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Prática 12

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AO JUÍZO DA 6° VARA CIVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG
ISABEL PIMENTA, já qualificada nos autos da ação DECLARATÓRIA DE NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO, que tramita pelo rito comum, com fulcro no art. 318 do CPC, movida por empresa REGINA SILVA, vem a este juízo, por intermédio de seu advogado que se subscreve, com endereço profissional XXX, 335,oferecer:
CONTESTAÇÃO (art.335 do CPC)
expondo e requerendo o que segue:
I) PRELIMINARES (art.337 do CPC):
PEREMPÇÃO 
A perempção é a perda do direito de ação do Autor de demandar acerca do mesmo objeto da ação, quando o mesmo abandona o processo por três vezes. 
Assim, considerando que o Autor deu causa por três vezes a sentença fundada em abandono da causa, não poderá mais propor nova ação contra o réu com o mesmo objeto, nos termos do artigo 486, §3°, CPC. 
LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO UNITÁRIO
No caso em tela verifica-se que a ação foi proposta somente em face de um dos Réus legitimados para compor o polo passivo, portanto também deve figurar como Réu o Sr. ANDRÉ DAS NEVES, já que o imóvel posto em discussão foi vendido pelo mesmo a Autora.
Assim, se faz necessário indicar todos os legitimados a ocuparem o polo passivo da presente demanda, sob pena de extinção do presente feito, sem resolução do mérito, seguindo o exposto no art. 485,VI, CPC.
II) DO MÉRITO (art.335,336 do CPC):
Inicialmente, cumpre salientar que o objeto da lide é a anulação de contrato de compra e venda de imóvel, situado na Rua Bucólica, nº158, em Belo Horizonte, datado de 10/10/2016, ao argumento de que houve simulação e, que na verdade, o negócio decaído de vício, serviu para encobrir uma doação feita pelo ex companheiro da autora à ré, com quem mantinha relação extraconjugal. 
Informa ainda que a autora e o Sr. Andre das Neves viveram em união estável por oito anos e que a mesma foi dissolvida por sentença judicial, datada de 23 de agosto de 2016 que determinou a partilha de todos os bens adquiridos na constância da união estável, dentre os quais o imóvel arrolado nessa Ação. 
Contudo, cumpre frisar que os fatos narrados na inicial não correspondem, em sua totalidade, à realidade fática, sendo necessário o esclarecimento destes.
Ademais, informa a Ré que sequer conhecia o vendedor, Sr. André das Neves antes da celebração do negócio jurídico de compra e venda. 
Cumpre esclarecer ainda que o negócio jurídico foi perfeito, ou seja, um ato já consumado nos termos da lei vigente na data de sua consumação, Art. 6º do Decreto-lei 4657/42, tendo a Ré efetuado o pagamento do imóvel, qual seja, R$ 95.000,00 (noventa e cinco mil reais), descrito na escritura de compra e venda lavrada em cartório.
III) PEDIDO (art. 319, IV, CPC):
Diante do exposto, requer:
O acolhimento da preliminar da perempção, devendo o processo ser extinto, nos termos do artigo 486, §3°, CPC.
O acolhimento da preliminar do litisconsórcio passivo necessário unitário, devendo o processo ser extinto, caso a Autora não sane o vício.
No mérito, a improcedência do pedido Autoral. (art.487, CPC)
A condenação da Autora aos ônus da sucumbência (art.82/85 do CPC)
V) DAS PROVAS (art. 369 e ss, CPC):
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude do artigo 369, do CPC, em especial a documental, testemunhal e depoimento pessoal da parte Autora.
Nestes termos,
 
 Pelo deferimento.
Juiz de Fora, 08 de Novembro de 2017.
Advogado
OAB/UF.
Aluna: Késia de Paula da Fonseca Batista
Matrícula: 201501258109

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