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Exercícios Aula 4

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Plano de Aula: Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Número de Aulas por Semana 
Número de Semana de Aula 
4 
Tema 
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Objetivos 
Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: 
 Conhecer o plano de aula. 
 Compreender a relevância da subsunção das normas penais aos preceitos constitucionais. 
 Demonstrar a aplicabilidade das Normas jurídico-penais no tempo e no espaço e suas 
limitações constitucionais. 
 Reconhecer as situações fáticas ensejadoras dos conflitos de leis penais no tempo: Abolitio 
criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora e Novatio Legis in Pejus. 
 Identificar e solucionar os conflitos de leis penais no tempo com base nos princípios da 
irretroatividade da lei penal e retroatividade da lei penal mais benéfica. 
 Compreender a necessidade de criação de normas penais excepcionais e tem porárias e sua 
aplicabilidade. 
Estrutura do Conteúdo 
Antes da aula não esqueça de ler: 
 Os art.1º a 11, do Código Penal. 
 O art.5º, XXXIX e XL, da CRFB/1988 
 
Estrutura de Conteúdo 
1.A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade. 
1.1. Atividade e Extratividade da Lei Penal. 
 2.Conflito de leis Penais no Tempo: 
 2.1. Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora, Novatio Legis in Pejus. 
3.Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo: 
 3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa 
 3.2.Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna. 
4.Leis Excepcionais e Leis Temporárias. 
 4.1. Conceito. 
 4.2. Distinção 
5. Tempo do Crime: 
 5.1.Teorias: atividade, resultado e mista. 
 5.2.Teoria adotada pelo Código Penal. 
 5.2.Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo Tribunal Federal. 
 - Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo. 
6. A Lei Penal no Espaço. 
 6.1.Validade da Lei Penal 
 6.2. Lugar do Crime. Teorias da ubiquidade. 
 6.3.Conceito de Território Nacional e sua Extensão. 
 6.4.Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço: 
 -Territorialidade. 
 -Extraterritorialidade: Incondicionada e Condicionada. 
 - Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva e representação. 
 6.5.Pena Cumprida no Estrangeiro. 
UM ESBOÇO CONCEITUAL DOS TÓPICOS RELACIONADOS. 
Na presente aula estudaremos a validade da lei penal no tempo e no espaço. Desta forma, buscaremos 
responder às seguintes questões: qual a lei penal vigente ao tempo do fato punível? Caso essa tenha 
sido revogada, qual será a lei aplicável ao caso concreto? No caso de sucessão de leis penais no tempo e 
consequente conflito, quais princípios solucionarão o conflito? Com relação à lei penal no espaço, 
questionaremos a validade da lei penal brasileira e seu limite territorial a crimes praticados não apenas no 
território nacional, como também as situações nas quais a lei penal brasileira será aplicada a estrangeiros 
ou aos casos praticados fora do território nacional. 
Em relação à lei penal no tempo, a regra geral estabelece que se aplica a lei vigente à época da prática 
da conduta, sendo, desta forma, a irretroatividade da lei penal incriminadora a regra. Entretanto, a lei 
penal pode ser dotada de Extratividade (capacidade da lei para regular fatos fora do seu período de 
vigência), nos casos de Retroatividade da lei penal ( aplicação da nova lei, não existente à época da 
conduta, mas que retroage em benefício do réu) e Ultratividade (aplicação de lei penal já revogada, 
entretanto benéfica ao réu e que era vigente à época do fato). A lei excepcional ou temporári a, prevista no 
art.3º, do Código Penal, apresenta-se como exceção à estas regras. 
Podemos elencar como situações ensejadoras de conflito de leis penais no tempo e respectivos princípios 
solucionadores: (a) Abolitio criminis, art.2º, CP ? princípio da retroatividade da lei penal; (b) Novatio legis 
in mellius, art.2º, parágrafo único, CP princípio da retroatividade da lei penal; (c) Novatio legis 
incriminadora ? princípio da irretroatividade da lei penal; (d) Novatio legis in pejus - princípio da 
irretroatividade da lei penal. 
Com relação à lei penal no espaço, estudaremos os conceitos de territorialidade e extraterritorialidade, 
incondicionada e condicionada, bem como os princípios norteadores dos referidos conflitos: 
personalidade ou nacionalidade, domicílio, defesa, real ou proteção e princípio do pavilhão, bandeira, 
representação. 
 
Aplicação Prática Teórica 
Caso concreto 
No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março de 1996, 
encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de fogo em seu peito com 
intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos, avisaram sobre o ocorrido a familiares de 
Fernando, que optaram por transferi-lo de helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de 
março de 2014, porém, Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer 
ainda no hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do Código 
Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afi rmar que, em relação a estes fatos, responda às 
questões formuladas: (Questão de Concurso Público ? MODIFICADA) 
a) Felipe será responsabilizado pela conduta de acordo com as regras do Código Penal ou do Estatuto da 
Criança e Adolescente (Lei n.8069/1990)? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
b) Identifique e explique as teorias adotas no caso concreto sobre tempo e lugar do crime. 
Questão objetiva. 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da União (pena: 
detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a prever que, entre 20 de agosto 
de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal) 
passaria a ter pena de 2 a 5 anos de detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente 
um bem de propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como incurso 
nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. Considerando a hipótese narrada, 
no momento do julgamento, em março de 2016, deverá ser considerada, em caso de condenação, a pena 
de: 
 A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade da lei penal 
mais benéfica ao réu. 
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. 
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum (tempo rege o ato). 
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa.

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