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Tutela: Entenda o Conceito e as Espécies

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TUTELA 
 
A tutela está prevista nos artigos 36 a 38 do ECA, e 1.728 e seguintes, do Código Civil. 
Consiste em um encargo de caráter assistencial, que tem por objetivo suprir a falta de 
representação legal, substituindo assim o poder familiar, em se tratando de menor de 18 
anos. 
 
Cabe destacar que a administração dos bens do tutelado não pode prevalecer à criação e à 
educação deste. Esta administração é uma importante atribuição da tutela, mas não é 
única. 
 
A tutela, apesar de englobar a guarda, não se confunde com ela. A tutela confere ao tutor 
plenos poderes de representação, em virtude da destituição ou suspensão do poder familiar 
ou ausência dos pais, o que não ocorre na guarda, que pode coexistir com o poder familiar. 
As hipóteses que ensejam a tutela são: 
 
- pais falecidos ou ausentes (com declaração de ausência, senão a medida correta é a 
guarda); 
 
- pais suspensos ou destituídos do poder familiar. 
 
Cessa a condição de tutelado: 
- com a maioridade ou a emancipação; 
- caso a criança ou adolescente volte a estar sob o poder familiar, no caso de 
reconhecimento da filiação ou adoção. 
 
Cessam as funções do tutor: 
- ao expirar o termo de tutela; 
- ao sobrevir escusa legítima (vide artigo 1.736 do Código Civil); 
- ao ser removido. 
 
Apesar de não coexistir com o poder familiar, a tutela não defere direito sucessório ao 
tutelado em caso de falecimento do tutor. Este direito permanece em relação aos pais, pois 
a suspensão ou a destituição do poder familiar não extingue o vínculo sucessória. 
O tutor possui os deveres previstos nos artigos 1.740, 1.747, 1.748 e 1.755, todos do 
Código Civil. 
 
As espécies de tutela são: 
- tutela testamentária - art. 1.729 e § único, Código Civil: quando os pais nomeiam tutor, 
conjuntamente, através de testamento. Porém, na apreciação do pedido, serão observados 
os requisitos previstos nos arts. 28 e 29 do ECA, somente sendo deferida a tutela à pessoa 
indicada na disposição de última vontade, se restar comprovado que a medida é vantajosa 
ao tutelando e que não existe outra pessoa em melhores condições de assumí-la; 
- tutela legítima – art. 1.731, Código Civil: na falta de nomeação pelos pais, a nomeação 
pode ser feita judicialmente, dentre os parentes consangüíneos; 
- tutela dativa – art. 1.732, Código Civil: tem caráter subsidiário, e será cabível na falta do 
exercício das possibilidades anteriores. Trata-se da nomeação judicial de tutor estranho, 
idôneo e residente no domicílio do tutelado. 
 
A lei 12010/09 realizou duas alterações nos dispositivos relacionados à tutela. Uma das 
alterações foi apenas para adequar o ECA ao Novo Código Civil, estabelecendo o limite 
etário no art. 36, estabelecendo que o tutelado deverá ter até 18 anos incompletos. A 
segunda alteração diz respeito à extinção da antiga especialização de hipoteca, prevista 
antigamente no art. 37, que atualmente prevê um novo prazo para que o tutor 
testamentário ingresse em juízo com pedido de controle judicial do ato.

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