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1 2 AULA 2: UNIVERSIDADE – SÉCULOS XVI-XX 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 INFLUÊNCIAS SOCIAIS E POLÍTICAS NA EDUCAÇÃO 4 1º CONTEXTO: BRASIL ENQUANTO COLÔNIA DE PORTUGAL 5 2º CONTEXTO: ENSINO SUPERIOR EM ÁGUAS MORNAS 7 3º CONTEXTO: BRASIL = REPÚBLICA 9 3º CONTEXTO: PRESSÕES SOBRE O GOVERNO FEDERAL 10 3º CONTEXTO: CRIAÇÃO DAS UNIVERSIDADES 11 ATIVIDADE PROPOSTA 14 REFERÊNCIAS 14 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 15 CHAVES DE RESPOSTA 23 ATIVIDADE PROPOSTA 23 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 3 Introdução Nesta aula, vamos caminhar pela linha do tempo de nossa história para que você possa compreender como se constituiu o Ensino Superior no Brasil. Dessa forma, o conteúdo se norteia em três contextos... O primeiro diz respeito ao Período Colonial, que se inicia a partir de 1572. O segundo corresponde ao Império e vai de 1808 até 1889. Já o terceiro é marcado pelo surgimento da Primeira República e vai de 1889 até a década de 1930. Cada um deles foi fundamental para a formação da instituição atual universitária! Objetivos: 1. Recordar o processo de construção do Ensino Superior brasileiro, no período compreendido entre 1572 e 1930; 2. Reconhecer os dispositivos legais tomados como base para a educação universitária no Brasil, a partir da Primeira República. 4 Conteúdo Influências sociais e políticas na educação Na aula anterior, discutimos sobre os diversos significados de política difundidos na sociedade para que você pudesse, a partir de agora, compreender como funciona a estrutura do Ensino Superior brasileiro. Afinal, nosso objeto de estudo – a educação universitária – está diretamente relacionado a práticas sociais e de governo, que mobilizam ações e posicionamentos políticos. O fato é que a institucionalização desse ensino tem origem na história do Brasil: um período longo marcado pela atuação de diversos personagens que assumiram distintos projetos para o país. Pensando nessas questões, o ponto de partida desta aula não pode ser, portanto, o fenômeno universitário. Antes de criticarmos o Ensino Superior brasileiro, precisamos conhecer seu processo de criação e organização. Esse movimento implica entender as modificações sociais, políticas, econômicas e culturais de nossos tempos, para que possamos – quem sabe? – propor novas interpretações a essas questões. Sendo assim, tentaremos resgatar a história da educação universitária brasileira a partir da análise de três contextos: 1º – Brasil Colônia; 2º – Brasil Imperial; 3º – Brasil República. Vamos começar? 5 1º contexto: Brasil enquanto Colônia de Portugal As tentativas de criação do Ensino Superior no Brasil não são recentes, mas remontam o período em que o país era Colônia de Portugal. Tem-se notícia de que, no século XVI, o intuito de criar essa instituição já se materializava. Embora os estudos jesuíticos do Colégio da Bahia1 – mais precisamente do curso de Artes – fossem iguais àqueles oferecidos na cidade de Évora, em Portugal, o investimento para que esse projeto acontecesse no Brasil foi vetado pela coroa portuguesa. A justificativa era simples: seus membros acreditavam que o melhor para a elite do período era cursar o Nível Superior na Europa. Sendo assim, os alunos que concluíam seus estudos nos colégios jesuíticos fundados em terras brasileiras eram obrigados a repeti-los em Portugal, na Universidade de Coimbra ou na cidade de Évora, ou a se submeterem a exames de equivalência. Essa situação se configurou por mais de um século. Como você percebeu, o interesse da coroa portuguesa era manter sua Colônia sob seu domínio. Por isso, qualquer iniciativa de independência cultural e política – como, por exemplo, a tentativa de fundar uma universidade no Brasil – era rejeitada. No entanto, um fato inusitado aconteceu: por motivos políticos, Portugal se viu obrigado a vir para o Brasil. Veja o trecho do documentário VINDA da Família Real (1808) – parte 1 que apresenta, brevemente, um pouco dessa história: 1 Estudos jesuíticos do Colégio da Bahia Aqueles que davam o direito de ingressar diretamente na Universidade de Coimbra, nos cursos de Medicina, de Direito, de Cânones e de Teologia. 6 Em função dessa transferência, no ano de 1808, o Brasil conseguiu apenas que escolas superiores de caráter profissionalizante funcionassem. Já como sede da monarquia portuguesa, entre 1808 e 1820, o Brasil alcançou o status de Estado, quando passou de Colônia a Reino Unido. Seu território começou a ser governado, também, pelo rei de Portugal, que, de acordo com Cunha (2007, p. 71), optou por proclamar a independência do país “antes que algum aventureiro o fizesse”. Nesse sentido, a ideia de Estado Nacional surgiu em 1808, e não em 1822 – ano da independência do Brasil. Atenção O primeiro colégio jesuíta brasileiro foi fundado, em 1550, na Bahia – sede do governo-geral. Ele oferecia cursos de Humanidades, de Artes e de Teologia. 7 Aprenda mais Para saber mais sobre a educação oferecida pelos jesuítas e sobre as primeiras escolas superiores do Brasil, leia os seguintes textos: A hegemonia jesuítica; Instituições brasileiras do Ensino Superior (1808-1820). Se for de seu interesse, você ainda pode assistir ao seguinte filme: Carlota Joaquina – princesa do Brasil. 2º contexto: Ensino Superior em águas mornas Durante o Império, o Brasil passou por um momento de grandes mudanças! A cultura cafeeira, por exemplo, proliferava, de forma significativa, exigindo a construção de estradas de ferro e a crescente procura por engenheiros para a realização desse empreendimento. Apesar disso, o projeto de ampliação do modelo de Ensino Superior não teve grandes avanços no país. A independência política de 1822 trouxe modificações nesse sentido somente anos depois, com a criação de alguns cursos e de entidades educacionais nos seguintes espaços: 8 1828 – fundação de cursos jurídicos 2 no Convento de São Francisco, em São Paulo, e no Mosteiro de São Bento, em Olinda; 1874 – fundação da Escola Politécnica, no Rio de Janeiro, originada da Escola Militar; 1875 – fundação da Escola de Minas de Ouro Preto, em Minas Gerais. Além das já mencionadas entidades educativas, o imperador do Brasil ainda tentou fundar duas universidades que serviriam como centros de organização científica e literária – uma ao norte e outra ao sul do território brasileiro –, mas não obteve sucesso. Logo, apenas estabelecimentos de Ensino Superior caracterizaram o período do Brasil Imperial, e não a instituição universidade. Mas, com a queda de D. Pedro II, cai, também, um regime! Vejamos, a seguir, que efeitos essas mudanças trouxeram para o país. Aprenda mais Para saber mais sobre a queda do Império no Brasil, leia o texto Era uma vez a velha monarquia. 2 Cursos jurídicos De acordo com Fávero (2007, p. 21), embora se constituíssem como centro de irradiação de “novas ideias filosóficas, de movimentos literários, de debates e de discussões culturais que interessavam à mentalidade da época”, estes novos cursos seguiam a mesma lógica dos demais: preparavam burocratas para atuar no Estado, integrando os quadros para as assembleias bem como para os governoscentral e das províncias. 9 3º contexto: Brasil = República A partir de agora, vamos analisar o contexto da história do Brasil que tem grande valor para o estudo das transformações do Ensino Superior no país – o Período Republicano, que se instaurou de 1889 a 1930 e ficou conhecido como: República Velha; Primeira República; República Oligárquica. É nos marcos dessa Primeira República que nasce a primeira Constituição brasileira de 1891 – documento que já começava a fazer referência ao Ensino Superior no Brasil. De acordo com essa lei, a educação relativa a tal nível de escolaridade devia ser mantida pelo poder central, sem, no entanto, firmar-se como exclusividade deste. Mas, conforme aponta Cunha (2007), em termos de transformação, surgiram, durante esse período, as escolas superiores livres, que não dependiam do Estado, mas eram organizadas por particulares. Esse tipo de Ensino Superior foi instituído pela Reforma Rivadávia Corrêa, em 1911, e ganhou força por facilitar o acesso a esse grau de educação em tempos de grandes mudanças econômicas, em que se tornou necessária a demanda por força de trabalho qualificado3. Até então, nada havia sido regulamentado quanto à instituição universidade! 3 Trabalho qualificado De acordo com Cunha (2007, p. 147): “Os latifundiários queriam filhos ‘doutores’, não só como meio de lhes dar a formação desejável para o bom desempenho das atividades políticas e o aumento de prestígio da família, como também o expediente para atenuar possíveis situações de destituição. Os trabalhadores urbanos e os colonos, por sua vez, viam na escolarização dos filhos um meio de aumentar as chances de estes ingressarem em uma ocupação burocrática”. 10 Atenção De acordo com Cunha (2007, p. 133): “[o] início [do Período Republicano] coincide com a influência positivista na política educacional de Benjamin Constant, em 1890-1891, e seu término, com o início da política educacional da Era Vargas, desencadeada em 1930-1931”. Aprenda mais Para saber mais sobre a influência da corrente positivista no Brasil, leia o texto Positivismo. 3º contexto: pressões sobre o Governo Federal A oficialização do Ensino Superior no âmbito do Governo Federal foi adiada e, a partir desse momento, as pressões da sociedade só aumentaram em favor dessa regulamentação. O movimento em prol da criação das universidades passou, portanto, a operar em nível estadual. Sendo assim, foram criadas as seguintes instituições: Universidade de Manaus (1909); Universidade de São Paulo4 (1911); 4 Universidade de São Paulo A Reforma Rivadávia Corrêa (1911) permitiu a cobrança de taxas aos alunos do Ensino Superior. Desse modo, na expectativa de recuperar seus investimentos a partir dessa arrecadação de valores, um empresário criou a primeira universidade privada no Brasil: a Universidade de São Paulo – que não é a atual USP –, com os cursos de Medicina, 11 Universidade do Paraná (1912). Criada com base Lei Estadual nº 1.284/12, esta última foi, contudo, conduzida ao apagamento pelo Decreto nº 11.530/19155. Quando, então, de fato, a entidade universitária foi fundada? Vamos descobrir? 3º contexto: criação das universidades Como vimos anteriormente, da época de permanência da Família Real no Brasil até o início do Período Republicano, o Ensino Superior se fez presente no país, mas somente após muita luta, a universidade foi criada. Veja, a seguir, os fatos históricos que levaram a essa fundação: 1915 A partir da Reforma Carlos Maximiliano, em 1915, o governo posicionou-se, pela primeira vez, por meio do Decreto nº 11.530, sobre a instituição da universidade no Brasil. 1920 No dia 7 de setembro de 1920, consolidou-se, através do Decreto nº 14.343, a Universidade do Rio de Janeiro (URJ) – atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) –, assegurada por autonomia didática e administrativa. Odontologia, Farmácia, Comércio, Direito e Belas Artes. Mas, ao concorrer com a Faculdade de Medicina criada pelo Estado de São Paulo, o curso da mesma área oferecido por aquela instituição foi-se esvaziando. Em função disso, a Universidade de São Paulo entrou em declínio e foi extinta em 1917. 5 Decreto nº 11.530/1915 Este Decreto determinava que o Ensino Superior só poderia assumir legitimidade se fosse estabelecido em cidade com mais de 100.000 habitantes. Como a cidade de Curitiba não atendia a esse nível populacional na época, a Universidade do Paraná – que incluía as faculdades de Direito, de Engenharia, de Odontologia, de Farmácia e de Comércio – funcionou oficiosamente até o ano de seu reconhecimento, em 1946. 12 Essa instituição foi criada durante o governo de Epitácio Pessoa, que resolveu executar o Decreto nº 11.530/1915. Mas, sem um projeto de discussão, que atenderia às necessidades de nossa sociedade, a URJ não passou de uma união de três escolas superiores que já existiam no Rio de Janeiro – cada qual mantendo suas características: A Faculdade de Direito; A Faculdade de Medicina; A Escola Politécnica. 1927 Em 1927, a Universidade de Minas Gerais foi criada nos mesmos moldes da URJ: uma sobreposição dos cursos das Escolas de Direito, de Engenharia e de Medicina do Rio de Janeiro. 1931 Em 11 de abril de 1931, o Decreto nº 19.851 instituiu o Estatuto das Universidades Brasileiras, adotando, para o Ensino Superior, o regime universitário. De acordo com Romanelli (2006, p. 132), por meio desse Decreto, a URJ foi reestruturada pelo governo, que incluiu dentro da instituição, além dos três cursos já existentes: “A Escola de Minas Gerais; As Faculdades de Farmácia e Odontologia; A Escola de Belas Artes; O Instituto Nacional de Música; A Faculdade de Educação, Ciências e Letras – que jamais foi implantada”. 13 Atenção Para Fávero (2006, p. 22): “[...] na história da Educação Superior brasileira, a URJ é a primeira instituição universitária criada legalmente pelo Governo Federal”. Por meio da atuação da Academia Brasileira de Ciências (ABC), o mérito dessa instituição traz à tona o debate sobre: A concepção que se propôs para a universidade; As funções inerentes a essa instituição – pesquisa e formação profissional; A questão da autonomia universitária; O modelo de universidade a ser implantado no Brasil. Aprenda mais Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, sugerimos as seguintes leituras: CUNHA, L. A. Ensino superior e universidade no Brasil. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. 500 anos de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. ______. Educação, estado e democracia no Brasil. 4. ed. São Paulo: Cortez; Niterói: Universidade Federal Fluminense; Brasília: FLACSO do Brasil, 2001. 14 Atividade proposta Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Analise a charge a seguir: Disponível em: <http://www.cambito.com.br/tiras/charges/charge066.htm>. Acesso em: 20 fev. 2014. Com base no que estudamos, explique a relação entre a imagem e o grande medo que Portugal tinha de permitir que as Instituições de Ensino Superior (IES) fossemcriadas no Brasil Colônia. Referências CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 6. ed. São Paul: Ática, 1995. JAPIASSÚ, H.; MARCONDES, D. Dicionário básico de Filosofia. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. Não paginado. LACLAU, E.; MOUFFE, C. Hegemonía y estrategia socialista: hacia una radicalización de la democracia. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2004. MAAR, W. L. O que é política. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1983. 15 MACEDO, E. Currículo: política cultura e poder. Revista Currículo sem fronteiras, v. 6, n. 2, p. 98-113, 2006. MENDONÇA, D. Teorizando o agonismo: crítica a um modelo incompleto. Revista Sociedade e Estado, v. 25, n. 3, set./dez. 2010. MOUFFE, C. Por um modelo agonístico de democracia. Revista Sociologia política, Curitiba, v. 25, p. 11-23, nov. 2005. SHIROMA, E. O.; MORAES, M. C. M. de; EVANGELISTA, O. Política educacional. 4. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007. Exercícios de fixação Questão 1 Os colégios jesuíticos se instalaram no Brasil para servir à elite de então. Aqueles que concluíam seus estudos podiam ser encaminhados para Portugal, com o objetivo de cursarem o Nível Superior. Nesse sentido, indique se havia equivalência nos estudos entre ambos os países: a) Não, pois nenhum aluno era submetido a exames desse tipo. b) Sim, pois os alunos podiam ser encaminhados diretamente para as universidades de Portugal. c) Não, mas os alunos podiam se submeter a exames para verificar a possibilidade de igualdade com relação a seus estudos. d) Sim, pois os alunos que detinham conhecimentos de Nível Superior de ensino ingressavam em qualquer grau superior oferecido em Portugal. e) Sim, pois aqueles que estudavam no Colégio da Bahia, no curso de Artes, podiam ingressar diretamente na Universidade de Coimbra, nos cursos de Medicina, Direito, Cânones e Teologia. 16 Questão 2 De acordo com Cunha (2007), o Ensino Superior brasileiro nasceu sob o “signo do Estado Nacional”. Isso significa que: a) O projeto de implantação do Ensino Superior no Brasil assumiu uma identidade nacional. b) A nação brasileira foi constituída por meio da criação das Instituições de Ensino Superior. c) Desde a transferência da Metrópole para a Colônia, havia clara intenção de consolidar esse projeto. d) As necessidades da Colônia foram levadas em consideração para a implantação de tal iniciativa. e) O surgimento do Ensino Superior no Brasil manteve íntima relação com as necessidades de formação de indivíduos para atender os interesses da monarquia instalada no país. Questão 3 Leia as afirmativas a seguir: I. Com relação aos avanços da Educação Superior brasileira, o Brasil Imperial pode ser caracterizado como um período morno. Entretanto, a criação dos cursos jurídicos no Convento de São Francisco, em São Paulo, e no Mosteiro de São Bento, em Olinda, foram iniciativas importantes da época. II. De acordo com um extrato da revista Veja de 1889: “O Brasil acordou monarquista na sexta-feira passada e foi dormir republicano. Jamais houve na História do país uma ruptura política tão inesperada. Na véspera, ninguém poderia prever que o reinado viria abaixo”. No 17 regime desse período, não houve tentativas de implantação do Ensino Superior no país. III. Nos períodos do Brasil Imperial e do Brasil Colônia, as escolas superiores preparavam burocratas para atuar no Estado. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I, II e III b) Apenas I c) I e III d) Apenas II e) I e II Questão 4 A instituição universitária não surgiu no Brasil Imperial. Entretanto, por meio de alguns indícios, é possível afirmar que, nesse período, a necessidade de formação em Nível Superior se anunciava, em função do(s) seguinte(s) fatore(s): I. Tentativa de criação de duas universidades por parte do rei – uma ao norte e outra ao sul do país. II. Criação de, pelo menos, uma escola superior – decorrente do desejo do imperador. III. Exigência de mão de obra especializada para a construção de estradas de ferro – resultado da cultura cafeeira em crescente expansão. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) Apenas I 18 b) Apenas II c) Apenas III d) I, II e III e) I e II Questão 5 Podemos afirmar que, na Primeira República: I. Surgiram as escolas superiores livres – aquelas que não dependiam do Estado e eram organizadas por particulares. II. A criação das Universidades de Manaus (1909), de São Paulo (1911), do Paraná (1912) foi autorizada pelo Governo Federal. III. O Decreto nº 11.530/1915 lançou um posicionamento oficial do governo sobre a instituição de uma universidade no Brasil, mas, somente na década de 1920, a URJ – atual UFRJ – foi consolidada no país. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e II b) II e III c) I, II e III d) I e III e) Apenas I 19 Questão 6 De acordo com a primeira Constituição brasileira de 1891, o Ensino Superior devia ser mantido pelo poder central, sem, no entanto, firmar-se como exclusividade deste. A partir dessa afirmação, é possível dizer que a legislação: a) Não previu a existência do Ensino Superior privado. b) Permitiu a criação do Ensino Superior de caráter privado. c) Assumiu a responsabilidade de expansão do Ensino Superior público. d) Tinha a intenção de partilhar a responsabilidade do Ensino Superior quanto à criação e ao controle das instituições desse nível educacional. e) N.R.A. Questão 7 A Reforma Rivadávia Corrêa (1911) permitiu a criação do Ensino Superior livre, isto é, de caráter privado. Essas escolas livres trouxeram mudanças para a configuração desse nível de ensino no Brasil. O fator que impulsionou a expansão dessas instituições: a) Tem por base o aumento do ingresso de alunos no Ensino Superior. b) Mantém referência com a elevação do poder aquisitivo dos indivíduos. c) Não pode ser relacionado às causas que sustentam o Ensino Superior privado atual. d) É representado por uma demanda de mão de obra especializada, em função do quadro econômico do país. e) N.R.A. 20 Questão 8 Em 1915, o governo se posicionou sobre a instituição de uma universidade no Brasil, por meio da Reforma Carlos Maximiliano. Entretanto, somente no ano de 1920, através do Decreto nº 14.343, a URJ foi criada. Entre as escolas superiores que formaram sua base, estão: a) As de Direito, Engenharia e Medicina. b) As Faculdades de Direito e Medicina e a Escola Politécnica do Rio de Janeiro. c) As Faculdades de Direito e Medicina, a Escola Politécnica do Rio de Janeiro e a Faculdade de Educação, Ciências e Letras. d) As Faculdades de Farmácia e Odontologia, a Escola de Belas Artes e o Instituto Nacional de Música. e) N.R.A. Questão 9 É possível afirmar que a criação da URJ foi um marco na história da educação brasileira, porque: I. Por meio de sua implantação, surgiu a possibilidade de se debater o modelo de Ensino Superior pretendido para o Brasil. II. Essa instituição permitiu a fundação da Academia Brasileira de Ciências (ABC). III. A partir de seu estabelecimento, enfatizou-se a reflexão sobre as funções do Ensino Superior brasileiro. IV. Essa entidade educacional alimentou a discussão a respeito da autonomia universitária. 21 Entre ositens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) Apenas I b) Apenas III c) I e II d) I, III e IV e) Apenas IV Questão 10 O lema da bandeira do Brasil foi extraído da máxima do positivismo: “O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”. Analise a imagem a seguir e indique se é possível confirmar essa sentença: Fonte: OS GÊMEOS. Grafite. São Paulo: [s.n.], [s.d.]. a) Sim, pois a desigualdade é um fator natural que existe em qualquer sociedade. b) Não, pois retrata as desigualdades sociais que estão em desacordo com o lema da bandeira do Brasil. c) Não, pois representa duas gerações da sociedade que não querem trabalhar, o que contradiz a máxima positivista. 22 d) Sim, pois mostra como a sociedade consegue superar as desigualdades sociais, levando em consideração a máxima da bandeira do Brasil. e) Nenhuma das opções anteriores explica a relação entre Estado e sociedade. 23 Atividade proposta Sabemos que a educação consiste em uma forte ferramenta de transformação social. É ela que leva o indivíduo a questionar a ordem vigente, provocando rupturas com o que lhe é imposto. Desse modo, na relação entre Portugal e Brasil, não interessava ao primeiro instrumentalizar os indivíduos para contestar o governo do segundo, mas sim preservar o estado em que a população brasileira se encontrava: sem acesso ao Ensino Superior. O objetivo da metrópole era manter o domínio sobre sua colônia, seguindo um modelo de aceitação passiva do que era oferecido como valor de verdade. Exercícios de fixação Questão 1 – C Justificativa: A equivalência nos estudos se dava por meio dos exames realizados em Portugal. Sendo assim, os alunos que se formavam nos colégios jesuíticos fundados em terras brasileiras se submetiam a eles. Questão 2 – E Justificativa: Os cursos superiores pretendiam atender as necessidades da monarquia instalada no Brasil, formando especialistas em assunto de guerra, médicos e engenheiros. Questão 3 – E Justificativa: Durante o período do Brasil Imperial, o modelo de Ensino Superior permaneceu sem grandes alterações. Mas, após a independência política do país, ocorrida em 1822, modificações foram realizadas no 24 Convento de São Francisco, em São Paulo, e no Mosteiro de São Bento, em Olinda, com a criação dos cursos jurídicos, que data do ano de 1828. Já o regime monárquico foi marcado pelas tentativas frustradas do imperador de implementar a proposta de fundação de duas universidades que serviriam como centros de organização científica e literária – uma ao norte e outra ao sul do território brasileiro. Questão 4 – D Justificativa: As demandas pela criação de universidades se anunciavam na medida em que a cultura cafeeira, em crescente desenvolvimento, exigia trabalho especializado para a construção de acessos às regiões do Brasil e para o transporte de mercadorias. Em função disso, o imperador fundou a Escola de Minas de Ouro Preto e tentou criar duas universidades no país – uma situada ao norte e outra ao sul do território brasileiro. Questão 5 – D Justificativa: No período da Primeira República, surgiram, no Brasil, as escolas superiores livres – aquelas que não dependiam do Estado e eram organizadas por particulares. A URJ foi criada na década de 1920, por meio da execução do Decreto nº 11.530/1915. Questão 6 – D A Constituição de 1891 oportunizou a criação do Ensino Superior de caráter privado, instituído por meio da Reforma Rivadávia Corrêa, no ano de 1911. Questão 7 – D Justificativa: No Período Republicano, a Reforma Rivadária Corrêa (1911) possibilitou a criação das escolas superiores livres, organizadas por particulares. Em função do desenvolvimento econômico daquela época, a necessidade de mão de obra qualificada aumentou bastante, e o ensino privado ganhou força. Uma situação similar pode ser observada nos dias de 25 hoje, já que a demanda por trabalho especializado impulsiona esse caráter de nível de educação universitária. Questão 8 – B Justificativa: De acordo com o Decreto nº 11.530/1915, na base da antiga URJ, constavam as Faculdades de Direito e Medicina e a Escola Politécnica do Rio de Janeiro. No ano de 1920, o Decreto nº 14.343 executou o anterior. Questão 9 – D Justificativa: Como primeira instituição legalmente criada pelo Governo Federal brasileiro, a URJ permitiu o debate sobre a concepção e o modelo de universidade a ser implantado no Brasil, sobre as funções inerentes a essa instituição – aquelas que envolvem pesquisa e formação profissional –, bem como sobre a questão da autonomia universitária. Essa possibilidade de diálogo se efetivou por meio da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Questão 10 – B Justificativa: Embora a máxima positivista tente transmitir a ideia de que cada coisa em seu devido lugar conduz a perfeita orientação ética da vida social, isso não se verifica na sociedade brasileira. A imagem retrata a contradição entre o lema da bandeira do Brasil e a situação de desigualdade social do país. Atualizado: 19 mar. 14
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