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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Engenharia Mecânica - 6ºPeríodo Daniel Martins Gomes João Luiz Moreira Campos da Cruz Leonardo Vieira Leobas Marcílio Junior dos Santos LABORATÓRIO DE FLUÍDOS MECÂNICOS PRÁTICA 08: Associação de bombas em série e em paralelo. Belo Horizonte 2017 1 INTRODUÇÃO A prática realizada sobre associações de bombas centrifuga constitui-se no bombeamento de água por meio de uma instalação a fim de determinar as curvas características das bombas e de suas associações. Revisão Bibliográfica Associação de bombas Dependendo das especificações do sistema, podemos associar as bombas em série ou em paralelo. Quando o objetivo é obter elevadas alturas manométricas a associação em série é a mais indicada e quando se deseja grandes vazões, é indicado associar as bombas em paralelo. Associação em série: Como citado acima, quando a altura manométrica é muito elevada a associação em série é a mais adequada e é utilizada quando mesmo usando bombas de múltiplo estágio esses valores de altura não conseguem ser alcançados. Para fazer essa associação ligamos o recalque de uma das bombas na sucção da seguinte, fazendo com que o fluido bombeado receba a energia de ambas as bombas do sistema. Figura 1 – Associação de bombas em série Figura 2 – Construção da curva característica da associação de 2 bombas diferentes em série Associação em paralelo Quando o objetivo da instalação é alcançar elevadas vazões ou casos onde a vazão desejada varia a instalação em paralelo é a utilizada. Um ponto positivo nesse tipo de instalação é a segurança que oferece em sua operação, pois caso uma das máquinas falhe, não haverá perda total no fornecimento, apesar da vazão diminuir consideravelmente. Para essas associações a tubução de recalque é a mesma sendo que a sucção pode ser independente (fig 3) ou através de uma mesma tubulação (fig 4) ressaltando que o diâmetro da tubulação de aspiração no segundo caso deve ser escolhido de modo a evitar velocidades excessivas. Figura 3 – Associação em paralelo com aspirações independentes Figura 4 – Associação em paralelo com aspiração comum Figura 5 – Associação de bombas diferentes em paralelo 2 OBJETIVOS 2.1 Levantar a curva da bomba 1 trabalhando sozinha; 2.2 Levantar a curva da bomba 2 trabalhando sozinha; 2.3 Levantar a curva das bombas funcionando em paralelo; 2.4 Levantar a curva das bombas funcionando em série. 3 METODOLOGIA 3.1 Materiais Utilizados Na realização da prática, foram utilizados os materiais abaixo: Figura 6: Esquema analítico do conjunto LEGENDA DA FIGURA 6: 1. Conjunto moto-bomba 1. 2. Conjunto moto-bomba 2. 3. Reservatório de aspiração. 4. Reservatório de recalque. – Não utilizado no procedimento 5. Conversor de vazão. – Modelo CEV105070T0 6. Manômetros. 7. Vacuômetros. 8. Manovacuômetro. – Não utilizado no procedimento 9. Registro gaveta na linha da aspiração da bomba 1. 10. Registro gaveta na linha da aspiração da bomba 2. 11. Registro gaveta para a associação em série ou em paralelo. 12. Registro gaveta para controle de vazão da bomba 1. 13. Registro gaveta para controle de vazão da bomba 2 e para controle de vazão da associação em série ou paralelo. 14. Registro para comunicação entre os reservatórios. – Não utilizado no procedimento 15. Válvula de pé. 3.2 Procedimentos Realização dos testes utilizando sempre a rotação de 2800 rpm para as duas bombas com o objetivo de analisar o comportamento das bombas associadas separadamente, em série e em paralelo: 3.2.1 Obtenção das curvas Hman = f(Q) para a bomba 1: Etapas do teste: Para colocar em funcionamento somente a bomba 1, deve-se inicialmente fechar os registros 10, 11 e 13 e abrir os registros 9, 12 e 14. Ligar o conjunto posicionando a chave de comando na rotação desejada, conforme indicação no painel de controle. Com o REGISTRO 13 FECHADO, fazer as leituras do Manômetro (M) em kgf/cm2 – instalado à saída da bomba 1 - do Vacuômetro em mmHg – instalado à entrada da bomba 1 - e do Conversor de vazão – instalado à saída da bomba 1. Obtidas as leituras, fazer a anotação na folha de teste. Abrir parcialmente o registro 13, repetir a operação para diversas posições de abertura deste registro e anotar os resultados na folha de teste. Repetir a operação para os resultados duvidosos. 3.2.2 Obtenção das curvas Hman = f(Q) para a bomba 2: Etapas do teste: Para colocar em funcionamento somente a bomba 2, deve-se inicialmente fechar os registros 9, 11, 12 e 13 e abrir os registros 10 e 14 . Ligar o conjunto posicionando a chave de comando na rotação desejada, conforme indicação no painel de controle. Com o REGISTRO 13 FECHADO, fazer as leituras do Manômetro (M) em kgf/cm2 – instalado à saída da bomba 2 - do Vacuômetro em mmHg – instalado à entrada da bomba 2 - e do Conversor de vazão em m3/h – instalado à saída da bomba 2. Obtidas as leituras, fazer a anotação na folha de teste. Abrir parcialmente o registro 13, repetir a operação para diversas posições de abertura deste registro e anotar os resultados na folha de teste. Repetir a operação para os resultados duvidosos. 3.2.3 Obtenção das curvas Hman = f(Q) 1 e 2 associadas em paralelo: Etapas do teste: Para colocar em funcionamento as bomba 1 e 2 em paralelo, deve-se inicialmente fechar os registros 11, 12 e 13 e abrir os registros 9, 10 e 14. Ligar os conjuntos posicionando as chaves de comando na rotação desejada, conforme indicação no painel de controle. Com os REGISTROS 12 e 13 FECHADOS, fazer as leituras do Manômetro (M) em kgf/cm2 – instalado à saída da bomba 2 - do Vacuômetro em mmHg – instalado à entrada da bomba 2 - e do Conversor de vazão em m3/h – instalados à saída das bombas. Obtidas as leituras, fazer a anotação na folha de teste. Abrir totalmente o registro 12 e parcialmente o registro 13 e repetir a operação para diversas posições de abertura desse registro, anotando os resultados na folha de teste. Repetir a operação para os resultados duvidosos. 3.2.4 Obtenção das curvas Hman = f(Q) para as bombas 1 e 2 associadas em série: Etapas do teste: Para colocar em funcionamento as bombas 1 e 2 em série, deve-se inicialmente fechar os registros 10, 12 e 13 e abrir os registros 9, 11, e 14. Ligar os conjuntos posicionando as chaves de comando na rotação desejada, conforme indicação no painel de controle. Com o REGISTRO 13 FECHADO, fazer as leituras do Manômetro (M) em kgf/cm2 – instalado à saída da bomba 2 - e do Conversor de vazão – instalado à entrada da bomba 1 - e do Conversor de vazão – instalado à saída da bomba 2. Obtidas as leituras, fazer a anotação na folha de teste. Abrir parcialmente o registro 13 e repetir a operação para diversas posições de abertura do mesmo anotando os resultados na folha de teste. Repetir a operação para os resultados duvidosos. 4 RESULTADOS A partir dos dados obtidos no procedimento para a bomba B1 podemos construir a tabela abaixo: B1 M(Kgf/cm2) V(mmhg) M(mca) V(mca) Hman Q(m3/h) 2,40 0,00 24,00 0,00 24,00 0,00 2,40 0,00 24,00 0,00 24,00 9,00 2,40 0,00 24,00 0,00 24,00 20,00 2,35 50,00 23,50 0,68 24,18 26,00 2,10 95,00 21,00 1,29 22,29 33,00 1,80 145,00 18,00 1,97 19,97 40,00 1,40 200,00 14,00 2,72 16,72 45,00 0,80 315,00 8,00 4,28 12,28 53,00 Tabela 1: Dados obtidos no procedimento para a bomba B1. A partir dos dados obtidos no procedimento para a bomba B2 podemos construir a tabela abaixo: B2 M(Kgf/cm2) V(mmhg) M(mca) V(mca) Hman Q(m3/h) 2,20 0,00 22,00 0,00 22,00 0,00 2,20 0,00 22,00 0,00 22,00 10,00 2,20 0,00 22,00 0,00 22,00 19,00 2,10 0,00 21,00 0,00 21,00 26,00 1,80 60,00 18,00 0,82 18,82 33,00 1,50 169,0015,00 2,30 17,30 40,00 1,10 235,00 11,00 3,19 14,19 45,00 0,60 315,00 6,00 4,28 10,28 48,00 Tabela 2: Dados obtidos no procedimento para a bomba B2 A partir dos dados obtidos no procedimento para a associação de bombas em paralelo B1//B2 podemos construir a tabela abaixo: B1//B2 M(Kgf/cm2) V(mmhg) M(mca) V(mca) Hman Q(m3/h) 2,20 75,00 22,00 1,02 23,02 27,00 2,20 75,00 22,00 1,02 23,02 37,50 2,20 75,00 22,00 1,02 23,02 46,50 2,20 90,00 22,00 1,22 23,22 57,00 2,00 140,00 20,00 1,90 21,90 64,00 1,80 195,00 18,00 2,65 20,65 75,00 1,40 250,00 14,00 3,40 17,40 83,00 1,00 345,00 10,00 4,69 14,69 93,00 Tabela 3: Dados obtidos no procedimento para a associação em paralelo B1//B2. A partir dos dados obtidos no procedimento para a associação de bombas em série B1+B2 podemos construir a tabela abaixo: B1+B2 M(Kgf/cm2) V(mmhg) M(mca) V(mca) Hman Q(m3/h) 4,60 0,00 46,00 0,00 46,00 0,00 4,60 0,00 46,00 0,00 46,00 10,00 4,60 25,00 46,00 0,34 46,34 20,00 4,40 50,00 44,00 0,68 44,68 26,00 4,00 90,00 40,00 1,22 41,22 33,00 3,40 155,00 34,00 2,11 36,11 40,00 2,90 200,00 29,00 2,72 31,72 46,00 1,80 300,00 18,00 4,08 22,08 53,00 Tabela 4: Dados obtidos no procedimento para a associação em série B1+B2. Utilizando os dados da tabela 1 e 2 pode-se obter um gráfico de Hman x Q, para a bomba B1 e B2. Gráfico 1: Curva característica Bomba 1 Gráfico 2: Curva característica Bomba 2 Utilizando os dados da tabela 3 e 4 pode-se obter um gráfico de Hman x Q, para a associação da bomba B1e B2 em paralelo e em série. Gráfico 3: Curva característica Bomba B1//B2. : Gráfico 4: Curva característica Bomba B1+B2. 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS Os testes realizados na bomba 1 e 2 utilizando a rotação de 2800 rpm, verifica-se que as bombas apresentam resultados similares de altura manométrica (Hman) e vazão (m3/h). Já no teste do ligamento das bombas 1 e 2 em série fica evidente o aumento da altura manométrica e em paralelo foi obtido o aumento da vazão do fluido, assim confirmando a teoria de Associação de bombas em paralelo e em série. 6 CONCLUSÃO Portanto, pode-se concluir que o experimento realizado condiz com a teoria estudada e os valores obtidos demostra claramente a finalizada da associação de bombas em paralelo e em série. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.feg.unesp.br/~mzanardi/ensaioserieparalelo.pdf Laboratório de Fluidomecânicos: Práticas de Mecânica dos Fluidos. Belo Horizonte. 2010.
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