Buscar

Unidade 5 Esgoto e Trat. Esgoto Complementar (Aula 01)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 37 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Unidade 5 
 
Instalações prediais de esgotos sanitários 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Um bom sistema de esgotos sanitários de uma residência, prédio ou logradouro público, é 
aquele que diante do qual não se percebe a sua existência. Ou seja, promove o 
afastamento rápido das águas servidas, não produz odores, ruídos ou contaminação, nem 
atrapalha o ambiente. É duradouro, de fácil manutenção e deve ser construído com o 
menor custo possível. 
É composto de tubulações, equipamentos e acessórios, projetados segundo normas e 
procedimentos padronizados, objetivando atender a cada caso específico, utilizando 
materiais disponíveis no mercado. 
As normas brasileiras que tratam do assunto são: 
NBR 8160 – Instalação Predial de Esgoto Sanitário – Procedimento – Set/1983. 
NBR 5580 – Tubos de aço carbono, aptos para rosca. 
NBR 6414 – para usos comuns na condução de fluídos – Especificações. 
NBR 5645 – Tubos cerâmicos para canalizações – Especificação 
NBR 5688 – Tubos e conexões de PVC rígido para esgoto predial e ventilação – 
Especificação. 
NBR 6943 – Conexão de ferro maleável para tubulações – Classe 10 – Padronização. 
NBR 7229 – Construção e instalação de fossas sépticas e disposição dos efluentes finais 
– Procedimento. 
NBR 7362 – Tubos de PVC rígido de seção circular, coletores de esgotos – 
Especificação. 
NBR 8161 – Tubos e conexões de ferro fundido para esgoto e ventilação – Padronização. 
 
 
2. FINALIDADE E OBJETIVOS 
 
A instalação predial de esgotos sanitários destina-se a coletar e afastar da edificação 
todos os despejos provenientes do uso da água para fins higiênicos, encaminhando-os a 
um destino indicado pelo poder público competente, que pode ser: 
a) em rede pública de coleta de esgotos sanitários; 
b) em sistema particular, quando não houver rede pública de esgotos sanitários. 
 
Segundo a NBR 8160/83, as instalações prediais de esgotos sanitários devem ser 
projetadas e executadas de modo a: 
- Permitir rápido escoamento dos esgotos sanitários e fáceis desobstruções; 
- Vedar a passagem de gases e animais das tubulações para o interior das 
edificações; 
- Não permitir vazamentos, escapamentos de gases e formação de depósitos no 
interior das tubulações; 
- Impedir a poluição da água potável. 
 
 2 
 
Figura 1 – Esgoto primário, esgoto secundário e desconector (Fonte:Tigre). 
 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS ESGOTOS SANITÁRIOS 
 
Os esgotos sanitários prediais classificam-se em primários e secundários. São chamados 
primários os esgotos aos quais têm acesso os gases provenientes da rede pública. São 
secundários os esgotos aos quais não têm acesso aqueles gases. O acesso dos gases da 
rede pública aos esgotos secundários, é impedido através de desconectores. A figura 1, 
apresenta a planta de um banheiro, onde é ilustrada a distinção entre esgoto primário e 
secundário. Naquela figura, a caixa sinfonada é o desconector coletivo. 
 
 
4. PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO DE ESGOTOS SANITÁRIOS 
 
a – Canalizações para coleta e afastamento das águas servidas. 
b – Desconectores 
c – Canalizações para ventilação 
d – Órgãos especiais. 
 
4.1. CANALIZAÇÕES PARA A COLETA E O AFASTAMENTO DAS ÁGUAS SERVIDAS 
 
A rede para coleta e afastamento das águas servidas é constituída por: Ramais de 
descarga e de esgoto, tubos de queda, subcoletores e coletor predial (Figura 2). Existem 
também caixas de inspeção ou de passagem e peças de inspeção. 
É dimensionada em função das descargas dos aparelhos sanitários a que servem, cuja 
descarga é definida em função do número de unidades de descargas, ou UNIDADE 
HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO (UHC). Uma UHC corresponde uma descarga de 28 l/min, 
ou a descarga de um lavatório de residência. 
 
 
Figura 2. Ramais de descarga, ramal de esgoto, tubo de queda e coluna de 
ventilação. 
 3 
 
Ramal de descarga: Canalização diretamente ligada ao aparelho sanitário, do qual 
recebe os efluentes. Deve Ter seu diâmetro mínimo fixado de acordo com a Tabela 1. 
É exigido o diâmetro mínimo de 100mm (4”) para as canalizações que recebem despejos 
de bacias sanitárias. 
Ramal de esgoto: Canalização que recebe os efluentes de ramais de descarga. É 
dimensionado somando-se as unidades de descarga de todos os aparelhos servidos pelo 
ramal e respeitando-se os diâmetros nominais mínimos fixados na Tabela 2. 
Tubo de queda: Canalização vertical que recebe efluentes de ramais de descarga, de 
esgoto ou subcoletores. Deve ter diâmetro uniforme e sempre que possível instalado no 
mesmo alinhamento. A descarga para dimensionamento é obtida somando-se as 
unidades de descarga por pavimento e em todo tubo. O diâmetro deve ser fixado 
respeitando-se os diâmetros nominais mínimos fixados na Tabela 3. 
O diâmetro do tubo de queda deve ser maior ou igual ao de qualquer ramal de esgoto 
servido por ele. 
Subcoletor: Canalização, normalmente horizontal, que recebe efluentes de um ou mais 
tubo de queda, ou ramal de esgoto. 
Coletor predial: É o trecho de canalização horizontal compreendido entre a última 
inserção de subcoletor, ramal de esgoto, de descarga ou tubo de queda, e a rede pública 
ou local de lançamento dos despejos. 
O coletor predial e o subcoletor devem ser dimensionados de acordo com a Tabela 4. 
Devem ser instalados com declividades uniformes, respeitados os valores mínimos 
fixados naquela tabela. 
Para o cômputo do número de UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO, no caso 
dos coletores prediais e subcoletores, nos banheiros de prédios residenciais deve ser 
considerado apenas o aparelho de maior descarga. Nos demais casos, devem ser 
considerados todos os aparelhos. 
O coletor predial deve ter diâmetro nominal mínimo de 100mm. 
As tubulações horizontais com diâmetros nominais menores ou iguais a 75mm, 
devem ser instaladas com declividade mínima de 2%. As com diâmetros maiores ou 
iguais a 100mm devem ter declividade mínima de 1%, com exceção dos coletores e 
subcoletores que devem obedecer os valores fixados na Tabela 4. 
 
 4 
TABELA 1 - UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO DOS APARELHOS 
SANITÁRIOS E DIÂMETRO NOMINAL MÍNIMO DOS RAMAIS DE DESCARGA. 
APARELHO SANITÁRIO 
NÚMERO DE 
UNIDADES DE 
DESCARGA 
DIÂMETRO 
NOMINAL MÍNIMO 
DO RAMAL DE 
DESCARGA (mm) 
(DN) 
Banheira de residência 2 40 
Bebedouro 0,5 40 
Bidê 1 40 
Chuveiro de residência 2 40 
Chuveiro coletivo 4 40 
Lavatório de residência 1 40 
Lavatório de uso geral 2 40 
Mictório com válvula de descarga 6 75 
Mictório com cx. de descarga 5 50 
Mictório com descarga automática 2 40 
Mictório de calha * 2 50 
Pia de residência 3 50 
Pia de cozinha industrial – preparação 3 50 
Pia de cozinha industrial – lavagem de 
panelas 4 50 
Máquina de lavar pratos 2 ** 50 
Máquina de lavar roupa 3 ** 50 
Bacia sanitária 6 100 
Tanque de lavar roupas 3 40 
* Por metro de calha – considerar como ramal de esgoto (Tabela 5) 
** Considerar também as recomendações dos fabricantes 
 
TABELA 2 - DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS DE ESGOTO. 
Número de unidades HUNTER de 
contribuição 
Diâmetro nominal (mm) 
(DN) 
3 40 
6 50 
20 75 
160 100 
 
TABELA 3 - DIMENSIONAMENTO DOS TUBOS DE QUEDA. 
Número máximo de unidades HUNTER de 
contribuição Diâmetro nominal do tubo (mm) 
(DN) Prédio de até três 
pavimentos 
Prédio com mais de 
três pavimentos 
40 4 8 
50 10 24 
75 30 70 
100 240 500 
150 960 1900 
200 2200 3600 
250 3800 5600 
300 6000 8400 
 5 
 
TABELA 4 - DIMENSIONAMENTO DOS SUBCOLETORES E COLETOR PREDIAL. 
Número máximo de unidades de HUNTER 
de contribuição em função das 
declividades mínimas (%) Diâmetro nominal do tubo (DN) 
0,5 1 2 4 
100 180 216 250 
150 700 840 1000 
200 1400 1600 1920 2300 
250 2500 2900 3500 4200 
300 3900 4600 5600 6700 
400 7000 8300 10000 12000 
 
4.2. Desconectores 
 
Desconector é todo sifão sanitárioligado a uma canalização primária. Sifão sanitário é um 
dispositivo hidráulico destinado a vedar a passagem de gases e animais, do interior das 
canalizações de esgoto para o interior dos edifícios. 
 
4.2.1. Sifões 
 
Todo aparelho sanitário deve ser isolado de canalização primárias através de sifão 
sanitário. Utiliza-se sifão sanitário individual em mictórios, bacias sanitárias, pias de 
cozinha, pias de despejo e tanques de lavar. 
A figura 3 mostra alguns tipos de sifões para bidês, lavatórios e pias de cozinha. As 
figuras 4 e 5 mostram sifões utilizados em vasos sanitários e a figura 6 mostra o sifão de 
mictórios. Os vasos sanitários e mictórios, são autosifonados. 
 
 
Figura 3. Sifões sanitários para bidê, lavatório e pia de cozinha. 
 
Os sifões podem ser feitos de chumbo, ferro fundido, bronze, plástico, cobre, latão, 
cimento amianto ou cerâmica vidrada. 
A NBR 8160 estabelece que os sifões devem: 
a - Ter fecho hídrico independente de partes móveis e de divisões internas, com altura 
mínima de 50mm. 
b - Ter secção de vazão igual ou superior à do respectivo ramal de esgoto ou de 
descarga. 
c - Ter bujão de limpeza amplo, e de metal não ferroso, conforme indicado na figura 6. 
 
 
Figura 4. Sifões de vaso sanitário. (Fonte: Belinazo 1986). 
 6 
 
Comumente liga-se os ramais de descarga de lavatórios, banheiras, bidês e ralos (de 
boxes de chuveiros, ou de coleta de águas de pisos) a caixas sifonadas. 
 
 
Figura 5. Sifão de Mictório. 
 
4.2.2. Caixas sifonadas 
 
Além da função de desconector, as caixas sinfonadas tem a função de unir o esgoto 
secundário proveniente dos ramais de descarga de lavatórios, banheiras, bidês e ralos de 
uma mesma peça de utilização, lançando-os ao ramal de esgoto correspondente. Podem 
ser fechadas ou com grelha. Devem ser fechadas se destinarem-se a receber despejos 
de mictórios e pias de despejo. A figura 7, apresenta a caixa sinfonada normatizada pela 
NBR 8160. 
 
 
Figura 6. Sifão normatizado (NBR 8160). 
 
4.3. Canalizações para ventilação 
 
4.3.1. Funcionamento 
 
A rede de ventilação é extremamente importante uma vez que ao permitir a entrada de ar 
nas canalizações de esgotos sanitários, asseguram que essas funcionem como condutos 
livres, ou seja, sob pressão atmosférica, impedindo o surgimento de pressões negativas 
que poderiam romper os fechos hídricos dos desconectores instaladas nas junções das 
canalizações de esgotos secundários com esgotos primários, possibilitam que os gases 
provenientes da rede pública de esgotos sanitários, sejam lançados na atmosfera sem 
penetrar no interior das edificações. A figura 8, ilustra de maneira esquemática o 
funcionamento de uma tubulação de esgotos sanitários e a importância da rede de 
ventilação: 
- Suponhamos que seja descarregada a bacia sanitária do piso superior: 
a - O esgoto descarregado, ao penetrar no tubo de queda, funciona como um pistão 
hidráulico, comprimindo o ar abaixo. 
b - O ar comprimido exerce pressão sobre as colunas d’água que estão nos sifões. S2, 
S3, S4 – se não houvesse saída – ele tenderia a romper o fecho hídrico através do 
SIFONAMENTO POR COMPRESSÃO, permitindo a entrada de gases nos sanitários. 
Tal problema é evitado pela ligação dos ramais de ventilação à coluna de ventilação. 
c - Na parte superior, acima do pistão hidráulico, a coluna líquida ao descer tende a 
provocar vácuo parcial (fenômeno do sifonamento por aspiração que ocasionaria o 
 7 
rompimento do fecho hídrico, se não houvesse o prolongamento do tubo de queda até 
a cobertura, de modo a permitir a entrada de ar. 
 
O rompimento do fecho hídrico, também pode se dar por autosifonamento, ou seja, o 
sifonamento que pode ocorrer devido à própria descarga do aparelho, se o ramal de 
descarga for muito comprido e de pequena secção-canal. Sob pressão, surge à montante 
do volume de água deslocado, condições para que haja aspiração da água que deveria 
formar o fecho hídrico no sifão. Esse problema é evitado pela rede de ventilação, que ao 
permitir entrada de ar no sistema, evita o aparecimento de sobrepressões e subpressões. 
 
A rede de ventilação é constituída por canalizações que se iniciam próximas aos sifões e 
que terminam abertas ao exterior. Seus componentes são: 
• TUBO VENTILADOR: Canalização ascendente que permite o acesso do ar 
atmosférico na rede de esgotos, a saída de gases das canalizações e impede a 
ruptura do fecho hídrico dos desconectores. 
• TUBO VENTILADOR PRIMÁRIO: É o tubo ventilador com extremidade aberta, situada 
acima da cobertura do edifício. 
• TUBO VENTILADOR SECUNDÁRIO: É o tubo ventilador com extremidade superior 
ligada a um tubo ventilador primário, a uma coluna de ventilação ou a um outro tubo 
ventilador secundário. 
• COLUNA DE VENTILAÇÃO: Canalização vertical destinada à ventilação de sifões 
sanitários localizados em pavimentos superpostos. 
• RAMAL DE VENTILAÇÃO: É o tubo ventilador secundário ligando 2 ou mais tubos 
ventiladores individuais, a uma coluna de ventilação ou a um tubo ventilador primário. 
• TUBO VENTILADOR INDIVIDUAL: É o tubo ventilador secundário ligado ao sifão, ou 
ao ramal de descarga de um aparelho sanitário. 
• TUBO VENTILADOR DE CIRCUITO: É o tubo ventilador secundário ligado a um ramal 
de esgoto e servindo a um grupo de aparelhos, sem ventilação individual. 
• TUBO VENTILADOR SUPLEMENTAR: Canalização vertical ligando um ramal de 
esgotos ao tubo de ventilador de circuito correspondente. 
• TUBO VENTILADOR DE ALÍVIO: Tubo ventilador secundário ligando o tubo de queda 
ou ramal de esgoto ou de descarga á coluna de ventilação. 
Toda instalação predial de esgotos deve ter, no mínimo, um tubo ventilador 
primário, de diâmetro nuca inferior a 75mm. 
Todo desconector deve ser ventilado. 
Uma coluna de ventilação pode ser um tubo ventilador primário ou secundário, 
dependendo se está ligado ou não a outro tubo ventilador. Caso tenha extremidade livre, 
constitui-se em tubo ventilador primário. 
 
 8 
 
Figura 8. Representação esquemática do funcionamento de uma canalização de 
esgotos (Fonte: Foresti 1980). 
 
 
Figura 9. Terminologia. 
 
 
Figura 10. Terminologia. 
 
 9 
4.3.2. Prescrições da NBR 8160 
 
- em prédios de um só pavimento deve existir pelo menos um tubo ventilador de 
DN 100, ligado diretamente à caixa de inspeção ou em junção ao coletor 
predial, subcoletor ou ramal de descarga de um vaso sanitário e prolongado até 
acima da cobertura desse prédio. Se o prédio for residencial e tiver no máximo 
3 vasos sanitários, o tubo ventilador pode ter diâmetro nominal DN 75. 
- em prédios de dois pavimentos, os tubos de queda devem ser prolongados até 
acima da cobertura, sendo todos os desconectores (vasos sanitários, sifões e 
caixas sifonadas) providos de ventiladores individuais ligados à coluna de 
ventilação, conforme indicados nas figuras 12 e 13. 
- Nos prédios cuja instalação de esgotos sanitários já possua pelo menos um 
tubo ventilador primário de DN 100, fica dispensado o prolongamento de todo 
tubo de queda, desde que preenchidas as seguintes condições: 
 
 
Figura 12. Arranjos típicos de ventilação. 
 
 
Figura 13. Esquema vertical. 
 
 10 
a) o comprimento não exceda de ¼ da altura total do prédio, medida na altura vertical do 
tubo; 
b) não receba mais de 36 unidade HUNTER de contribuição; 
c) tenha a coluna de ventilação prolongada até a cobertura do prédio, ou em conexão 
com outra existente, respeitados os limites de TABELA 7. 
 
Toda a tubulação de ventilação deve ser instalada de modo que qualquer líquido 
que porventura nela venha ter ingresso, possa escoar-se completamente por gravidade, 
para dentro do tubo de queda, ramal de descarga ou desconector em que o ventilador tem 
origem. 
Toda a coluna de ventilação deveter diâmetro uniforme, a extremidade inferior 
ligada a um subcoletor ou a um tubo de, em ponto situado abaixo da ligação do primeiro 
ramal de esgoto ou de descarga, ou neste ramal de esgoto ou de descarga. A 
extremidade superior deve ser situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um tubo 
ventilador primário a 150mm, ou mais, acima do nível de trasbordamento da água do mais 
elevado aparelho sanitário por ele servido. 
Quando não for possível o prolongamento dos tubos ventiladores até acima da 
cobertura, pode ser utilizado um barrilete de ventilação. Esse barrilete é dimensionado 
pela soma das unidades HUNTER dos tubos de queda servidos no trecho e o 
comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de ventilação mais longe 
da extremidade aberta do barrilete, até essa extremidade. 
Todo desconector deve ser ventilado. A distância do desconector à ligação do tubo 
ventilador que o serve, não deve exceder os limites da tabela 5. 
 
TABELA 5 - DISTÂNCIA MÁXIMA DE UM SIFÃO (DESCONECTOR) AO TUBO 
VENTILADOR. 
Diâmetro nominal do ramal de descarga 
(mm) 
(DN) 
Distância máxima (m) 
40 1,00 
50 1,20 
75 1,80 
100 2,40 
 
A extremidade do tubo ventilador primário ou coluna de ventilação deve estar 
situada acima da cobertura do prédio a um a distância de no mínimo de 30cm, no caso de 
telhado ou laje simples e de 2,0m no caso de lajes utilizadas para outros fins 
(Playgrounds, áreas de recreação, etc...) devendo nesses casos, ser protegidas contra 
choques. Também não devem estar situadas a menos de 4,0m de qualquer porta, janela, 
ou outro vão de ventilação, a menos que situada a 1,0m acima das vigas dos respectivos 
vãos. 
São considerados devidamente ventilados os desconectores instalados no último 
pavimento do prédio, nas seguintes condições. 
a) o número de UHC for menor que 15; 
b) a distância entre a ligação do desconector até o tubo ventilador não exceder os limites 
da tabela 5. 
São considerados devidamente ventilados os desconectores, caixas sifonadas ou 
sifões, quando ligados a um tubo de queda que não receba efluentes de vasos sanitários 
e mictórios, observadas as distâncias indicadas na tabela 5. 
Os desconectores das caixas retentoras e caixas sinfonadas instaladas no térreo e 
ligadas ao subcoletor devidamente ventilado, são considerados ventilados. 
 11 
A extremidade superior dos ramais de ventilação, deve ser ligada a um tubo 
ventilador primário, a auma coluna de ventilação ou a outro ramal de ventilação, sempre a 
15cm ou mais acima do nível de trasbordamento da água do mais alto dos aparelhos 
servidos, conforme indicado na figura 14. 
 
 
Figura 14. Ligação do ramal de ventilação. 
 
O vaso sanitário provido de orifício para ventilação, com desconetor externo ou interno, 
deve ser ventilado individualmente. 
O vaso sanitário auto-sifonado não dispõe de orifício para ventilação, por isso deve ter o 
seu ramal de descarga ventilado individualmente, podendo essa ventilação ser 
dispensada quando houver qualquer desconector ligado a esse ramal e a 2,40m no 
máximo, do vaso sanitário e o ramal de ventilação tiver no mínimo DN 50. (figura 15) 
Os vasos sanitários autosifonados, ligados em bateria, devem ser ventilados por um tubo 
ventilador de circuito, ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre o 
último e o penúltimo vaso sanitário. Quando o número de vasos sanitários exceder a 8 há 
necessidade de ventilação suplementar, conforme indicado nas figuras 16 e 17. 
Os tubos de queda que recebem descargas de mais de 10 andares devem ser ligados à 
coluna de ventilação através de tubo ventilador de alívio, a cada dez pavimentos à contar 
do andar mais alto. 
A extremidade inferior do tubo ventilador de alívio deve ser ligada ao tubo de queda 
através de junção de 45º, colocada a 15cm, ou mais acima do nível de trasbordamento da 
água do aparelho mais alto servido pelo ramal de esgoto ou de descarga. 
Nos desvios de tubos de queda que formem ângulo maior que 45º com a vertical deve ser 
prevista outra ventilação considerando-se como se houvesse dois tubos de queda um 
acima e outro abaixo do desvio, conforme indicado na figura 18. 
Nos tubos de queda que recebem despejos de pias, tanques, máquinas de lavar e outros 
aparelhos onde são usados detergentes que provoquem a formação de espuma, deve ser 
evitada a ligação de aparelhos ou tubos ventiladores nas zonas de pressão de espuma 
indicadas na figura 19. 
 
 12 
Figura 15. Dispensa de ventilação do ramal de descarga do vaso sanitário (NBR 
8160). 
 
 
Figura 16. Ventilação em circuito (vasos autosifonados (NBR 8160). 
 
 
Figura 17. Ventilação em circuito (vasos autosifonados (NBR 8160). 
 
 
Figura 18. Desvio do tubo de queda. 
 
 
Figura 19. Zonas de pressão de espuma. 
 
 13 
4.3.3. Dimensionamento 
 
TABELA 6 - UNIDADES HUNTER DE CONTRIBUIÇÃO PARA APARELHOS NÃO 
RELACIONADOS NA TABELA 1. 
Diâmetro nominal mínimo do ramal de 
descarga (mm) 
(DN) 
Número de unidades 
HUNTER de contribuição 
40 2 
50 3 
75 5 
100 6 
 
TABELA 7 - DIMENSIONAMENTO DO RAMAL DE VENTILAÇÃO. 
Grupo de aparelhos sem 
vasos sanitários 
Grupo de aparelhos com 
vasos sanitários 
Nº de HUC DN do ramal Nº de HUC DN do ramal 
Até 12 40 Até 17 50 
13 a 18 50 18 a 60 75 
19 a 36 75 
 
TUBO VENTILADOR SUPLEMENTAR: diâmetro nominal não inferior à metade do 
diâmetro do ramal de esgotos a que estiver ligado. 
COLUNA DE VENTILAÇÃO: Tabela 7. Inclui-se no comprimento da coluna de ventilação 
o trecho do ventilador primário entre o ponto de inserção da coluna e a extremidade do 
ventilador. 
BARRILETE DE VENTILAÇÃO: Tabela 7. Pela soma das unidades HUNTER de 
contribuição dos tubos de queda servidos; 
TUBO VENTILADOR DE ALÍVIO: diâmetro nominal igual ao da coluna de ventilação a 
que estiver ligado. 
As figuras 20, 21 e 22 mostram em planta esquemas de ventilação de banheiros. 
 
 
Figura 20. Ligação com desconector (caixa sinfonada) – utilização de tubos 
ventiladores individuais. 
 
 
Figura 21. Ventilação em circuito (Obs.: o ralo sifonado tem ventilação individual). 
 
 14 
 
Figura 22. Ligação com desconector – ventilação em circuito. (Esquema 
comumente utilizado em apartamentos). 
 
4.4. Órgãos acessórios 
 
São órgãos acessórios as caixas retentoras de gordura, as caixas de passagem e as 
caixas e peças de inspeção. 
 
4.4.1. Caixas retentoras de gordura 
 
É recomendado por norma o uso de caixas retentoras de gordura nos esgotos sanitários 
que contiverem resíduos de gorduras provenientes de pias de copas e cozinhas, devendo 
ser instaladas em locais de fácil acesso e boas condições de ventilação. 
As caixas de gordura podem ser: pequenas (CGP), simples (CGS), duplas (CGD) e 
especiais (CGE). Os componentes e dimensões das 3 primeiras estão indicados na figura 
23. As especiais devem ter as seguintes características: 
- distância mínima entre o septo e a saída: 20cm; 
- parte submersa do septo: 40cm; 
- altura molhada: 60cm; 
- diâmetro nominal da tubulação de saída: 100mm 
- volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula; V = 2 N + 20 
sendo: 
N = número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura 
V = volume em litros. 
 
Deve existir pelo menos uma caixa de gordura simples para a coleta dos resíduos 
gordurosos de uma ou até duas cozinhas. Havendo mais de duas e até doze cozinhas, 
deve ser utilizada a caixa de gordura dupla. Acima de doze cozinhas, ou ainda para 
cozinhas de restaurantes, escolas, hospitais quartéis, etc..., devem ser utilizadas caixas 
de gordura especiais. 
 
As pias de cozinha instaladas superpostas em vários pavimentos devem descarregar em 
tubos de queda que conduzam os esgotos para caixas retentoras de gordura coletivas, 
sendo vetadoneste caso o uso de caixas retentoras de gordura individuais nos andares. 
 
4.4.2. Elementos de inspeção 
 
As tubulações embutidas ou não, devem ser acessíveis por intermédio de caixas de 
inspeção ou peças especiais de inspeção, a NBR 8160 estabelece: 
- Na deflexão entre dois elementos de inspeção deve ser usada curva longa com 
ângulo central não superior a 90º, desde que não seja possível a instalação de 
outro elemento de inspeção; 
- Os sifões devem ser visitáveis ou inspecionáveis, na parte correspondente ao 
fecho hídrico, por meio de bujões ou outro meio de fácil remoção; 
- As desobstruções e limpezas dos coletores prediais, subcoletores e ramais de 
esgotos e de descarga devem ser feitas através de caixas de inspeção, 
 15 
dependendo seu número e localização, das condições locais e do traçado 
dessas tubulações; 
- A distância entre caixas de inspeção, poços de visita ou peças de inspeção não 
deve ser superior a 25m; 
- A distância entre a ligação do coletor predial com o coletor público e a caixa de 
inspeção, poço de visita ou peça de inspeção mais próxima, não deve ser 
superior a 25m; 
- Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgotos de vasos 
sanitários, caixas retentoras e caixas sinfonadas, medidos entre os mesmos e 
as caixas de inspeção, não devem ser maiores que 10m. Quando as caixas de 
inspeção, poços de visita, caixas retentoras ou caixas sifonadas se localizarem 
em áreas internas ou poços de ventilação de prédios, essas áreas ou poços 
devem ser providos de janelas, que permitam fácil acesso aqueles dispositivos; 
- Não devem ser colocados caixas de inspeção ou poços de visita em locais 
pertencentes a uma unidade autônoma, quando os mesmos recebem a 
contribuição de despejos de outras unidades autônomas; 
- As tampas das caixas de inspeção, dos tubos operculados, dos bujões e das 
caixas retentoras devem ficar completamente livres, de modo que não haja 
necessidade de remover qualquer impecilho para a sua pronta abertura. 
- 
 
Figura 23. Caixa de gordura normatizada (Fonte: Belinazo 1986). 
 
4.4.2.1. Caixas de inspeção 
 
Devem ser feitas de concreto, alvenaria ou cimento-amianto e ter: 
a) forma retangular, com 0,60m x 0,60m, no mínimo, ou circular, com diâmetro de 0,60m, 
no mínimo, até a profundidade máxima de 1,00m; 
b) tampa de material resistente e facilmente removível, permitindo perfeita vedação. É 
recomendável que sejam dotadas de tampa de ferro fundido do tipo leve para locais 
com trânsito apenas de pedestres e do tipo pesado em locais onde há trânsito de 
veículos; 
c) fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar a formação de 
depósitos. 
 16 
d) Em prédios com mais de cinco pavimentos as caixas de inspeção não devem ser 
instaladas a menos de dois metros de distância dos tubos de queda que contribuem 
para as mesmas. 
 
4.4.2.2. Caixas de passagem (Figura 24) 
 
As caixas de passagem devem ter as seguintes características: 
a) quando cilíndricas devem ter o diâmetro mínimo de 15cm e quando prismáticas 
permitir, na base, a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 15cm; 
b) ser provida de grelha ou tampa cega; 
c) ter altura mínima de 10cm; 
d) ter tubulação de saída dimensionada em função do ramal de esgoto correspondente; 
As caixas de passagem não podem ser usadas para receber despejos fecais; 
As caixas de passagem que recebam efluentes de pias de cozinha ou mictórios devem 
ser providas de tampa hermética. No caso de servirem a mictórios devem ser de 
material não atacável pela urina. 
 
4.4.2.3. Poços de visita (figura 25) 
 
Os poços de visita devem ter: 
a) profundidade maior que 1m; 
b) forma prismática de base quadrada ou retangular com as dimensões internas de 
1,10m de lado mínimo ou cilíndrica com diâmetro mínimo de 1,10m; 
c) degraus que permitam o acesso ao seu interior; 
d) tampa removível que garanta perfeita vedação; 
e) fundo constituído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar depósitos; 
f) duas partes constituídas pela câmara de trabalho e pela câmara de acesso ou 
chaminé de acesso; 
g) câmara de acesso com diâmetro interno mínimo de 60cm; 
Para dimensionamento e detalhes dos poços de visitas, devem ser seguidas as 
normas brasileiras relativas ao assunto. 
 
 
Figura 24. Caixa de passagem ou inspeção modelo Casa Sano S.A. (fonte Macintyre, 
1988). 
 
 17 
 
Figura 25. Poço de visita (fonte Macintyre, 1988). 
 
4.4.2.4. Tubos operculados 
 
Os tubos operculados devem ser instalados junto às curvas dos tubos de queda todas as 
vezes que elas forem inatingíveis pelas varas de limpeza introduzidas pelas caixas de 
inspeção ou outras peças de inspeção. 
Devem ter as seguintes características: 
a) Abertura suficiente para permitir as desobstruções com a utilização de instrumentos 
manuais e mecânicos de limpeza; 
b) Ter tampa hermética; 
 
 
Figura 26. Tubo radial com inspeção grande (Barbará). 
 
4.4.3. Caixa coletora 
 
Quando não for possível que os efluentes sejam lançados, por gravidade, no coletor 
público, reúne-se esses despejos numa caixa coletora, para posterior recalque através de 
conjuntos elevatórios, até a cota favorável ao lançamento por gravidade. 
A caixa coletora deve ser: impermeabilizada e ventilada, e ter: 
 
a) sistema de recalque próprio, de acionamento automático, para elevar o esgoto 
recolhido até uma caixa de inspeção de onde possa ser retirado por gravidade. Deve 
ser previsto um conjunto elevatório de reserva; 
b) ter fundo inclinado e tampa com fechamento hermético. 
c) Ter tubo ventilador próprio. 
 
Capacidade calculada de modo a evitar a freqüência exagerada de partidas e 
paradas das bombas e a ocorrência de estado séptico. (Prever casos de emergência). 
Instalação elevatória com uma unidade de reserva. 
 
 18 
 
5. Traçado das instalações de esgoto e ventilação 
 
5.1. Princípios Básicos.. 
 
a) Toda mudança de direção deve ser executada de maneira correta, através da 
utilização de conexões ou caixas de passagem. 
b) Projeto completo das instalações: plantas nas escalas 1:100 ou 1:50; detalhes (1;20); 
esquema vertical (1:50) 
c) As canalizações embutidas não devem estar solidárias às peças estruturais de 
edifício (descida dos tubos de queda próximo aos pilares). 
 
5.2. Espaço físico para a passagem das tubulações verticais e horizontais (Fonte: 
Belinazo, 1986) 
 
5.2.1. Tubulações verticais no prédio 
 Deve-se prever traçados os mais retos possíveis e espaços adequados tais como: 
- embutidas na parede 
- em colunas falsas 
- em paredes falsas 
- outras 
 
a) paredes com tubulações embutidas 
- Vantagens: 
Se as paredes tem função estrutural, então as vigas, se existirem serão só de amarração 
e não serão prejudicadas com a passagem das tubulações. 
- Desvantagens: 
Se existirem vigas com função estrutural, só podem ser atravessadas se for previsto no 
projeto estrutural; 
Se existir viga de 15cm ou menores, com função estrutural, não podem ser atravessadas 
pelas tubulações; 
 
b) colunas falsas 
- Vantagens: 
Solução boa, porque a tubulação não necessita atravessar a estrutura do edifício; 
Facilita a manutenção, principalmente quando a coluna falsa for removível; 
As tubulações podem ser fixadas em apenas alguns pontos, permitindo liberdade e 
movimentos em relação a estrutura. 
- Desvantagem: 
Podem prejudicar a estética da dependência. 
 
c) Paredes falsas 
- Vantagens: 
Favorece a estética da dependência; 
Favorece a descida de outras tubulações; 
- Desvantagem: 
Podem reduzir área, o que nem sempre é possível de ser admitido. 
 
5.2.2. Tubulações horizontais nas dependências 
 
 Deve-se prever declividades e espaços adequados tais como: 
- lajes rebaixadas com piso normal; 
 19 
- lajes normais compiso elevado; 
- lajes normais com forro rebaixado. 
 
a) Lajes rebaixadas e piso normal ou lajes normais e pisos elevados; 
- Vantagens: 
Mais confortável para executar a instalação, apoiada sobre a laje; 
As instalações ficam dentro da dependência da propriedade; 
- Desvantagens: 
Se ocorrerem vazamentos é necessário demolir parte do piso da dependência, 
acarretando transtornos e custos adicionais; 
Maior custo de construção da laje rebaixada; 
b) Laje normal e forro rebaixado: 
- Vantagens: 
Facilidade de solução de problemas de vazamentos, através da retirada do forro; 
Maior economia na construção da laje. 
- Desvantagem: 
Maior dificuldade de execução 
As tubulações ficam dentro da dependência da propriedade do vizinho, prejudicado em 
caso de vazamento. 
 
5.3. Seqüência de passos a serem seguidos no traçado de instalações prediais de 
esgoto 
 
1) Localização do tubo de queda – próximo a projeção do pilar ou parede do térreo 
(Figura 27) 
2) Ligação da saída da bacia sanitária com o tubo de queda – a mais direta possível 
(Figura 28) 
3) Ligação da caixa sifonada e ligação ao ramal de esgotos (Figura 26) 
4) Caixa sifonada com grelha – aspectos estéticos. 
Caixa sifonada com tampa cega – qualquer lugar 
Ligação dos ramais de descarga à caixa sifonada – Caixa sifonada normal – 8 
aberturas (7 entradas e uma saída). (Figura 28) 
5) Ligação de tubo ventilador ao ramal de esgotos e a coluna de ventilação (Figura 27) 
Todo o sifão deve ser ventilado. A distância entre o tubo ventilador e o sifão não deve 
ultrapassar aos valores da Tabela 5. 
 
Ligação entre uma canalização de esgotos horizontal e o tubo ventilador deve ser 
efetuada acima do eixo da mesma, elevando-se o Tubo Ventilador verticalmente ou com 
desvio máximo de 45º de vertical, até 15cm acima do nível máximo da água no mais alto 
dos aparelhos servidos antes de desenvolver-se horizontalmente ou ligar-se a outro tubo 
ventilador. 
Geralmente, os ramais de descarga de pias de cozinha são ligados aos trechos do tubo 
de queda, acima do piso, utilizando-se sifão individual (desaconselhável o uso de caixa 
com grelha). 
- É desaconselhável a colocação de sifão em ramais de descarga de máquinas 
de lavar roupa. Usualmente os efluentes desse aparelho são lançados dentro 
do tanque de lavar ou de caixa sifonada aberta. 
- Consideram-se devidamente ventilados os desconectores de pias, lavatórios e 
tanques, quando ligados a um tubo de queda que não receba efluentes de 
bacias sanitárias e mictórios, observadas as distâncias indicadas na tabela 5. 
 
 20 
 
Figura 27. 
 
 
Figura 28. 
 
 
Figura 29. Ligação do tubo ventilador ao ramal de esgotos e à coluna de ventilação. 
 
 
6. Detalhes das instalações 
 
 
Figura 30. (Fonte Brasilit). 
 
 21 
 
Figura 31. (Fonte Brasilit). 
 
 
Figura 32. (Fonte Brasilit). 
 
 22 
 
Figura 33. (Fonte Brasilit). 
 
 
Figura 34. (Fonte Tigre). 
 
 23 
 
Figura 35. (Fonte Tigre). 
 
 
Figura 36. (Fonte Tigre). 
 
 24 
 
Figura 37. (Fonte Belinazo. 1986). 
 
 
Figura 38. (Fonte Belinazo. 1986). 
 
 25 
 
Figura 39. (Fonte Belinazo. 1986). 
 
 
Figura 59. (Fonte. Belinazo. 1986). 
 
 26 
 
Figura 60. (Fonte belinazo. 1986). 
 
 
Figura 58. (Fonte Belinazo. 1986). 
 
 
 27 
TABELA 8 - DIMENSIONAMENTO DE COLUNAS E BARRILETES DE VENTILAÇÃO 
Diâmetro mínimo do tubo de ventilação 
40 50 75 100 150 200 250 300 
Diâmetro 
nominal 
do tubo e 
queda ou do 
ramal 
do esgoto 
Número de 
unidades 
HUNTER de 
contribuição 
Comprimento máximo permitido 
(m) 
40 8 46 
40 10 30 
50 12 23 61 
50 20 15 46 
75 10 13 46 317 
75 21 10 33 247 
75 53 8 29 207 
75 102 8 26 189 
100 43 11 76 299 
100 140 8 61 229 
100 320 7 52 195 
100 530 6 46 177 
150 500 10 40 305 
150 1100 8 31 238 
150 2000 7 26 201 
150 2900 6 23 183 
200 1800 10 73 286 
200 3400 7 57 219 
200 5600 6 49 186 
200 7600 5 43 171 
250 4000 24 94 293 
250 7200 18 73 225 
250 11000 16 60 192 
250 15000 14 55 174 
300 7300 9 37 116 287 
300 13000 7 29 90 219 
300 20000 6 24 76 186 
300 26000 5 22 70 152 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
Tratamento de Esgotos por Sistemas Simplificados 
 
 
6. Tanque Séptico 
 
O uso do sistema de tanque séptico somente é indicado para: 
a) Área desprovida de rede pública coletora de esgoto; 
b) Alternativa de tratamento de esgoto em áreas providas de rede coletora local; 
c) Retenção prévia dos sólidos sedimentáveis, quando da utilização de rede coletora com 
diâmetro e/ou declividade reduzidos para transporte de efluente livre de sólidos 
sedimentáveis. 
 
O sistema em funcionamento deve preservar a qualidade das águas superficiais e 
subterrâneas, mediante estrita observância das restrições da NBR 7229/1993, relativas à 
estanqueidade e distâncias. 
 
É vedado o encaminhamento ao tanque séptico de: 
a) Águas pluviais; 
b) Despejos capazes de causar interferência negativa em qualquer fase do processo de 
tratamento ou a elevação excessiva da vazão do esgoto afluente, como os 
provenientes de piscinas e de lavagem de reservatórios de água. 
 
Os sistemas de tanques sépticos devem ser projetados de forma completa, 
incluindo disposição final para efluente e lodo, bem como, sempre que necessário, 
tratamento complementar destes conforme a NBR 13969/1997. 
 
6.1 Terminologia (NBR 7229/1993) 
 
Dispositivo de entrada: dispositivo interno destinado a orientar a entrada do esgoto no 
tanque séptico, prevenindo sua saída em curto-circuito. 
 
Dispositivo de saída: dispositivo interno destinado a orientar a saída do efluente do 
tanque séptico, prevenindo sua saída em curto-circuito, e a reter escuma. 
 
Efluente: parcela líquida que sai de qualquer unidade de tratamento. 
 
Escuma: matéria graxa e sólidos em mistura com gases, que flutuam no líquido em 
tratamento. 
 
Lodo: material acumulado na zona de digestão do tanque séptico, por sedimentação de 
partículas sólidas suspensas no esgoto. 
 
Lodo digerido: lodo estabilizado por processo de digestão. 
 
Lodo fresco: lodo instável, em início de processo de digestão. 
 
Sedimentação: processo em que, por gravidade, sólidos em suspensão se separam do 
líquido que os continha. 
 
 29 
Tanque séptico: unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para 
tratamento de esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão (Figura 6.1 e 
6.2). 
 
 
Figura 6.1. Funcionamento geral de um tanque séptico. 
 
 
Figura 6.2. Sistema de tanque séptico - Esquema geral. 
 
Reator biológico: unidade que concentra microorganismos e onde ocorrem as reações 
bioquímicas responsáveis pela remoção dos componentes poluentes do esgoto. 
 
Filtro anaeróbio de leito fixo com fluxo ascendente; filtro anaeróbio: reator biológico 
com esgoto em fluxo ascendente, composto de uma câmara inferior vazia e uma câmara 
superior preenchida de meio filtrante submersos, onde atuam microorganismos 
facultativos e anaeróbios, responsáveis pela estabilização da matéria orgânica. 
 
Filtro aeróbio submerso; filtro aeróbio: reator biológico composto de câmara reatora 
contendo meio filtrante submerso, basicamente aeróbia, onde ocorre a depuração do 
 30 
esgoto, e a câmara de sedimentação, onde os flocos biológicos são sedimentados e 
retornados para a câmara reatora. 
 
Lodo ativado por batelada, [LAB]: Processo de tratamento essencialmente aeróbio, 
onde as etapas de depuração e a separação dos flocos biológicos são realizadas em um 
mesmo tanque,intermitentemente. 
 
Vala de filtração: vala escavada no solo, preenchida com meios filtrantes e provida de 
tubos de distribuição de esgoto e de coleta de efluente filtrado, destinada à remoção de 
poluentes através de ações físicas e biológicas sob condições essencialmente aeróbias. 
 
Filtro de areia: tanque preenchido de areia e outros meios filtrantes, com fundo drenante 
e com esgoto em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto por ação 
biológica quanto física. 
 
Escoamento superficial: tratamento complementar ou disposição final que consiste no 
escoamento do esgoto na superfície do solo de pequena declividade e com vegetação, 
com emprego ou não de sulcos no solo. 
 
Desidratação de lodos: processos naturais ou mecânicos, através dos quais se reduz o 
conteúdo líquido do lodo, para posterior disposição final. 
 
Leito de secagem: unidade destinada à desidratação de lodo removido, por processo 
natural de evaporação e infiltração, contendo dispositivo de drenagem do líquido. 
 
Vala de infiltração: vala escavada no solo, destinada à depuração e disposição final do 
esgoto na subsuperfície do solo sob condição essencialmente aeróbia, contendo 
tubulação de distribuição e meios de filtração no seu interior. 
 
Canteiro de infiltração e evapotranspiração: canteiro artificial de solo, destinado ao 
tratamento e à disposição final de esgoto, onde se permite a infiltração e 
evapotranspiração da parte líquida do esgoto. 
 
Poço absorvente; sumidouro: poço escavado no solo, destinado à depuração e 
disposição final do esgoto no nível subsuperficial. 
 
Reuso local de esgoto tratado: utilização local do esgoto tratado para diversas 
finalidades, exceto para o consumo humano. 
 
 
 31 
Figura 6.3. Exemplos de esquemas alternativos do sistema local de tratamento de 
esgotos. Com disposição no corpo recpetor/reuso. 
 
Figura 6.4. Exemplos de esquemas alternativos do sistema local de tratamento de 
esgotos. Com disposição final no solo/evaportranspiração. 
 
6.2 Condições Específicas 
 
Os tanques sépticos devem observar a seguintes distâncias horizontais mínimas: 
a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e ramal 
predial de água; 
b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água; 
c) 15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza. 
 
Os materiais empregados na execução dos tanques sépticos, tampões de 
fechamento e dispositivo internos devem atender às seguintes exigências: 
a) Resistência mecânica adequada às solicitações a que cada componente seja 
submetido; 
b) Resistência ao ataque químico de substâncias contidas no esgoto afluente ou geradas 
no processo de digestão. 
 
No cálculo da contribuição de despejos, deve ser considerado o seguinte: 
a) Número de pessoas a serem atendidas; 
b) 80% do consumo local de água. Em casos plenamente justificados, podem ser 
adotados percentuais diferentes de 80% e, na falta de dados locais relativos ao 
consumo, são adotadas as vazões e contribuições constantes na Tabela 6.1. 
c) Nos prédios em que haja, simultaneamente, ocupante permanentes e temporários, a 
vazão total de contribuição resulta da soma das vazões correspondentes a cada tipo 
de ocupante. 
 
Os tanques sépticos devem ser projetados para períodos mínimos de detenção, 
conforme Tabela 6.2. 
 
A contribuição de lodo fresco é estimada conforme a Tabela 6.1. Para os casos de 
esgotos não-domésticos, a contribuição deve ser fixada a partir de observações de campo 
ou em laboratório, pelos indicadores menos favoráveis. 
 
 32 
A taxa de acumulação total de lodo, em dias, é obtida em função de: 
a) Volumes de lodo digerido e em digestão, produzidos por cada usuário, em litros; 
b) Faixas de temperatura ambiente (média do mês mais frio, em graus Celsius); 
c) Intervalo entre limpezas, em anos. 
As taxas resultantes são as da Tabela 6.3. Para acumulação em períodos 
superiores a cinco anos, devem ser estudadas as condições particulares de contribuição, 
acumulação e adensamento do lodo em cada caso. 
 
O volume útil total do tanque séptico deve ser calculado pela fórmula: 
( )LfKTCNV ⋅+⋅+= 1000
 Equação 6.1 
 
onde: V = volume útil (L); N = número de pessoas ou unidades de contribuição; C = 
contribuição de despejos (L/pessoa.dia ou L/unidade.dia), Tabela 6.1; T = período de 
detenção (dias), Tabela 6.2; K = taxa de acumulação de lodo digerido (dias), 
equivalente ao tempo de acumulação de lodo fresco, Tabela 6.3; Lf = contribuição 
de lodo fresco (L/pessoa.dia ou L/unidade.dia), Tabela 5.1. 
 
Tabela 6.1. Contribuição diária de esgoto e de lodo fresco por tipo de prédio e de ocupante. (Unid.: L). 
Prédio Unidade Contribuição de Esgotos (C) e Lodo fresco (Lf) 
1 – Ocupantes permanentes 
- Residências 
Padrão alto Pessoa 160 1 
Padrão médio Pessoa 130 1 
Padrão baixo Pessoa 100 1 
- Hotel(exceto lavanderia e cozinha) Pessoa 10 1 
- Alojamentos provisórios Pessoa 80 1 
2 – Ocupantes temporários 
- Fábrica em geral Pessoa 70 0,30 
- Escritórios Pessoa 50 0,20 
- Edifícios públicos ou comerciais Pessoa 50 0,20 
- Escolas (externatos) e 
locais de longa permanência Pessoa 50 0,20 
- Bares Pessoa 6 0,10 
- Restaurantes e similares Refeição 25 0,10 
- Cinemas, teatros e 
locais de curta permanência Lugar 2 0,02 
- Sanitários públicos Bacia sanitária 480 4,0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 33 
Tabela 6.2. Período de detenção dos 
despejos, por faixa de contribuição 
diária. 
Tabela 6.3. Taxa de acumulação total de lodo 
(K), em dias, por intervalo entre limpezas e 
temperatura do mês mais frio. 
Tempo de 
detenção Contribuição diária (L) Dias Horas 
Valores de K por faixa de 
temperatura ambiente (t), 
em oC. 
Até 1500 1,00 24 
Intervalo 
entre 
Limpezas 
(anos) t ≤ 10 10 ≤ t ≤ 20 t > 20 
De 1501 a 3000 0,92 22 1 94 65 57 
De 3001 a 4500 0,83 20 2 134 105 97 
De 4501 a 6000 0,75 18 3 174 145 137 
De 6001 a 7500 0,67 16 4 214 185 177 
De 7501 a 9000 0,58 14 5 254 225 217 
Mais que 9000 0,50 12 
 
Os tanques sépticos podem ser cilíndricos ou prismáticos retangulares. Os 
cilíndricos são empregados em situações onde se pretende minimizar a área útil em favor 
da profundidade; os prismáticos retangulares, nos casos em que sejam desejáveis maior 
área horizontal e menor profundidade. 
 
As medidas internas dos tanques devem observar o que segue: 
a) Profundidade útil: varia entre os valores mínimos e máximos recomendados na Tabela 
5.4, de acordo com o volume útil obtido da Equação 6.1. 
b) Diâmetro interno mínimo: 1,10m; 
c) Largura interna mínima: 0,80m; 
d) Relação comprimento/largura(p/ tanques prismáticos retangulares): mínimo 2:1; 
máximo: 4:1. 
 
Tabela 6.4. Profundidade útil mínima e máxima, por faixa de volume útil. 
Volume útil (m³) Profundidade útil mínima (m) Profundidade útil máxima (m) 
Até 6,0 1,20 2,20 
De 6,0 a 10,0 1,50 2,50 
Mais que 10,0 1,80 2,80 
 
O emprego de câmaras múltiplas em série é recomendado especialmente para os 
tanques de volume pequeno a médio, servindo até 30 pessoas. Para observância de 
melhor desempenho quando à qualidade dos efluentes, recomendam-se os seguintes 
números de câmaras: 
a) Tanques cilíndricos: 3 câmaras em série; 
b) Tanques prismáticos retangulares: 2 câmaras em série. 
 
As câmaras devem comunicar-se mediante aberturas com área equivalente a 5% 
da seção vertical útil do tanque do plano de separação entre elas. 
 
As aberturas de inspeção dos tanques sépticos devem ter número e disposição tais 
que permitam a remoção do lodo e da escuma acumulados, assim como a desobstrução 
dos dispositivos internos. 
 
Os tanques sépticos e respectivos tampões devem ser resistentes a solicitações de 
cargas horizontais e verticais, emdimensões suficientes para garantir a estabilidade. 
 
 34 
6.3 Filtro Anaeróbio 
 
Todo processo anaeróbio é bastante afetado pela variação de temperatura do 
esgoto; sua aplicação deve ser feita de modo criterioso. O processo é eficiente na 
redução de cargas orgânicas elevadas, desde que as outras condições sejam 
satisfatórias. Os efluentes do filtro anaeróbio podem exalar odores e ter cor escura. 
 
6.3.1 Dimensionamento 
 
O volume útil do leito filtrante (Vu), em litros, é obtido pela equação: 
NCTVu 6,1=
 Equação 6.2 
 
onde: N = número de contribuintes; C = contribuição de despejos (L/habitante.dia), 
Tabela 6.1; T = tempo de detenção hidráulica (dias), Tabela 6.2. O volume útil mínimo do 
leito filtrante deve ser de 1000 L. 
 
A altura do fundo falso deve ser limitada a 0,60 m, já incluindo a espessura da laje. 
Construção do fundo falso: no caso de haver dificuldades de construção de fundo falso, 
todo o volume do leito pode ser preenchido por meio filtrante. Nesse caso, o esgoto 
afluente deve ser introduzido até o fundo, a partir do qual é distribuído sobre todo o fundo 
do filtro através de tubos perfurados (Figuras 5.5 e 5.6). 
 
A altura total do filtro anaeróbio, em metros (Figura 6.8), é obtida pela equação: 
21 hhhH ++=
 Equação 6.3 
onde: H = altura total interna do filtro anaeróbio; h = altura total do leito filtrante (≤ 
1,20 m); h1 = altura da calha coletora; h2 = altura sobressalente (variável). 
 
A distribuição de esgoto afluente no fundo do filtro anaeróbio deve ser feita: 
Através de tubos verticais com bocais perpendiculares ao fundo plano, com uma 
distância entre aqueles de 0,30 m (Figura 6.8); a área do fundo do filtro a ser abrangida 
por cada bocal de distribuição deve ser inferior a 3,0 m 2; 
Através de tubos perfurados (de PVC ou de con-creto), instalados sobre o fundo 
inclinado do filtro (Figuras 6.5, 6.6 e 6.7). 
 
O material filtrante para filtro anaeróbio deve ser especificado como a seguir: 
Brita, peças de plástico (em anéis ou estruturados) ou outros materiais resistentes 
ao meio agressivo. No caso de brita, utilizar a nº 4 ou nº 5, com as dimensões mais 
uniformes possíveis. Não deve ser permitida a mistura de pedras com dimensões 
distintas, a não ser em camadas separadas, para não causar a obstrução precoce do 
filtro; 
A área específica do material filtrante não deve ser considerada como parâmetro 
na escolha do material filtrante. 
 
O filtro anaeróbio pode ser construído em concreto armado, plástico de alta 
resistência ou em fibra de vidro de alta resistência, de modo a não permitir a infiltração da 
água externa à zona reatora do filtro e vice-versa. Quando instalado no local onde há 
trânsito de pessoas ou carros, o cálculo estrutural deve levar em consideração aquelas 
cargas. No caso de filtros abertos sem a cobertura de laje, somente são admitidas águas 
 35 
de chuva sobre a superfície do filtro. Quando instalado na área de alto nível aqüífero, 
deve ser prevista aba de estabilização. 
 
 
 
Figura 6.5. Filtro anaeróbio tipo retangular totalmente enchido de britas. 
 
 36 
 
 
Figura 6.6. Filtro anaeróbio tipo circular totalmente enchido de britas. 
 
Figura 6.7. Detalhe do tubo de distribuição de esgoto. 
 37 
 
 
 
Figura 6.8. Filtro anaeróbio tipo circular com entrada única de esgoto.

Outros materiais