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PSICOLOGIA APLIC. II UNI

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PSICOLOGIA APLIC. AO DIREITO - II UNIDADE
PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL:
A psicologia comportamental estuda o comportamento observável.
COMPORTAMENTO RESPONDENTE: 
	1. ANTES DO CONDICIONAMENTO:
 COMIDA → SALIVAÇÃO
 ESTÍMULO RESPOSTA
INCONDICIONADO INCONDICIONADA
	2. ANTES DO CONDICIONAMENTO:
 SOM → SEM SALIVAÇÃO
 ESTÍMULO RESPOSTA
 NULO CONDICIONADA
	3. DURANTE O CONDICIONAMENTO:
 SOM + COMIDA → SALIVAÇÃO
 RESPOSTA
 INCONDICIONADA
	4. APÓS O CONDICIONAMENTO:
 SOM → SALIVAÇÃO
 ESTÍMULO RESPOSTA
CONDICIONADO CONDICIONADA
COMPORTAMENTO OPERANTE:
- PUNIÇÃO: consequência desagradável pelo acréscimo de algo aversivo (punição positiva) ou pela retirada de algo satisfatório (punição negativa).
DIMINUI A FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO.
- REFORÇO: consequência agradável pelo acréscimo de algo satisfatório (reforço positivo) ou retirada de algo aversivo (reforço negativo).
AUMENTA A FREQUÊNCIA DO COMPORTAMENTO.
PSICANÁLISE:
É, ao mesmo tempo:
TEORIA: leis gerais sobre estrutura e funcionamento da psiquê humana.
MÉTODO INVESTIGATIVO/INTERPRETATIVO: “tradução” dos significados das manifestações do inconsciente.
PRÁTICA PROFISSIONAL: busca autoconhecimento e cura. Na clínica usa-se a associação livre como técnica para psicoterapias, aconselhamentos e orientações, também aplicada em grupos e instituições.
SIGMUND FREUD:
Aos poucos foi desenvolvendo a tese de que os sintomas têm a ver com desejos reprimidos e com traumas. Começou a usar o método catártico, que possibilita a liberação de afetos e emoções ligados a acontecimentos traumáticos que não foram expressos quando ocorreram. Notou que quanto mais os afetos eram liberados, menos os sintomas se manifestavam.
Aos poucos foi desenvolvendo a tese de que os sintomas têm a ver com desejos reprimidos e com traumas. Começou a usar o método catártico, que possibilita a liberação de afetos e emoções ligados a acontecimentos traumáticos que não foram expressos quando ocorreram. Notou que quanto mais os afetos eram liberados, menos os sintomas se manifestavam.
Freud gradativamente abandonou a hipnose pois nem todos se prestavam a ela e começa a desenvolver a técnica de “concentração”: rememoração sistemática, conduzida por perguntas, com o mesmo intuito de expressar e liberar os afetos ligados aos desejos reprimidos e às situações traumáticas.
Através da sugestão de uma paciente que pediu que a deixasse falar livremente, Freud abandonou a técnica da “concentração” e passou a usar da associação livre, para que os conteúdos inconscientes aflorassem e ele pudesse decifrá-los e ajudar a elaboração por parte do paciente. 
O objeto de estudo da psicanálise é o INCONSCIENTE. Freud tem como premissa o determinismo do inconsciente: nada do que fazemos, pensamos ou sentimos é casual. Para ele tudo é determinado pelo inconsciente.
Sua prática o conduziu a concluir que o que realmente afeta decisivamente nossa psiquê é a forma como interpretamos a realidade e fantasiamos acerca dela.
A realidade psíquica, e não a objetiva, é o foco de suas investigações. 
Pulsão: (al. Trieb, ing. drive) designa em psicologia um impulso energético interno que
direciona o comportamento do indivíduo. O comportamento gerado pelas pulsões diferencia-se daquele gerado por decisões, por ser aquele gerado por forças internas, inconscientes, alheias ao processo decisional.
Distingue-se do instinto, por este ser ligado a determinadas categorias de comportamentos pré-estabelecidos e realizados de maneira estereotípica, enquanto aquela refere-se a uma fonte de energia psíquica não específica, que pode conduzir a comportamentos diversos. 
1ª Teoria do Aparelho Psíquico:
Inconsciente: conjunto dos conteúdos reprimidos por censuras internas e que não estão presentes no campo da consciência. É um sistema do aparelho psíquico regido por suas próprias leis.
Pré-consciente: sistema onde permanecem os conteúdos acessíveis à consciência.
Consciente: sistema do aparelho psíquico que recebe ao mesmo tempo influências do mundo externo e do mundo interno.
2ª Teoria do Aparelho Psíquico (iceberg)
ID (“Isso”): reservatório de energia psíquica, onde se “localizam” as pulsões de vida e de morte. As mesmas características atribuídas ao inconsciente são atribuídas ao Id. É regido pelo princípio do prazer.
EGO (eu): sistema que estabelece equilíbrio entre exigências do Id, da realidade e as “ordens” do Superego. É regido pelo princípio da realidade.
SUPEREGO (Supereu): origina-se a partir do Complexo de Édipo e das internalizações das proibições dos limites e da autoridade. Moral e ideais são funções do superego. Seu conteúdo refere-se a exigências sociais e culturais. Nele se origina o sentimento de culpa.
Esquema de Desenvolvimento de Erik Erickson:
1. Confiança X Desconfiança (até um ano de idade)
Durante o primeiro ano de vida a criança é substancialmente dependente das pessoas que cuidam dela, requerendo cuidado quanto à alimentação, higiene, locomoção, aprendizado de palavras e seus significados, bem como estimulação para perceber que existe um mundo em movimento ao seu redor. O amadurecimento ocorrerá de forma equilibrada se a criança sentir que tem segurança e afeto, adquirindo confiança nas pessoas e no mundo. 
2. Autonomia X Vergonha e Dúvida (segundo e terceiro ano)
Neste período a criança passa a ter controle de suas necessidades fisiológicas e responder por sua higiene pessoal, o que dá a ela grande autonomia, confiança e liberdade para tentar novas coisas sem medo de errar. Se, no entanto, for criticada ou ridicularizada desenvolverá vergonha e dúvida quanto a sua capacidade de ser autônoma, provocando uma volta ao estágio anterior, ou seja, a dependência. 
3. Iniciativa X Culpa (quarto e quinto ano)
Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual, natural, for reprimida e castigada poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou de buscar novos conhecimentos.
4. Construtividade X Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)
Neste período a criança está sendo alfabetizada e freqüentando a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são seus familiares, o que exigirá maior sociabilização, trabalho em conjunto, cooperatividade, e outras habilidades necessárias. Caso tenha dificuldades o próprio grupo irá criticá-la, passando a viver a inferioridade em vez da construtividade. 
5. Identidade X Confusão de Papéis (dos 12 aos 18 anos)
O quinto estágio ganha contornos diferentes devido à crise psicossocial que nele acontece, ou seja, Identidade Versus Confusão. Neste contexto o termo crise não possui uma acepção dramática, por tratar-se de a algo pontual e localizado com pólos positivos e negativos.
6. Intimidade X Isolamento (jovem adulto)
Nesse momento o interesse, além de profissional, gravita em torno da construção de relações profundas e duradouras, podendo vivenciar momentos de grande intimidade e entrega afetiva. Caso ocorra uma decepção a tendência será o isolamento temporário ou duradouro. 
7. Produtividade X Estagnação (meia idade)
Pode aparecer uma dedicação à sociedade à sua volta e realização de valiosas contribuições, ou grande preocupação com o conforto físico e material. 
8. Integridade X Desesperança (velhice)
Se o envelhecimento ocorre com sentimento de produtividade e valorização do que foi vivido, sem arrependimentos e lamentações sobre oportunidades perdidas ou erros cometidos haverá integridade e ganhos, do contrário, um sentimento de tempo perdido e a impossibilidade de começar de novo trará tristezae desesperança.
SEXO x GÊNERO:
O sexo refere-se ao aspecto biológico (macho e fêmea). Já o conceito de gênero (feminino e masculino) é uma construção social. Nessa construção, as sociedades definem o que consideram ser um comportamento adequado às mulheres, ou seja, ao feminino, e o comportamento adequado aos homens, ou seja, ao masculino.
SEXO BIOLÓGICO: é o conjunto de características genotípicas (genéticas) e fenotípicas (observáveis) que distinguem machos e fêmeas. É dado a partir da concepção. Há pessoas, chamadas intersexos, que nascem com uma combinação diferente desses fatores e que podem apresentar características de ambos os sexos.
Refere-se a características biológicas (órgãos, hormônios e cromossomos) do corpo de uma pessoa (feminino ou masculino ou intersexo).
ORIENTAÇÃO SEXUAL: se refere ao sexo/gênero pelo qual sentimos, involuntariamente, desejo e afeto. Há três tipos de orientação sexual predominantes: heterossexual (atração por pessoas do sexo oposto), homossexual (atração por pessoas do mesmo sexo) e bissexual (atração por ambos os sexos).
IDENTIDADE DE GÊNERO: é a percepção tem de si como sendo do gênero masculino, feminino ou de alguma combinação dos dois, independentemente do sexo biológico. Pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento e inclui o senso pessoal do corpo (que pode ser modificado via procedimentos médicos, cirúrgicos e/ou estéticos), e outros aspectos, como roupas, modo de falar e de se comportar socialmente - expressão de gênero. Traduz o entendimento que a pessoa tem sobre ela mesma, como ela se descreve e deseja ser reconhecida.
DIREITO DAS FAMÍLIAS E PRÁTICAS PSICOLÓGICAS:
Família no Direito de Roma Antiga (753 a.C.-476)
Pater familias – detém o patrimônio e é responsável por segurança, manutenção e desenvolvimento dos gentiles (membros das gens: grupos de pessoas). Ele detém o patria potestas (entre outras coisas, poder de vida e morte sobre os sobre a família).
Patrimonium – bens do pater.
Patricii – membros masculinos, subordinados ao pater.
Patres conscripti – membros dos senatus (conselhos dos velhos) – escolhidos entre os patrícios.
Mater familias – a mulher que contraía casamento, ficava sob o poder do pater familias.
Famulus – muito provavelmente seria o escravo encarregado de uma função especial. Há também uma vertente não comprovada que afirma que seria o “habitante da casa). O termo “família” é originário de famulus.
Antes do Código Civil de 1916:
Brasil Império: legislação regida pelo Código Civil Português, inspirado no Código das Ordenações Filipinas (1603).
Casamento apenas entre católicos. Judeus e protestantes não tinham uniões reconhecidas pelo Estado.
Proclamação da República (1889)
Maior desvinculação entre Igreja e Estado
- decreto 181 (1890) – autoria de Ruy Barbosa: único casamento válido o realizado perante autoridades civis.
Código Civil de 1916:
Contexto: higienismo – família nuclear: maior controle. Função social da família e consolidação de unidade política nacionalista.
Família definida como união legalmente constituída pela via do casamento civil.
Defesa do casamento e repúdio do legislador ao concubinato.
Família como núcleo fundamental da sociedade, legalizada por meio da ação do Estado.
Família nuclear: pai, mãe e filho(s). Família extensa: membros ligados por consanguinidade e dependência.
Homem é o chefe da sociedade conjugal e dos bens comuns do casal e particulares do mulher – família patriarcal.
Código Civil de 1916: Direitos e Deveres da Mulher:
Mulher casada é relativamente incapaz.
Até 1962, com Estatuto da Mulher casada, precisa de autorização do marido para trabalhar. Depois do Estatuto, pode, mas a renda dela é pessoal (bens reservados da mulher), não se considera essencial para a manutenção da casa.
Somente na falta ou impedimento do pai poderia exercer o pátrio poder, ao qual filhos estão submetidos até maioridade.
Compromissos que assume sem autorização do marido não têm eficácia jurídica.
Desquite, separação, divórcio e guarda:
Desquite: separação de corpos por justa causa, preserva a indissolubilidade do matrimônio.
O genitor inocente fica com a guarda. O culpado tem direito à visita.
Se ambos são culpados, a mulher fica com as filhas menores e os filhos até os 6 anos. Depois dessa idade os meninos ficam com o pai.
Separação só é possível em 1977, depois de transcorridos 3 anos da separação. Permanece a questão da culpa na decisão da guarda. Se ambos são culpados, ficam com a mãe. “Alimentos”: manutenção dos filhos de responsabilidade de pai ou mãe, conforme necessidade e possibilidade.
Transformações sociais dos anos 60 e 70:
Movimento feminista
Introdução da mulher no mercado de trabalho
Liberação sexual e pílula anticoncepcional
“Milagre econômico”: mobilidade social ascendente dos setores médios da população, desenvolvimento industrial urbano e abertura para o consumo.
Novos arranjos familiares.
Constituição Federal de 1988:
Concubinato passa a ser união estável.
Família pode ser: qualquer dos genitores e seu(s) descendente(s) e também uma relação extramatrimonial estável.
Elimina-se a chefia familiar: igualdade de direitos para ambos cônjuges.
Crianças também tornam-se sujeitos de direitos (art. 227). Filhos havidos fora do casamento e por adoção passam a ter direitos iguais aos biológicos.
Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990:
Formulada a partir da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, que ocorreu em 1989. 140 países signatários (EUA não).
Criança e adolescente como sujeito de direitos.
Doutrina da Proteção Integral, Princípios da Prioridade Absoluta e do Melhor Interesse.
Direito à convivência familiar:mCritério do vínculo afetivo e familiar X institucionalização: família extensa tem prioridade quando o ambiente em que a criança ou o adolescente vivem não garante seu melhor interesse. Desde a Convenção.
Novo Código Civil - 2002:
Pátrio poder passa a chamar-se poder familiar.
Cai a noção de “falta conjugal” em detrimento do melhor interesse e do direito à convivência com ambos os pais. (diferenciação entre conjugalidade e parentalidade)
Outras legislações importantes:
Lei da Alienação Parental (2010): tipifica a alienação e prevê sanções ao alienador e medidas protetivas à criança ou adolescente.
Lei da Guarda compartilhada (2014): estabelece que a guarda compartilhada deve ser preferencial em casos de separação.
Lei do Menino Bernardo (2014): coibe castigos físicos a crianças e adolescentes.
Processo Histórico dos Direitos das Crianças e Adolescentes no Brasil e no Mundo:
Lei de 1927- Código de Mello Mattos:
O “Código de Mello Mattos” era o Decreto 17.943-A, de 12-10-1927, tinha 231 artigos, e foi assim chamado em homenagem ao seu autor, o advogado e ex-deputado José Candido de Albuquerque Mello Mattos.
A “nova lei” determinava ao Governo, à sociedade e à família que cuidassem bem dos menores de 18 anos.
Este código foi “revolucionário”, pois, pela primeira vez obrigou o Estado a cuidar dos abandonados e reabilitar os delinquentes. 
Art. 198. E' criada uma escola de preservação para menores do sexo feminino, que ficarem sob a protecção da autoridade publica.
Art. 199. Essa escola é destinada a dar educacão phiysica.moral, profissional e litteraria ás menores. que a ella forem recolhidas por ordem do juiz competente.
Art. 200. A ella não serão recolhidas menores com idade inferior a sete annos, nem excedente a 18.
Art. 204. Haverá uma escola de reforma. destinada a receber, para regenerar pelo trabalho, educação e instrucção, os menores do sexo masculino, de mais de 14 annos e menos de 18, que forem julgados pelo juiz de menores e por este mandados internar. 
Código de Menores - 1979:
Suas bases conceituais sustentavam a exclusão e o controle social da pobreza, por meio da intervenção estatal aos “menores desamparados” e a sua institucionalização e encaminhamento precoce ao trabalho.
O Código de Menores expressoua visão do Direito do Menor, “um conjunto de normas jurídicas relativas à definição da situação irregular do menor, seu tratamento e prevenção”. Foi ideologicamente construído para intervir na infância e na adolescência pobre e estigmatizada.
Art 1º Este Código dispõe sobre assistência, proteção e vigilância a menores:
I - até dezoito anos de idade, que se encontrem em situação irregular;
II - entre dezoito e vinte e um anos, nos casos expressos em lei.
Parágrafo único - As medidas de caráter preventivo aplicam-se a todo menor de dezoito anos, independentemente de sua situação. 
Art 2º Para os efeitos deste Código, considera-se em situação irregular o menor:
I - privado de condições essenciais à sua subsistência, saúde e instrução obrigatória, ainda que eventualmente, em razão de:
a) falta, ação ou omissão dos pais ou responsável;
b) manifesta impossibilidade dos pais ou responsável para provê-las;
Il - vítima de maus tratos ou castigos imoderados impostos pelos pais ou responsável;
III - em perigo moral, devido a:
a) encontrar-se, de modo habitual, em ambiente contrário aos bons costumes;
b) exploração em atividade contrária aos bons costumes;
IV - privado de representação ou assistência legal, pela falta eventual dos pais ou responsável;
V - Com desvio de conduta, em virtude de grave inadaptação familiar ou comunitária; 
Doutrina da situação irregular:
CRÍTICA: não diferenciar o menor infrator daquele que era, de fato, vítima da pobreza, do abandono, dos maus-tratos e diversos outros fatores que per si justificavam medida distinta.
A expressão “menor mata criança” era muito comum.
É notável o evidente caráter discriminatório do Código, devido a forte associação a pobreza à delinquência. Ou seja, na prática, o grande alvo da legislação era as crianças e os adolescentes pobres, negros, de baixa ou sem escolaridade.
O termo “menor”, que se popularizou na época do código de Mello Mattos, agora é abominado pelo meio jurídico. O ECA, em seus mais de 250 artigos, não o utiliza nenhuma vez. No lugar de “menor”, adota a expressão “criança ou adolescente”.
DÉCADA DE 1980:
Existia duas correntes que defendiam o tema da infância no Brasil:
Os menoristas: que defendiam a manutenção do Código de Menores, (Doutrina da Situação Irregular);
Os estatutistas: defendiam uma grande mudança no código, instituindo novos e amplos direitos , que passariam a ser sujeito de direitos e a contar com uma Política de Proteção Integral. 
Constituição de 1988:
No dia 05 de outubro de 1988, foi promulgada a Constituição cidadã;
Trás consigo conquistas importantes como os artigos: 203, I e II 227, que introduz conteúdo da Doutrina de Proteção Integral .
Art. 227, da CF/88: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.” (...)
ECA 1990:
Nasce no dia 13 de Julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90): uma grande conquista da sociedade brasileira. Era o que havia de mais avançado no que diz respeito aos direitos da população infanto-juvenil;
O Estatuto alterava significativamente as possibilidades de uma intervenção arbitrária do Estado na vida de crianças e jovens;
Com o estatuto se sai da doutrina de situação irregular e passa para proteção integral. O termo “de menor” é trocado por criança e adolescente;
A nova Lei põe fim também a CASA DO BEM ESTAR DO MENOR (FEBEM).
DISPUTA DE GUARDA E SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL:
Tipos de guarda:
Obs.: há casais que não recorrem ao Judiciário.
Compartilhada
 - Ambos os genitores respondem pela criança.
Características observadas:
 - Relacionamento entre genitores (potencial para o diálogo);
 - Capacidade de prover educação, lazer, saúde, etc.
Benefícios
 - Participação conjunta dos pais no desenvolvimento da criança;
 - Diminui os efeitos da separação conjugal;
Adversos:
 - Maior custo financeiro;
 - “Vida dupla”
Recomendado:
- Quando há relação harmônica.
Unilateral
- Cuja responsabilidade é de apenas um genitor;
- Outro genitor tem direito de visita (regulamentada).
Características observadas:
-Relação com o genitor e com a família (não se pergunta com quem a criança quer ficar);
- Capacidade do genitor para prover educação, lazer, segurança, saúde, etc;
-Relação do genitor com o outro genitor e sua família (propicia a convivência?).
Benefícios:
- Lugar de referência (“minha casa”)
 - Mais viável economicamente;
Adverso:
- Pode perder a participação do outro genitor;
Recomendado:
- Quando constatada a incapacidade em um dos genitores. 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER:
TIPOS DE VIOLÊNCIA:
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursoseconômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR:
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou
omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: (Vide Lei complementar nº 150, de 2015)
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida,
independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual.
Art. 6o A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de violação dos direitos
humanos.

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