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PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 
1. Sexo e Gênero 
PSICOLOGIA SOCIAL 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE SEXO E GÊNERO? 
 
1. GÊNERO - É a construção cultural coletiva dos atributos da 
masculinidade e feminilidade. 
 
 
2. Esse conceito foi proposto para distinguir-se do conceito de sexo, 
que define as características biológicas de cada indivíduo. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Para tornar-se homem ou mulher é preciso submeter-se a um 
processo que chamamos de socialização de gênero 
 
socialização de gênero – está baseado nas expectativas que a 
cultura tem em relação a cada sexo. 
 
Dessa forma, a identidade sexual é algo construído, que transcende 
o biológico. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Sexo e Gênero não são sinônimos. 
 
SEXO => diz respeito às características fisiológicas relativas à 
procriação, à reprodução biológica - diferenças sexuais são físicas. 
 
GÊNERO => seria determinado pelo processo de socialização e 
outros aspectos da vida em sociedade e decorrentes da cultura, que 
abrange homens e mulheres desde o nascimento e ao longo de toda 
a vida. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Diferenças de gênero são socialmente construídas. 
Gênero => conjunto de arranjos através dos 
quais a sociedade transforma a biologia sexual 
em produtos da atividade humana e nos quais 
essas necessidades transformadas são 
satisfeitas. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Este sistema incluiria vários componentes, entre outros a divisão 
sexual do trabalho e definições sociais para os gêneros e os mundos 
sociais que estes conformam. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Estereótipos de gênero 
Papeis pré-determinados para 
homens e mulheres. 
 
Exs: o estereótipo ligando os 
homens às funções de "herói" e 
as mulheres às de "mães" está 
profundamente entranhado na 
cultura. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
A estrutura de gêneros delimita também o poder entre os sexos. 
 
Mesmo quando a norma legal é de igualdade, na vida cotidiana 
encontramos a desigualdade e a iniquidade na distribuição do poder 
e da riqueza entre homens e mulheres. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
A questão da hierarquia de gênero 
 
O patriarcado é uma forma de hierarquia, em que os homens 
detêm o poder e as mulheres são subordinadas. 
 
Numa sociedade patriarcal, a autoridade social efetiva sobre as 
mulheres é exercida através dos papéis de pai e de marido. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Sob as condições patriarcais, as mulheres às vezes exercem 
autoridade através do papel de mãe em oposição aos outros papéis 
familiares, tais como esposa, filha, irmã, ou tia. 
 
A posição de gênero é um dos eixos essenciais para a manutenção 
do poder na hierarquia social, que é essencialmente masculina no 
seu topo e tem estratégias de fragmentação (por classes, por idades, 
por grupos ou culturas minoritárias). 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Assim, essa hierarquia nos leva a viver rivalidades e lutas entre 
pessoas jovens e idosas, pobres e ricas, negras e brancas, mulheres e 
homens. Essas relações antagônicas estruturam a dependência e a 
submissão. 
 
 
O que é subordinação e como se expressa? 
 
Subordinação pode ser definida como uma relativa falta de poder. 
Em termos de autoridade social, um grupo subordinado tem pouco 
ou nenhum controle sobre a tomada de decisões que afetam o 
futuro daquele grupo. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Podemos falar em subordinação de gênero quando as mulheres não 
estão no controle das instituições que determinam as políticas que 
afetam as mulheres, tais como os direitos reprodutivos ou a 
paridade nas práticas de emprego. 
 
Discriminação nos salários e nas promoções são exemplos da 
subordinação das mulheres na nossa sociedade. 
 
SAIBA MAIS 
 
https://www.youtube.com/watch?v=Y5N_lVTUU8k 
https://www.youtube.com/watch?v=hIfBgCiO0U4 
Obrigado! 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 
1. Estereótipo, preconceito e discriminação 
PSICOLOGIA SOCIAL 
1. Estereótipo 
2. Provem do grego stereos e typos, significa “impressão sólida”. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Baseado nas características físicas ou psicológicas e atitudes. 
Crença rígida acerca de pessoas, grupos ou instituições. 
Não é, necessariamente, negativo. 
É usado para categorização de grupos. 
 
Definindo: 
Os estereótipos são crenças a propósito de características, atributos 
e comportamentos dos membros de determinados grupos, são 
formas rígidas e esquemáticas de pensar que resultam de processos 
de simplificação e que 
PSICOLOGIA SOCIAL 
se generalizam a todos os elementos do grupo a que se referem. 
 
Daí que possamos definir estereótipo como o conjunto de crenças 
que dá uma imagem simplificada das características de um grupo ou 
dos membros de um grupo. 
 
Exemplos de estereótipos: 
• “Os japoneses são educados e reservados” 
• “Os alemães são sérios” 
PSICOLOGIA SOCIAL 
• Os italianos são alegres” 
• Os jovens são irreverentes” 
• Os mais velhos são conservadores” 
• As mulheres são intuitivas” 
• Os bombeiros são heróis” 
• Os funcionários públicos trabalham pouco” 
 
A estes grupos (orientais, jovens, mulheres, etc) atribuímos 
determinadas características que generalizamos a todos os seus 
membros 
PSICOLOGIA SOCIAL 
• Racial 
• Sexual 
• De gênero 
• Socio-econonômico 
Tipos de Estereótipos 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Preconceito 
 
Preconceito é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente de 
forma “discriminatória" em relação a pessoas, lugares ou tradições 
(cultura) consideradas diferentes. As formas mais comuns de 
preconceito são: 
• Social 
• Racial 
• Sexual 
• Religioso 
PSICOLOGIA SOCIAL 
De um modo geral, o ponto de partida do preconceito é uma 
generalização superficial, chamada "estereótipo". 
 
Exemplos: 
 "todos os alemães são prepotentes“ 
"todos os ingleses são frios" 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Preconceito é...... 
É uma atitude que se distingue do estereótipo porque não se limita 
a atribuir características a um determinado grupo ou pessoa: 
envolve uma avaliação, frequentemente negativa. 
 
Assim, podemos definir preconceito como uma atitude que envolve 
um pré-julgamento, na maior parte das vezes negativo, 
relativamente a pessoas ou grupos sociais. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Há relação entre preconceito e estereótipo ? 
 
Na base do preconceito está a informação veiculada pelo 
estereótipo. 
 
Assim, apesar de distintos, estão relacionados: o estereótipo 
fornece os elementos cognitivos (as crenças), o preconceito 
acrescenta-lhes um componente afetivo, avaliativo. Contudo, os 
preconceitos podem mudar. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PRECONCEITOS 
COMPONENTE 
COGNITIVO 
ESTEREÓTIPOS 
(CRENÇAS 
GENERALIZADAS) 
PRECONCEITOS 
(SENTIMENTOS SEM 
FUNDAMENTOS) 
COMPONENTE 
COMPORTAMENTAL 
COMPONENTE 
EMOCIONAL 
 
DISCRIMINAÇÃO 
(AÇÃO COMPORTAMENTAL) 
O preconceito, tal como as atitudes, tem três 
componentes: 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Discriminar significa "fazer 
uma distinção". 
PSICOLOGIA SOCIAL 
O significado mais comum, refere-se à discriminação sociológica: a 
discriminação social, racial, religiosa, sexual, por idade ou 
nacionalidade, que podem levar à exclusão social . 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Discriminação é!!!! 
É o nome que se dá para a conduta (ação ou omissão) que viola 
direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos, 
tais como: a raça, o sexo, a idade, a opção religiosa e outros. 
Discriminação Social • Discriminação social é uma forma de 
discriminação a determinadas classes sociais. A discriminação social 
também existe quando julgamos as pessoas por suas atitudes, 
enfatizando que o comportamento exibido, pela pessoa, se deve ao 
fato de pertencer a determinada classe social.PSICOLOGIA SOCIAL 
Discriminação Religiosa 
 
• A discriminação religiosa é um 
conjunto de ideologias e atitudes 
ofensivas a diferentes crenças e 
religiões. 
Hoje em dia, o maior exemplo deste 
preconceito são os conflitos no Oriente 
Médio. A luta entre judeus e islâmicos 
custa dezenas de vidas diariamente. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Discriminação na Internet 
 
• Cada vez mais encontramos na internet discursos de ódio 
explicitamente criminosos que incitam severas discriminações. 
 
• Por permitir o anonimato e por parecer um terreno em que 
prevalece a impunidade, as redes sociais apresentam grande 
presença de discursos racistas, homofóbicos, xenófobos, intolerantes 
com certas religiões, hábitos, costumes e até mesmo com 
deficientes físicos e mentais. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Xenofobia 
• A Xenofobia é uma forma de discriminação social que consiste na 
aversão a diferentes culturas e nacionalidades. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Não se pode confundir discriminação com preconceito: 
 
enquanto este é uma atitude, a discriminação é o comportamento 
que decorre do preconceito. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
SAIBA MAIS 
Moscovici , Serge. Representações Sociais, 1958 
 
Maisonneuve, Jean . Introdução a psicosociologia, 1977 
 
Pereira, Marcos Emanoel. Psicologia social dos estereótipos. São Paulo, SP: EPU, 
2002. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=7m-yuzFljpc 
Obrigado! 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 
1. Violência 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Violência e agressividade são sinônimos? 
 
1. A agressividade é inerente a todo ser humano; garante a 
sobrevivência e a disposição para vencer obstáculos. 
 
2. A violência contém a marca da agressão física e ou psíquica e 
ultrapassa o aceitável, legal ou socialmente. 
 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
A violência apresenta-se quando a pessoa não conseguiu canalizar a 
agressividade para atividades produtivas e denota desestabilização 
dos mecanismos contensores, impulsividade e baixa tolerância a 
frustrações" (Mangini, 2008 p. 916). 
 
 
Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser 
vivo ou objeto. 
 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Não há como se tratar de agressividade e violência sem se levar em 
consideração o contexto social e cultural em que o ato se insere. O 
comportamento apenas "agressivo" em um contexto pode ser 
considerado "ato de violência" em outro e vice-versa. 
 
 
EXEMPLO: Em uma família onde tapas e gritos acompanham os 
argumentos, somente atos extremamente violentos serão 
percebidos como tais; em outra, onde palavras de carinho 
representam a tônica e gestos de afeto pontuam as interações, 
elevar a voz pode soar como despropositado e amedrontador. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Violência Intrafamiliar x Violência Doméstica 
 
Quando se fala de violência intrafamiliar deve-se considerar 
qualquer tipo de relação de abuso praticado no contexto privado da 
família contra qualquer um de seus membros. 
 
maus-tratos físicos, psicológicos, sexuais, econômicos ou 
patrimoniais. 
 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
é toda ação ou omissão que prejudique o bem-estar, a integridade 
física, psicológica ou a liberdade e o direito ao pleno 
desenvolvimento de outro membro da família. 
 
Pode ser cometida dentro ou fora de casa por algum membro da 
família, incluindo pessoas que passam a assumir a função parental, 
ainda que sem laços de consanguinidade, e em relação de poder à 
outra. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 A violência doméstica distingue-se da anterior por incluir outros 
membros do grupo, sem função parental, que convivam no 
espaço doméstico. Incluem aí empregados (as), pessoas que 
convivem esporadicamente (enfermeiros, cuidadores), agregados. 
Tipos de Violência 
 Violência Física: causar ou tentar causar dano não 
acidental, por meio do uso da força física ou de 
algum tipo de arma que pode provocar ou não 
lesões externas, internas ou ambas. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Violência Sexual: ação por meio de força física que obriga uma 
pessoa ao ato sexual contra a sua vontade. 
 
A violência sexual ocorre em uma variedade de situações como 
estupro, sexo forçado no casamento, abuso sexual infantil, abuso 
incestuoso e assédio sexual. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Violência psicológica: é toda ação ou omissão que causa ou visa 
causar dano à auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da 
pessoa. 
 
Inclui: 
- insultos constantes; 
- humilhação; 
- desvalorização; 
- chantagem; 
PSICOLOGIA SOCIAL 
O bullying e o assédio moral são agressões muito 
parecidas, mas possuem uma diferença. 
Bullying: 
é uma situação de agressão física e/ou 
psicológica, com características próprias, que 
acontece entre pares ( entre alunos, 
professores, funcionários, não importa a 
idade). Não existe uma relação hierárquica. O 
que existe é uma relação de força 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Assédio Moral: 
Neste caso quase sempre verbal, 
psicológica, moral - acontece entre 
pessoas de hierarquias diferentes - do 
professor para o aluno, do chefe para com 
seus subordinados. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Violência econômica ou financeira: são todos os atos destrutivos 
ou omissões do (a) agressor (a) que afetam a saúde emocional e a 
sobrevivência dos membros da família. Inclui: 
Roubo; 
Destruição de bens pessoais ou de bens da sociedade conjugal; 
Recusa de pagar a pensão alimentícia ou de participar nos gastos 
para sobrevivência da familiar; 
Uso dos recursos econômicos de pessoa idosa. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Violência institucional: é aquela exercida nos/pelos próprios 
serviços públicos, por ação ou omissão. 
 Pode incluir desde a dimensão mais ampla 
da falta de acesso à má qualidade dos 
serviços. 
Abrange abusos cometidos em virtude das relações de poder 
desiguais entre usuários e profissionais dentro das instituições, até 
por uma noção mais restrita de dano físico intencional. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
ECA - Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde deverão 
proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos 
pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Violência Estrutural 
 Nega a cidadania para alguns indivíduos ou determinados grupos – 
acontece por meio da discriminação social contra os “diferentes”. 
 
Violência Urbana 
Tipificada como violação da lei penal, como: assassinatos, 
sequestros, roubos..... 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Violação dos direitos humanos – violação dos direitos: civis 
(liberdade, privacidade, proteção igualitária); sociais (saúde, 
educação, segurança, habitação); econômicos (emprego, salários); 
culturais (manifestação da própria cultura) e políticos (participação 
política, voto). 
 
Violência Simbólica 
Nas relações sociais em que o vínculo é de domínio/submissão, os 
dominados, inconsciente e involuntariamente, assimilam os valores 
e a visão do mundo dos dominantes e desse modo tornam-se 
cúmplices da ordem 
PSICOLOGIA SOCIAL 
estabelecida sem perceberem que são as primeiras e principais 
vítimas dessa mesma ordem. 
 
É por isso que: 
homem não chora; 
que um menino que gosta de brincadeiras menos agressivas é um 
“mariquinhas”, 
que certas profissões são impróprias para homens, etc. etc. – 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
É preciso garantir a reprodução das estruturas 
de domínio. É exercida através de um conjunto 
de mecanismos sutis de conservação e 
reprodução das estruturas de domínio. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
SAIBA MAIS 
AZEVEDO, Joanir G. de. O orientador educacional e o currículo. In: GARCIA, 
Regina Leite. Orientação educacional: o trabalho na escola. São Paulo: Loyola, 
1990. 
 
BAUMAN, Sigmunt. O amorlíquido: sobre fragilidade dos laços humanos. Trad. 
Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2004. 
 
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. 
 
https://www.youtube.com/watch?v=CvQ8QU9MSPU 
Obrigado! 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 
1. Família – transformações históricas 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
A família já passou por diferentes formas de composição até chegar a que 
hoje conhecemos: 
 
Existiu inicialmente em forma de grupos - onde todas as mulheres 
pertenciam a todos os homens do grupo. 
 
 
 
 
1. Quando se deu a primeira 
transformação na estrutura da família? 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Quando foram proibidas as relações sexuais entre pais e filhos e 
posteriormente a proibição de relações sexuais entre irmãos. 
Estas proibições proporcionaram uma nova forma de família - A 
FAMÍLIA SINDIÁSMICA 
 
um homem se relacionava com uma única mulher, mas a poligamia 
ainda era praticada, mesmo que para pequenos grupos. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
As classificações de família por Morgan/Engels 
 Família Consanguínea 
Inexistem as interdições e barreiras impostas pela cultura, nem 
relações de matrimônio ou descendência organizadas de acordo com 
o sistema de parentesco culturalmente definido. 
1ª forma: (estado selvagem) Trocas sexuais entre 
todos os membros do grupo: pais e filhas, mães e 
filhos, irmãos, irmãs e primos, etc. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Um dos primeiros acontecimentos que conduziram esses grupos em 
direção ao que vamos entender por família foi a invenção do incesto, 
inicialmente considerado o realizado entre pais e mães com seus 
filhos e filhas 
Família Punaluana 
 
2ª forma: (selvagem) Se originou da proibição de relações sexuais 
entre irmãos. 
É a partir deste modelo de família que são instituídas as gens - um 
circulo fechado de parentes consanguíneos por linha feminina, que 
não podem casar uns com os outros. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Em todas as formas de família por grupos, não se pode saber, com 
certeza, quem é o pai de uma criança, mas sabe-se quem é a mãe. 
Portanto, onde existe o matrimônio por 
grupos a descendência só pode ser 
estabelecida do lado materno, e, por 
conseguinte, apenas se reconhece a 
linhagem feminina. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Com as crescentes complicações devidas às proibições de 
casamento, tornam-se cada vez mais impossíveis as uniões grupais, 
que foram substituídas pela sindiásmica. 
Família Sindiásmica. 
 
3ª forma: (barbárie) Resultou da extensão do conceito de incesto, 
proibindo-se também os relacionamentos entre irmãos e irmãs 
colaterais. 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Nesta etapa se estabelece a consolidação da união por pares, uma 
vez que estavam proibidos de estabelecer matrimônio devido à 
ligação uterina direta ou indireta. 
Um homem vive com uma mulher 
Estabelece-se gradualmente a proibição expressa da infidelidade feminina, 
sendo cruelmente castigadas aquelas que infringem esta regra. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
A garantia da gens (um circulo fechado de parentes consanguíneos 
por linha feminina) depende exclusivamente da manutenção 
constante do direito materno. 
 
Só depois de efetuada (pela mulher) a passagem ao casamento 
sindiásmico, é que foi possível a introdução da monogamia num 
sentido estrito – na verdade, somente para as mulheres. 
 
A mulher, neste sistema, não goza somente de liberdade, mas de 
poder. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
O matrimônio sindiásmico introduziu na família um elemento novo: 
junto à verdadeira mãe passou a existir também o verdadeiro pai. 
 
As riquezas, à medida que iam aumentando, davam ao homem 
uma posição na família mais relevante que a da mulher, e, fazendo 
nascer nele a ideia de valer-se desta vantagem para modificar, em 
proveito de seus filhos, a ordem da herança estabelecida. 
 
Mas isso não se poderia fazer enquanto permanecesse vigente a 
filiação segundo o direito materno e esse direito teria que ser 
abolido, e o foi. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Houve o desmoronamento do direito materno, a 
grande derrota histórica do sexo feminino em todo 
o mundo, e surgiu a família patriarcal, 
caracterizada pela organização de certo número 
de indivíduos, livres e não livres, numa família 
submetida ao poder paterno de seu chefe. 
Esta forma de família assinala a passagem do matrimônio 
sindiásmico à monogamia. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Família patriarcal 
 
4ª forma: Monogamia (civilização) Família patriarcal. 
 
Foi a primeira forma de família baseada em critérios econômicos e 
representou um triunfo da propriedade privada sobre a propriedade 
comum primitiva. 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 Em resumo, a monogamia nasceu da concentração de grandes 
riquezas nas mãos dos homens e do desejo de cada homem 
transmitir suas riquezas, por herança, aos seus filhos, excluídos os 
filhos de qualquer outro. 
Num manuscrito redigido por Engels e Marx (1846) encontra‐se a 
seguinte frase: 
"A primeira divisão de trabalho é a que se fez entre o homem e a 
mulher para a procriação dos filhos.” 
Acrescente‐se a isso a primeira forma de opressão de classes, com a 
opressão do sexo feminino pelo masculino. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
O homem, neste momento, assume o poder 
preponderante sobre a família 
 
 A mulher se torna uma servidora, um 
instrumento de reprodução dentro dessas 
sociedades 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Nesta fase encontramos um padrão de família muito próximo do 
que vivemos na cultura moderna. 
 
Uma estrutura de indivíduos ligados pelo sangue submetidos a um 
poder paterno (que o nosso direito moderno, até pouco tempo, 
mantinha sob a forma de pátrio poder, substituído por poder 
familiar após a Constituição Federal de 1988 e o Novo Código Civil de 
2002). 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Origem da palavra 
FAMÍLIA 
 
 
FAMULUS (latim) 
 
 
 Servo, escravo 
 
 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Alguns conceitos de família: 
 
“Pessoas aparentadas que vivem em geral na mesma 
casa,particularmente o pai, a mãe e os filhos” (Dicionário da Língua 
Portuguesa – Aurélio) 
 
“Conjunto de pessoas ligadas por laços de parentesco, dependência 
doméstica ou normas de convivência, todos residentes na mesma 
casa” (IBGE – www.ibge.gov.br/ibgeteen/glossario/familia_definicao.html) 
SAIBA MAIS 
http://portacurtas.org.br/busca/?termo=Cemit%C3%A9rio%20da%20Mem%C3
%B3ria 
 
 
BOCK, A. M.B et al. : Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. Ed. 
Saraiva, 2001. São Paulo. 
 
Obrigado! 
PSICOLOGIA SOCIAL 
PSICOLOGIA SOCIAL 
 
1. Representação Social 
PSICOLOGIA SOCIAL 
O que são representações sociais? 
1. São conjunto de explicações, de crenças e ideias que são 
partilhadas e aceites coletivamente numa determinada 
sociedade e que são o produto das interações sociais. 
 
2. É um saber comum a um grupo, aparecendo frequentemente 
associada ao conhecimento do senso comum. 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
As representações sociais são indispensáveis nas relações 
humanas. 
 
•Fazem parte do processo de interação social, permitindo aos 
membros de um grupo se comunicarem e se compreenderem. 
 
•São também uma forma dos indivíduos explicarem e 
fundamentarem as suas opiniões e comportamentos. 
 
Na formação deste tipo de pensamento estão subjacentes dois 
processos que funcionam em parceria: a objetivação e a ancoragem. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
OBJETIVAÇÃO 
É o processo através do qual as representações complexas e 
abstratas se tornam simples e concretas. 
No processo de objetivação, alguns elementos são 
excluídos/esquecidos e outros são valorizados/desenvolvidos de 
forma a explicar a realidadede modo mais simples, preciso e 
comunicável. 
A objetivação envolve também um processo de reagrupamento das 
ideias e das imagens em torno de um mesmo assunto: diferenças 
étnicas, política, saúde, etc.. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
OBJETIVAÇÃO 
 
A objetivação une uma idéia de não-familiaridade com a realidade, 
torna-se a verdadeira essência da realidade. 
 
Para esclarecer o conceito de Objetivação um bom exemplo é a 
imagem de Deus (abstrato) codificada em Pai (concreto), 
apresentada por Moscovici. 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Fases no processo de objetivação 
 
Construção Seletiva –em que as informações (as ideias, crenças) 
mais relevantes são mantidas. 
 
Esquematização Figurativa – as informações selecionadas são 
convertidas num esquema figurativo simples, concreto, que poderá 
ser constituído por imagens. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Naturalização – aquisição da materialidade 
Os conceitos tornam-se equivalentes à realidade. O abstrato torna-
se concreto através da expressão em imagens e metáforas. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Exemplo: A televisão constitui importante fonte de formação de 
representações no mundo contemporâneo. Ela configura uma 
tendência à concretização das ideias (abstrato), em imagens 
(concreto). 
 
Ou seja, a TRS confirma o papel dos “mass media” como um 
elemento intermediário entre os indivíduos e a sociedade. 
 
Exemplo: Temas polêmicos abordados nas telenovelas. Propagandas 
televisivas 
PSICOLOGIA SOCIAL 
ANCORAGEM - O “não-familiar” torna-se familiar 
Processo de assimilação do novo ao que já existe 
 
Precede e/ou situa-se na sequência da objetivação 
Precede: qualquer tratamento da informação exige pontos de 
referência 
•É a partir das experiências e dos esquemas já estabelecidos que 
o objeto da R é pensado 
Segue: função social das representações 
•Permite compreender a forma como os elementos 
representados contribuem para exprimir e constituir as relações 
sociais 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Ancoragem: o processo de transformar algo estranho e perturbador 
em algo comum, familiar. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
O sujeito procede recorrendo ao que é familiar para fazer uma 
espécie de conversão da novidade. 
 
Exemplo: as mulheres de baixa renda do interior da Paraíba não tem 
conhecimento científico sobre a pílula contraceptiva, mas sabem a 
sua função. Elas irão se referir à pílula contraceptiva como uma 
massinha podre que vai se juntando dentro da mulher até que 
entope o canal vaginal. 
Para Moscovici (2003) ancorar é: ...classificar, e dar nome a alguma 
coisa. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
A objetivação e a ancoragem funcionam como um todo no processo 
de apropriação do real. 
 
As representações estão muito marcadas pela cultura, pela 
sociedade: a cada época, a cada sociedade, correspondem 
representações sociais. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Convém lembrar que as representações sociais não são homogêneas 
no interior de uma mesma sociedade: 
 
diferentes grupos sociais podem partilhar representações 
diferentes sobre uma mesma realidade. 
 
Podemos concluir que as representações sociais dão sentido ao 
que pensamos; orientam e regulam o nosso comportamento. 
 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Apesar de não termos, muitas vezes, consciência da sua existência, 
estão subjacentes ao modo como encaramos o mundo e os outros, 
e, portanto, ao nosso comportamento. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
FUNÇÕES DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS 
 
 Função de saber - as representações sociais dão uma explicação 
e um sentido à realidade 
 
 Função de orientação - a sua função de explicação repercute ao 
nível da ação. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Função identitária - construção de uma identidade social. 
 
Função de justificação - os indivíduos explicarem e justificarem as 
suas opiniões e os seus comportamentos. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
As representações permitem que as pessoas orientem as suas ações 
no mundo físico e social em que estão inseridas, permitindo- lhes 
que se adaptem de modo rápido e adequado. 
 
Objetivação cria a realidade em si; a Ancoragem lhe dá significação. 
PSICOLOGIA SOCIAL 
Exemplo: 
a representação social da mulher na 
sociedade; a relação pais-filhos; 
professores-alunos; a representação da 
infância, da adolescência; etc. 
Nas sociedades, as mulheres têm uma representação social em que 
para além de serem mães, desenvolvem uma atividade profissional 
fora de casa. Mas para as mulheres do séc. XX, seria impensável pois 
a representação social era ser dona de casa responsável pelos 
trabalhos domésticos e pela educação dos filhos. 
SAIBA MAIS 
 
 
CAMPOS, Ludimila Brum et al . Experiências de pessoas internadas com o 
processo de punção de veias periféricas. Esc. Anna Nery, Rio de Janeiro , v. 
20, n. 3, e20160078, 2016 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
81452016000300222&lng=en&nrm=iso>. access 
on 27 Feb. 2017. Epub June 14, 2016. http://dx.doi.org/10.5935/1414-
8145.20160078. 
https://www.youtube.com/watch?v=4H_38wekOVU 
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