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Resumo TGP (Jurisdição, ação, processo, objeto, equivalentes)

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Jurisdição: 
Poder do estado de decidir e impor decisões, encargo dos órgãos 
jurisdicionais de pacificação dos conflitos, complexo de atos do juiz no 
processo 
- substituição pelo juiz/ Estado das atividades daqueles que estão 
envolvidos na lide, sempre dotado de imparcialidade que é exigida na 
lei 
- o escopo jurídico da jurisdição é a pacificação social e o cumprimento 
das normas do direito objetivo/ substancial, concretizando-as no Direito 
material 
-> Características: 
a) lide: conflito de interesses 
b) inércia: cabe ao próprio interessado a provocação do Estado-juiz ao 
exercício da função jurisdicional 
c) definitividade: os atos juridicionais não podem ser revistos ou 
modificados 
coisa julgada: imutabilidade dos efeitos de u ma sentença judicial 
-> Princípios inerentes à jurisdição: 
a) investidura: a jurisdição só pode ser exercida por quem tenha sido 
investido da autoridade de juiz 
b) princípio da aderência ao território: cada juiz só exerce jurisdição 
nos limites do território sujeito por lei à sua atividade 
c) Indelegabilidade da jurisdição: nenhum juiz pode delegar funções à 
outro órgão 
Equivalentes jurisdicionais
Equivalentes jurisdicionais são técnicas de solução de conflito que não são jurisdicionais. Equivalem à jurisdição porque servem para resolver conflitos. São eles:
a) AUTOTUTELA: Em regra, é proibida, porque nos remete ao tempo da barbárie, já que um dos conflitantes impõe a solução do conflito ao outro. Excepcionalmente, é permitida como, por exemplo, na legítima defesa, no desforço incontinenti nas ações possessórias, etc.
b) AUTOCOMPOSIÇÃO: As partes conflitantes chegam à solução do conflito, sem imposição de uma vontade sobre a outra, podendo ocorrer extrajudicialmente ou em juízo. É chamada pelos americanos de alternative dispute resolution. Há três espécies de autocomposição:
b.1) transação: forma mais tradicional, na qual a solução é dada pelas partes, sendo que cada uma delas faz concessões recíprocas;
b.2) renúncia: não há concessões recíprocas, mas apenas unilateral, por parte do autor que abdica de sua pretensão;
b.3) reconhecimento da procedência do pedido: também não se vislumbram concessões recíprocas, mas apenas unilateral, por parte do réu que reconhece a razão do autor.
c) MEDIAÇÃO: Há intervenção de um terceiro que se põe no conflito para auxiliar as partes a chegarem à autocomposição. Ressalte-se que o mediador não decide, apenas estimula a autocomposição.
d) ARBITRAGEM: É o equivalente jurisdicional mais polêmico no que tange à sua natureza. Fredie Didier Jr., por exemplo, entende que a arbitragem é jurisdição privada e não equivalente jurisdicional. Já, Luiz Guilherme Marinoni entende que a arbitragem não é jurisdição porque não é estatal. Nela tem-se um terceiro que decide e impõe sua decisão. No Direito Brasileiro, a decisão arbitral, em regra, não pode ser discutida no Poder Judiciário, nem precisa de homologação para ser exigida.
ESPÉCIES DE JURISDIÇÃO
Enquanto manifestação da soberania do Estado, a jurisdição é indivisível, para efeitos didáticos e mesmo de organização forense, admitem-se algumas classificações.
Quanto a Matéria:
Jurisdição Penal: atribuída aos juízos responsáveis pela dicção do direito material pena. Ex: Ao determinar a aplicação de uma pena para delito de homicídio (Art. 121 C.P.) o juiz atuou com jurisdição penal.
Jurisdição Civil: esta seria atribuída aos juízos responsáveis pela dicção do direito material civil. Ex: Ação de alimentos, o juiz terá atuado com jurisdição civil.
Jurisdição Especial: trata-se daquela atribuída aos juízes do trabalho, eleitorais e militares, que tratam de legislação especial.
Quanto aos Órgãos:
Jurisdição Comum: chamada também de ordinária → órgãos não especializados → Justiça Comum Estadual e Federal
Justiça Especial: justiças especializadas (União) → Justiça do Trabalho, Eleitoral e Militar.
Quanto a posição dos Órgãos:
Jurisdição Superior: órgãos de 2º e 3º Graus (colegiados) → Tribunais Superiores Estaduais e Federais → Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais.
Jurisdição Inferior: órgãos de 1º grau (monocráticos) → Juízes Estaduais, Federais e do Trabalho.
AÇÃO
a.   CONCEITO: ação nada mais é do que o direito à prestação jurisdicional, direito de acionar a jurisdição, o Estado-Juiz. Gosso modo, é o direito de propor uma demanda perante o Juiz ou órgão jurisdicional competente. Por isso se diz que o direito de ação é exercido em face/contra o Estado.
b.   TEORIAS QUE EXPLICAM O DIREITO DE AÇÃO:
                                         i.    Imanentista (CIVILISTA): seria mera manifestação ou extensão do direito material, não direito da parte. Não haveria ação, se inexistisse direito material. Para todo direito, haveria uma ação respectiva. Direito material e direito processual seriam o mesmo fenômeno, apenas apresentados de formas distintas;
                                        ii.    Direito Concreto: o direito de ação é autônomo, mas somente existiria quando também existente direito material. Ou seja, só existiria direito de ação quando a sentença fosse de mérito e favorável, pois a “existência de tutela jurisdicional só pode ser satisfeita através da proteção concreta” (GRINOVER).
                                       iii.    Direito Potestativo: defendida por Chiovenda, o direito processual seria autônomo em relação ao direito material, e seria também concreto, mas seria um direito potestativo a ser exercido em face da parte contrária, não em face do Estado.
                                      iv.    Direito abstrato: o direito de ação também não se subordina ao direito material, e a jurisdição será exercida tão somente com o pronunciamento judicial, seja ele de mérito ou não, favorável ou não.
                                        v.    Eclética: para Liebman, ação seria direito autônomo e abstrato, mas condicionado à existência de uma sentença de mérito, seja de procedência seja de improcedência. Só haveria exercício da jurisdição nesses casos, exigindo-se o cumprimento das denominadas condições da ação.
c.   CONDIÇÕES DA AÇÃO: embora autônomo e abstrato, o direito de ação, como qualquer outro, não pode ser exercido irrestritamente, de qualquer forma. Assim, o legislador estabelece alguns requisitos para que tal direito possa ser exercido. Alexandre Freitas Câmara, afirmando que há o exercício do direito de ação mesmo sem o cumprimento de tais condições, faz a distinção entre exercício legítimo e ilegítimo do direito da ação, havendo o exercício legítimo quando cumpridas as condições, e ilegítimo quando não cumpridas. Com efeito, são as seguintes as condições da ação (artigos 3º e 267, IV do CPC):
                                         i.    Possibilidade jurídica do pedido: a pretensão do autor, para que este exerça legitimamente o direito de ação, não pode ser vedada pelo ordenamento jurídico (considerado como um todo). Não se pode pleitear, por exemplo, que outra pessoa se mate ou se lesione; não se pode cobrar dívida de jogos ilícitos. É importante ressaltar que, embora nominado como “possibilidade jurídica do pedido”, tal condição deve se estender a toda a demanda e seus elementos, não apenas ao pedido, de modo que não subsistirá direito de ação (ou de seu exercício legítimo) quando, por exemplo, a causa de pedir seja impossível juridicamente, mesmo sendo possível o pedido (exemplo: pedido de pagamento [possível], cuja causa de pedir é a existência de uma dívida de jogo de azar [impossível juridicamente]);
                                        ii.    Interesse de agir/processual: corresponde à necessidade de obter, através do exercício da jurisdição, a proteção do interesse substancial. A jurisdição somente será utilizada quando ela, e somente ela, for capaz de por fim ao litígio. Além disso, o exercício da jurisdição deve ser hábil a propiciar, ao menos em tese, o resultado almejado pela parte, o que se denomina utilidade. Fala-se, ainda, em adequação da via eleita,que corresponde ao procedimento escolhido pelo autor. Se o procedimento eleito não for o adequado, inexistiria interesse de agir em sua modalidade adequação. A adequação, entretanto, não se relacionaria com as condições da ação, mas com a forma pela qual o direito de ação será exercido, por isso não se poderia falar em falta de condição da ação por inadequação da via eleita, que poderá, sempre, ser corrigida, inclusive por iniciativa do próprio Juiz (Didier);
                                       iii.    Legitimidade ad causam: trata-se da legitimidade para compor ou o polo ativo ou o passivo da demanda. É a “pertinência subjetiva da ação”. Afere-se não tomando por base a relação de direito material (seria o mesmo de rechaçar a autonomia do direito processual), mas de acordo com a sujeição que se extrai da narrativa do autor em sua inicial, através da teoria da asserção.
PROCESSO
Processo é o meio utilizado pelo Estado para solucionar conflito. (Prof.) 
 O alcance dessa finalidade (buscar a solução do direito) se dá pela aplicação da lei ao 
caso concreto, e isso ocorre no processo, que é o instrumento através do qual a jurisdição 
 Tipos de Processo: Processo de Conhecimento; Processo de Execução ; Processo 
Cautelar. 
 PROCEDIMENTO 
 Procedimento é a sucessão ordenada de atos dentro do processo. (Prof.) 
 O procedimento é o mecanismo pelo qual se desenvolvem os processos diante dos 
órgãos da jurisdição. 
 Tipos de Procedimento: Procedimento comum (Rito Ordinário e Sumário); Especiais. 
 Processo e Procedimento, na verdade, segundo expressiva doutrina, somados compõem a relação jurídica processual. 
 NATUREZA JURÍDICA DO PROCESSO 
 Processo é o conjunto de a tos ordenados, tendentes a um fim, que é a provisão jurisdicional, compreendendo -se direitos, deveres e ônus das partes, além de poderes, direitos e deveres dos órgãos jurisdicionais, prescritos e regulados pela lei processual. 
 SUJEITOS DA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL 
 
São três os sujeitos principais da relação jurídico -processual, a saber: Estado, demandante e demandado
 Ou seja: 
 Sujeitos do Processo: AUTOR + RÉU + ESTADO-JUIZ 
São sujeitos da relação jurídica processual: autor, réu e Estado-juiz. O autor e o réu têm direito à tutela jurisdicional enquanto o juiz tem o dever de prestá-la. Essa relação entre eles se dá no processo.
 JUIZ (na condição d e órgão do Estado ): como sujeito imparcial do processo, investido de autoridade para dirimir a lide, o juiz se coloca super et inter partes. Com o objetivo de dar ao juiz as necessárias condições para o desempenho de suas funções, o direito lhe atribui determinados poderes a serem exercidos no processo, ou por ocasião dele. 
 a) Poderes Administrativos ou de Polícia: se exercem por ocasião do processo, a fim de evitar a sua perturbação e de assegurar a ordem e decoro que devem envolvê -lo 
(CPC, arts. 445 e 446). 
 Art. 445. O juiz exerce o poder de polícia, competindo-lhe: 
I - manter a ordem e o decoro na audiência; 
II - ordenar que se retirem da sala da audiência os que se com portarem inconvenientemente; 
III - requisitar, quando necessário, a força policial. 
 
Art. 446. Compete ao juiz em especial: 
I - dirigir os trabalhos da audiência; 
II - proceder direta e pessoalmente à colheita das provas; 
III - exortar os advoga dos e o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com elevação e urbanidade. 
Parágrafo único. Enquanto depuserem as partes, o perito, os assistentes técnicos 
e as testemunhas, os advogados não podem intervir ou apartear, sem licença do juiz. 
 b) Poderes Jurisdicionais: se desenvolvem no próprio processo, subdividindo -se em 
poderes meios (abrangendo os ordinatórios, que dizem respeito a o simples andamento processual, e os introdutórios, que se referem à formação do convencimento do juiz) e poderes fins (que compreendem os decisórios e os de execução). 
 Obs.: O Juiz também tem deveres no processo, p. ex. o dever de sentenciar e o de conduzir o processo segundo a ordem legal estabelecida (devido processo legal). 
 AUTOR E RÉU: são os principais sujeitos parciais do processo, sem os quais não se completa a relação jurídica processual. 
 Autor é aquele que deduz em juízo um a pretensão; e réu, aquele em face de quem aquela pretensão é deduzida. 
 A posição do demandante e d o demandado no processo são disciplinadas de acordo com 
três princípios básicos: o princípio da dual idade das partes; o princípio da igualdade 
das partes; e o princípio do contraditório. 
 a) Princípio da Dualidade das Partes: é inadmissível um processo sem que haja pelo 
menos dois sujeitos em posições processuais contrárias, pois ninguém pode litigar consigo mesmo. 
 b) Princípio da Igualdade das Partes: assegura a paridade de tratamento processual, sem prejuízo de certas vantagens atribuídas especialmente a cada um delas, em vista exatamente de sua posição no processo. 
 c) Princípio do Contraditório: garante às partes a ciência dos a tos e termos do 
processo, com a possibilidade de impugná-los e com isso estabelecer autêntico diálogo com o juiz. 
Obs.: No processo penal a figura do autor cabe ordinariamente ao Ministério Público, figurando na posição de réu o acusado da prática de ofensa criminal (modernamente prefere-se dizer acusado, em vez de réu. Nos casos de ação penal de iniciativa privada é autor o ofendido (CINTRA; GRINOVER; DINAMARCO, 2009). 
 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS 
 Há situações em que, embora já integrada a relação processual segundo seu esquema subjetivo mínimo (jui-autor-réu), a lei permite ou reclama o ingresso de terceiro no processo, seja em substituição a uma das partes, seja em acréscimo a elas, de modo a ampliar subjetivamente aquela relação. No processo civil, p. e x. a intervenção se dá pela assistência, que é o ingresso voluntário do terceiro com o objetivo de ajudar uma das partes. V. arts. 50, 56, 62 e 70 do CPC. 
 Art. 50. Pendendo um a causa entre duas ou mais pessoas, o terceiro, que tiver interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma delas, poderá intervir no processo para assisti-la. 
Parágrafo único. A assistência tem lugar em qualquer dos tipos de procedimento e em todos os graus da jurisdição; mas o assistente recebe o processo no estado em que se encontra. 
 Art. 56. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu, poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. 
 
Art. 62. Aquele que detiver a coisa em nome alheio, sendo-lhe demandada em nome próprio, deverá nomear à autoria o proprietário ou o possuidor. 
 Art. 70. A denunciação da lide é obrigatória: 
I - ao alienante, na ação em que terce iro reivindica a coisa, cujo domínio foi transferido à parte, a fim de que esta possa exercer o direito que da evicção Ihe resulta; 
II - ao proprietário ou ao possuidor indireto quando, por força de obrigação ou direito, em casos como o do usufrutuário, do credor pignoratício, do locatário, o réu, citado em nome próprio, exerça a posse direta da coisa demandada; 
III - àquele que estiver obrigado, pela lei o u pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo do que perder a demanda. 
 
OBJETO DA RELAÇÃO PROCESSUAL 
 Toda relação jurídica constitui, de alguma forma, o regulamento da conduta daspessoas com referência a determinado bem. 
 Relação Jurídica Substancial: o bem que constitui objeto das relações jurídicas substanciais (primárias) é o bem da vida, ou seja, o próprio objeto dos interesses em conflito, p. ex. uma importância em dinheiro, um imóvel, etc. 
 Relação Jurídica Processual : o objeto da relação jurídica processual (secundária) é o serviço jurisdicional que o Estado tem o dever de prestar , consumando-o mediante o provimento final em cada sentença.

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