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O Contrato Social de Rousseau: Lei e Liberdade

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O Contrato Social livro 2 do capítulo VI ao XII
Jean Jacques Rosseau
VI – DA LEI
O Pacto Social dá origem ao corpo político, o que lhe dará o movimento é a legislação.
As leis são registros da vontade geral.
República é todo Estado regido por leis
VI – DA LEGISLAÇÃO
Quem dirige os homens não deve dirigir as leis.
Política e religião.
VIII – DO POVO
O povo deve estar apto para receber as leis.
Maturidade dos povos.
IX – DO POVO (CONTINUAÇÃO)
O tamanho do Estado tem influência na sua força.
Necessidade de conquistas.
X – DO POVO (CONTINUAÇÃO)
Há duas maneiras de medir a grandeza de um Estado.
A distinção entre um legislador e um tirano.
XI – DOS DIVERSOS SISTEMAS DE LEGISLAÇÃO
Poder e riqueza.
Constituição sólida.
XII– DIVISÃO DAS LEIS
Leis políticas,
Leis civis,
Leis criminais,
Costumes.
A partir do livro, Rousseau, traz uma concepção política que interliga questões sobre a liberdade e a lei. Além disso, problematiza chegar a uma forma de associação pacífica entre os homens e as relações de poder e direito entre eles. Seus pensamentos também são de considerável importância para compreender o fundamento e a legitimação da sociedade.
Rousseau apresenta a mais antiga ordem social, que é a família, a qual também é a única forma de sociedade natural.
 Porém a família em termos de ordem social termina quando os seus filhos adquirem independência, continuando ligados apenas por voluntariedade. O que explica também porque ela se difere das outras formas de sociedade política, pois na família o pai se une ao filho por amor e o chefe político se une ao povo por prazer ao poder.O autor cita também Aristóteles, que diz que os homens não são naturalmente iguais, mas que uns nascem para escravidão e outros para a dominação. Comenta que ele tinha razão, mas tomava o efeito pela causa.
No Capítulo VI do II Livro, ele vem a falar da lei.
Pelo pacto social, Rousseau diz que demos existência e vida ao corpo político. É preciso então dar-lhe o movimento e a vontade pela legislação.Porque o ato primitivo pelo qual este corpo se forma e se une, nada determina ainda do que deve fazer-se para conservá-lo.Toda a justiça procede de Deus, só Ele é sua fonte, porem se soubéssemos recebê-la de tão alto, não necessitaríamos nem governos nem leis.Pergunta-se afinal, o que é uma lei? Quando todo o povo estatui sobre todo o povo, não considera senão a si mesmo, e se então há relação, é, entre o objeto por inteiro sob um ponto de vista, e o objeto inteiro, sob outro ponto de vista, sem divisão alguma do todo. Então a matéria estatuída é geral, como a vontade que estatui - isso é lei.
A lei considera os súditos em corpo e os atos como abstratos, jamais a um homem como indivíduo nem a um ponto particular. Assim, pode bem a lei estatuir privilégios, porém não pode nomear o privilegiado. Pode classificar os cidadãos e ainda assinalar as qualidades que darão direito a estas classes, mas não pode nomear os que nela hão de ser aceitos. Em resumo, toda função que se refere a um objeto individual, não é da alçada do poder legislativo.
O que um homem ordena por si, não é lei. O que ordena o soberano sobre um objeto particular, tampouco é uma lei, senão um decreto, nem um ato de soberania, senão de magistratura. Rousseau denomina por República todo Estado regido por lei, qualquer que seja sua forma de administração, porque somente então é que o interesse público governa e a coisa pública representa algo. Todo governo legítimo é republicano.
Os particulares desejam o bem que desprezam, o povo quer aquele que não vê. Todos necessitam igualmente de guias, necessário é obrigar uns aos outros a conformar sua vontade com a razão, necessário é também ensinar ao povo a conhecer o que deseja. Aqui nasce a necessidade de um legislador.
 Logo no início ele já deixa claro que a lei é o a força motriz que dá vida ao corpo criado pelo contrato social.
 É ela que vai dar vida, por assim dizer, ao Estado, pois é a partir dela que serão firmadas as regras de funcionamento do Estado, bem como da regulação da relação entre o povo para com o povo e do povo para com o Estado.
Percebe-se, no entanto, que a ideia de Rousseau ainda é muito ligada à ideia cristã,
 defendendo ele que todo poder emana de Deus e somente Ele é a fonte de todas as leis e de todo poder.
Lendo o Livro II, o leitor percebe que Rousseau defende que o soberano, que é o representante da vontade geral do povo, deve governar de acordo com essa mesma vontade geral, pois é dela que emana todo poder e alguém só pode se submeter a restrição de sua liberdade pelos meios que tenham sido derivados dessa soberania, pois para Rousseau, o homem é livre e a submissão às leis é, na verdade, uma consequência do pacto firmado por todos.
Capítulo 7:
Seriam precisos deuses para legislar aos homens. Porém, é certo que um grande príncipe é raríssimo, como não há de sê-lo um grande legislador? Aquele que ousa intentar a instituição de um povo deve sentir-se capaz de modificar, na natureza humana, de transformar a cada individuo, de alterar a constituição do homem para reformá-lo. É preciso que tire do homem suas próprias forças para lhe dar outras estranhas e das quais não possa usar sem o auxilio de outrem.
O legislador é, sob todos os pontos de vista, um homem extraordinário do Estado. Sua função é particular e superior, nada tem em comum com o império humano porque se aquele que manda nos homens não deve dominar as leis, aquele que domina as leis tampouco deve mandar nos homens. Do contrario, serão leis de tirano.
Quando Licurgo deu as suas leis aos espartanos, começou abdicando do poder real. Era costume da maioria das cidades gregas confiar aos estrangeiros a organização de suas leis. As modernas republicas italianas imitaram por vezes este costume, sendo que Roma viu renascer em seu meio todos os crimes da tirania e viu-se exposta a perecer por ter reunido nas mesmas cabeças a autoridade legislativa e o poder soberano.
Aquele que redige as leis não tem nem pode ter direito algum legislativo, e o próprio povo, quando quiser, não pode despojar-se deste direito intransferível, porque, segundo o pacto fundamental, somente a vontade geral obriga aos particulares e não é possível ter certeza de que uma vontade particular está de acordo com a geral senão depois de tê-la submetido aos sufrágios livres do povo.
Rousseau ressalta ainda outra dificuldade; os sábios que quisessem falar ao vulgo a linguagem científica não seriam compreendidos. Assim, pois, não podendo empregar o legislador a força nem a persuasão, é necessário recorrer a uma autoridade de outra ordem que possa acorrentar sem violência e persuadir sem compelir.
Apresenta o legislador as decisões como ditadas pelos seres imortais, para arrastar pela autoridade divina os que não poderia comover a prudência humana. O grande talento do legislador é o verdadeiro milagre que deve provar sua missão, os prestígios vãos fulguram passageiramente, só a sabedoria os torna duradouros. Não se deve concluir disto tudo, com Warbuton, que apolítica e a religião têm um fim comum, senão que, na origem das nações, uma serve de instrumento para a outra.
Capítulo 8:
Rousseau também explicou o povo no Contrato. Como o arquiteto que, antes de construir um edifício, sonda e examina o solo para ver se pode aguentar o peso necessário, o sábio legislador não começa redigindo leis boas por si mesmas, mas antes examina se o povo a que são destinadas esta apto para suportá-las.
Mil nações brilharam na Terra que não poderiam suportar boas leis, e mesmo as que o pudessem não as possuíram senão durante curte espaço de tempo. O povo não pode suportar que alguém mexa em seus próprios males para destruí-los, como esses doentes sem coragem que tremem ao pensar no médico.
Não é por isso que, assim como algumas enfermidades transformam o juízo dos homens, tirando-lhes a lembrança do passado, não se encontre alguma vez na existência dos Estados, épocas violentas em que as revoluções fizeram nos povos o quecertas crises fazem nos indivíduos, que, esquecendo o horror do passado, envolvem o Estado em suas lutas civis, mas este renasce de suas cinzas e reconquista o vigor da juventude.
No entanto, estes acontecimentos são raros, formam exceções cuja razão se acha sempre na constituição particular do Estado que apresenta a exceção. Pode adquirir-se a liberdade, porém nunca recuperá-la.
Capítulo 9:
Conforme Rosseau, em um Estado existe limites quanto à sua extenção, não podendo ser muito grande ao ponto de não poder ser governado e nem podendo ser muito pequeno, mantendo-se por si mesmo. O que o autor propõe é o equilíbrio.
Assim como a natureza limitou a estatura do homem, não havendo fora disto senão gigantes ou anões, há, também, comparativamente uma melhor constituição de um Estado, pontos que limitam a extensão que pode ter a fim de que não seja nem muito grande para poder ter um governo exemplar, nem muito pequeno para poder se auto-sustentar. Quanto mais se estende o laço social, mais se debilita, e em geral, um Estado pequeno é proporcionalmente mais forte que um maior.
Algumas situações demonstram esse aforismo, a administração, o vigor e a rapidez para cumprir as leis são mais penosos nas grandes distancias. Nesses casos, o povo tem menos estima aos seus chefes e as próprias leis acabam não podem servir adequadamente as províncias. Deste modo um corpo grande pela sua constituição vacila e cai fragorosamente, esmagado pelo seu próprio peso.
Por outro lado, o Estado deve possuir uma determinada base para ser sólido, para resistir aos abalos que sentirá e aos esforços que será obrigado a empregar para sustentar-se. Vê-se que existem motivos para expandir-se e comprimir-se, e não constitui a menor habilidade política saber encontrar, entre uma e outras, a mais vantajosa para a conservação do Estado. Entretanto, existem Estados de tal modo constituídos, que a necessidade das com quistas fazia parte da sua constituição, e que para manter-se necessitavam estender-se sem cessar (engrandecimento+momento inevitável da queda).
Capítulo 10:
Ainda sobre o povo, Rousseau afirma que as duas formas e se medir um corpo político são a extensão de seu território e o tamanho de sua população. Os homens constituem o Estado e a terra alimenta os homens, esta relação indica que a terra deve ser suficiente para o sustento de seus habitantes e que devem existir tantos habitantes quanto a terra pode sustentar.
No entanto, existem mil ocasiões em que os acidentes particulares do meio exigem ou permitem tomar mais território do que aquele que parece necessário (um exemplo é a necessidade de mais território em países montanhosos). Para instituir um povo é preciso abundancia e a paz, porque o momento em que se forma um Estado é como quando se organiza um batalhão. Contudo existem governos estabelecidos durante essas tempestades, mas estes mesmo governos destroem o Estado.
Capítulo 11
Sobre os diversos sistemas de legislação, Rousseau caracteriza a liberdade e a igualdade como importantíssimos. A liberdade, porque toda dependência particular é outro tanto tirada ao corpo do Estado e a igualdade porque a liberdade não pode existir sem ela.
Os fins gerais de toda instituição devem modificar-se em cada país e considerando isto, deve dar-se a cada povo um sistema de instituição que seja o melhor, embora não por si, mas para o Estado a que se destina.
O que torna a constituição de um Estado verdadeiramente sólida e estável é o fato das conveniências naturais serem de tal modo observadas, que as circunstâncias naturais e as leis estejam sempre de acordo nos mesmos pontos e que aquelas pelo menos acompanhem e retifiquem estas.
Capítulo 12
Divisão das leis - segundo Rousseau, as leis que regulam a relação de termos intermediários entre soberano e Estado chamam-se leis políticas, ou leis fundamentais. A segunda relação é a dos membros entre si com o corpo inteiro, a terceira entre o homem e a lei (saber e desobediência) e a quarta e mais importante, a lei dos costumes e da opinião.
CONCLUSÃO
Concluo que Jean Jacques Rousseau era um defensor ferrenho da liberdade do homem, com fortes ideias para a formatação do Estado até os dias de hoje.
 Vi que para ele, o homem deve ser livre para escolher quem o governará, sendo esse governo regulado pelas leis, criadas pelo próprio Estado, 
que nada mais é do que um pacto firmado pelos cidadãos de determinada sociedade, visando o bem comum e o desenvolvimento social.

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