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A lógica aristotélica dedução e indução aula 1 4p.pptx

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A LÓGICA ARISTOTÉLICA:
Silogismo
Dedução
Indução
Professora Rossana Furtado
LÓGICA
 
A lógica, segundo Aristóteles, estuda a razão como instrumento da ciência ou meio de adquirir e possuir a verdade. E qual é o ato da razão como tal? É o ato de raciocinar (ou argumentar).
Lógica material: metodologia
Lógica formal: estabelece a forma correta das operações do pensamento. Se as regras forem aplicadas adequadamente, podemos concluir adequadamente
LÓGICA
Mas o que é raciocínio? 
É um tipo de operação discursiva do pensamento consistente em encadear logicamente juízos e deles tirar conclusão.
Ex: 	Toda baleia é mamífero.
	Ora, nenhum mamífero é peixe.
	Logo, a baleia não é peixe.
Termo: simples apreensão, sem firmar juízo.
Proposição: é a representação lógica do juízo, ou seja, ato pelo qual a inteligência afirma ou nega a identidade representativa de dois conceitos.
	O homem é livre.
	
	O homem não é mineral.
Termo + Proposição = premissa
Sujeito / Predicado / Cópula
SILOGISMO
Mas o que é silogismo? 
O silogismo é um mecanismo lógico pelo qual se deduz uma conclusão a partir de premissas. Há uma premissa maior, na qual se afirma que todo Termo Médio é um Termo Maior. Há uma premissa menor, na qual se afirma que o Termo Menor é um Termo Médio. Em conclusão, se o Termo Menor é um Termo Médio e se todo Termo Médio é um Termo Maior, pode-se dizer que o Termo Menor é um Termo Maior.
O silogismo jurídico, que corresponde à aplicação da lei, constrói-se do seguinte modo:
A norma legal é a premissa maior;
A descrição dos fatos corresponde à premissa menor;
A aplicação da norma legal corresponde à conclusão.
SILOGISMO
Exemplo
Premissa maior (norma): Os alunos (Termo Médio) devem permanecer em silêncio (Termo Maior);
Premissa menor (fato): Neto (Termo Menor) é aluno (Termo Médio);
Conclusão (aplicação): Neto (Termo Menor) deve permanecer em silêncio (Termo Maior).
Vejamos um exemplo de norma jurídica dotada de sanção: O aluno que conversar em sala de aula deve ser advertido. Devemos fazer dois silogismos. 
Primeiro silogismo:
Premissa maior: O aluno que assistir à aula (Termo Médio) deve permanecer em silêncio (Termo Maior);
Premissa menor: Neto (Termo Menor) é aluno e assiste a uma aula (Termo Médio);
Conclusão: Neto (Termo Menor) deve permanecer em silêncio (Termo Maior).
SILOGISMO
Exemplo
Vejamos o segundo silogismo, decorrente da violação da norma acima:
Premissa maior: O aluno que conversar em aula (Termo Médio) deve ser advertido (Termo Maior);
Premissa menor: Neto (Termo Menor) é aluno e conversou em aula (Termo Médio);
Conclusão: Neto (Termo Menor) deve ser advertido (Termo Maior).
Durante um processo judicial, conforme dito, são delimitados os pontos controvertidos,  que decorrem de falhas comunicacionais. O juiz deve resolver todos esses pontos.
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
O silogismo no Direito
O Direito caracteriza-se por ser um conjunto de regras que visam à organização da vida social e pacificação dos conflitos de interesse eventualmente existentes. 
Portanto, na área jurídica, fato social e norma são elementos indissociáveis.
É relevante que um advogado, ao produzir suas peças processuais, considere a necessidade de convencer seu auditório da tese que pretende sustentar. Para tanto, esse profissional tem à sua disposição dois métodos por meio dos quais poderá desenvolver seu raciocínio e, assim, persuadir seu interlocutor. São eles o método dedutivo e o indutivo.
 
SILOGISMO
Como o advogado deve proceder?
Primeiro, deve decidir quais foram os fatos, delimitando a premissa menor do silogismo e identificando seu Termo Menor (a pessoa) e seu Termo Médio (o fato). Depois, precisa encontrar uma norma legal que possua o Termo Médio (o fato) previsto hipoteticamente, para descobrir o Termo Maior (a consequência, aquilo que deve ser permitido, proibido ou obrigatório). Então, basta concluir e decidir, estabelecendo que o Termo Menor (a pessoa) deve seguir o Termo Maior (a consequência).
DEDUÇÃO E INDUÇÃO
Dedução
É uma inferência que parte do universal para o particular. Considera-se que um raciocínio é dedutivo quando, a partir de determinadas afirmações (premissas) aceitas como verdadeiras, o advogado chega a uma conclusão lógica sobre uma dada questão discutida no processo.
Dito em outras palavras, a dedução parte de uma verdade geral (premissa maior), previamente aceita, para afirmações particulares (premissas menores). A aceitação da conclusão depende das premissas: se elas forem consideradas verdadeiras, a conclusão será também aceita. Por isso, toda informação da conclusão deve estar contida, pelo menos implicitamente, nas premissas.
 
DEDUÇÃO
Exemplo
Assim, considere o caso de uma mulher cujos dois filhos, gêmeos, recém-nascidos, morreram em uma maternidade, no Pará, por infecção hospitalar, onde, em apenas uma semana, mais 17 crianças faleceram pelo mesmo motivo. Qual o raciocínio que essa mãe ou o advogado que a representa deveriam seguir para chegar à conclusão de que faz jus à indenização por danos morais? 
DEDUÇÃO
Você deve ter percebido que houve, no gráfico anterior, a subsunção do fato à norma, ou seja, buscaram-se os fatos que se "encaixassem" à norma "adequada" para defender a tese escolhida. Esse procedimento é dedutivo. Mas será que esse método é sempre o mais apropriado para redigir parágrafos argumentativos? Veremos que não.
PREMISSA MAIOR
(norma) 
PREMISSA MENOR
(fato)
CONCLUSÃO
(junção das premissas)
O Código de Defesa do Consumidor estabelece, em seu art. 14, que ?o fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços?.
Os dois filhos da autora e mais 17 crianças morreram em decorrência de infecção hospitalar.
A clínica tem o dever de indenizar a autora, mesmo que não tenha agido com culpa, porque houve defeito na prestação de seus serviços.
INDUÇÃO
O que é?
É uma argumentação em que, a partir de dados singulares suficientemente numerados, inferimos uma verdade universal. Enquanto a dedução mostra como uma conclusão deriva de verdades universais já conhecidas, partindo da premissa maior para a menor, a indução, ao contrário, chega a uma conclusão a partir de experiências sensíveis, dos dados particulares.
É importante que haja uma enumeração suficiente para dar respaldo à conclusão. Mas sempre está suposta uma probabilidade, não havendo o rigor da dedução.
INDUÇÃO
EXEMPLO
Suponha que um advogado pretendesse sustentar, em juízo, no ano de 2002, que seu cliente - com 75 anos de idade e com grau de escolaridade elevado - foi ludibriado ao assinar um contrato de concessão de crédito em um banco que faz propagandas na televisão, oferecendo altas taxas de juros, com facilidade de crédito para os aposentados. O advogado pretende conseguir a anulação do contrato, sem o pagamento dos juros pactuados no momento de sua assinatura.
Por que deve o negócio jurídico ser desfeito? Que tipo de vício foi observado? 
A proposta argumentativa do advogado é sustentar que, em decorrência da idade do contratante, ele era mais vulnerável que outra pessoa mais jovem. Lembre que o Estatuto do idoso somente foi sancionado pelo Presidente da República em outubro de 2003.
 
INDUÇÃO
EXEMPLO
A argumentação seguiria o seguinte raciocínio:
O Estado protege de maneira peculiar as mulheres nas relações de trabalho porque há situações específicas em que ela está em desvantagem em relação aos homens.
então
É papel do Estado proteger os mais fracos, tal como é o caso dos idosos.
O Estado protege, com maiores garantias, as crianças e os adolescentes porque são mais fracos que os adultos.
Estado protege os consumidoresnas relações de consumo porque há situações específicas em que eles estão em desvantagem relativamente às empresas.
Bibliografia
Aranha, M.L.; Martins, M.H.; Filosofando: Introdução à Filosofia. 1ª edição.
São Paulo: Moderna, 1986.
Ferreira, A. Aplicação do Direito. http://introducaoaodireito.info/wpid/?p=634 , acessado em 08/08/15.
CHARAUDEAU, Patrick; MAINGUENEAU, Dominique. Dicionário de análise do discurso. São Paulo: Contexto, 2004.
FETZNER, Néli Luiza Cavalieri; TAVARES Jr., Nelson Carlos; VALVERDE, Alda da Graça Marques. Lições de argumentação jurídica: da teoria à prática. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
http://www.brasilescola.com/filosofia/figuras-silogismo-algumas-regras-para-seu-entendimento.htm

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