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161 CAD 01 UUNNIIDDAADDEE 44 OOPPEERR AAÇÇ ÃÃOO EE MM AANNUUTTEENNÇÇÃÃOO DDEE CC AALLDDEEIIRR AASS NN ee ss ttaa uunn ii ddaa dd ee ,, vvoo ccêê vvaa ii :: � Especificar sobre as fases de condução de uma caldeira. � Descrever sobre a preparação. � Descrever sobre acendimento e comunicação � Especificar sobre a inspeção periódica das caldeiras segundo legislação em vigor. E ainda: Aprender que os três períodos ou fases de condução de uma caldeira são: preparação, acendimento e comunicação. E, portanto, estudando o assunto você saberá descrever sobre cada uma destas fases e suas peculiaridades. Não desanime. Mantenha o entusiasmo. 44 .. 11 OOPPEE RR AAÇÇ ÕÕ EE SS DDEE PP RREEPP AARR AAÇÇ ÃÃ OO ,, AACC EE NN DD II MMEE NNTT OO EE CC OO MMUU NN II CC AAÇÇ ÃÃ OO DD EE UU MM AA CC AALL DD EE II RR AA Os controles automáticos têm a função de manter as variáveis do processo de geração de vapor dentro das faixas recomendadas, cabendo aos operadores e técnicos as funções de supervisão geral dos controles e da tarefa mais difícil e intelectual que é operar otimizadamente e com segurança, evitando interrupções ou contornando situações de emergência. As intervenções do pessoal responsável em quaisquer das etapas descritas exigem bons conhecimentos de caldeiras porque, por serem equipamentos perigosos, o risco toma-se muito grande quando operados por pessoas inabilitadas. Esse risco é de tal ordem, que existe até legislação própria para habilitação: a NR-13 do Ministério do Trabalho, que será abordada no capítulo 8. 162 As estatísticas internacionais demonstram que as ocasiões de maior risco de acidentes com caldeiras são as de partida e parada. Os procedimentos descritos nesse item servem como referência geral e, depois de adaptados à sua caldeira específica, devem ser seguidos rigorosamente. A vida do equipamento ou a sua própria podem depender disso. PPaarraa ooffeerreecceerrmmooss aaoo aalluunnoo uummaa ccoonnddiiççããoo pprróóxxiimmaa àà rreeaall,, mmoossttrraarreemmooss ooss pprroocceeddiimmeennttooss ddaass iinnssttaallaaççõõeess ddoo VVLLCCCC ddoo ttiippoo ““CCaaiirruu"".. NNeessssaa ppllaannttaa,, oo vvaappoorr ssuuppeerraaqquueecciiddoo ssaaii ddaa ccaallddeeiirraa aa pprreessssããoo ddee 6611 KKgg//ccmm22 ee 551155°°CC.. AAllgguunnss ddeettaallhheess rreeffeerreenntteess ààss ppaarrttiiccuullaarriiddaaddeess ddooss eeqquuiippaammeennttooss ffoorraamm oommiittiiddooss ppaarraa qquuee pprriioorriizzeemmooss aa ooppeerraaççããoo.. Imaginemos a princípio que o navio esteja na condição de "apagado". Isso significa, em linguagem "marítima", que ele encontra-se com o sistema de força e luz sendo alimentado pelo diesel gerador de emergência, e com a planta de vapor totalmente a zero, ou seja, fora de linha. Assim, para que se inicie a operação de pôr a planta de vapor em funcionamento, o que denominamos a bordo de "acender o navio", é necessário que uma seqüência pré-estabelecida de procedimentos e cuidados sejam observados, para que nenhum problema de ordem operacional venha ocorrer, tanto do ponto de vista de segurança do pessoal como da instalação. Ao se iniciar uma operação de acendimento, a escolha da caldeira a ser preparada fica a critério do chefe responsável pela instalação, levando-se em conta a disponibilidade do equipamento, principalmente com relação a reparos eventuais. Neste caso, em particular, tomaremos por base a caldeira de boreste para início da operação de acendimento. 44 .. 11 .. 11 PPrree pp aarr aaçç ãã oo Nas caldeiras de combustível liquido, todos os dispositivos para combustão (bombas de óleo, ignição, etc.), bombas d'água e os sistemas de bloqueio e alarme, estão ligados a um painel de comando e a um programador. Embora automáticos, estes dispositivos podem vir a falhar, reforçando a importância da norma que adverte o operador a não abandonar o seu posto de trabalho. 44 .. 11 .. 11 .. 11 PP aa rr tt ii ddaa aa FF rr ii oo Antes de qualquer procedimento, os seguintes itens devem ser observados: 1 − o diesel gerador de emergência está em funcionamento fornecendo energia para todos os equipamentos elétricos; 2 − os tanques de armazenamento de água destilada estão com suprimento mais que suficiente para o acendimento; 3 − nível do tanque de serviço de óleo combustível satisfatório para operação; 4 − o sistema de ar de controle automático operando normal para todos os equipamentos pneumáticos. 163 CAD 01 44 .. 11 .. 11 .. 22 EE nncc hh ii mmee nn tt oo dd aa CCaa ll dd ee ii rraa 1 − Efetuar manobras de válvulas desde o tanque de destilado até a aspiração da bomba de alimentação de partida a frio (bomba acionada por motor elétrico); pois não temos vapor para acionamento das turbobombas de água de alimentação. 2 − Efetuar manobras de válvulas a partir da descarga da bomba de alimentação até a entrada da caldeira no tubulão superior (tubulão de vapor) utilizando-se a linha de alimentação auxiliar. 3 − As válvulas da rede de alimentação auxiliar para a caldeira de bombordo deverão estar todas fechadas. 4 − Verificar se todas as válvulas de extração de fundo e extração de superfície da caldeira estão fechadas. 5 − Abrir as válvulas de comunicação dos indicadores de nível (local e remoto). 6 − Abrir as válvulas de extração de ar (suspiro) do tubulão superior. 7 − Energizar o painel de partida/parada da bomba de alimentação e partir a mesma. 8 − Durante o enchimento da caldeira, observar atentamente a altura do nível da água nos indicadores, e efetuar drenagens para assegurar uma indicação correta. Nessa ocasião, aproveita-se para verificar previamente a consistência de leitura entre o indicador de nível local e o remoto. Em caso de problemas, deve-se corrigi-los antes de prosseguir. 9 − Depois de confirmado o nível correto de água para o acendimento (cerca de 5 cm acima do fundo do indicador), parar a bomba de alimentação e desfazer todas as manobras de água destilada efetuada. 44 .. 11 .. 11 .. 33 SS ii ss tt ee mmaa dd ee ÓÓll ee oo DD ii eess ee ll 1 − Efetuar manobras de válvulas desde o tanque de serviço de óleo diesel até a aspiração das bombas de queima 1 e 2, e selecionar a bomba desejada para operação. 2 − Fechar as válvulas de admissão e descarga dos aquecedores de óleo combustível, e abrir a válvula by-pass desses aquecedores. Assim, o óleo diesel será bombeado diretamente para o coletor de óleo dos queimadores. Todas as válvulas manuais de interceptação de óleo do coletor para os queimadores deverão estar fechadas, e somente na hora do acendimento é que a válvula de interceptação para o queimador base deverá ser aberta. 3 − A válvula de recirculação instalada no coletor de óleo combustível dos queimadores deverá ser aberta de modo que, ao ser dada a partida na bomba de queima, o óleo possa recircular no sistema em circuito fechado. 4 − O painel de partida das bombas de queima deve ser energizado, e as bombas deverão ser testadas quanto à troca automática, em caso de falha na operação de uma ou outra bomba. 164 44 .. 11 .. 11 .. 44 II nn íí cc ii oo ddee AAcc eenn dd iimm eenn tt oo ((OO pp ee rr aaçç ãã oo LLoocc aa ll )) 1 − Energizar o painel elétrico da caldeira. 2 − Todas as válvulas de extração de ar (suspiros) das redes de vapor superaquecido e vapor dessuperaquecido devem ser abertos. AAtteennççããoo ccoomm aa ""vváállvvuullaa ddee pprrootteeççããoo"" ddoo ssuuppeerraaqquueecceeddoorr ppaarraa aa aattmmoossffeerraa,, dduurraannttee aa ffaaiinnaa ddee aacceennddiimmeennttoo;; ccoomm aa ccaallddeeiirraa aacceessaa eessssaavváállvvuullaa ddeevvee ffiiccaarr aabbeerrttaa.. CCoonnsseerrvvaa--ssee aa vváállvvuullaa ddee pprrootteeççããoo ddoo ssuuppeerraaqquueecceeddoorr aabbeerrttaa aattéé aa ccaallddeeiirraa eennttrraarr eemm lliinnhhaa,, qquuaannddoo jjáá eexxiissttee uumm fflluuxxoo iinntteerrnnoo ddee vvaappoorr qquuee aajjuuddaa aa ""rreessffrriiaarr"" ooss ttuubbooss,, mmaanntteennddoo--ooss ddeennttrroo ddee uummaa ffaaiixxaa ddee tteemmppeerraattuurraa ttoolleerráávveell ppeelloo mmaatteerriiaall.. AA vváállvvuullaa ddee pprrootteeççããoo ddoo ssuuppeerraaqquueecceeddoorr tteemm aa ffuunnççããoo ddee ddeessvviiaarr oo vvaappoorr,, qquuee iinniicciiaallmmeennttee ccoommeeççaa aa sseerr ggeerraaddoo,, ppaarraa aa aattmmoossffeerraa ccoomm aa ffiinnaalliiddaaddee ddee pprrootteeggeerr ooss ttuubbooss.. TTaammbbéémm ppeerrmmaanneecceemm aabbeerrttooss ooss ""vveenntt''ss"" ddoo ttuubbuullããoo ((ddrreennoo IIooccaalliizzaaddoo nnoo ttooppoo ddoo ttuubbuullããoo)) ee ddrreennooss ddaa lliinnhhaa ddee ssaaííddaa ddee vvaappoorr,, ppaarraa aajjuuddaarr nnaa eelliimmiinnaaççããoo ddoo aarr,, pprroovveerr fflluuxxoo ddee vvaappoorr ppaarraa sseeuu aaqquueecciimmeennttoo ee ppuurrggaa ddoo ccoonnddeennssaaddoo ffoorrmmaaddoo.. DDeevveerrããoo sseerr ffeecchhaaddooss qquuaannddoo aa pprreessssããoo aattiinnggiirr 11 aa 55 kkggff//ccmm22.. 3 − Todas as válvulas de dreno para o porão, dos estágios primário e secundário do superaquecedor, bem como as válvulas de drenos das redes de vapor superaquecido e vapor dessuperaquecido, devem ser abertas. 4 − Partir o ventilador de tiragem forçada em baixa velocidade. 5 − Instalar no queimador base o maçarico montado com atomizador AS-11. 6 − Partir o motor elétrico do aquecedor de ar. VVooccêê ssaabbiiaa qquuee eemm aallgguummaass ccaallddeeiirraass...... ......CCaassoo hhaajjaa pprréé--aaqquueecceeddoorr ddee aarr rreeggeenneerraattiivvoo,, ddeevvee sseerr ccoollooccaaddaa eemm ooppeerraaççããoo.. DDeeppeennddeennddoo ddoo tteeoorr ddee eennxxooffrree ddoo ccoommbbuussttíívveell aa sseerr uussaaddoo,, ccoollooccaarr eemm ooppeerraaççããoo ttaammbbéémm oo pprréé--aaqquueecceeddoorr ddee aarr aa vvaappoorr.. OO vveennttiillaaddoorr ddeevveerráá sseerr aacciioonnaaddoo ddee mmooddoo aa ggaarraannttiirr uummaa vvaazzããoo mmíínniimmaa ddee aarr ppaarraa ppuurrggaa ddee eevveennttuuaaiiss ccoommbbuussttíívveeiiss ggaassoossooss ddoo iinntteerriioorr ddaa ccaallddeeiirraa.. UUssuuaallmmeennttee oo vvaalloorr mmíínniimmoo éé 3300%% ddaa vvaazzããoo àà mmááxxiimmaa ccaarrggaa ee oo tteemmppoo ddee dduurraaççããoo ddaa ppuurrggaa éé ccoonnttrroollaaddoo ppeelloo ssiisstteemmaa ddee iinntteerrttrraavvaammeennttoo.. NNaa pprrááttiiccaa,, eemmpprreeggaammooss vvaalloorreess ddee 7755 %% ccoommoo ggaarraannttiiaa.. OO ssiisstteemmaa ddee iinntteerrttrraavvaammeennttoo éé ccoonnssttiittuuííddoo ddee uumm ccoonnjjuunnttoo ddee sseennssoorreess,, rreellééss ee aacciioonnaaddoorreess qquuee aasssseegguurraamm aa pprreevveennççããoo ccoonnttrraa sseeqqüüêênncciiaass ddee eevveennttooss qquuee ppoossssaamm sseerr ddaannoossooss ppaarraa aa ccaallddeeiirraa,, eevviittaannddoo aass ooppeerraaççõõeess oouu ooccoorrrrêênncciiaass eemm ssiittuuaaççõõeess iinnsseegguurraass.. NNeessssee ccaassoo,, oo ssiisstteemmaa ddee iinntteerrttrraavvaammeennttoo iimmppeeddee oo aacceennddiimmeennttoo ddee qquuaallqquueerr qquueeiimmaaddoorr aanntteess qquuee oo tteemmppoo ddee ppuurrggaa ssee ccoommpplleettee.. UUmm vvaalloorr uussuuaall éé 55 mmiinnuuttooss.. EEssssaa éé,, ppoorrttaannttoo,, uummaa eettaappaa ccrrííttiiccaa ddoo pprroocceeddiimmeennttoo.. 165 CAD 01 7 − Dar partida na bomba de queima com a válvula de recirculação do coletor dos queimadores aberta e ajustar a pressão do óleo entre 10 Kg/cm2 e 15 Kg/cm2. 8 − Abrir o registro de ar do queimador base (no local) para ventilação da fornalha, e expulsar para a atmosfera os gases porventura existentes nesse forno. Decorrido um intervalo de cinco a dez minutos nessa operação, fechar o registro. 9 − Efetuar a abertura da válvula de êmbolo de óleo combustível (sistema pneumático com acionamento elétrico no painel da caldeira), permanecendo, entretanto, fechado a válvula de interceptação manual (macho) para o queimador base. 10 − Efetuar o by-pass do sinal elétrico para a célula fotoelétrica (sensor de chama) do queimador base. Este indicador é o único que possui dois sensores. Dessa forma, o interloque de óleo combustível por falha de chama é inibido. 11 − Preparar e ligar o acendedor portátil (ignitor) observando a incandescência do bico acendedor. A partir deste momento, o operador deve proceder da seguinte maneira: a − Introduzir o acendedor portátil dentro da fornalha através do visor de chama (janela) do queimador base, após a ventilação da fornalha, e com o registro de ar fechado. A chave de disparo do ignitor deve ser acionada (ignitor ligado). O ignitor leva aproximadamente um intervalo de 15 a 20 segundos até atingir a temperatura, necessária para completar a combustão. VVooccêê ssaabbiiaa qquuee eemm aallgguummaass ccaallddeeiirraass...... ...... CCoomm aa ppuurrggaa ccoommpplleettaaddaa ee,, hhaavveennddoo vvaazzããoo ddee aarr ssuuffiicciieennttee,, oo aacceennddiimmeennttoo ppooddee tteerr iinniicciioo.. OO ssiisstteemmaa ddee iinntteerrttrraavvaammeennttoo cciittaaddoo eemm 44..11..11..44 ((iitteemm 66)) jjáá ddeevveerráá tteerr lliibbeerraaddoo aa aabbeerrttuurraa ddaass vváállvvuullaass ddee ffeecchhaammeennttoo rrááppiiddoo ee oo ccoommbbuussttíívveell ppooddeerráá sseerr aaddmmiittiiddoo aattéé oo qquueeiimmaaddoorr.. AAss vváállvvuullaass ddee ffeecchhaammeennttoo rrááppiiddoo ttêêmm aa ffuunnççããoo ddee bbllooqquueeaarr aa eennttrraaddaa ddee ccoommbbuussttíívveell nnaa ffoorrnnaallhhaa,, ppoorr rraazzõõeess ddee sseegguurraannççaa.. OO pprroocceessssoo ddee aacceennddiimmeennttoo ddooss qquueeiimmaaddoorreess vvaarriiaa ddee ccaallddeeiirraa ppaarraa ccaallddeeiirraa.. OO ssiisstteemmaa mmaaiiss aaddeeqquuaaddoo éé oo qquuee uussaa iiggnniittoorreess eellééttrriiccooss,, qquuee ddeevveemm sseerr aacciioonnaaddooss aanntteess ddaa aabbeerrttuurraa ddaa vváállvvuullaa ddee ccoommbbuussttíívveell ddoo qquueeiimmaaddoorr.. OOss iiggnniittoorreess ttaammbbéémm ssããoo lliibbeerraaddooss ppeelloo iinntteerrttrraavvaammeennttoo ssoommeennttee ddeeppooiiss ddee ccoommpplleettaaddoo oo tteemmppoo ddee ppuurrggaa.. b − Abrir a válvula de interceptação manual de óleo combustível para o maçarico do queimador base, abrir o registro de ar e certificar-se da presença de chama no interior da fornalha. Você sabia que em algumas caldeiras... O número de queimadores a serem acesos na fase inicial depende do tipo de caldeira. 166 c − Efetuar a regulagem das pressões de ar e de combustível, de modo a se obter uma combustão perfeita, observando-se a cor da fumaça pela chaminé ou pelo indicador de fumaça no painel de controle da caldeira. Também deve ser observada atentamente a coloração da chama no interior da fornalha, através da janela de inspeção existente na parte lateral da caldeira. Não esquecer que, durante a fase de acendimento, enquanto o maçarico estiver aceso, a válvula de proteção do superaquecedor permanecerá aberta. 44 .. 11 .. 22 FF aass ee dd ee aacc ee nn ddii mmee nn tt oo 1 − Os tubos da caldeira estarãotodos cheios de água nesta fase, já que não há ainda geração de vapor. Os tubos do superaquecedor, entretanto, estão recebendo calor sem circulação de vapor internamente e, portanto, sujeitos á temperatura de parede elevada. Para prevenir danos nos tubos do superaquecedor, faz-se a elevação de pressão da caldeira (aquecimento inicial) de maneira lenta e gradativa, de modo que o calor da chama seja distribuído uniformemente por toda a extensão da fornalha e área do feixe tubular, bem como por toda a estrutura da caldeira. É por essa razão que se mantém a caldeira acesa por um determinado período de tempo, e outro para a caldeira apagada. O aquecimento deverá ser controlado e lento, respeitando-se a curva "temperatura X tempo" do fabricante. É comum adotar-se um período de cinco minutos com a caldeira acesa, para cada vinte minutos de caldeira apagada, quando a caldeira vaporizar e atingir 2 Kg/cm2 de pressão, o suspiro do tubulão deve ser fechado. Este procedimento é mantido até a caldeira atingir a pressão de 10 Kg/cm2. A partir desse instante, costuma-se elevar a pressão de 5 Kg/cm2 a cada trinta minutos até a caldeira atingir 50% da pressão de trabalho, ou seja, 30 Kg/cm2. Para cada novo acendimento (ignição), o registro de ar do queimador base deve ser aberto por um período de cinco minutos para a ventilação da fornalha, e expulsão dos gases inflamáveis remanescentes da combustão anterior. 2 − Os "dampers" de by-pass do aquecedor de ar devem ser abertos durante fase de acendimento, a fim de evitar acúmulo de fuligem devido à má combustão durante a fase de acendimento. 3 − Ter bastante atenção com o nível de água na caldeira. Em caso de dúvida, ensaiar drenagens e comunicação dos indicadores de nível (local e remoto). Nunca manter a caldeira acesa com falsa indicação de nível de água. 167 CAD 01 4 − Durante o acendimento, o nível da água subirá no tubulão superior devido à expansão. Se a indicação ultrapassar o topo do visor, haverá necessidade de se fazer uma extração de superfície na caldeira para baixar o nível, até que este seja visível novamente no indicador; 5 − Deve ser mantida adequada a combustão. Assim a emissão de fumaça na chaminé será um leve penacho marrom, e a chama no queimador será amarelo-claro com a extremidade amarelo-laranja. SSee hhoouuvveerr iinnssuuffiicciiêênncciiaa ddee aarr ppaarraa aa ccoommbbuussttããoo,, aa ffuummaaççaa nnaa ssaaííddaa ddaa cchhaammiinnéé sseerráá pprreettaa,, ee aa cchhaammaa nnoo qquueeiimmaaddoorr tteerráá aa ccoorr vveerrmmeellhhaa oouu pprreettaa.. NNoo ccaassoo ddee eexxcceessssoo ddee aarr,, aa ffuummaaççaa nnaa ssaaííddaa ddaa cchhaammiinnéé sseerráá bbrraannccaa oouu cciinnzzaa,, ee aa cchhaammaa nnoo qquueeiimmaaddoorr sseerráá uumm aammaarreelloo lluummiinnoossoo aaccoommppaannhhaaddoo ddee ffaagguullhhaass nnaa eexxttrreemmiiddaaddee.. 6 − Atenção para quando for preciso variar o regime de combustão. Por exemplo: caso seja necessário um aumento na pressão de óleo combustível, para se evitar a presença de fumaça preta na chaminé, primeiro aumenta-se a vazão de ar antes de se aumentar a vazão de óleo combustível. Analogicamente, para uma redução de carga, primeiro diminui-se a vazão de óleo e, depois, a vazão de ar. 7 − Caso ocorra a atomização deficiente (cone da chama imperfeito) deve-se observar: a − funcionamento incorreto do atomizador (o mesmo deve ser substituído); b − pressão de óleo combustível muito baixa (ajustar através da válvula de recirculação do coletor de óleo para os queimadores); c − variações excessivas na vazão de ar (ajuste local no registro de ar, ou pelo controle manual remoto do centro de controle). 44 .. 11 .. 33 PPrree pp aarr aaçç ãã oo pp aarraa cc oo mm uu nn iicc aarr aa ccaa lldd ee ii rraa 1 − A circulação de água salgada para os condensadores e resfriadores de dreno, deve estar comunicada, a fim de evitar o aquecimento de um destes aparelhos, em caso de falha na vedação de alguma válvula do sistema de vapor. 2 − A bomba de dreno que aspira condensado do tanque de drenagem atmosférico deve estar funcionando, com todas as manobras de válvulas do sistema de água destilada, feitas para o enchimento do tanque aquecedor desarejador. 3 − Preparar manobras de válvulas para aspiração e descarga da bomba de alimentação principal (lado da água). A válvula de recirculação da bomba deve ser aberta, e a válvula raiz de alimentação principal na entrada do tubulão superior permanecerá fechada, porém as válvulas intermediárias na entrada e saída da válvula de controle automático de alimentação serão abertas. Essa válvula será controlada manualmente pelo centro de controle. 4 − Com a pressão da caldeira acima de 30 Kg/cm2, abrir as válvulas equalizadoras das linhas de vapor superaquecido e dessuperaquecido. Esta operação tem a finalidade de 168 permitir o pré-aquecimento das redes e a dilatação uniforme em todo o sistema, evitando, assim, que ocorram choques térmicos (martelo hidráulico) durante a comunicação das válvulas principais dos sistemas. Essas válvulas também são chamadas de válvulas raiz. 5 − Com a pressão de vapor próximo à de regime de trabalho, ou seja, com aproximadamente 50 Kg/cm2, o sistema de vapor dessuperaquecido deve ser comunicado, abrindo-se lentamente a válvula de comunicação principal (válvula raiz). 6 − Já com o sistema de vapor dessuperaquecido na linha, pode-se, então, comunicar o sistema de vapor para o dessuperaquecedor externo, a fim de que se tenha vapor para o aquecimento do tanque de serviço de óleo combustível pesado (fuel oil), aquecedores de óleo combustível, e tanque aquecedor desarejador. Como já está havendo consumo de vapor, o sistema de alimentação deverá estar pronto; então deve ser dada a partida na turbobomba de alimentação principal, controlando manualmente o nível de água da caldeira. Com isto, a proteção do superaquecedor pode ser fechada. 44 .. 11 .. 33 .. 11 PPrr ee ppaa rr aa rr pp aa rraa QQ uuee ii mmaa cc oomm ÓÓll ee oo CC oomm bbuuss tt íí vv ee ll PPee ss aa ddoo 1 − Preparar um maçarico com pulverizador AS-17 para substituição do maçarico de acendimento com pulverizador AS-11 no queimador base. 2 − Apagar momentaneamente a caldeira, tendo-se o cuidado de fechar o macho de interceptação manual de óleo no coletor, e efetuar a troca do sistema de óleo diesel para o sistema de óleo combustível pesado (fuel oil), já circulando pelo aquecedor. 3 − Após o óleo atingir a temperatura de queima (cerca de 110°C), e já com o maçarico substituído, efetuar o acendimento da caldeira, procedendo de maneira idêntica ao acendimento feito com óleo diesel. 4 − Com a pressão da caldeira a 60 Kg/cm2, comunicar o sistema do vapor superaquecido, abrindo-se lentamente a válvula de comunicação principal (válvula raiz). 5 − Preparar o turbogerador, pôr em funcionamento e, após um período de aquecimento (cerca de 10 minutos com 800 rpm), elevar a rotação para 1200 rpm e colocá-lo no barramento, em paralelo com o diesel gerador de emergência (reserva); 6 − Efetuar a troca do controle de queima e da água de alimentação para o controle automático. 7 − Fechar todos os drenos do superaquecedor e das linhas de vapor. 8 − Por em operação os destiladores e demais equipamentos auxiliares. 9 − Após um período de observação, e constatando-se o funcionamento normal da instalação, retirar do barramento o diesel gerador de emergência. 169 CAD 01 NNoo FFuunncciioonnaammeennttoo ddaa CCaallddeeiirraa,, lleemmbbrree--ssee sseemmpprree:: 11 − QQuuaannddoo aa pprreessssããoo eessttiivveerr pprróóxxiimmaa àà pprreessssããoo ddee ttrraabbaallhhoo,, eevviittaa--sseeoo ""ggoollppee ddee aarrííeettee"" ((mmaarrtteelloo hhiiddrrááuulliiccoo)),, aabbrriinnddoo--ssee lleennttaammeennttee aa vváállvvuullaa ddee ssaaííddaa ddee vvaappoorr oouu ddiissttrriibbuuiiddoorr.. 22 − OObbsseerrvvaarr ccoonnssttaanntteemmeennttee ooss mmaannôômmeettrrooss ddoo óólleeoo,, vvaappoorr ee aarr.. 33 − OObbsseerrvvaarr ccoonnssttaanntteemmeennttee aa tteemmppeerraattuurraa ddoo óólleeoo.. 44 − DDáá--ssee ddeessccaarrggaa ddee ffuunnddoo ccoonnffoorrmmee rreeccoommeennddaaççããoo ddoo ttrraattaammeennttoo ddee áágguuaa.. 55 − FFaazzeerr aass aannoottaaççõõeess rreeffeerreenntteess aaooss eeqquuiippaammeennttooss ee aacceessssóórriiooss,, ee oobbsseerrvvaa--ssee oo sseeuu ffuunncciioonnaammeennttoo ccoomm aatteennççããoo.. 66 − IInnssppeecciioonnaarr vvaazzaammeennttooss oouu ppoossssíívveeiiss oobbssttrruuççõõeess qquuee ppoossssaamm eexxiissttiirr nnoo ssiisstteemmaa ddee aalliimmeennttaaççããoo ddee áágguuaa,, aarr oouu ccoommbbuussttíívveeiiss;; 77 − FFaazzeerr oo ccoonnttrroollee ddee ttiirraaggeemm ddee CCOO ddaa ccoommbbuussttããoo.. 88 − CCoonnttrroollaarr aa mmiissttuurraa ccoommbbuussttíívveell // ccoommbbuurreennttee,, eevviittaannddoo aa ffoorrmmaaççããoo ddee ffuummaaççaa bbrraannccaa ((eexxcceessssoo ddee óólleeoo)).. Nessas condições, com a planta de vapor em pleno funcionamento, passamos a considerar o navio na situação de "navio aceso". TT aa rree ff aa 44 .. 11 Quais são os cuidados que se deve ter com a “válvula de proteção” do superaquecedor de uma caldeira, durante a fase de acendimento? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 44 .. 22 CC AAUU SS AASS EE CC OO NN SSEE QQ ÜÜÊÊ NNCC IIAASS DD OO AARR RR AASS TT AAMM EE NN TT OO (( PPRROO JJ EE ÇÇÃÃ OO )) A projeção ou arrastamento representa uma condição de transporte da água e suas impurezas minerais pelo vapor destinado à seção pós-caldeira. Tal fenômeno ocorre em caldeiras que operam nas mais diversas pressões. O arraste influi diretamente na pureza do vapor. 44 .. 22 .. 11 CCaa uu ssaa ss As causas do arraste podem ser mecânicas ou químicas. As mecânicas são devidas a danos nos aparelhos separadores de vapor, flutuações repentinas e excessivas de cargas e operação em níveis superiores ao projetado, entre outras. As químicas são devidas à presença excessiva de sólidos dissolvidos ou em suspensão (matérias orgânicas em suspensão na água como: óleo, graxas, etc.), sílica ou alcalinidade. 170 VVooccêê ssaabbiiaa?? OO aarrrraassttee vvoollááttiill ddaa ssíílliiccaa ((SSiiOO22)) iinniicciiaa aa vvoollaattiilliiddaaddee aa pprreessssããoo ddee ttrraabbaallhhoo ssuuppeerriioorr aa 3355 KKggff//ccmm2 2 ,, ee qquuee aaccoommppaannhhaa aa áágguuaa nnoo sseeuu eessttaaddoo ddee vvaappoorr,, ppooddeennddoo sseerr aarrrraassttaaddoo ppaarraa aass ttuurrbbiinnaass ((ccaauussaannddoo ddeessbbaallaanncceeaammeennttoo)) ee ppaarraa ooss ttuubbooss ddoo ssuuppeerraaqquueecceeddoorr ((ccaauussaannddoo pprreecciippiittaaççããoo ee iinnccrruussttaaççããoo)).. 44 .. 22 .. 22 MMee ccaa nn iiss mm oo (( tt ii pp ooss ddee aarr rraa ss tt ee )) O arraste, na realidade, engloba três fenômenos paralelos e simultâneos: � formação de espuma; � arraste propriamente dito; � arrebatamento da água pelo vapor. Um nível muito alto na caldeira pode causar arraste de água por meio do vapor. No instante em que a bolha de vapor formada se rompe, leva consigo parte da água e as impurezas nela contidas. Um superaquecimento da água, ou a abertura brusca de uma válvula com retirada de grande quantidade de vapor provoca uma queda de pressão acima da água, ocorrendo em decorrência uma ebulição violenta e tumultuosa, com arraste de água e suas impurezas, responsáveis pela formação de depósitos nas linhas de vapor. O arrebatamento de água pelo vapor é de grande gravidade, principalmente quando o vapor gerado é destinado à produção de energia, devido aos choques térmicos nos aquecedores e choques mecânicos nas turbinas. 44 .. 22 .. 33 CC oo nnss ee qqüü êê nncc iiaa ss São estas as principais conseqüências do arraste: � danos nas turbinas; � manutenção cara; � formação de depósitos nos separadores e válvulas de redução; � formação de depósitos no aparelho separador de vapor; � formação de depósitos na seção pós-caldeira; � produtos danificados; � perda de produção. CCuuiiddaaddoo eessppeecciiaall:: NNaa ooppeerraaççããoo ddee ssiisstteemmaass eemm qquuee eexxiissttaa aa ppoossssiibbiilliiddaaddee ddee aarrrraassttee ddee llííqquuiiddoo ppaarraa ooss qquueeiimmaaddoorreess,, oo ccuuiiddaaddoo eessppeecciiaall ddeevvee sseerr ttoommaaddoo.. EEssttee aarrrraassttee pprroovvooccaa uumm aappaaggaammeennttoo mmoommeennttâânneeoo ddooss qquueeiimmaaddoorreess ccoomm ggrraannddee ppoossssiibbiilliiddaaddee ddee rreeiiggnniiççããoo ee eexxpplloossããoo.. 171 CAD 01 44 .. 22 .. 44 CC oo nn tt rr oo ll ee dd oo aa rr rraa ss ttee Como vimos, o arraste pode ser devido a condições mecânicas ou químicas. O primeiro não pode ser corrigido por tratamentos químicos. O arraste devido a condições químicas pode ser minimizado com o uso de antiespumantes, aliado a descargas regulares de lama (extrações), evitando a sua deposição nos tubos da caldeira e assegurando, portanto, um funcionamento seguro e perfeito da unidade. As descargas regulam os sólidos totais, alcalinidade, sílica e sólidos suspensos em níveis toleráveis, não prejudiciais à operação. As contaminações oleosas porventura presentes na água da caldeira são responsáveis pela formação de espuma e arraste. Devendo, portanto, ser evitadas. TTaarreeffaa 44..22 Quais são os inconvenientes que causam um arraste químico? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 44 .. 33 AA RR EE SS IISS TTÊÊ NNCC II AA TT ÉÉ RR MM II CC AA CC OO MM OO FF AATT OO RR DD EE QQ UU EE DD AA DD EE RR EE NNDD IIMM EENN TT OO NN AASS CC AALL DD EE II RR AASS Para um bom desempenho na absorção de calor é necessário que ocorra uma adequada circulação de água e vapor através dos tubos que compõem o circuito de geração de vapor (caldeira). Figura 4.1 – Diagrama de circuito simples de circulação natural. 172 Uma caldeira é projetada para superar qualquer variação brusca de carga, variação na absorção de calor, etc., com a finalidade de manter a circulação num sentido (do circuito descendente para o circuito ascendente). Havendo o crescimento da taxa da perda de carga superior ao do aumento da perda de carga, esta pode ser decorrente da formação acentuada de incrustação/depósitos no interior dos tubos que, somados à variação de carga, uso operacional, etc. poderão oferecer certo grau de resistência ao fluxo, o que comprometeria seriamente a circulação, com conseqüências desagradáveis. As incrustações são depósitos nas superfícies internas da caldeira formados principalmente por carbonato de cálcio, silicato de cálcio ou magnésio, silicatos complexos contendo ferro, alumínio, cálcio e sódio, borras de fosfato de cálcio ou magnésio e óxidos de ferro nãoprotetores. Os sais de cálcio e magnésio, que são os principais formadores de depósitos (duros e aderentes), têm a solubilidade diminuída com elevação da temperatura, precipitando-se facilmente nas superfícies metálicas. Ocorrem geralmente na seção pós-caldeira e caldeira (tubos) de sistemas operando a baixa e media pressões. Em sistemas operando a pressões muito altas, ocorrem geralmente na caldeira (tubos). OOss ddeeppóóssiittooss ssããoo rreessppoonnssáávveeiiss ppoorr iinnúúmmeerrooss pprroobblleemmaass eemm ggeerraaddoorreess ddee vvaappoorr,, ddeennttrree eelleess oo aauummeennttoo ddoo ccoonnssuummoo ddee ccoommbbuussttíívveell,, ppooiiss ooss ddeeppóóssiittooss ddee bbaaiixxaa ccoonndduuttiivviiddaaddee ttéérrmmiiccaa ee eelleevvaaddaa eessppeessssuurraa,, pprroovvooccaamm uummaa bbaaiixxaa ttrraannssffeerrêênncciiaa ddee ccaalloorr.. AAssssiimm,, aattuuaamm ccoommoo uumm iissoollaannttee ttéérrmmiiccoo,, aauummeennttaannddoo ccoonnssiiddeerraavveellmmeennttee,, oo ccoonnssuummoo ddee ccoommbbuussttíívveell ppaarraa aa mmeessmmaa pprroodduuççããoo ddee vvaappoorr,, oonneerraannddoo eexxcceessssiivvaammeennttee oo ccuussttoo ddoo vvaappoorr.. Quanto maior a temperatura de operação de uma caldeira, menor tolerância aos depósitos ela oferece. Conseqüentemente, a presença de depósitos, além de retardar a troca de calor, pode romper os tubos de metal da caldeira, promover perda de resistência mecânica e deformações, devido ao seu superaquecimento, além de restringir a área do fluxo de escoamento na linha e possíveis obstruções nas válvulas, resultando em perdas e reposições caras. Figura 4.2 – Incrustação / depósitos. 173 CAD 01 Figura 4.3 – Incrustação / depósitos. A formação, causas e tipos destes depósitos serão estudados mais detalhadamente no Capitulo 6 - Tratamento d'água de Caldeiras. 44 .. 44 OO PPEE RR AAÇÇ ÃÃ OO DD EE UU MM SS IISS TT EEMM AA CC OO MM OO MM ÍÍ NNII MM OO DDEE DD UU AASS CC AALL DD EE II RR AASS Tomaremos como base de nossos estudos o procedimento das instalações do VLCC do tipo "Cairu". Nestes, o vapor superaquecido sai da caldeira à pressão de 61 Kg/cm2 e 515°C. 44 .. 44 .. 11 AAcc ee nn dd ii mm ee nntt oo ee cc oo mm uu nn iiccaa çç ããoo eess tt aann dd oo uumm aa cc aa ll dd ee ii rr aa eemm oo pp eerr aaçç ãã oo A primeira caldeira está operando automaticamente com óleo combustível pesado fornecido por uma bomba de queima de óleo combustível, e está suprindo vapor à praça de máquinas para funcionamento dos sistemas de alimentação e do turbo gerador. O vapor de auxílio e de purgação estão disponíveis para as válvulas da segunda caldeira. Deve-se antes da partida: 1 − verificar se há ar de controle e força elétrica no painel da caldeira; 2 − verificar se todas as células fotoelétricas estão limpas; 3 − verificar se o nível de água no indicador de nível está correto (1/3 do indicador de nível); 4 − verificar se todas as válvulas relacionadas com os controles de nível da água de alimentação estão posicionadas corretamente fechadas (válvulas de retenção de alimentação principal e auxiliar); 5 − verificar se todos os queimadores estão fora dos registros; 6 − verificar se as válvulas de drenos de entrada e saída dos superaquecedores estão abertas; 7 − verificar se as válvulas de suspiros de ar dos superaquecedores e do tubulão superior estão abertas; 8 − verificar se todas as válvulas de manômetros e transmissores de pressão de vapor 174 do tubulão, superaquecedor e dessuperaquecedor estão abertas; 9 − verificar se a válvula de agulha do controle do superaquecedor está aberta; 10 − verificar se as válvulas de interceptação do vapor principal e válvula de equilíbrio estão fechadas; 11 − verificar se a válvula de interceptação da saída do dessuperaquecedor e válvula de equilíbrio estão fechadas; A válvula de interceptação do vapor principal deve ser deixada ligeiramente aliviada para evitar que se tranque por expansão quando o vapor for gerado. 12 − dar partida no ventilador de tiragem forçada em baixa velocidade; 13 − dar partida no motor do pré-aquecedor de ar e abrir a válvula de ar para o motor de emergência do pré-aquecedor; 14 − montar o pulverizador AS-17 e porca N-3M no maçarico e instalar no queimador 15 − abrir totalmente os dampers do duto de ar. Abrir o registro de ar do queimador base para ventilar a fornalha cerca de 3 a 5 minutos; 16 − "by-passar" o detector de chama e desligar o registro de ar do queimador base; 17 − rearmar a válvula de fechamento rápido de emergência de óleo combustível; 18 − abrir totalmente a válvula de óleo combustível para o queimador base e acender com tocha ou maçarico de ignição; 19 − manter pressão no coletor de óleo combustível de 7 a 10 Kg/cm2; 20 − com a pressão no tubulão de vapor de 5 Kg/cm2, drenar os indicadores de nível, fechar gradativamente os drenos das redes de vapor e suspiro do tubulão superior; 21 − pressão no tubulão de vapor de 20 Kg/cm2 - trocar pulverizador para o de uso normal AS-22 e porca N-4M; 22 − com a pressão no tubulão de 35 Kg/cm2 - fechar todas as válvulas de dreno, mantendo a proteção do superaquecedor aliviada; 23 − com 50 Kg/cm2 de pressão no tubulão, drenar o termostato do controle de água de alimentação; 24 − com a pressão de trabalho no tubulão de vapor da caldeira cerca de 63 a 65 Kg/cm2 comunicar a rede de vapor dessuperaquecido da segunda caldeira em paralelo com a primeira, procedendo da seguinte ordem: a) Abrir a válvula de by-pass da válvula de comunicação do vapor dessuperaquecido, drenar completamente a rede de saída e abrir vagarosamente a válvula principal e fechar a válvula de by-pass; 175 CAD 01 b) abrir totalmente a válvula de comunicação do vapor dessuperaquecido; c) fechar as válvulas de dreno destas redes; d) verificar a temperatura do vapor superaquecido da caldeira que vai entrar em operação e comparar com a outra, as temperaturas devem estar aproximadamente iguais; e) manter as válvulas de drenos do vapor superaquecido abertas e abrir a válvula by- pass da válvula de comunicação do vapor principal; f) quando as válvulas de dreno estiverem livres de condensado, deve-se fechá-las até estarem com aproximadamente uma volta de abertura; g) abrir as válvulas de dreno dos turbo-geradores (Operação e parado); h) abrir o vapor para a válvula de by-pass da válvula de comunicação do turbo gerador (operação/parado); i) abrir completamente as válvulas principais e fechar as válvulas de by-pass, drenos e proteção do superaquecedor; j) passar para automático os controles de combustão, alimentação das caldeiras e temperatura do vapor superaquecido; I) regular manualmente o registro de by-pass do lado do ar para que as médias das temperaturas da descarga do gás do aquecedor e da admissão de ar dos queimadores estejam acima de 77°C; m) instalar em todos os queimadores maçaricos AS-22 com as porcas N-4M e ventilador de tiragem forçada deve permanecer em baixa velocidade. Caldeira comunicada com pressão e temperatura de regime normal de trabalho, 60 Kg/cm2 e 500°C à 515°C. 44 .. 44 .. 22 PPaarr aa ddaa ddee uu mmaa ddaa ss ccaa ll ddee ii rr aass Para se efetuar a retirada de uma caldeira de operação, assim como no acendimento, alguns cuidados e procedimentos devem ser observados, tendo em vista a segurança do operador e da instalação. Entretanto, é importante que se mencione que poderá surgir outra situação distinta quando se efetuar a retirada de uma caldeira de operação; ou seja, o navio poderá estar com duas caldeiras em paralelo. Em que consiste o procedimento de parada de uma das caldeiras.11 − AA pprriimmeeiirraa pprroovviiddêênncciiaa aa sseerr ttoommaaddaa éé aa rreedduuççããoo ddaa ccaarrggaa ddoo ssiisstteemmaa,, ddee mmaanneeiirraa qquuee ccaaddaa ccaallddeeiirraa vveennhhaa ooppeerraarr aappeennaass ccoomm uumm mmaaççaarriiccoo.. CCoomm iissttoo,, aaoo ssee rreettiirraarr ddaa lliinnhhaa aa ccaallddeeiirraa ddeesseejjaaddaa,, aa ccaallddeeiirraa qquuee ffiiccaarr eemm ooppeerraaççããoo nnããoo ssooffrreerráá uummaa eelleevvaaççããoo aacceennttuuaaddaa ddee ccaarrggaa,, qquuee eexxiijjaa uumm bbrruussccoo aauummeennttoo nnaa pprroodduuççããoo ddee vvaappoorr;; 176 2 − Passa-se para o manual o controle de queima da caldeira a ser retirada do sistema, apaga-se o maçarico e, simultaneamente, abre-se a proteção do superaquecedor para a chaminé, e fecham-se as válvulas de comunicação principal dos sistemas de vapor superaquecido e vapor dessuperaquecido. 3 − O vapor de purga para os maçaricos nos queimadores deve ser aberto momentaneamente, para que seja feita a limpeza dos mesmos com vapor. 4 − O ventilador de tiragem forçada continua em operação, e o controle do nível da água na caldeira passa a ser feito manualmente. 5 − Observar a temperatura do vapor superaquecido e, quando ela atingir o valor aproximado de 360°C, a válvula de proteção do superaquecedor deve ser fechada. Isto significa que a temperatura da fornalha baixou de maneira a não provocar mais danos neste 44 .. 55 MM AANN UU TT EE NN ÇÇ ÕÕ EESS AAPP LL II CC AADD AASS ÀÀ SS CC AALL DD EE II RR AASS DD EE AALL TT AA PP RREE SSSS ÃÃ OO 44 .. 55 .. 11 PPrree jjuu íí zz oo ss àà oo pp eerr aaçç ãã oo Após análise da NR-13, Unidade 8 no item 13.3 (Inspeção de Segurança de Caldeiras Estacionárias a Vapor), concluiremos que, a cada 18 meses, no máximo, haverá uma parada programada do gerador de vapor para inspeção. Durante esta inspeção, certamente serão revelados problemas em partes do equipamento, que merecerão reparo ou substituição. Assim, é conveniente e economicamente viável ser considerado um período para manutenção programada do gerador de vapor com a mesma freqüência das inspeções legais. AAttrraavvééss ddoo aaccoommppaannhhaammeennttoo ddoo ccoommppoorrttaammeennttoo ee ppaarrââmmeettrrooss ooppeerraacciioonnaaiiss ddaa ccaallddeeiirraa dduurraannttee aa ccaammppaannhhaa pprréévviiaa àà iinnssppeeççããoo,, sseerráá ppoossssíívveell aa ddeetteeccççããoo ddaass ffaallhhaass,, lliimmiittaaççõõeess ee ddeessggaasstteess ooccoorrrriiddooss nnoo eeqquuiippaammeennttoo.. DDee ppoossssee ddeesssseess ddaaddooss,, sseerráá ffeeiittaa aa pprreevviissããoo ddaa mmaannuutteennççããoo ee mmaatteerriiaaiiss nneecceessssáárriiooss àà rreeccuuppeerraaççããoo ddaa ccaappaacciiddaaddee ee eeffiicciiêênncciiaass oorriiggiinnaaiiss ddaa ccaallddeeiirraa.. HHáá ppaarrtteess ddoo eeqquuiippaammeennttoo qquuee ssããoo ddee rreeppaarroo pprraattiiccaammeennttee oobbrriiggaattóórriioo aappóóss uummaa ccaammppaannhhaa,, mmaass ppooddeerrããoo ssuurrggiirr ppoonnttooss eessppeeccííffiiccooss ddee mmaannuutteennççããoo nnããoo rroottiinneeiirrooss.. Podem existir também casos excepcionais de manutenções não programadas fora do prazo de inspeção para correção de pontos que estejam prejudicando a capacidade em campanha. Todas estas hipóteses, principalmente durante a parada programada, implicam ou podem implicar redução ou parada da produção, dependendo da importância do vapor no processo e da configuração dos sistemas de geração de vapor. 177 CAD 01 AA ppaarraaddaa pprrooggrraammaaddaa ddee mmaannuutteennççããoo ddaa ccaallddeeiirraa éé cceerrttaammeennttee uumm ppeerrííooddoo mmuuiittoo iimmppoorrttaannttee ppaarraa aa iinnddúússttrriiaa nnããoo ssóó ssoobb oo aassppeeccttoo ddaa rreedduuççããoo oouu ddaa ppaarraaddaa ddaa pprroodduuççããoo.. OO tteemmppoo ee oo ccuussttoo eennvvoollvviiddooss ssããoo ssiiggnniiffiiccaattiivvooss nnoo ccuussttoo ooppeerraacciioonnaall ddaa eemmpprreessaa,, ee ssããoo pprrooppoorrcciioonnaaiiss àà ccaappaacciiddaaddee iinnssttaallaaddaa ddee ggeerraaççããoo ddee vvaappoorr.. AAlléémm ddoo ffaattoorr ccuussttoo nnaa mmaannuutteennççããoo,, ssuuaa rreeaalliizzaaççããoo ddee mmaanneeiirraa eeffiicciieennttee sseerráá ffuunnddaammeennttaall ppaarraa aa ccoonnttiinnuuiiddaaddee ooppeerraacciioonnaall ee ffuunncciioonnaammeennttoo ssaattiissffaattóórriioo ee sseegguurroo ddoo eeqquuiippaammeennttoo.. EEsstteess úúllttiimmooss aassppeeccttooss ttaammbbéémm ssããoo mmuuiittoo iimmppoorrttaanntteess nnaa ccoommppeettiittiivviiddaaddee ddaa eemmpprreessaa,, uummaa vveezz qquuee oo vvaappoorr ggeerraaddoo ddee mmaanneeiirraa ppoouuccoo eeffiicciieennttee oouu ffoorraa ddee eessppeecciiffiiccaaççããoo,, ppooddee ggeerraarr ccuussttooss ooppeerraacciioonnaaiiss ddeesspprrooppoorrcciioonnaaiiss oouu pprroodduuttooss ddee qquuaalliiddaaddee iinnffeerriioorr.. Concluímos que a manutenção programada da caldeira mais do que o cumprimento de uma exigência legal é uma etapa crucial ao funcionamento do equipamento. É necessário então o conhecimento técnico das principais necessidades e problemas do gerador de vapor, para que sua manutenção satisfaça as condições de operação. 44 .. 55 .. 22 LL iibb eerr aaçç ãã oo pp aarr aa mm aann uu tt ee nnçç ãã oo A parada da caldeira para manutenção pode ser considerada uma época bastante oportuna para se fazer uma análise da qualidade da operação durante a última campanha. Em função do estado dos diversos componentes, deve-se planejar os esforços para os dias seguintes. Toda a próxima campanha poderá ser sensivelmente mais longa, eficiente e segura se forem levados em consideração os vários indícios de operação insatisfatória que a caldeira estiver apresentando no momento da parada. UUmmaa iinnssppeeççããoo ccuuiiddaaddoossaa ppooddeerráá mmoossttrraarr ssee hhoouuvvee pprroobblleemmaass ddee qquueeiimmaa,, iinncciiddêênncciiaa ddee cchhaammaa,, ffuulliiggeemm ee ccoommbbuussttíívveell nnããoo qquueeiimmaaddoo nnoo pprréé--aaqquueecceeddoorr ddee aarr,, ccoorrrroossããoo iinntteerrnnaa,, pprroobblleemmaass ccoomm aa qquuaalliiddaaddee ddaa áágguuaa,, eeqquuiippaammeennttooss ccoomm vviibbrraaççããoo,, ddeeppóóssiittooss eemm ppaallhheettaass ddee ttuurrbbiinnaass,, mmaannccaaiiss aavvaarriiaaddooss ppoorr ffaallttaa ddee lluubbrriiffiiccaaççããoo,, eettcc.. Cada problema bem equacionado levará à mudança de procedimentos com o objetivo de evitar os danos ao equipamento. É muito importante manter registros de inspeção e de manutenção para se conhecer o grau adequado de intervenção. Por exemplo, turbinas dos ventiladores que não apresentem vibração ou outra falha visível podem ser abertas a cada cinco anos, enquanto que a caldeira por lei tem campanha limitada a um ano. A liberação para manutenção poderá ser total ou parcial dependendo da caldeira sofrer um rápido reparo ou permanecer parada vários dias para manutenção geral. No primeiro caso, o objetivo é isolar a menor área possível para que se possa fazer o reparo, ganhando etapas para um rápido retorno à operação. Exemplificando: se o problema constatado for num dos bloqueios dos queimadores, não há necessidade de despressurização do lado da água. 178 No segundo caso, a liberação para manutenção deverá ser precedida de alguns cuidados de segurança: 1) Todo o sistema de combustível deverá ser despressurizado e raqueteado. 2) A caldeira deverá ser resfriada lentamente após a purga. 3) A caldeira deverá ser despressurizada e drenada. 4) A caldeira deverá ser isolada do restantedo sistema. 5) Todas as válvulas que dão acesso a sistemas pressurizados, deverão ser raqueteadas. 6) Todos os equipamentos elétricos deverão ser desenergizados e as respectivas chaves etiquetadas com aviso de perigo. A manutenção geral deverá obedecer a uma lista de serviços previamente elaborada pelos órgãos de operação, projetos, manutenção e inspeção. A lista original sofrerá revisões à medida que os vários componentes da caldeira forem sendo examinados durante a parada. A elaboração bem cuidada da lista de serviços permite que se possa indicar a duração de cada tarefa e necessidade de mão-de-obra por especialidade, gerando, assim, uma seqüência de tarefas com ordem adequada e permitindo executar os serviços a custo e tempo mínimos. 44 .. 55 .. 33 AAcc ee ii tt aaçç ãã oo pp óó ss --mm aa nn uu ttee nnçç ãã oo Concluídos os reparos previstos na lista de serviços, a caldeira deverá ser submetida a uma série de testes, inspeções e ajustes antes de retomar à operação. Muitos de seus sistemas provavelmente foram desmontados, reparados e posteriormente remontados. A semelhança de um automóvel durante uma revisão, pode ocorrer que um certo número de peças sejam substituídas e um ajuste preliminar é feito ainda na bancada da oficina para depois com o funcionamento de cada seção serem feitos ajustes pré-definitivos ainda em oficina e o ajuste final já com o veículo sendo movimentado. Analogamente, pode-se dizer que, numa caldeira após manutenção geral, vários ajustes já foram feitos quando da montagem das diversas secções e vários outros deverão ser feitos até que volte a produzir vapor normalmente. Para informações sobre os testes a serem efetuados, consultar o item 4.7. 44 .. 66 PP OOSS SSÍÍVV EEII SS DDEE FF EEII TT OOSS,, SSUU AASS CC AAUU SS AASS EE RR EESS PPEE CCTT IIVV AASS SS OO LL UU ÇÇ ÕÕEESS Neste tópico, para uma melhor compreensão do aluno, tomaremos como exemplo as instalações do VLCC do tipo "Cairu". Lembramos que os procedimentos podem variam de acordo com modelo do equipamento. As mais variadas causas levam ao alarme e ao desarme da caldeira, algumas sendo inevitáveis. Resta-nos então, a tentativa de contorno, mantendo a situação sobre controle. 179 CAD 01 É importante verificar que a caldeira que permaneceu na linha tenha capacidade de suportar a carga do sistema. Caso a carga seja superior, o consumo deve ser reduzido para uma margem satisfatória. Essa decisão de redução imediata de carga deve ficar a cargo do operador, informando rapidamente a todos os setores envolvidos. No caso de um FPSO (Unidade de produção de petróleo offshore - Floating Production Storage Offloading), a redução pode ser na rpm das turbobombas de carga, colocação do turbogerador de emergência com o turbogerador, fechamento do aquecimento dos slops, e outro qualquer grande consumidor que venha a ser instalado. Seguem alguns exemplos: 44 .. 66 .. 11 AAvvaa rr ii aa ddee uu mm vvee nn tt ii ll aadd oo rr dd ee tt ii rr aa ggee mm ffoo rrçç aa ddaa Existe intercomunicação entre os dutos dos ventiladores. Após a parada do ventilador e "trip" da caldeira, os dutos são rapidamente intercomunicados, o damper na descarga do ventilador avariado fechado e a caldeira reacesa. A manobra dos dampers é efetuada por acionamento remoto do C.C.M e a caldeira reacesa no local. 44 .. 66 .. 22 ÁÁ gg uuaa nnoo óó ll ee oo cc oo mm bbuu ss tt íí vvee ll Avaria que pode ser evitada com a condução adequada e rotina de drenagem dos tanques de óleo combustível. No caso de apagamento por água, resta o reacendimento com óleo diesel e dreno insistente nos tanques até que possamos voltar a consumir fuel-oil. Durante o período que tiver início a ocorrência de água no óleo combustível e durante a queima com óleo diesel, o consumo de vapor deverá ser reduzido ao mínimo necessário, fins evitarmos o gasto do óleo diesel. 44 .. 66 .. 33 MMaa ççaa rr ii cc oo ssuu jjoo O maçarico sujo (bico do queimador carbonizado) é causado por queima prolongada em baixa pressão provocando má pulverização e atomização deficiente do óleo, óleo combustível contaminado com água, montagem incorreta do bico, etc. Nestes casos, a solução é a troca do maçarico, não se esquecendo do "by-pass" do sensor de chama do maçarico em questão. Caso a demanda seja maior, um queimador adicional deve ser aceso, para compensar o apagamento e substituição do queimador com o bico do maçarico sujo. Cuidados maiores devem ser tomados em se tratando do maçarico-base, onde o erro operacional provocará o "trip" da caldeira. 180 44 .. 66 .. 44 CCaa mm bb aaçç ãã oo (( tt rr oo ccaa )) aa uu tt oomm áá tt ii cc aa dd aa bb oo mm bbaa ddee qq uuee ii mmaa A cambação automática da bomba de queima pode ter ocorrido por falha da bomba ou parte elétrica e a bomba reserva que entrou em funcionamento deverá assumir o serviço sem maiores problemas para a caldeira (possível a saída de um ou outro maçarico devido a queda brusca da pressão da bomba e da rede de queima). Há casos em que a cambação foi causada pela baixa pressão de descarga ocasionada pelo filtro de aspiração sujo. O filtro deve ser imediatamente cambado, a situação restabelecida. Colocar a bomba parada em "Standby" e providenciar a limpeza do filtro. Observar o período entre limpeza de filtros, para evitar a ocorrência de avarias causadas por filtros sujos. É importante uma rotina de limpeza, mesmo com a existência de filtros de limpeza automática. 44 .. 66 .. 55 FF uu mmaa ççaa eexx ccee ssss ii vvaa A fumaça branca indica excesso de ar e fumaça negra indica falta de ar para a combustão. Falhas dos sistemas de combustão seriam as mais fáceis de correção, contudo citaremos alguns casos: a) maçarico com as válvulas automáticas de óleo impropriamente abertas, com o damper de ar fechado. Falha difícil, mas não custa verificar! b) busca de um teor baixo no sistema de gás inerte. Na demanda por um teor baixo, vamos reduzir cada vez mais o excesso de ar em busca de um baixo teor de O2 e não damos conta da operação da caldeira; c) cabos de controle dos dampers das ventilações presos ou partidos. Procuramos o defeito sempre como sendo dos sistemas automáticos, contudo os mesmos acontecem com os acionadores dos controles; d) temperatura excessiva do óleo combustível provoca ligeira fumaça branca. O alerta é feito, pois a maioria dos sistemas de alarme para caldeira só possuem alarme de temperatura baixa do óleo combustível, sendo assim a temperatura alta não é detectada. 44 .. 66 .. 66 NNíí vvee ll dd ee áá gg uuaa dd aa cc aa lldd ee ii rr aa aa nn oorr mmaa ll pp oorr ff aa ll hhaa dd oo ee qq uu ii pp aa mmee nn tt oo dd ee cc oo nn tt rroo llee Oscilações e variações excessivas do nível provocadas por falha do sistema de controle. Deve existir um adestramento dos operadores no controle manual do equipamento. A passagem do controle de "Automático" para "Manual" e vice-versa deve ser feita de maneira correta e o controle de nível de uma caldeira pelo manual deve ser admitida como algo apenas que demanda atenção e exclusividade. 181 CAD 01 44 .. 66 .. 77 FF aa ll hh aa dd oo ss ii ss ttee mm aa dd ee cc oonn tt rr oo llee dd ee cc oo mm bb uuss tt ããoo Similar ao item anterior, a falha de controle de combustão, requer a mesma atenção e exclusividade, especialmente num sistema com oscilações freqüentes de carga. No primeiro momento o controle parece difícil, o operador deverá manter a calma e eventual disparo da válvula de segurança do superaquecedor encarado como ocorrido. 44 .. 66 .. 88 NNíí vvee ll dd '' áá gg uuaa aa nn oorr mm aall pp oorr ddee sscc oo nn tt rr oo lleeddaa bb oomm bb aa dd ee aa ll ii mm ee nn ttaa ççãã oo O regulador da bomba de alimentação deve ser reajustado para cada carga da caldeira, mantendo a pressão de descarga em 80 bar e a válvula de alimentação numa posição adequada a carga. Uma ocasional queda de nível pode ser facilmente reajustada com a regulagem da pressão da bomba ou fechamento da válvula de recirculação da bomba de alimentação (caso a carga da caldeira esteja adequada). 44 .. 77 PP RR IINN CC IIPP AAII SS TTEESS TT EESS RREE AALL II ZZ AADD OO SS DD UU RR AANN TT EE UU MM AA II NN SSPP EEÇÇ ÃÃ OO NN AA CC AALL DD EE II RR AA DD EE AALL TT AA PP RR EESS SSÃÃOO Da mesma forma que existe a lista de serviços para revisão da caldeira, é importante haver um documento de controle das verificações, testes e ajustes realizados nesta fase. Para referência, ver norma ABNT NB-55, que trata de Inspeção de Segurança de Caldeiras Estacionárias Aquatubular e Flamatubular à Vapor. Abordaremos a seguir uma seqüência-exemplo que deverá ser adaptada a cada caldeira especificamente e a cada tipo de intervenção de manutenção efetuada. Fica claro que, se a manutenção for parcial, a lista completa sempre poderá ser usada, restringindo-se apenas as secções que interessarem. 1 − Inspeções internas: À medida que os serviços de manutenção forem sendo executados, uma inspeção local deve ser feita antes que o equipamento seja fechado. Exemplo: a) pré-aquecedor de ar a vapor; b) pré-aquecedor regenerativo; c) duto de ar e duto de gases; d) fornalha; e) tubulão superior; Deve ser observado se não ficaram restos de material ou andaimes dentro dos dutos, "boiler-bank", fornalha e tubulões. Deve ser feita inspeção para verificar a correção da montagem de cada item. Paralelamente às inspeções internas, poderão ser iniciados os itens relativos às 182 inspeções externas. Em alguns casos elas são interdependentes, como veremos a seguir. 2 − Teste do sistema de ar de combustão: Condicionar ventilador, acionador (es), pré-aquecedor (es) de ar, flaps e dutos. 3 − Teste de estanqueidade (lado do ar e gases): É feito usando-se sinalizador fumígeno colorido, popularmente conhecido como granada de fumaça. São dispositivos do tamanho aproximado de uma lata de cerveja que, ao serem acionados, emitem uma fumaça colorida intensa, por um tempo determinado. Dependendo do tamanho da caldeira são usados uma ou duas unidades. O ventilador deverá estar operando com vazão baixa e os "flaps" e "dampers" ajustados para produzir pressão positiva no interior de toda a caldeira. As granadas são posicionadas de modo que o fluxo de ar "colorido" percorra todo o trecho a ser testado. Por exemplo, pode-se usar um dispositivo na sucção do ventilador e outro dentro da câmara de combustão. Dessa forma, eventuais defeitos de estanqueidade são observados pelo aparecimento da fumaça colorida do lado de fora. Os pontos são, então, assinalados para reparo imediato. Repete-se o teste quantas vezes for necessário até uma estanqueidade satisfatória. 4 − Teste de estanqueidade (lado da água): A detecção de vazamentos e de insuficiência de resistência dos componentes sujeitos à pressão é feita com testes hidrostáticos. A caldeira deverá estar cheia até o transbordamento pelos vent's do tubulão ou pelo "vent" que estiver Iocalizado no ponto mais alto. As válvulas de segurança (PSV's) deverão estar grampeadas, já que a pressão de teste é superior ao valor de abertura de projeto. O teste hidrostático deverá ser aplicado preferencialmente em toda a região compreendida entre as raquetes inicialmente instaladas no início da manutenção. A pressão de teste é definida pelo fabricante e a sua obrigatoriedade ocorre sempre que reparos forem feitos em partes pressurizadas. Após o teste hidrostático, a caldeira deverá ser acesa para teste das válvulas de segurança. Este teste é obrigatório por lei e deve ser repetido pelo menos a cada manutenção anual. 5 − Condicionamento de queimadores: Verificar se não há emperramento e se os ajustes de ar primário e secundário estão funcionando bem. Verificar o posicionamento dos bicos e sua centralização em relação ao cones dos queimadores. Lembrar que uma operação econômica depende muito do conjunto de queimadores funcionar bem e toda atenção deve ser dada aos mínimos detalhes de sua montagem. 6 − Calibração de todos os instrumentos locais e remotos; 7 − Teste e ajuste de todo o intertravamento e sinalização; 8 − Verificação de funcionamento de todas as válvulas de controle; 183 CAD 01 9 − Teste de estanqueidade de todas as válvulas de bloqueio: As válvulas mais críticas devem ser testadas em bancada antes da montagem no campo. 10 − Condicionamento do sistema de combustíveis; 11 − Condicionamento do sistema de água de alimentação: Testar bombas de água de reposição, desaeradores, bombas de água de alimentação, proteções, instrumentação e intertravamento. 12 − Condicionamento do sistema de produtos químicos; 13 − Condicionamento dos sistemas de ar de instrumentos e serviço; 14 − Condicionamento dos sistemas elétricos CC e CA de força, luz e controle; 15 − Condicionamento do sistema de iluminação normal e de emergência; 16 − Condicionamento do sistema de comunicação: A rigor este item não fica atrelado à manutenção da caldeira por ser de uso contínuo mesmo durante parada. Fica, porém, registrado para verificação, se houver sofrido reparos ou modificações. 17 − Condicionamento do sistema coletor de vapor e condensado: Promover o aquecimento, drenagem e purga do ar das tubulações de vapor e condensado provenientes da caldeira que vai entrar em operação. Verificar a situação dos purgadores de vapor. 18 − Teste das válvulas de segurança (PSV's): É feito com a caldeira acesa, porém antes de entrar em operação. Em muitos casos, torna-se até mais prático executar os testes de válvulas de segurança logo após a caldeira ter saído de operação. Assim, se houver necessidade de remover a PSV para reparos em oficina, isto pode ser feito durante a parada sem comprometer a sua duração. Estes testes devem ser feitos com pessoal especializado e os valores de abertura, fechamento, número de aberturas, etc, devem ficar documentados. Todas as PSV's, exceto a que estiver sendo testada, deverão permanecer grampeadas de forma que não possam abrir. A saída de vapor da caldeira deverá estar bloqueada e a elevação de pressão feita com o acendimento de um ou dois queimadores. A proteção do superaquecedor deverá ficar aberta para evitar danos aos tubos. Concluídos os testes e ajustes, a caldeira entrará em fase de partida, conforme descrito no item 4.1. 44 .. 88 MM AANN DD RR II LL AAMM EE NN TT OO A mandrilagem é a operação de expansão dos tubos junto aos furos dos espelhos da caldeira. A expansão é feita, portanto, nas extremidades dos tubos por meio de um 184 dispositivo cônico chamado mandril e que gira em tomo de seu eixo axial. Através da mandrilagem os tubos ficam ancorados, com estanqueidade devida, nos espelhos das caldeiras flamatubulares ou nas paredes do tubulão das caldeiras aquatubulares. A estanqueidade pode ficar comprometida, se, no momento da mandrilagem, houver corpos estranhos na superfície externa da extremidade dos tubos ou nas paredes dos furos. Problemas podem também ocorrer se o processo de mandrilagem não for bem controlado, promovendo aparecimento de trincas nos espelhos (entre furos) e/ou nos tubos. Para melhorar a estanqueidade no processo de mandrilagem, é necessário empregar chapas com espessura mínima de ¾ de polegada e a execução de grooves, que são sulcos circulares nos furos. Esses sulcos são inteiramente ocupados pelo tubo após mandrilagem. Em espessuras superiores a 2 polegadas, são geralmenteexecutados dois grooves. Os sulcos devem ser executados de modo que não apresentem arestas cortantes, pois podem cisalhar as paredes do tubo, trazendo riscos adicionais. A espessura de chapa do tubulão é superior na região dos orifícios de fixação dos tubos mandrilados, para compensar o aumento de tensão provocada pela furação e pelo processo de mandrilamento. Isto já não é tão freqüente no tubulão inferior (de água), por ser normalmente de menor diâmetro e seu projeto exigir menor espessura de parede. AA mmaannddrriillaaggeemm ppooddee sseerr ffeeiittaa mmaannuuaallmmeennttee oouu ccoomm ffeerrrraammeennttaa ppnneeuummááttiiccaa.. QQuuaannddoo ffoorr nneecceessssáárriioo oo rreemmaannddrriillaammeennttoo ppoorr vvaazzaammeennttoo,, oouu aa ssuubbssttiittuuiiççããoo ddee uumm ttuubboo,, éé rreeccoommeennddáávveell qquuee ssee eeffeettuuee oo sseerrvviiççoo mmaannuuaallmmeennttee,, ppaarraa tteerrmmooss mmeellhhoorr ccoonnttrroollee ddoo pprroocceessssoo.. AAss vviibbrraaççõõeess ee oo eexxcceessssiivvoo eessffoorrççoo ddaa mmaannddrriillaaddoorraa ppnneeuummááttiiccaa ppooddeemm ccaauussaarr ddaannooss áá mmaannddrriillaaggeemm ddooss ttuubbooss vviizziinnhhooss.. Durante a troca de um tubo, devemos verificar a compatibilidade entre o diâmetro externo do tubo novo e o interno do furo no tubulão. Um tubulão que tenha sofrido excessivas mandrilagens pode apresentar alargamento do furo em tal proporção ou, encruamento do material periférico ao furo, que dificulte a fixação e vedação do tubo novo. As mandrilagens devem ser atentamente inspecionadas, pois vazamentos em operação podem resultar na concentração de contaminantes da água nas frestas e induzir a falha do conjunto. No caso de contaminantes cáusticos, podemos ter danos na parede do tubulão causadas por corrosão sobtensão. Vazamentos classificados como lagrimejantes, "choro de criança", não devem ser considerados perigosos, conseqüentemente necessitando mandrilagem. O que diz a NR-13 (Caldeiras e Vasos de Pressão) sobre o assunto? 13.4.30 "Projeto de Alteração ou Reparo" deve: a) ser concebido ou aprovado por "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2; b) determinar materiais, procedimentos de execução, controle de qualidade e qualificação de pessoal. O Projeto de Alteração e Reparo pode ser concebido por firma especializada desde que ela esteja registrada no CREA e disponha de um responsável técnico legalmente habilitado. 185 CAD 01 Reparos ou alterações que envolvam as especialidades de eletricidade, eletrônica ou química deverão ser concebidos e assinados por profissionais habilitados para cada campo especifico. Independente desta necessidade, todo "Projeto de alteração e Reparo" deverá ser assinado por "Profissional Habilitado". 13.4.4 Todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que operem sob pressão devem ser seguidas de teste hidrostático, com características definidas pelo "Profissional Habilitado", citado no subitem 13.1.2. 44..99 PPRROOPPÓÓSSIITTOOSS DDAASS EEXXTTRRAAÇÇÕÕEESS DDEE SSUUPPEERRFFÍÍCCIIEE EE DDEE FFUUNNDDOO ((PPUURRGGAA)) Visa à produção de vapor puro e à proteção da caldeira. São operações realizadas durante a geração de vapor, podendo ser efetuadas pelo tubulão superior (extração de superfície) ou pelo tubulão inferior (extração de fundo) com as seguintes finalidades: � Extrações de superfície: têm por objetivo manter a concentração de sólidos em suspensão e dissolvidos (sais dissolvidos), gerados pela reação entre sais de cálcio e magnésio e produtos químicos de tratamento de água, dentro dos limites permitidos � Extrações de fundo: têm por objetivo eliminar os sólidos precipitados que se acumulam nas partes inferiores da caldeira (sólidos de densidade elevada). Esses precipitados são gerados pelo tratamento da água caldeira baseado nas adições de produtos químicos para facilitar a extração do produto gerado (lama de tratamento) e manter o meio alcalino. CCUUIIDDAADDOO!! EEssttaa éé uummaa ooppeerraaççããoo eexxttrreemmaammeennttee ddeelliiccaaddaa,, qquuee ppooddee,, ssee mmaall rreeaalliizzaaddaa,, ccaauussaarr ddaannooss aaooss eeqquuiippaammeennttooss.. QQuuaannddoo ddoo mmoommeennttoo ddee aabbeerrttuurraa ddaa vváállvvuullaa ddee eexxttrraaççããoo ddee ffuunnddoo oo eeqquuiillííbbrriioo ddee pprreessssõõeess llííqquuiiddoo--vvaappoorr dd''áágguuaa nnoo iinntteerriioorr ddooss ttuubbooss éé ddeessffeeiittoo,, ppooddeennddoo eessvvaazziiaarr aallgguunnss ddooss ttuubbooss ddee áágguuaa ee pprroovvooccaarr eelleevvaaççõõeess nnaass tteemmppeerraattuurraass ddaass ppaarreeddeess ddee ttuubbooss.. MMeessmmoo iinnssttaannttâânneeaass,, eessttaass tteemmppeerraattuurraass eelleevvaaddaass ppooddeemm eessttaarr aacciimmaa ddooss lliimmiitteess ddee rreessiissttêênncciiaa ddoo mmaatteerriiaall ddooss ttuubbooss,, hhaavveennddoo ppoossssiibbiilliiddaaddee ddee rroommppiimmeennttoo.. Na utilização de água potável em substituição à água destilada, as operações de extrações de fundo e superfície tornam-se mais necessárias. CC oo nn ss iidd eerr aaçç õõ eess FF ii nn aa ii ss Você na Unidade 5 continuará estudando sobre “Operações das Caldeiras”. Nesta Unidade, no entanto, a abordagem é sobre as falhas durante a operação das caldeiras e as providências que devem ser tomadas. Boa aprendizagem! 186 TT ee ss ttee ddee AAuu tt oo -- AAvvaa ll ii aa çç ããoo ddaa UUnn ii dd aa ddee 44 I) Responda as perguntas abaixo: 4.1) Qual é a função dos controles automáticos? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.2) Qual é a função dos operadores e técnicos de caldeiras? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.3) Durante a alimentação da caldeira que cuidado deve ser tomado quanto ao nível da água? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.4) Na fase de acendimento, qual o cuidado que devemos ter com o superaquecedor da caldeira? Por quê? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.5) Se durante o acendimento, devido à expansão da água, o nível de indicação no tubulão superior ultrapassar o topo do visor, qual a providência a ser tomada? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.6) Por que razão, durante a fase de comunicação entre duas caldeiras, as “válvulas equalizadoras” das linhas de vapor superaquecido e dessuperaquecido, devem ser abertas? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.7) O que é mandrilagem? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.8) Como o arrastepode ser controlado? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.9) Como o arrastamento é também denominado? ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 187 CAD 01 II) Cite: 4.10) As causas do arraste. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.11) Exemplo de danos causados pelo arraste volátil da sílica. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.12) Quatro conseqüências do arraste. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.13) Quatro defeitos que possam ocorrer durante a operação de uma caldeira. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 4.14) Cinco testes realizados durante a inspeção de uma caldeira de alta pressão. ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ CChhaavvee ddee RReessppoossttaass ddaass TTaarreeffaass ee ddoo TTeessttee ddee AAuuttoo--AAvvaalliiaaççããoo ddaa UUnniiddaaddee 44 Teste de Auto-Avaliação I) 4.1) Manter as variáveis de processo (pressão, temperatura, nível, etc.) de geração de vapor, dentro das faixas recomendadas. 4.2) Cabe a eles a supervisão geral dos controles automáticos, de maneira que a operação da caldeira seja “ótima” e com segurança evitando interrupções e não contornando situações de emergência. 4.3) Deve-se observar atentamente a altura do nível da água nos indicadores de nível (LG), efetuando-se drenagem para assegurar uma indicação correta. 4.4) Ocorre que, nesta fase, os tubos da caldeira estão todos cheios de água e os tubos do superaquecedor estão recebendo calor sem circulação de vapor neles, internamente. Então, é necessário que o aquecimento inicial seja feito de maneira lenta e gradativa, de modo que o calor seja distribuído uniformemente por toda extensão da fornalha e por toda a estrutura da caldeira. 4.5) Haverá necessidade de se efetuar uma extração de superfície na caldeira, a fim de baixar o nível da mesma até que este seja visível novamente no indicador. 188 NNããoo ddeessaanniimmee.. MMaanntteennhhaa oo eennttuussiiaassmmoo ee ssiiggaa ppaarraa aa uunniiddaaddee 55 qquuee vveerrssaa ssoobbrree ooss ccuuiiddaaddooss dduurraannttee aa ooppeerraaççããoo ddaa ccaallddeeiirraa.. 4.6) No ato da comunicação, com a pressão da caldeira que foi acesa, acima de 2cm Kgf 30 , as “válvulas equalizadoras” devem ser abertas. Isso é feito com a finalidade de permitir o pré- aquecimento das redes e a dilatação uniforme de todo o sistema, evitando assim que ocorram choques térmicos (martelo hidráulico). 4.7) A mandrilagem é a operação de expansão dos tubos junto aos furos dos espelhos da caldeira. A expansão é feita nas extremidades dos tubos por meio de um dispositivo cônico, chamado mandril e que gira em torno do seu eixo axial. 4.8) O arraste pode ser devido a condições mecânicas ou químicas. O arraste devido a condições mecânicas não pode ser corrigido por tratamentos químicos. O arraste devido a condições químicas pode ser minimizado com o uso de antiespumantes, aliado a descarga regulares de lama (extrações). 4.9) Projeção. II) 4.10) Mecânicas ou químicas. 4.11) O arraste volátil da sílica (Si O2) acompanha a água no seu estado de vapor e pode ser arrastado para as turbinas causando desbalanceamento e para os tubos do superaquecedor, causando precipitação e incrustação. 4.12) Danos nas turbinas; oneração na manutenção; formação de depósitos na seção pós- caldeira; perda de produção. 4.13) Avaria de um ventilador de tiragem forçada; água no óleo combustível; maçarico sujo; fumaça excessiva. 4.14) Teste do sistema de ar de combustão; teste de estanqueidade (lado do ar e gases); teste de estanqueidade (lado da água); testes das válvulas de segurança; teste de estanqueidade de todas as válvulas de bloqueio. Tarefas 4.1 Durante o período de acendimento, a “válvula de proteção” do superaquecedor deve ficar aberta até a caldeira ser alinhada, quando já existirá um fluxo interno de vapor que ajuda a “resfriar” os tubos do superaquecedor, mantendo-os dentro de uma faixa de temperatura tolerável pelo material. 4.2 Presença excessiva de sólidos dissolvidos ou em suspensão na água, tais como: o óleo, graxa, sílica etc.
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