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AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ANÁPOLIS– GO (Art. 319, I, CPC/15)
Autos do Processo nº: _______
JOÃO PINHO, espanhol, viúvo, contador, portador da carteira de identidade nº_______, expedida pelo _____, inscrito no CPF sob nº________, sem endereço eletrônico, residente e domiciliado na Rua Uruguai, n°180, Goiânia - Goiás, nesta comarca de Anápolis/GO (art. 319,II, CPC), vem, respeitosamente perante V. Exa., por seu advogado que esta subscreve, com endereço profissional_______________________, na AÇÃO DE ANULAÇÃO DE NEGÓCIO JURÍDICO que lhe move a EMPRESA XYZ, oferecer
CONTESTAÇÃO
pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DAS PRELIMINARES 
Incompetência Relativa (artigo 337, II, CPC)
Excelência, a presente ação não deveria ser proposta neste foro em que agora está, em virtude do contrato em questão ter a característica explicita de ordem pessoal e não real, deveria, portanto, a pretensão anulatória ter sido proposta no foro de domicílio do réu, assim atendendo a regra geral que dispõe o artigo 46 do novo CPC , e a os princípios da celeridade e economia processual. 
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. (CPC). 
Portanto, requer o Réu que seja declarado a incompetência do presente foro para ajuizamento da ação e que seja remetido ao juízo pertencente ao foro de domicilio do Sr. João Pinho, sendo essa na cidade de Goiânia -GO, afim de que sejam atendidos os princípios da celeridade e economia processual, e facilite a uma efetiva defesa da parte presente no polo passivo do feito. 
Falta de Representação (artigo 337, IX, CPC)
 		Cumpre destacar que ao analisar o processo foi averiguada a ausência de procuração do advogado do Autor nos autos em questão. 
DA PREJUDICIAL DE MÉRITO 
DECADÊNCIA (Art. 171, II c/c 178, I, CC)
Conforme se verificou na exposição dos fatos, a Autora impetrou a presente ação anulatória em 08 de novembro de 2016. Contudo, a doação dos imóveis feitas pelo Réu ocorrera exatamente no dia 06 de janeiro de 2012, ou seja, mais de 4 anos antes da pretensão deste caso concreto.
O código civil em seu artigo 178, caput e no inciso I. 
“Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. ”
 Diante desses fatos exposto, comprova-se a impossibilidade do pedido da autora, devendo desse modo ser extinto o processo com resolução do mérito, com fulcro no artigo 478, II do Código de Processo Civil. 
 DO MÉRITO 
Insta esclarecer que o réu é fiador em contrato de locação firmado entre a autora como locadora e tendo como locatário Mario Vargas, desde 05 de março de 2008. Ademais, o réu possui 3 imóveis e doou a suas duas filhas, Mara Pinho e Marta Pinho, dois apartamentos situados na Rua Arboredo 324 , apts. 307 e 505, Goiânia/GO, custando cada um R$ 200.000,00, com a aceitação de ambas no dia 06 de janeiro de 2012, data em que as doações foram levadas a registro, restando somente um imóvel no valor de R$ 120.000 ,00. Ocorre que o locatário encontra -se inadimplente desde 06 de abril de 2014, o que acarretou ação de despejo contra o mesmo proposta em 09 de julho de 2015 e julgada procedente em 25 de novembro de 2016 já em fase de execução para cobrança dos aluguéis. 
Contudo, cumpre frisar que os fatos narrados na inicial não correspondem, em sua totalidade, à realidade fática, sendo necessário o esclarecimento destes.
DA INEXISTÊNCIA DE FRAUDE
Primeiramente, cumpre esclarecer o Réu que o contrato de locação era de 30 meses e que 120 dias antes do contrato de locação terminar notificou o locador e o locatário que não renovaria a fiança em caso de prorrogação do contrato. Ademais, não há previsão expressa no contrato de locação do fiador a responsabilidade pelos alugueis até a entrega das chaves. Por fim, informa que efetivamente doou os imóveis aos filhos, antecipando assim a legítima consoante que permite o artigo. 544 do CC, por ser a última vontade assumida por sua esposa em seu leito de morte para que futuramente os irmãos não viessem a se desentender por conta da herança.
Salienta-se assim ser de conhecimento de todos ser de costume de afeto e cuidado dos pais que possuem algum recurso, fornecerem meios que sustentem e deem segurança financeira aos seus filhos no caso de uma possível falta futura. Nada mais do que nítida demonstração de amor para com seus descendentes do que dar-lhes os bens que possui e distribuí-los de forma justa antes de uma possível desavença na partilha. 
Diante o exposto, não há que se falar em fraude contra credores no caso em discussão, devendo ser declarado a improcedência do pedido de anulação de negocio jurídico, já que no caso exposto, nada mais aconteceu do que isto, Excelência, mera antecipação da herança. 
II- DOS PEDIDOS (art. 319, IV, CPC):
Ex positis, pede e requer a Ré a V. Exa.:
a) seja acolhida a premilinar de coisa julgada extinguindo o processo sem resolução do mérito;
b)- seja acolhida a preliminar de legitimidade passiva, determinando que a parte autora promova a alteração do polo passivo sob pena de extinção do mérito sem resolução do mérito, art. 485, 
c)- que seja reconhecida a decadência julgando extinto o processo com resolução do mérito, art. 487
d)- ultrapassados os pedidos acima seja julgado improcedente o pedido autoral.
e)- condene o autor ao ônus da sucumbência.
III – DAS PROVAS (art. 369 e ss, CPC):
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
Termos em que
Pede deferimento.
Anápolis, 01 de Novembro de 2017.
Advogada
OAB/NF
Aluna: Késia P. F. Batista
Matrícula: 201501258109

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