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Genética Médica Prof.ª Fernanda Cavalcante Biomédica Mestrado e Doutorado em Fisiopatologia - UERJ Plano de ensino Bibliografia • NUSSBAUM R.L., MCLNNES R.R., WILLARD H.F. Thompsom e Thompsom Genética Médica. 8ª Edição. Elsevier, 2008. • GRIFFITH. A.J.F. et al. Introdução à genética. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2009 • ALBERTS B., JOHNSON A., LEWIS J., RAFF M., ROBERTS K., WALTER P. Biologia Molecular da Célula. 5ª Edição. Artmed, 2010. Bibliografia • READ A., DONNAI D. Genética Clínica: Uma Nova Abordagem. ARTMED, 2008. • BORGES-OSÓRIO, M.R., ROBINSON, W. M. Genética humana. 2 ed. Porto Alegre. Artmed. 2001. Bibliografia Conceitos • Genética = (do grego genno - fazer nascer), é a ciência dos genes; ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração. Conceitos • Cromossomos = longa sequência de DNA, contendo vários genes. • Genes = biomoléculas que contêm a informação genética, formados por uma sequência específica de ácidos nucléicos. • Cada gene especifica um polipeptídeo diferente, que age influenciando o fenótipo do organismo. • Polipeptídeos = macromoléculas constituídas por uma cadeia linear e específica de aminoácidos. São constituintes fundamentais das proteínas. Conceitos • Algumas proteínas podem funcionar como catalisadores em reações bioquímicas (enzimas); • Formar componentes estruturais das células (ancoragem/citoesqueleto); • Transportar substâncias dentro e fora da célula (canal); • Promover adesão entre células, • Identificar de maneira específica uma outra célula (reconhecimento) Conceitos • Fenótipo = características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Também fazem parte do fenótipo características microscópicas e de natureza bioquímica, que necessitam de testes especiais para a sua identificação. • Genótipo = constituição genética do indivíduo, refere-se aos genes que ele possui. Exemplo, quando dizemos, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à cor da semente. Conceitos • AA (homozigoto dominante) dois alelos iguais, • Aa (heterozigoto), e • aa (recessivo) ambos alelos iguais, porém fenótipo recessivo. • O gene recessivo, mesmo quando aparece na condição heterozigota, não se expressa. Conceitos O cruzamento-teste é quando um indivíduo homozigoto recessivo é cruzado com aquele cujo genótipo se quer conhecer. Por exemplo, temos um rato preto, que sabemos que tem o fenótipo dominante (portanto pelo menos ele possui um alelo dominante A) e cruzamos com um albino, que é o recessivo (como todo recessivo, é homozigoto aa). Deste cruzamento duas possibilidades podem ocorrer: 1) Todos os descendentes nascerem pretos, isso quer dizer que o parental é homozigoto e todos da F1 são heterozigotos ou 2) Nascerem camundongos albinos e pretos heterozigotos na mesma proporção (1:1), demonstrando que o pai é heterozigoto. • Locus gênico = local fixo, certo e invariável que cada determinado gene ocupa no cromossomo. • Loco gênico = posição que o gene ocupa no cromossomo. A lista organizada de loci conhecidos para um cromossomo é chamada de mapa genético. • Mapeamento genético é o processo de determinação do locus para um determinado carácter fenotípico. Conceitos Na espécie humana existem 46 cromossomas nas células somáticas (2n = 46) Cariótipo = conjunto de cromossomas dentro de um núcleo de uma célula. O Cariograma é a representação do conjunto de cromossomas presentes numa célula de um indivíduo, ordenados em pares de homólogos. Os cromossomas do par 23 são idênticos na mulher e diferentes no homem e denominam-se cromossomas sexuais. Os outros 22 pares de cromossomas denominam-se autossomas. • Cromossomos autossômicos = Coleção de genes que codificam características "não sexuais“. Espécie humana possuí, em seu material genético (DNA), 23 pares de cromossomos, sendo 22 pares autossômicos (44 cromossomos autossômicos) e 1 par sexual. • Cromossomos sexuais = par que codifica características sexuais do indivíduo. Sendo XX para as mulheres e XY para os homens. Os pares autossômicos são os mesmos em homens e mulheres. Conceitos • Exemplo: Estuda-se uma mutação num gene 6p21.3 • 6 é o número do cromossomo • p, encontra-se no braço curto do cromossomo (q indica o braço longo). • O número seguinte a letra representa a posição no braço: banda 21, sub-banda 3. • As bandas são visíveis ao microscópio quando o cromossomo está devidamente corado. Cada banda é numerada sendo a número 1 a mais próxima do centrômero. Sub-bandas são visíveis a resoluções mais altas. Conceitos PRINCÍPIOS BÁSICOS DA GENÉTICA APLICADA ÀS PATOLOGIAS: GENÉTICA MÉDICA Especialidade que lida com o diagnóstico, o tratamento e o controle dos distúrbios hereditários, bem como da variabilidade do gene na determinação da saúde do indivíduo. GENÉTICA MÉDICA • A existência de formas alternativas (alelos) de um gene numa população, sem que isso implique em doença, mas apenas, e na maior parte das vezes, em variedade; • a existência de fenótipos similares, ocasionados por mutações e variações em genes e regiões distintas (loci distintos) do genoma; • a importância das interações gene-a-gene e gene-ambiente na determinação das doenças (modus vivendi); • o papel das mutações somáticas no câncer e no envelhecimento; • a viabilidade do diagnóstico pré-natal e de testes pré-sintomáticos; • a expectativa da terapia gênica. O estudo da genética e a medicina • citogenética - o estudo dos cromossomos; • genética molecular e bioquímica - o estudo da estrutura e da função de genes individuais; • genômica - o estudo do genoma, sua organização e funcionamento; • genética do desenvolvimento - o estudo dos mecanismos genéticos que controlam o desenvolvimento do indivíduo, dentro e fora do útero e mesmo na fase adulta. • genética clínica - a aplicação da genética ao diagnóstico e aos cuidados com o paciente (que se ampliam aos seus familiares e, com interface com a saúde pública, à população). • consulta genética (aconselhamento genético) - uma nova profissão em saúde, que resultou do amálgama d diversas áreas, como a genética clínica, a psicologia e a assistência social, e que demanda uma equipe completa par assistência ao paciente, e não apenas o médico. • Testes de triagem genética. Como saber se um indivíduo dominante é homozigoto ou heterozigoto? CRUZAMENTO TESTE • Indivíduos em questão X indivíduos com fenótipo recessivo • Totalidade dos indivíduos obtiver o fenótipo, o testado é Homozigoto! • 50% dos indivíduos obtendo o fenótipo e outra metade normais, o testado é Heterozigoto! Genealogia - heredograma DOMINÂNCIA RECESSIVIDADE DICA: APARECE EM TODAS AS GERAÇÕES = GERALMENTE dominante PULA GERAÇÕES = GERALMENTE recessivo PAIS NORMAIS (fenótipo igual) e filho(s) afetados Os pais são OBRIGATORIAMENTE heterozigotos!!! SER NORMAL É DOMINANTE! PAIS AFETADOS (fenótipo igual) e filho(s) normal Os pais são OBRIGATORIAMENTE heterozigotos!!! SER DOENTE/AFETADO É DOMINANTE! SEMPRE: Pais IGUAIS com filhos DIFERENTES, são heterozigotos (Aa)! O heredograma mostrauma família cujos indivíduos indicados em preto são afetados por um distúrbio bioquímico causado pela inatividade de uma enzima. Indique se o alelo que determina o distúrbio é dominante ou recessivo. Casal IGUAL com filho diferente OBSERVAR OS FILHOS PARA DETERMINAR! • Na prática clínica, a maior importância da genética é seu papel na etiologia de um grande número de distúrbios. • Os distúrbios monogênicos, denominados mendelianos, caracterizam-se por seus padrões de transmissão nas famílias (causador por mutação em um único gene). • Padrão de transmissão= primeira etapa é obter informações sobre a história familial do paciente e resumir os detalhes na forma de um heredograma, por meio de sinais e símbolos padronizados. A obtenção de história familial abrangente é uma primeira etapa fundamental na análise de qualquer distúrbio. Classificação dos distúrbios genéticos Classificação dos distúrbios genéticos • Envolvimento da genética apenas para esclarecer o papel das variações e mutações e outras alterações do genoma na etiologia de um grande número de doenças. • ABSOLUTAMENTE TODAS as doenças são o resultados da interação da ação gênica e do ambiente, mas o papel de um componente e de outro pode variar muito. Podemos dividir os distúrbios com componentes genéticos claros em: • Distúrbios monogênicos • Distúrbios cromossômicos • Distúrbios multifatoriais Distúrbios monogênicos É o tipo de herança determinada por um único gene Herança Monogênica Distúrbios monogênicos • Herança Autossômica Dominante • Herança Autossômica Recessiva • Herança Dominante Ligada ao X • Herança Recessiva Ligada ao X A distinção entre a herança autossômica e ligada ao X depende da localização cromosômica do gene. Um critério de exclusão de herança ligada ao X é a transmissão do fenótipo de homem para homem (genes holândricos). Uma herança é dominante quando um fenótipo é expressado da mesma maneira em homozigotos e heterozigotos e é recessiva quando somente expressado em homozigotos. Herança Autossômica Dominante Herança Autossômica Dominante • Doença de Huntington • É uma doença neurodegenerativa fatal de herança autossômica dominante caracterizada por movimentos involutários e demência progressiva. O aparecimento da doença se dá entre os 30-50 anos de idade sendo 38 a idade média de aparecimento. Herança Autossômica Dominante • Neurofibromatose É um distúrbio comum do sistema nervoso caracterizado por manchas café-com-leite e tumores cutâneos fibromatosos. O gene é clinicamente observado em praticamente todas as pessoas (penetrância completa). Herança Autossômica Dominante • Fenótipo pode ser expresso por apenas um alelo portador da característica, homozigotos ou heterozigotos. Critérios: • O fenótipo aparece em todas as gerações, e toda a pessoa afetada tem um genitor afetado, • Indivíduo afetado tem 50% da prole afetada, • Pais fenotipicamente normais não tem filhos afetados, • Incidência semelhante do fenótipo em ambos sexos. Herança Autossômica recessiva • Os distúrbios autossômicos recessivos expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante (recessivo) de cada genitor. Critérios: • Fenótipo salta gerações. • Os afetados, em geral, possuem genitores normais; portanto, não afetados podem ter filhos afetados. • Características aparecem em irmandade e não em genitores; • Os pais do indivíduo afetado em alguns casos são consangüíneos. • Ambos os sexos têm a mesma probabilidade se serem afetados. Herança Autossômica recessiva • Os distúrbios autossômicos recessivos expressam-se apenas em homozigotos, que, portanto, devem ter herdado um alelo mutante (recessivo) de cada genitor. Herança Autossômica recessiva • Doença de Tay-Sacks (gangliosidose) • doença neurodegenerativa em que ocorre acúmulo de GM2 nos neurônios. Esse acúmulo se deve a um defeito na enzima hexosaminidase A decorrente de mutações no seu gene codificador. • Apresenta um padrão de herança autossômico recessivo, o que significa que indivíduos de ambos os sexos são igualmente propensos a apresentar a doença e que, na maioria das vezes, as crianças afetadas são filhas de um casal no qual tanto o pai quanto a mãe possuem uma de suas duas cópias do gene defeituosa. • A doença leva, na maioria das vezes, a intensa deterioração mental e física, culminando com a morte do indivíduo ainda na infância, antes dos cinco anos de idade. • Terapia enzimática substitutiva tem sido testada como expectativa de cura. Herança Autossômica recessiva • Fenilcetonúria (PKU) • 1/10.000 pulação caucasiana. • mutação no gene da fenilalanina hidroxilase. Essa mutação pode acontecer em qualquer um das milhares de bases de DNA dentro do gene e as mutações diferentes têm efeitos desiguais na enzima. • Algumas mutações fazem com que a enzima não mais reconheça a fenilalanina. • Outras mutações não impedem, mas retardam a ação da enzima. Existem também mutações que tornam a enzima instável. • Há acúmulo de fenilalanina com formação de corpos amilóides. Oligofrenia (déficit cognitivo) Atraso do desenvolvimento psicomotor (como andar e falar); Convulsões; Hiperatividade; Tremor e Microcefalia Herança Autossômica recessiva • Fibrose cística (mucoviscidose) • cromossoma 7, sendo este responsável pela produção de proteína reguladora da passagem de cloro e de sódio pelas membranas celulares. • Nos pulmões, as secreções acabam por obstruir a passagem de ar, retendo bactérias, o que pode conduzir ao aparecimento de infecções respiratórias. Diminui a capacidade de ventilação por obstrução crónica das vias aéreas (DPOC) • No tracto gastrointestinal, a falta de secreções adequadas compromete o processo digestivo, levando a uma má função intestinal devido a uma insufeciência pancreática. As secreções no pâncreas e nas glândulas dos intestinos são tão espessas e por vezes sólidas, que acabam por obstruir completamente a glândula. • As glândulas sudoríparas, as parótidas e as pequenas glândulas salivares segregam líquidos cujo teor em sal é superior ao normal. Herança Dominante Ligada ao X • É descrita a herança ligada ao X dominante, ou seja, um gene alterado é suficiente para determinar a doença, nos homens a doença pode ser letal, pela ausência de um gene normal daquele par. Herança Dominante Ligada ao X • Raquitismo hipofosfatêmico = tipo raro de raquitismo, de difícil diagnóstico e bem diferente do raquitismo carencial. • Alteração do gene PHEX que faz com que o paciente perca fosfatos pelos túbulos renais proximais, ocasionando fosfatúria (hipofosfatemia). • Não havendo fosfato sérico suficiente, a produção dos sais de hidroxiapatita - Ca10(PO4) 6 (OH)2 - diminui acentuadamente, não ocorre a correta precipitação desses sais na matéria orgânica dos ossos, com conseqüente enfraquecimento e encurvamento dos ossos mais longos, pelo peso do corpo da criança. Os fêmures são mais afetados. Herança Dominante Ligada ao X • Síndrome de Rett: • Anomalia no gene mecp2, leva à desordens de ordem neurológica, acometendo quase que exclusivamente crianças do sexo feminino,aproximadamente 1/10.000. • Meninos normalmente não resistem e morrem precocemente. • Aparece em todos os grupos étnicos e constitui um dos tipos mais graves de autismo. Herança Recessiva Ligada ao X •Herança ligada ao sexo é aquela determinada por genes localizados na região heteróloga do cromossomo X. Como as mulheres possuem dois cromossomos X, elas têm duas dessas regiões. Já os homens, como possuem apenas um cromossomo X (pois são XY), têm apenas um de cada gene. • Um gene recessivo presente no cromossomo X de um homem irá se manifestar, uma vez que não há um alelo dominante que impeça a sua expressão. • Em mulheres quando existe alguma manifestação clínica em geral é mais leve. Herança Recessiva Ligada ao X • Daltonismo = É um distúrbio causado por um gene recessivo localizado na porção heteróloga do cromossomo X, o gene Xd, enquanto o seu alelo dominante XD determina a visão normal. • A mulher de genótipo XDXd, embora possua um gene para o daltonismo, não manifesta a doença, pois se trata de um gene recessivo. Ela é chamada de portadora do gene para o daltonismo. • O homem de genótipo XdY, apesar de ter o gene Xdem dose simples, manifesta a doença pela ausência do alelo dominante capaz de impedir a expressão do gene recessivo. Herança Recessiva Ligada ao X Herança Recessiva Ligada ao X • Hemofilia: • Distúrbio da coagulação sangüínea, em que falta o fator VIII, uma das proteínas envolvidas no processo, encontrado no plasma das pessoas normais. • As pessoas hemofílicas têm uma tendência a apresentarem hemorragias graves depois de traumatismos banais, como um pequeno ferimento ou uma extração dentária. O tratamento da hemofilia consiste na administração do fator VIII purificado ou de derivados de sangue em que ele pode ser encontrado (transfusões de sangue ou de plasma). Herança Ligada ao Y • O cromossomo Y possui alguns genes que lhe são exclusivos, na porção não homóloga ao X. • Esses genes, também conhecidos como genes holândricos, caracterizam um tipo de herança restrita ao sexo. • Não há duvidas de que a masculinização está ligada ao cromossomo Y. Um gene que tem um papel importante nesse fato é o SRY(sex- determining region of Y chromossome), que codifica o fator determinante de testículos. • Na herança restrita ao sexo verdadeira: Todo homem afetado é filho de um homem também afetado; todos os seus filhos serão afetados, e as filhas serão normais. Herança Ligada ao Y • Hipertricose auricular • Tradicionalmente era citada como um exemplo de herança restrita ao sexo. No entanto, a evidência que a hipertricose deve-se a uma herança ligada ao Y está sendo considerada inconclusiva, pois, em algumas famílias estudadas, os pais com hiperticose tiveram filhos homens com e sem pêlos nas bordas das orelhas. Diferente da Hipertricose lanuginosa que é autossômica dominante!! Distúrbios cromossômicos • ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS • Alterações no número de cromossomos que pode levar a euploidia ou aneuploidia. • Euploidia = todos os cromossomos do cariótipo estão aumentados ou diminuídos. • Aneuploidia = alteração que gera números anormais de um ou mais cromossomos do cariótipo. Distúrbios cromossômicos Síndrome de Down Anomalia cromossômica ligada à presença de um cromossomo idêntico aos do par 21, por esta razão é chamada de trissomia do 21. É a mais freqüente das anomalias cromossômicas. O portador de Down apresenta um fenótipo característico: fenda palpebral oblíqua, baixa estatura, cabelos lisos e macios, retardo no desenvolvimento mental e possíveis alterações de ordem neurológicas. Outras síndromes autossômicas Síndrome de Klinefelter • Causada pela constituição genética anômala por um par de cromossomos a mais, caracterizando o cariótipo mais freqüente que é do tipo 47, XXY. • Os indivíduos portadores desta síndrome apresentam feminilização, pênis diminuído, testículos sempre pequenos e duros e são estéreis. • Apresentam cromatina sexual - corpúsculos de Barr Síndrome de Turner • Caracterizada pela falta total ou parcial de um cromossomo X. • O cariótipo é do tipo 45, XO, fenotipicamente são fêmeas, mas não possuem cromatina sexual. • Os portadores apresentam estatura retardada, ovários rudimentares, não apresentam menstruação e não apresentam características sexuais secundárias. Síndrome de Jacobs • A síndrome do duplo Y é uma aneuploidia dos cromossomas sexuais, onde um humano do sexo masculino recebe um cromossomo Y extra em cada célula, ficando assim com um cariótipo 47,XYY. • Os portadores de um Y suplementar não apresentam anomalias físicas relevantes ou produz um fenótipo discernível. • não disjunção durante a meiose II paterna. • Ocorrência 1/1000 • Déficit de atenção, infantilismo, impulsividade maior,QI menor, leucemias, linfomas, criptorquirdia, etc. • Comum filhos normais Síndrome do Triplo-X • 47 XXX - distúrbio cromossômico numérico - 1/800-1000 • Quase todos os erros relacionados à essa síndrome ocorrem durante a ovulogênese, pela não disjunção dos cromossomos. • Algumas mulheres podem apresentar até 4 ou 5 cromossomos X extras. Quanto mais cromossomos X, maio o índice de retardo mental nessas mulheres. • Existem mulheres portadoras dessas aberrações cromossômicas, mas desconhecem a doença por não apresentarem os sintomas. Os sintomas dessa síndrome envolvem: - Menor grau de inteligência - Maior estatura - Múltiplas peles frouxas no pescoço - São férteis (na maioria) - Podem entrar na menopausa precocemente - Retardamento mental (variável entre as portadoras) Distúrbios multifatoriais Resulta de uma combinação de PEQUENAS VARIAÇÕES nos genes que juntas podem produzir ou predispor a um grave defeito, em geral EM CONJUNTO COM FATORES AMBIENTAIS. Tendem a recorrer nas famílias, mas não apresentam os padrões de heredogramas de características monogênicas (não seguem o padrão de herança mendeliana). • A maioria das malformações congênitas isoladas tem etiologia multifatorial, tais como: • Defeito do fechamento do tubo neural (espinha bífida, anencefalia, encefalocele), • Fenda lábio-palatina, Algumas doenças crônicas muito freqüentes também têm etiologia multifatorial: • hipertensão arterial • diabetes mellitus tipo I e II • doença arterial coronariana • esquizofrenia • autismo O conhecimento dos fatores genéticos e dos fatores ambientais que influenciam uma doença multifatorial permite: • Propor um risco de recorrência para novas gestações; • Afastar os fatores ambientais que podem aumentar os riscos nas próximas gestações; • Estabelecer métodos de diagnóstico pré-natal; • Prevenir as doenças multifatoriais em termos populacionais. O Aconselhamento Genético deve levar em conta: • Características étnicas da população; • Fatores ambientais envolvidos na gestação; • Presença de outras crianças/adultos afetados na família; • Sexo da criança afetada; • Severidade da doença 1) 4) 3) 2) Respostas 1c 2 01- V 02- V 04- V 08- V 16- F 32- F 64- F Podem ser também recessivo 3 I-E II-C III-A IV-F V-B VI-D 4c
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