retirada deixaram de sentir medo e raiva, perdendo totalmente a noção de perigo entre outros animais (GOLEMAN, 1995, p. 29). Saiba mais sobre quais os motivos que nos levam a chorar! Acesse ao link <http://super.abril.com.br/comportamento/por-que- choramos> e leia a notícia Por que choramos? Dentro do nosso cérebro está, também, o hipocampo, responsável pelo registro e pela atribuição de sentido aos padrões perceptivos. Ele fornece a memória de contexto, vital para o significado das emoções; é o hipocampo quem reconhece o significado de uma cobra dentro de um zoológico e uma cobra na porta de nossa casa. Conforme Goleman (1995, p. 34), “o hipocampo é crucial no Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 7 reconhecimento do rosto de sua sobrinha. Mas é a amígdala que diz que você a detesta”. Portanto, devemos entender que “a emoção é crucial para o pensamento efetivo, tanto no que diz respeito a tomar decisões sensatas quanto simplesmente a permitir que pensemos com clareza” (GOLEMAN, 1995, p. 40). A animação Cérebro Dividido – Racional versus Emocional ilustra muito bem qual é a função do hipocampo e da amígdala. Acesse ao link <https://www.youtube.com/watch?v=UntImtyphzc> e assista! Assista a videoaula, disponível no material on-line, onde a professora Mary aborda o conceito de inteligência emocional. Confira! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 8 Natureza da Inteligência Emocional Nem sempre uma pessoa vista por todos que a conhecem como sendo muito inteligente é dotado de inteligência emocional. O conceito de inteligência emocional é novo e abrange um conjunto de características como, por exemplo, “a capacidade de criar motivações para si próprio e de persistir num objetivo apesar dos percalços; de controlar impulsos e saber aguardar pela satisfação de seus desejos; de se manter em bom estado de espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de raciocinar; de ser empático e autoconfiante” (GOLEMAN, 1995, p. 46-47). Uma pesquisa com jovens estudantes universitários, que teve início na década de 1940 e durou até eles atingirem a meia idade, fez o acompanhamento da vida dessas pessoas, as quais uns eram os mais inteligentes da sala e outros de notas menores, apontou que o que fez a diferença na vida de cada um deles não foi terem as notas melhores ou piores, mas sim “a capacidade, adquirida na infância, de lidar com frustrações, controlar emoções e de relacionar-se com pessoas” (GOLEMAN, 1995, p.48). Isso não significa que ser muito inteligente seja ruim, pelo contrário, é ótimo! O que acontece é que essas pessoas depois de formadas, dentro do mercado de trabalho terão que lutar em pé de igualdade com aqueles outros que não foram tão bons alunos. Leia ao artigo Inteligência emocional no trabalho e compreenda o papel a inteligência emocional no trabalho. Acesse o conteúdo por meio do link <http://www.grupouninter.com.br/intersaberes/index.php/revista/article/view/108/8 1>. Fa bi o B er ti/ sh ut te rs to ck .c om Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 9 Leia com atenção a citação a seguir: “Há muitos indícios que atestam que as pessoas emocionalmente competentes — que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos, entendem e levam em consideração os sentimentos do outro — levam vantagem em qualquer coisa na vida, seja nas relações amorosas e íntimas, seja assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política organizacional. As pessoas com prática emocional desenvolvida têm mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade; as que não conseguem exercer nenhum controle sobre sua vida emocional travam batalhas internas que sabotam a capacidade de concentração no trabalho e de pensar com clareza” (GOLEMAN, 1995, p.48-49). Segundo Goleman (1995, p. 57), os homens com inteligência emocional alta são socialmente equilibrados, animados e comunicativos, não costumam ter receios e nem ficam remoendo preocupações. Eles têm uma considerável capacidade para se engajar com causas ou pessoas, de ter visão ética, de assumir responsabilidades; são atenciosos e solidários em seus relacionamentos. Sua vida emocional é rica e correta; sentem-se bem consigo mesmos, com os outros e no seu meio social. E as mulheres dotadas de inteligência emocional são mais assertivas e conseguem expressar-se de modo mais direto, sentem-se bem consigo mesmas; veem sentido na vida. São comunicativas e sociáveis, capazes de expressar adequadamente seus sentimentos; adaptam-se bem à tensão. “O equilíbrio social delas permite-lhes ir até os outros; sentem-se suficientemente à vontade consigo mesmas para serem brincalhonas, espontâneas [...] raramente sentem ansiedade ou culpa” e não ficam remoendo preocupações (GOLEMAN, 1995, p. 58) Portanto, devemos buscar entender a nós mesmos, pois a auto-observação nos faz ter consciência dos próprios sentimentos. Ter autoconsciência significa “estar consciente ao mesmo tempo de nosso estado de espírito e de nossos pensamentos sobre esse estado de espírito” (GOLEMAN 1995, p. 59-60). Por exemplo, se uma pessoa reconhece seu estado de espírito negativo vai querer livrar-se dele. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 10 “Embora sentimentos fortes possam causar devastações no raciocínio, a falta de consciência do sentimento também pode ser destrutiva, sobretudo no avaliar decisões das quais depende, em grande parte, o nosso destino [...]. Essas decisões não podem ser bem tomadas apenas através do uso da razão; exigem intuição e a sabedoria emocional que acumulamos de experiências passadas” (GOLEMAN, 1995, p.66) Ou seja, a razão é muito importante, mas para tomar uma decisão sábia é importante estar em sintonia com nossos sentimentos. É preciso ter emoção na dose certa, ou seja, proporcional à circunstância! Quando sufocamos as emoções ficamos frios e insensíveis; quando não temos controle sobre as emoções e elas são extremas e persistentes tornando-se patológicas, é assim que acontece na depressão que paralisa, na ansiedade que destrói, na raiva alienada e na agitação maníaca (GOLEMAN, 1995, p.69). De fato, é fundamental para o nosso bem-estar manter as emoções que nos inquietam sob controle, pois os extremos (aquelas emoções intensas e duradouras) destroem nossa estabilidade! Muitasdas complicações de saúde são causadas por sentimentos diversos, que muitas vezes nos causam raiva, tristeza, angústia e, consequentemente, o estresse. Compreenda melhor sobre como os sentimentos podem afetar nossa saúde, acessando ao site <http://www.libertas.com.br/libertas/?p=176> e lendo ao texto Ansiedade, Tristeza e Raiva; Complicações na Saúde. Quando as emoções são tão fortes a ponto de roubar a concentração para atividades importantes da vida e do trabalho, o que de fato está sendo roubado é a capacidade mental cognitiva ou memória funcional. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 11 Memória funcional é definida, por Goleman (1995, p. 92), como “a capacidade de ter em mente toda a informação relevante para a execução de uma determinada tarefa”. Ela contém elementos simples como número do nosso próprio telefone ou complexos como uma equação matemática ou as etapas de um procedimento de trabalho. É a memória funcional a responsável pela nossa capacidade de pronunciar uma frase ou executar uma tarefa como escrever uma pequena redação sobre determinado assunto. Apesar de, até o momento estarmos falando sobre como os sentimentos negativos nos afetem, precisamos ressaltar que o bom humor também possui benefícios, pois durante os estados de espírito positivos a nossa capacidade de pensar com flexibilidade e complexidade é maior, de modo que facilita a visualização de soluções para problemas, sejam eles profissionais ou intelectuais, ou seja, ao fazer uma pessoa rir estamos ajudando-a a solucionar um problema. Acesse ao link <https://www.youtube.com/watch?v=T4mv2fRSkTA> e acompanhe o vídeo que apresenta quais são os benefícios do bom humor. Não deixe de assistir! Agora vamos falar de esperança e otimismo! Esperança significa “capacidade de acreditar que se tem a vontade e os meios para atingir as próprias metas, quaisquer que sejam” (GOLEMAN, 1995, p. 100). Ela tem um papel poderosíssimo na nossa vida, conforta na aflição, oferece vantagens em âmbitos diversos como desempenho acadêmico ou desafios profissionais. Do ponto de vista da inteligência emocional, pessoas esperançosas apresentam menos depressão porque encaminham a própria vida de acordo com suas metas, geralmente são menos ansiosas e tem menos distúrbios emocionais. Assim como a esperança, o otimismo consiste em “uma forte expectativa de que, em geral, tudo vai dar certo na vida, apesar dos reveses e frustrações” Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 12 (GOLEMAN, 1995, p. 101). Da perspectiva da inteligência emocional, “o otimismo é uma atitude que protege as pessoas da apatia, desesperança ou depressão diante das dificuldades” (GOLEMAN, 1995, p. 101). No entanto, o otimismo deve ser realista, pois um otimismo ingênuo demais pode ser desastroso. A soma do otimismo com a esperança resulta no conceito de autoeficácia, que significa ter certeza de que temos a capacidade de controlar os fatos de nossa vida, bem como somos capazes de encarar os desafios que surgirem. Aprenda mais sobre autoeficácia lendo ao artigo Por dentro da autoeficácia: um estudo sobre seus fundamentos teóricos, suas fontes e conceitos correlatos. Para isso acesse ao link, ou acompanhe no seu material on-line, <http://ojs.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/viewFile/10818/5961>. Outro componente importante da inteligência emocional é a empatia, definida pelo dicionário Michaelis como “estado de espírito no qual uma pessoa se identifica com outra, presumindo sentir o que a outra está sentindo”. Esse sentimento é alimentado pelo autoconhecimento, pois quanto melhor entendemos nossas próprias emoções, mais temos facilidade em entender o sentimento do outro. Acesse o vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=j_DDTUzN8xI>, assista ao vídeo O que é empatia? e compreenda o sentimento de empatia! Assista no material on-line à videoaula em que a professora Mary explica sobre a natureza da inteligência emocional. Não perca! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 13 Inteligência Emocional Aplicada Nas organizações a ideia de inteligência emocional é novidade, assim como o desconhecimento do custo-benefício proporcionado por ela. Segundo Goleman (1995, p. 164), é positivo no ambiente organizacional ter pessoas, principalmente em cargos de comando, dotadas de inteligência emocional: “estar sintonizado com os sentimentos daqueles com quem tratamos, saber lidar com discordâncias para que elas não cresçam, saber entrar em fluxo na execução de um trabalho”. Liderança não é dominação, liderança é “a arte de convencer as pessoas a trabalharem em vistas a um objetivo comum” (GOLEMAN, 1995). Em relação às nossas próprias carreiras profissionais, é essencial sabermos o que sentimos a respeito de pessoas, coisas, situações, bem como ter consciência sobre o que realmente nos satisfaz no nosso trabalho. Dentro das habilidades empresariais, as aptidões emocionais devem ser a prioridade número um, porque promovem mudanças radicais no ambiente de trabalho. Há três tipos de aptidões importantes a serem aplicadas neste caso: “poder externar reclamações sob a forma de críticas construtivas, criar uma atmosfera em que a diversidade não se constitua em uma fonte de discórdia e onde o trabalho em equipe seja eficaz” (GOLEMAN, 1995, p. 164). O vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=V8Qq5ri1pCg> apresenta uma entrevista com o psicoterapeuta George Vittorio Szenészi falando sobre a importância da inteligência emocional no trabalho. Não deixe de assistir! No âmbito da crítica temos que falar de feedback, pois a crítica é, de certa forma, um feedback e não devemos encará-la como algo negativo, pelo contrário, é importante para nossa evolução profissional. “A crítica é uma das mais importantes tarefas de um administrador” (GOLEMAN, 1995, p. 165), entretanto, o problema está na forma como ela é feita e como é percebida pelo outro. As críticas não podem jamais ser expressas como ataques pessoais. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 14 Portanto, deve-se criticar com habilidade! Mas como criticar com habilidade? De acordo com Goleman (1995, p. 167), “uma crítica hábil pode ser uma das mais proveitosas mensagens que um administrador envia”, pois a partir do momento em que ela é bem elaborada “concentra-se no que a pessoa fez e no que pode fazer, em vez de identificar um traço do caráter da pessoa em um trabalho malfeito”. A crítica é uma arte! Entretanto, é necessário saber fazê-la com habilidade. Por isso acompanhe, a seguir, alguns conselhos para aprender a criticar com habilidade. Seja específico “Pegue um incidente importante, um fato que ilustre um problema crítico que precise ser resolvido, ou um padrão de deficiência, como a incapacidade de realizar bem determinadas etapas de um serviço. É desmoralizante simplesmente ouvir que estamos fazendo ‘alguma coisa errada’, sem saber que coisas são essas para que possamos corrigi-las. Concentre-se nos detalhes, dizendo o que a pessoa fez bem, o que fez mal, dando-lhe a oportunidade de mudar. Não faça rodeios, nem seja indireto nem evasivo, isso confundirá a verdadeira mensagem” (GOLEMAN, 1995, p. 168). Ofereça uma solução “A crítica, como todo feedback útil, deve ser acompanhada de uma sugestão para resolver o problema. De outro modo, deixa quem a recebe frustrado, desmoralizado ou desmotivado. A crítica pode abrir portas para outras alternativas de que a pessoa não se dera conta ousimplesmente sensibilizar para deficiências que exigem atenção — entretanto, deve-se incluir sugestões sobre como cuidar desses problemas” (GOLEMAN, 1995, p. 168). Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 15 Faça a crítica pessoalmente As críticas, assim como os elogios, são mais efetivas cara a cara e em particular. As pessoas que não se sentem à vontade para fazer críticas — ou um elogio — provavelmente devem querer fazê-lo à distância, através de um memorando, por exemplo. Mas esta é uma forma de comunicação muito impessoal e rouba da pessoa que a recebe a oportunidade de responder ou de prestar esclarecimentos” (GOLEMAN, 1995, p. 168). Seja sensível “Este é um apelo pela empatia, para estar sintonizado com o impacto que você provoca com o que diz e como o diz sobre a pessoa a quem você se dirige. [...] Administradores que tem pouca empatia são mais inclinados a dar feedback de uma maneira que causa certos danos, com o arrepiante sarcasmo. Feita desta forma, a crítica é destrutiva; em vez de abrir caminho para uma correção, cria um revide emocional de ressentimento, raiva, defensividade e distanciamento” (GOLEMAN, 1995, p. 168). Há também algumas dicas importantes para os que recebem as críticas: Se a conversa estiver causando muito desconforto, peça para continuar mais tarde, peça um tempo para absorver a mensagem difícil e se acalmar. Entender a crítica como uma informação valiosa para a melhoria do seu trabalho e não como sendo um ataque pessoal. Entenda a crítica como sendo uma oportunidade de atuar junto àquele que critica na solução do problema. Não cair na defensiva, mas assumir a responsabilidade. Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 16 Também faz parte da inteligência emocional o QI de grupo, que resulta da soma das aptidões e dos talentos das pessoas compondo os envolvidos em um processo produtivo. Pode ser observado quando “as pessoas se reúnem para chegarem a um consenso, seja em uma reunião de planejamento executivo ou como uma equipe trabalhando para chegar a um produto partilhado” (GOLEMAN, 1995, p. 174). Leia a reportagem entenda o que é inteligência emocional e por que ela é importante para você, disponível em <http://www.megacurioso.com.br/comportamento/69776-entenda-o-que-e- inteligencia-emocional-e-por-que-ela-e-importante-para-voce.htm>, e entenda o que é inteligência emocional e por que ela é importante para você! Acompanhe no material on-line à videoaula em que a professora Mary explica sobre a inteligência emocional aplicada. Não deixe de assistir! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 17 O Temperamento No decorrer da vida criamos padrões emocionais, porém eles podem ser modificados, pois “temperamento não é destino” (GOLEMAN, 1995, p. 229). Já notou que algumas pessoas são tímidas demais ou explosivas demais? Isso está relacionado à herança genética, mas como mudar? Primeiro vamos à definição de temperamento: estados de espírito que tipificam nossa vida emocional. O temperamento tem base na genética e se evidencia no comportamento e nas atitudes do indivíduo desde o nascimento até a fase adulta. Uma pesquisa realizada por Jerome Kagan aponta para quatro tipos de temperamento: tímido, ousado, otimista e melancólico. Cada um desses tipos vem de um padrão diferente de atividade cerebral. Certamente há inúmeras diferenças de herança temperamental, porém a pesquisa está centrada na “dimensão de temperamento que vai da ousadia à timidez” (GOLEMAN, 1995, p. 230). Pesquisas revelaram que a dimensão de temperamento: alegria de um lado e tristeza do outro, está ligada à relativa atividade das áreas pré-frontais esquerda e direita, os polos superiores do cérebro emocional. As pessoas que possuem maior atividade no lobo frontal esquerdo são por temperamento animadas: geralmente sentem prazer em estar com outras pessoas e com o que a vida lhes oferece, dando a volta por cima dos reveses. Entretanto, aquelas com maior atividade no lado direito são dadas ao negativismo e ao azedume, perturbam-se facilmente com os problemas da vida. Por temperamento, nós parecemos estar preparados para dar respostas à vida a partir de um registro positivo ou negativo. A tendência para comportamentos melancólicos ou alegres, assim como da timidez para a ousadia, aparecem nos primeiros anos da nossa vida, por isso acredita-se que tenha fundamento genético (GOLEMAN, 1995, p. 235). Brian A Jackson/shutterstock.com Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 18 “O contraste entre tristes e alegres mostra-se de muitas formas, por exemplo, em um experimento, voluntários viram pequenos trechos de filmes. Uns eram divertidos (um gorila tomando banho, um cachorrinho brincando), enquanto outros eram como um filme didático para enfermeiros, exibindo detalhes sanguinolentos de cirurgias, de forma bastante perturbadora. As pessoas cujo hemisfério direito era dominante, acharam os filmes alegres apenas medianamente divertidos, mas sentiram um extremo medo e náusea em reação à sangueira cirúrgica. Já o grupo alegre, cujo hemisfério esquerdo era dominante, reagiu muito pouco à cirurgia e demonstraram intensa alegria quando viram os filmes alegres” (GOLEMAN, 1995, p. 235). Apesar disso, mesmo que as pessoas nasçam com esses padrões de comportamento ou desenvolvam na primeira infância, não significa que estejam condenados a levar a vida melancólicos e bizarros. “O aprendizado emocional adquirido na infância pode ter um profundo impacto no temperamento, ampliando ou reduzindo uma predisposição inata” (GOLEMAN, 1995, p. 235). Então, respondendo às perguntas: Por que algumas pessoas são tímidas demais ou explosivas demais? Isso está relacionado à herança genética, mas como mudar? Podemos afirmar que é possível mudar, mas depende de como esta pessoa foi estimulada durante a infância e como foi seu ambiente durante os primeiros anos da vida. Na fase adulta há como mudar, desde a pessoa seja consciente do problema, queira mudar e procurar ajuda profissional competente para auxiliá-la neste processo! As empresas ou os gestores podem fazer algo para melhorar o humor dos funcionários? Com bom humor os gestores poderiam transmitir pequenos sinais de que estão contentes por um trabalho bem feito. Além disso, líderes bem-humorados conseguem cercar-se de pessoas mais positivas e o resultado é uma maior Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 19 cooperação entre todos. “Um estudo com estagiários de empresas brasileiras concluiu que quando os superiores hierárquicos usam o bom humor como estratégia de comunicação, os estagiários ficam mais satisfeitos e menos estressados, são menos negligentes e têm maior intenção em ser efetivados nas organizações” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 173). E quando há desvios de comportamento dentro do ambiente de trabalho? Em muitos casos esses comportamentos desviantes no ambiente de trabalho são resultados de emoções negativas. Pessoas que tem sentimentos negativos tentam culpar as outras pelo seu mau humor, veem o comportamento dos outros como ofensivo e tem dificuldade em entender o ponto de vista alheio. Esses processos de pensamento podem conduzir a agressões verbais e até físicas. Há também outro sério problema: segurança e acidentes no trabalho. Há pesquisas que relacionam sentimentos negativos com maior incidência de acidentes do trabalho.Indicam também que os gestores podem contribuir para melhorar a saúde e a segurança, e consequentemente, reduzir custos, “certificando-se que os funcionários não se envolvam em atividades potencialmente perigosas quando estiverem de mau humor [...] pois os sentimentos negativos deixam as pessoas mais distraídas, e as distrações podem, obviamente, levar a comportamentos negligentes” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 112). Acompanhe no material on-line à videoaula em que a professora Mary explica sobre como o temperamento influencia em nossa inteligência emocional. Confira! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 20 Pressupostos a Favor e Contra a Inteligência Emocional Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 106), apresentam alguns pressupostos a favor e contra a inteligência emocional. Vejamos primeiro as argumentações favoráveis. 1. A inteligência emocional tem apelo intuitivo Ter inteligência social e saber dar conta de si é muito bom, pois “a intuição sugere que as pessoas que conseguem detectar as emoções das outras, controlar as suas próprias e lidar bem com as interações sociais têm uma vantagem no mundo dos negócios. [...] O resultado de uma pesquisa indicou que os sócios de uma empresa de consultoria dotados de inteligência emocional acima da média ganharam 1,2 milhão de dólares a mais no volume de negócios que traziam para a empresa do que os outros sócios” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 106). 2. A inteligência emocional está associada ao desempenho Várias pesquisas já indicaram que quanto mais inteligente emocionalmente uma pessoa é, melhor o seu desempenho no trabalho. Um exemplo disso está em um estudo que apontou que “a habilidade de reconhecer as emoções nas expressões faciais dos outros e captar os sentimentos não evidentes das outras pessoas (perceber sinais sutis sobre as emoções das pessoas) previu a avaliação dos colegas sobre o valor que as pessoas tinham para suas empresas” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 106). 3. A inteligência emocional é biologicamente fundamentada “Em um estudo, pessoas com danos na área do cérebro que governa o processo emocional (parte do córtex pré-frontal) não obtiveram resultados mais baixos do que os outros nos testes padrão de inteligência. Mas, nos testes de inteligência emocional “sua pontuação foi significativamente mais baixa [...] e suas decisões normais foram prejudicadas. Isso demonstra que a inteligência emocional tem fundamento neurológico, não apresentando relação com as escalas de inteligência cognitiva. Portanto, constatou-se, também que a inteligência emocional tem influência genética” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 112). Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 21 Agora vejamos quais são os argumentos contra. 1. A inteligência emocional é um conceito muito vago Há pesquisadores que dizem não estar claro o que vem a ser a inteligência emocional, pois se trata de “um conceito vago e impossível de medir, além de ainda questionarem sua validade”. Afirmam que o termo “inteligência emocional” é impróprio, porque a autoconsciência e a empatia não pertencem ao intelecto. A definição de inteligência emocional pode ser tão abrangente e com uma diversidade de componentes que “não é mais nem um conceito inteligível" (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 107) 2. A inteligência emocional não pode ser mensurada Muitos questionam sobre a mensuração da inteligência emocional, afirmando que para ser um modo de inteligência “deve haver respostas certas e erradas sobre ela em testes”. De fato, alguns testes apresentam “respostas certas e erradas, embora a validade de algumas das questões seja questionável”, mas são diversas as avaliações de inteligência emocional e os estudiosos não as sujeitam a estudos tão rigorosos “como fizeram com as avaliações de personalidade e inteligência em geral”. (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 107). 3. A validade da inteligência emocional é duvidosa Algumas críticas apontam que, por estar estreitamente ligada à inteligência e à personalidade (fatores autocontroláveis), a inteligência emocional não oferece nada novo. O fundamento para esse pressuposto é que a inteligência emocional aparenta “estar altamente correlacionada com variações de personalidade, especialmente estabilidade emocional”. Se isso for verdade, “as evidências de um componente biológico da inteligência emocional não são legítimas, e fatores biológicos, como o nível de atividade cerebral, podem ser atribuídos a outros construtos psicológicos muito mais conhecidos e pesquisados”. Apesar disso, a Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 22 A forma de interpretar emoções tanto positivas como negativas é relativamente a mesma no mundo todo, independente da cultura. Em todas as culturas as emoções negativas são vistas como perigosas e destrutivas, enquanto as positivas são mais desejáveis. No entanto, algumas culturas dão mais valor a certas emoções que às outras. “Por exemplo, a cultura norte-americana valoriza o entusiasmo, ao passo que os chineses consideram as emoções negativas mais úteis e construtivas que os norte- americanos. Em geral, o orgulho é visto como uma emoção positiva no Ocidente, em culturas individualistas como a dos Estados Unidos, mas as culturas do Oriente, tais como China e Japão, tendem a ver o orgulho como indesejável” (ROBBINS, JUDGE e SOBRAL, 2010, p. 114). inteligência emocional é altamente popular nas empresas de mídia e de consultoria (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 107). É preciso também saber que as normas de expressão das emoções são diferentes de uma cultura para outra. “As pessoas nos Estados Unidos e no Oriente Médio reconhecem o sorriso como indicador de felicidade, mas nas culturas árabes o sorriso é visto como um sinal de atração sexual, portanto, as mulheres aprendem desde cedo a não sorrir para um homem. Por outro lado, em países coletivistas, as pessoas são mais propensas a acreditar que a manifestação emocional de alguém tem a ver com a relação entre elas. Nos Estados Unidos há um preconceito contrário à expressão das emoções, especialmente aquelas negativas e intensas. Já os vendedores franceses, pelo contrário, têm má fama por serem grosseiros com os clientes e um relatório do próprio governo francês confirma isso” (ROBBINS; JUDGE; SOBRAL, 2010, p. 114-115). O lg a1 81 8/ sh ut te rs to ck .c om O lg a1 81 8/ sh ut te rs to ck .c om Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 23 Na realidade, é bem mais fácil reconhecer as emoções com exatidão quando estamos dentro da nossa própria cultura. Até mesmo as expressões faciais ficam mais claras quando dirigidas a alguém da mesma cultura. Para compreender os pressupostos a favor e contra a inteligência emocional, assista à videoaula a seguir com a professora Mary, disponível no material on-line. Fique atento! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 24 Trocando Ideias Expor sua opinião e interagir com seus colegas, opinando e trocando informações é muito importante! Por isso dê a sua opinião sobre o assunto inteligência emocional. Você acredita ser importante para o crescimento e para o desempenho profissional? Você concorda que quanto mais pessoas trabalhando juntas forem dotadas de inteligência emocional, maiores são as chances de sucesso do grupo, do setor e da organização? Você acredita que muitas empresas hoje,durante o processo de seleção, buscam pessoas que demonstrem ter inteligência emocional? Não se esqueça de entrar no Fórum da disciplina, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem, e postar a sua resposta! Na Prática A Inteligência Emocional é composta por algumas competências comportamentais, como: a autopercepção, o autocontrole, a automotivação, a empatia e as práticas sociais. Acesse e assista, no vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=BqF50IuR3_c>, o autor de Inteligência Emocional, psicólogo e professor Daniel Goleman, responder algumas perguntas sobre esse tema. Acompanhe! Sunny studio/shutterstock.com Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 25 Síntese Estudamos nesta aula alguns conceitos relacionados à inteligência emocional, principalmente o seu próprio conceito. Analisamos as emoções e de que modo elas interferem positiva ou negativamente na inteligência emocional. Vimos que tipos diferentes de emoção preparam o corpo para diferentes tipos de resposta e que existe uma interação entre nossa mente racional e nossa mente emocional. Também falamos sobre os sequestros neurais que ocorrem quando a pessoa perde completamente o controle. Em seguida estudamos sobre a natureza da inteligência emocional, suas características e que pessoas com inteligência emocional conseguem conquistar mais sucesso na vida. Vimos que os homens com inteligência emocional alta são socialmente equilibrados, animados e comunicativos, não costumam ter receios e nem ficam remoendo preocupações e as mulheres dotadas de inteligência emocional são mais assertivas, conseguem expressar-se de modo mais direto e sentem-se bem consigo mesmas. Discutimos sobre a importância do autocontrole, pois a vida é composta de altos e baixos, assim é o tempero da vida, mas precisamos vivê-los de modo equilibrado. Também estudamos sobre a nossa capacidade mental cognitiva ou memória funcional, que nos permite ter informação necessária para a execução de uma tarefa. Vimos a importância do bom humor, da esperança, do otimismo e da empatia. Debatemos sobre a inteligência emocional aplicada nas organizações, a importância da crítica e do feedback. Falamos sobre o QI de grupo, que é a soma das aptidões e dos talentos das pessoas que trabalham juntas. Analisamos as características do temperamento, a sua interferência direta na inteligência emocional e aprendemos sobre os desvios de comportamento dentro do ambiente de trabalho. Por fim, comparamos alguns pressupostos a favor e contra a inteligência emocional. Aprendemos muito sobre Inteligência Emocional nessa aula, não é? Antes de encerrarmos, acesse o material on-line e confira a síntese que a professora Mary faz sobre tudo o que aprendemos! Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 26 Referências GOLEMAN, Daniel. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995. ROBBINS, S. P.; JUDGE, T. A.; SOBRAL, F. Comportamento organizacional: teoria e prática no contexto brasileiro. 14.ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
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