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ROTEIRO DE ESTUDOS PARA AV2 – IMUNOLOGIA BÁSICA 
Profa Dra Lindamar Souza 
 
Sistema imunológico: defesa contra micro-organismos (vírus, bactérias etc). 
Os órgãos do sistema imunológico são: timo e medula óssea (órgãos geradores) e 
linfonodos e baço (órgãos secundários, onde ocorre a ativação da resposta 
imunológica). 
 
REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE 
 
TIPO I: Mediada por anticorpos IgE, mastócitos, basófilos e eosinófilos. Também 
conhecida como reação de hipersensibilidade do tipo I (tipo anafilático) e ocorre após 
o segundo contato com o alérgeno (ex.: picada de abelha, picada de escorpião, 
ingestão de frutos do mar). Pode provocar edema de glote, oclusão da traquéia, 
bloqueando a entrada de ar nos pulmões, levando o paciente ao óbito. Muitos 
sintomas são decorrentes da liberação de histamina pelos mastócitos e basófilos. A 
histamina é um mediador pré-formado, que causa a contração, quando se liga ao 
receptor H1 presente em células da musculatura lisa, ou separação de junções 
intercelulares, quando se liga ao receptor presente nas células endoteliais, levando 
assim ao aumento da permeabilidade vascular e aos sintomas da anafilaxia (alergia). 
 
 
TIPO II: Produz lesão tecidual ocorre pela ligação de anticorpos das classes IgG e 
IgM sobre células do 
organismo (células presentes nos tecidos ou no sangue). A citotoxicidade celular 
dependente de anticorpos IgG e IgM. Exemplos: 1) Miastenia grave, uma doença auto-
imune causada pela destruição dos receptores da Acetilcolina; 2) Artrite Reumatóide. 
 
TIPO III: Mediada por imunocomplexos (anticorpos IgG e IgM), dependente de 
complemento. Ex.: Lúpus. A hipersensibilidade tipo III é também conhecida como 
hipersensibilidade imune complexa. A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou 
envolve órgãos individuais incluingo pele (ex. lupus eritematoso sistêmico, reação de 
Arthus), rins (ex. nefrite do lupus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. 
poliarterite), juntas (ex. artrite reumatóide) ou outros órgãos. Esta reação pode ser o 
mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos. 
 
TIPO IV: Mediada por linfócitos Auxiliares CD4+, macrófagos e citocinas. Formam 
granulomas. 
 
ANTICORPOS 
São glicoproteínas produzidas pelas células B efetoras, chamadas plasmócitos. 
Possuem especificidade para um único antígeno e são encontradas na superfície das 
células B, que produzem os anticorpos em resposta a um antígeno imunogênico. Os 
anticorpos eliminam os antígenos. A estrutura dos anticorpos é representada por um 
Y, com porções diferenciadas: Porção Fab - função de ligação ao antígeno / Porção 
Fc - função efetora. 
Existem cinco classes ou isótopos de cadeias pesadas, correspondendo às cadeias 
pesadas de IgG, IgA, IgM, IgD e IgE. 
IgD: receptor de membrana citoplasmática e pouco encontrada no soro. 
 
IgG: ser transplacentária (atravessa placenta). IgA: presente no soro, colostro. 
Defende as mucosas. 
IgM: proteína pentamérica. Ativa sistema complemento. Caracteriza a imunidade 
primária (infecção aguda). 
IgE: produzida para combater infeccções helmínticas, mas também aparece nas 
reações de hipersensibilidade do tipo I, como asma e febre do feno 
 
LINFÓCITOS 
Originam-se na medula óssea e são responsáveis pela imunidade adquirida, a qual 
pode ser de dois tipos: humoral (mediada pelos linfócitos B) e celular (mediada pelos 
linfócitos T). 
Os linfócitos B amadurecem na medula óssea e os linfócitos T amadurecem no timo. 
Os linfócitos T possuem TCR (proteínas presentes nas membranas cuja função é 
reconhecer peptídeos antigênicos associados às moléculas do MHC na superfície de 
outras células, processo chamado “Apresentação de antígenos”: 
Os linfócitos T CD8+ (citotóxicos) reconhecem antígenos protéicos associados ao 
MHC de classe I. 
Os linfócitos T CD4+ (helper ou auxiliares) reconhecem antígenos protéicos 
associados ao MHC de classe II. Após a proliferação, as células Th devem diferenciar-
se em Th1 ou Th2. 
As moléculas de MHC I e II são moléculas codificadas por um complexo de genes 
chamado complexo principal de histocompatibilidade, sendo denominadas HLA em 
humanos. São elas que determinam se um transplante vai dar certo ou se será 
rejeitado. 
 
As interações múltiplas do TCR com Ag/MHC e as moléculas acessórias e 
coestimulatórias com seus ligantes têm sido denominadas de sinapse imunológica. 
 
 
ÓRGÃOS LINFÓIDES 
Classificados em: Órgãos linfoides primários: timo e medula óssea vermelha (local em 
que os linfócitos se diferenciam e atingem a maturação). Órgãos linfoides secundários 
ou periféricos: baço, gânglios linfáticos ou linfonodos, amígdalas e tecido linfático 
organizado por exemplo gânglios linfáticos onde ocorre a ativação da resposta imune. 
São funções do sistema linfático: Drenagem de líquidos dos tecidos, Retenção de 
partículas estranhas e células mortas e Proteção do organismo contra agentes 
infecciosos. 
 
SISTEMA COMPLEMENTO 
As proteínas do sistema complemento permanecem nas formas inativas e somente 
podem ser ativados pelas vias clássica, da lectina e a alternativa. 
A via clássica do complemento é iniciada pela interação do C1 com o complexo 
antígeno-anticorpo (IgG ou IgM). 
A ligação covalente irreversível de C3b à superfície bacteriana promove a fagocitose 
por um processo chamado opsonização, a qual melhora a fagocitose. O sistema 
complemento também é capaz de promover a neutralização de vírus, a Lise celular 
por citotoxicidade, ativação celular, recrutamento celular, Depuração de 
Imunocomplexos e Inflamação. 
 
IMUNIZAÇÃO 
 
As vacinas são indicadas para prevenir doenças ou diminuir as complicações das 
doenças. É comum, após a vacina, a presença de reações imunológicas causados 
pelas citocinas liberadas pelas células de defesa. Contudo, não há risco de infecção 
bacteriana secundária e probabilidade de óbito. 
Gestantes podem, no pré-natal, evitar muitas doenças, como o tétano, por exemplo, 
pela imunização ativa ou passiva (soro), pela vacina antitetânica. 
 
DOENÇAS AUTO-IMUNES: 
Ocorrem devido à falha na tolerância aos antígenos próprios. É influenciada por fator 
genético e MHC. 
A tolerância central ocorre nos órgãos linfoides centrais (timo e medula óssea) e tem 
por objetivo impedir a maturação dede linfócitos autorreativos. A tolerância dos 
linfócitos T ocorre no timo, enquanto a dos linfócitos B ocorre na medula óssea, locais 
de maturação das respectivas células. Após a maturação, os linfócitos caem na 
circulação e sofrem tolerância periférica, ao reconhecerem antígenos próprios nos 
tecidos periféricos e sofrerem anergia. São esses fatores que mantêm a tolerância 
aos antígenos próprios 
 
ANTÍGENOS/IMUNIZAÇÃO ATIVA 
São moléculas que podem ser reconhecidas por receptores específicos de linfócitos 
e ativar a resposta imune adaptativa. As vacinas contém antígenos imunogênicos, isto 
é, capazes de ativas a resposta imunológica. Para ser um bom imunógeno, o antígeno 
deve ser estranho; ter alto peso molecular; ter complexidade química (proteína – 
antígeno T dependente); ter capacidade de ser degradada (fagocitado por APC, 
processado e associado ao MHC para serem apresentados aos linfóctitos T). Os 
antígenos que possuem capacidade de estimular uma resposta imunológica 
específica e induzem a produção de anticorpos e ativação de linfócitos T auxiliadores, 
citotóxicos e supressores são os imunógenos. 
 
IMUNIZAÇÃO PASSIVA 
Consiste na administração de soro (contendo anticorpos específicos) para tratamento 
quando o indivíduo não seria em tempo ideal para produção de anticorpos. Utilizado 
para neutralizar veneno de cobra ou para o toxoide tetânico, por exemplo. Os 
anticorpos presentes no soro são, em geral, produzidos em cavalos. Uma vez 
administrados no paciente, após neutralizarem as toxinas, os anticorpos do soro 
desaparecem. 
A diferença entre imunização ativa é que estaocorre por exposição natural ao 
antígeno, por doença ou vacina. A imunização passiva ocorre quando é recebido 
anticorpos produzidos em outro organismo, como no caso da amamentação. 
 
Imunidade inata, inespecífica ou naturalFormada por elementos relacionada a 
resistência inespecífica que não são adquiridos através de contato com o antígeno: A 
pele é uma barreira física que faz parte da resposta imune inata. Mucosas, 
Fagocitose.A microbiota anfibiôntica natural (indígena) é adquirida no momento do 
nascimento. É encontrada na pele, mucosas em áreas em direto contato com o meio 
externo. 
 
 
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS são os fagócitos: Monócitos, 
macrófagos, neutrófilos polimorfonucleares e eosinófilos. Fagocitam, processam e 
apresentam antígenos protéicos aos linfócitos T. 
Células dendríticas 
População distinta de células apresentadoras de antígenos (APC), distribuídas em 
muitos tecidos do organismo. 
Macrófagos e células dendríticas são importantes para gerar inflamação e febre. Eles 
produzem: Interleucina 6, fator de necrose tumoral alfa e interleucina 1, como 
exemplos de moléculas envolvidas no estabelecimento da inflamação e pirogênio, 
envolvido no desenvolvimento da elevação da temperatura corpórea. 
Fagocitose e destruição dos microrganismos ingeridos.

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