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Prof. Marco Aurélio O. Lima QUÍMICA TECNOLÓGICA – TEORIA Engenharias Prof. Marco Aurélio O. Lima LIGAÇÃO QUÍMICA Prof. Marco Aurélio O. Lima Vamos estudar o quê O que é ligação química? Como se forma uma ligação química? Como ficam os elétrons quando os átomos se ligam? Por que os átomos se ligam formando espécies poliatômicas? Ligações covalentes polares e eletronegatividade O compartilhamento de elétrons Prof. Marco Aurélio O. Lima Os átomos da maioria dos elementos químicos não apresentam existência isolada. Apenas os gases nobres, nas condições ambientes, apresentam átomos estáveis isolados. Prof. Marco Aurélio O. Lima Conceito Geral: Combinação entre átomos, moléculas e íons onde cada espécie química procura uma maior estabilidade. Menos estáveis Mais estáveis Átomos isolados Átomos ligados E n e rg ia Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima ΔHf = ΔHs + ΔHI1 + ΔHd + ΔHAF1 - U Prof. Marco Aurélio O. Lima Sublimação: é a conversão da matéria do estado sólido ao estado gasoso sem passar pela fase líquida. O processo inverso também é chamado de sublimação. Prof. Marco Aurélio O. Lima Energia de dissociação: é a energia necessária para quebrar essa ligação. Prof. Marco Aurélio O. Lima Energia de ionização: energia necessária para remover um elétron de um átomo na fase gasosa X(g) X+(g) + e-(g) Prof. Marco Aurélio O. Lima Energia de ionização: Primeira energia de ionização: Cu(g) Cu+(g) + e-(g) I1 = 746 KJ mol -1 Segunda energia de ionização: Cu+(g) Cu2+(g) + e-(g) I2 = 1958 KJ mol -1 Prof. Marco Aurélio O. Lima Afinidade eletrônica: energia liberada quando um elétron se liga a um átomo na fase gasosa X(g) + e-(g) X-(g) Prof. Marco Aurélio O. Lima Exercício 1: Calcule a energia de formação do cloreto de sódio gasoso com base nos dados abaixo: Na(g) + Cl(g) → NaCl(g) Ef EI = + 496 kJ/mol AE = - 348 kJ/mol Epar iônico = - 450 kJ/mol R: Ef = - 302 kJ/mol Prof. Marco Aurélio O. Lima R: Ef = - 410 kJ/mol Exercício 2: Monte o ciclo de Born-Haber e calcule a energia de formação do cloreto de sódio sólido com base nos dados abaixo: Na(s) + ½Cl2(g) → NaCl(s) Ef Esublimação = + 108 kJ/mol Edissociação = + 121 kJ/mol EI = + 496 kJ/mol AE = - 348 kJ/mol Erede = 787 kJ/mol Prof. Marco Aurélio O. Lima R: Ef = - 975 kJ/mol Exercício 3: Monte o ciclo de Born-Haber e calcule a energia de formação do cloreto de cálcio sólido com base nos dados abaixo: Ca(s) + Cl2(g) → CaCl2(s) Ef Esublimação = + 192 kJ/mol Edissociação = + 238 kJ/mol 1ª EI = + 590 kJ/mol 2ª EI = + 1146 kJ/mol AE = - 350 kJ/mol Erede = 2261 kJ/mol Prof. Marco Aurélio O. Lima Características dos compostos iônicos Prof. Marco Aurélio O. Lima não conduzem corrente elétrica no estado sólido; os íons, ao se ligarem, neutralizam suas cargas e impedem que a corrente elétrica flua; conduzem corrente quando fundidos ou em solução aquosa; ao acontecer o processo de fusão ou solvatação (com a adição da água), os íons separam-se, permitindo a passagem da corrente elétrica; são sólidos à temperatura ambiente; por causa da força de atração entre os cátions e os ânions; possuem altos pontos de fusão e de ebulição; para romper as ligações iônicas, é necessário adicionar muita energia. Por isso, os pontos de fusão e de ebulição são altos. Características dos compostos iônicos Prof. Marco Aurélio O. Lima Características dos compostos iônicos Solvatação de cristal de Cloreto de sódio. Prof. Marco Aurélio O. Lima Características dos compostos iônicos as substâncias iônicas são duras, mas quebradiças quando submetidas a impactos; como a ligação iônica envolve a formação de íons de cargas opostas, as propriedades das substâncias iônicas dependem dessa atração dos cátions pelos ânions; a separação dos compostos iônicos em seus íons constituintes recebe o nome de dissociação iônica; para ocorrer a dissociação iônica, adiciona-se água geralmente (é a solvatação); em solução aquosa, os compostos iônicos passam a conduzir a corrente elétrica. Prof. Marco Aurélio O. Lima Aplicações: 1. Calcule a energia reticular do NaCl, utilizando um ciclo de Born-Haber, sabendo que a sua entalpia de formação é -411 kJ/mol. 2. Calcule a energia reticular do CaCl2, utilizando um ciclo de Born-Haber, sabendo que a sua entalpia de formação é -795 kJ/mol. 3. Calcule a energia reticular do cloreto de magnésio, MgCl2, recorrendo a um ciclo de Born - Haber. 4. Calcule a energia reticular do KBr, utilizando um ciclo de Born -Haber, sabendo que a sua entalpia de formação é -392,17 kJ/mol. 5. Calcule, recorrendo a um ciclo de Born -Haber, a energia reticular de CaF2. Prof. Marco Aurélio O. Lima Soluções: 1. Calcule a energia reticular do NaCl, utilizando um ciclo de Born-Haber, sabendo que a sua entalpia de formação é -411 kJ/mol. (787,29 kJ/mol) 2. Calcule a energia reticular do CaCl2, utilizando um ciclo de Born-Haber, sabendo que a sua entalpia de formação é -795 kJ/mol. (2195,89 kJ/mol) 3. Calcule a energia reticular do cloreto de magnésio, MgCl2, recorrendo a um ciclo de Born - Haber. (2484,55 kJ/mol) 4. Calcule a energia reticular do KBr, utilizando um ciclo de Born -Haber, sabendo que a sua entalpia de formação é -392,17 kJ/mol. (689 kJ/mol) 5. Calcule, recorrendo a um ciclo de Born -Haber, a energia reticular de CaF2. (2537,51 kJ/mol) Prof. Marco Aurélio O. Lima Aplicações: DHºsub (Na) = 108 kJ/mol I1 (Na) = 495,9 kJ/mol DHºsub (K) = 71,08 kJ/mol I1 (K) = 418,7 kJ/mol DHºsub (Mg) = 146,44 kJ/mol I1 (Ca) = 589,78 kJ/mol DHºsub (Ca) = 121 kJ/mol I2 (Ca) = 1145,33 kJ/mol DHºvap (Br2) = 69,6 kJ/mol I1 (Mg) = 712,54 kJ/mol DHºdiss (F2) = 138,91 kJ/mol I2 (Mg) = 1450,68 kJ/mol DHºdiss (Cl2) = 241,84 kJ/mol A (F) = -328,03 kJ/mol DHºdiss (Br2) = 192,5 kJ/mol A (Cl) = -348,53 kJ/mol DHfº (MgCl2) = - 630,11 kJ/mol A (Br) = -324 kJ/mol DHfº (CaF2) = -1198,55 kJ/mol Prof. Marco Aurélio O. Lima Tabela 3. ΔEret para sais do tipo MX. Sal ΔEret (kJ/mol) Sal ΔEret (kJ/mol) LiF -1049 KF -826 LiCl -862 KCl -717 LiBr -819 KBr -689 LiI -763 KI -647 NaF -928 CsF -758 NaCl -787 CsCl -668 NaBr -752 CsBr -635 NaI -703 CsI -602 Fonte: B. Douglas et al., Concepts and Models of inorganic Chemistry, 3ª ed., 1994, pág. 231. Tabela 3. ΔEret para sais do tipo MX. Prof. Marco Aurélio O. Lima No caso do hidrogênio, H2; os elétrons são igualmente partilhados pelos dois núcleos. A situação é diferente por exemplo para o HCl ou HF. Os elétrons passam mais tempo na vizinhança de um dos átomos. Eletronegatividade: medida da capacidade de um átomo atrair para si os elétrons partilhados numa ligação. Ligação polar Eletronegatividade Prof. Marco Aurélio O. Lima Características dos compostos covalentes A polaridade de uma ligação é determinada através de uma grandeza chamada momento dipolar ou momentodipolo ( ) , que é representado por um vetor orientado no sentido do elemento menos eletronegativo para o mais eletronegativo (do pólo positivo para o pólo negativo). Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima Quando uma molécula tem ligações polares ela será obrigatoriamente polar Prof. Marco Aurélio O. Lima É possível que uma molécula que contenha ligações polares não seja polar. Prof. Marco Aurélio O. Lima A polaridade de uma molécula depende não só da polaridade de suas ligações, mas também da forma geométrica da molécula. Quando uma molécula é totalmente simétrica, quer na sua distribuição dos átomos, que nos pares eletrônicos livres, ela será apolar. Pelo contrário, quando os “vetores-polaridade” não se anulam, a molécula será polar. Conclusão... Prof. Marco Aurélio O. Lima A polaridade como um todo de uma molécula depende de sua geometria molecular. Prof. Marco Aurélio O. Lima As formas das moléculas são definidas pelos ângulos e pelo e pelas distâncias entre os núcleos dos átomos que formam a molécula. Métodos experimentais, como por exemplo, raios-X, permitem determinar tanto esses comprimentos quanto os ângulos e, portanto, a geometria. Geometria Molecular Prof. Marco Aurélio O. Lima Triangular plana BF3 Tetraédrica CH4 Linear CO2 Piramidal Trigonal NH3 Angular H2O Geometria Molecular Prof. Marco Aurélio O. Lima Geometria Molecular Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima Geometria Molecular Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima Prof. Marco Aurélio O. Lima Hibridização de Orbitais Atômicos Hibridização de Orbitais Atômicos Hibridização de Orbitais Atômicos Hibridização de Orbitais Atômicos Hibridização de Orbitais Atômicos N° coordinación = N° átomos unidos + N° pares libres Prof. Marco Aurélio O. Lima Aplicação 1. Faça a previsão da geometria das moléculas a seguir e estime sua polaridade considerando a soma vetorial dos momentos de dipolo individuais. a.NO2 + b.NO3 - c.NO2 - d.H2S Aplicação 2. (ITA) – Assinale a opcao que contem a geometria molecular correta das especies OF2, SF2, BF3, NF3, CF4 e XeF4, todas no estado gasoso. a) Angular, angular, piramidal, piramidal, tetraedrica e quadrada planar. b) Linear, linear, trigonal plana, piramidal, quadrada planar e quadrada planar. c) Angular, angular, trigonal plana, piramidal, te traedrica e quadrada planar. d) Linear, angular, piramidal, trigonal plana, angular e tetraédrica. e) Trigonal plana, linear, tetraedrica, piramidal, tetraédrica e quadrada planar. Dados: 8O, 9F, 16S, 5B, 7N, 6C, 54Xe Prof. Marco Aurélio O. Lima Ácido acético Prof. Marco Aurélio O. Lima Para que conhecer as formas das espécies poliatômicas Geometria Molecular Referências Bibliográficas J.B.RUSSEL. Química Geral. 2. ed. Vol.1, Ed. São Paulo:Makron Books, 1994. J.C.KOTZ. Química Geral e Reações Químicas. São Paulo:Thomson, 2005. BROWN, T.L et. al. Química a Ciência Central. São Paulo:Pearson, 2005. ATKINS, P.; JONES, L. 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