Buscar

Patologia Sistema Digestório

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tiago 
Patologia digestiva 
Esôfago 
o Esofagite 
o Esôfago de Barrett 
o Carcinoma Esofagiano 
Na biopsia obtém-se mais esses diagnósticos. 
Esofagite: 
Uso abusivo de medicamentos: Ingerir muito remédio e irritar o esôfago; infecção por herpes vírus; Infecção 
(candidíase); suicídio com substâncias cáusticas 
Dois tipos de esofagite: 
o Esofagite eosinofílica (alérgica) 
o Esofagite provocada pelo refluxo (DRGE) 
É um desafio para diferenciá-las. 
Amostra inflamada. Os 2 chamam eosinófilos. Eosinofilia no tecido, número de eosinófilos acima do normal. 
Eosinófilos altos: câncer, DRGE, esofagite 
- Esofagite eosinofílica: 
Geralmente ocorre em pessoas mais jovens, alérgico, alergia alimentar 
Formação de anéis -> Traqueização; lesão até a camada muscular da mucosa – erosões/cratera. Passando disso já é 
uma úlcera (lesão mais profunda); 
Eosinófilos para parte mais alta do esôfago. Ponto de corte: 15 eosinófilos por campo microscópico de grande 
aumento. Atrai mais eosinófilos do que DRGE. 
Erosões lineares principalmente do esôfago distal. Pessoa com esofagite eosinofílica tem refluxo. 
- Esofagite causada pelo refluxo (DRGE): 
Normalmente pessoas mais velhas, obesa, sintomatologia de azia. 
Eosinófilos mais para baixo. 
Esofagite crônica rica em eosinófilos (isso que as 2 tem em comum). 
Base para o esôfago de Barrett. 
Esôfago de Barrett: 
Linha z: transição da mucosa do estômago para a mucosa do esôfago. 
É o avanço de uma mucosa colunar (estomago) para dentro dos limites do esôfago, ou seja, além da linha Z. 
Definição histológica: Existe mucosa de tipo glandular onde só poderia haver epitélio escamoso (esôfago), por um 
processo de metaplasia (adaptação a uma mudança físico-química - o ácido). Produção de uma mucosa de tipo 
glandular (glândula intestinal pois tem célula caliciforme). Definição: Metaplasia intestinal da mucosa esofagiana, 
para dar diagnóstico. Tem a metaplasia gástrica e depois, logo em seguida, metaplasia intestinal. Precisa do achado 
de metaplasia intestinal acima da linha Z para dar o diagnóstico. Mucosa colunar (gástrica) além da linha Z. 
Metaplasia intestinal na mucosa escamosa. Não é para ter glândula na mucosa do esôfago, só na submucosa. 
Coloração bege: mucosa esofagiana normal. Quando vermelho indica uma metaplasia. 
É uma doença do esôfago distal. É uma complicação da DRGE. 
Complicação: fator de risco para o câncer de esôfago (adenocarcinoma esofagiano). 
Pode apresentar displasia nas glândulas da metaplasia, ou seja, ser precursor de câncer. A maioria com esôfago de 
Barrett não desenvolve câncer, mas pode acontecer. Não é sempre que a displasia vai evoluir para câncer. 
Glândulas escuras sem células caliciformes -> displasia (fase evolutiva de um câncer). Adenocarcinoma da junção 
esofagogástrica. 
Massa na transição esofagiana. Praticamente só do esôfago distal 
 
Adenocarcinoma da JEG: 
Células se unem para formar tubos que lembram glândulas, que vão destruindo tudo. 
Localizado no terço distal. 
Homens caucasianos (65 a); 
Câncer de esôfago mais comum se pegar em áreas desenvolvidas; 
Fatores de risco: DRGE e esôfago de Barrett; obesidade; tabagismo; alcoolismo. 
 
CEC: Carcinoma Epidermoide: 
 
Tumor maligno mais comum do esôfago se considerar o mundo inteiro. 
Começam como lesões in situ. 
Homens afroamericanos (65 a); 
Fatores de risco: Fatores ambientais e alimentares. Contribuição para predisposição genética. Tabagismo e 
alcoolismo contribuem para esse câncer; dieta cancerígena (muito salgado, defumado, comida ocidental, bebidas 
quentes – chimarrão); pobreza, radioterapia, HPV (pouca relação). 
Tratamento radioterápico. 
Massa em terço médio do esôfago, mas pode estar no terço superior e no inferior. 
 
Biópsia de esôfago: 
Esofagite; Esôfago de Barrett (com ou sem displasia); carcinoma esofagiano. 
Biópsia do estomago: 
o Gastrite; 
o Ulceração péptica; 
o Câncer de estômago. 
 
Defesas da mucosa: 
 
o Barreira de muco aderente ao epitélio + bicarbonato 
o Junções intercelulares epiteliais apertadas impedem difusão de H+ 
o Síntese de prostaglandinas -> estimulam a secreção de muco e bicarbonatos, inibem a secreção ácida e 
algumas são vasodilatadoras (E e I) 
o O rico suprimento sanguíneo da mucosa traz oxigênio, bicarbonato e nutrientes e remove H+ 
 
- Helicobacter Pylori: 
Provoca o câncer de estomago. 
Doenças associadas: gastrite crônica, úlcera péptica, carcinoma gástrico e linfoma MALT gástrico. 
Corante: GIEMSA. Fica aderido à porção mais alta na infecção do H. pylori. 
Barreira de defesa da mucosa contra a acidez, composto por barreira de muco rico em bicarbonato. Mucosa sintetiza 
prostaglandinas. 
Agressor x barreira de defesa 
Enfraquecimento da barreira mucosa, ou vence a barreira ou os 2 juntos – há um enfraquecimento da barreira e o 
patógeno a vence. 
 
* Gastrite aguda (álcool causa irritação) transitória. Pode ter erosão e sangrar. 
 
 
 
Gastrite crônica 
Meio ambiente favorável ao desenvolvimento da CA de estomago. 
Alterações inflamatórias crônicas da mucosa que resultam em atrofia e Metaplasia intestinal, podendo haver 
surgimento de displasia e carcinoma. 
Etiologia: possui como agentes causadores principais a infecção por H. pylori e autoimunidade (gastrite 
autoimune/anemia perniciosa) 
 
- Gastrite crônica Ambiental: 
- Muito mais comum, induzida pelo H. pylori; 
- Carcinoma e linfoma MALT -> 2 tipos mais comuns; 
- H. pylori é um bastonete Gram negativo responsável por uma das infecções mais comuns do mundo. É transmitido 
via fecal-oral, por ingestão de água contaminada, daí sua maior prevalência em populações de baixa renda de países 
em desenvolvimento (saneamento básico deficiente); 
- É o principal causador da gastrite crônica, úlceras gástricas e duodenal e câncer gástrico (Carcinoma e Linfoma 
MALT). 
- H.pylori não invade, fica na superfície. Evoca resposta inflamatória. Respostas inflamatórias crônicas evocam 
câncer, por afetar o epitélio. Os leucócitos em proliferação eterna podem induzir o câncer também. Capaz de 
aumentar a secreção de ácido e causar dano direto. 
Danifica o epitélio gástrico diretamente ou pela resposta contra ele. 
Efeitos sentidos no antro. Gastrite hipersecretória. Pode ter também repercussão duodenal. No início tem 
hipersecreção ácida, acarretando irritação no duodeno. Antral ou difusa (corpo e fundo) 
Gastrite que só pega corpo e fundo e poupa o antro -> autoimune. 
Neutrófilos invadem as glândulas e as destroem. Doença crônica em atividade. 
Folículos linfoides (induzido pela presença do H. pylori. No antro é difícil de achar esse folículo. Se tiver no antro é 
provável que o H. pylori tenha induzido. 
 
- Antro -> mucosa pilórica (glândula não tem célula parietal nem principal) 
- Corpo e fundo -> mucosa oxíntica. Glândula propriamente dita e fovéola com célula parietal e principal. 
 
Porções da glândula gástrica: 2 porções. Toda glândula exócrina tem 2 porções. Ácino (onde produz) e o ducto. Na 
gástrica chama fovéola (ducto) e glândula propriamente dita. No antro essas glândulas não têm nem célula parietal e 
nem célula principal que produz pepsina. Só produzem muco. Células neuroendócrinas que produz hormônio de 
ação local (gastrina), que estão escondidas nas glândulas gástricas do tipo pilórico. Tem célula G, produtora de 
gastrina. 
Folículos linfoides e metaplasia intestinal. As glândulas gástricas assumem fenótipo de glândula intestinal (célula 
caliciforme e de paneth). Pode surgir a displasia nessas glândulas, o que pode chegar no CA. 
 
- Gastrite crônica autoimune: 
Brancos (nórdicos). Destruição imunomediada de células parietais.Restrita ao corpo e fundo (Gastrite do tipo A) 
Características: Hipocloridria; Hiperplasia de células neuroendócrinas; anemia perniciosa (megaloblástica). 
Anemia megaloblástica: Ocorre porque há destruição das células que produzem o ácido e fator intrínseco para 
absorver vitamina B12. 
Anticorpos contra as células parietais e contra o fator intrínseco e redução sérica da concentração de pepsinogênio 
1. 
Quem fabrica pepsina é a célula principal e não a parietal. 
O antro é poupado. Ocorre no fundo e no corpo. 
Mucosa oxíntica: Célula parietal produz H+ e célula principal produz pepsina. Gastrina estimula a produção de 
histamina, que induz a célula parietal a liberar o H+. Excesso de H+ inibe a gastrina de ser liberada. 
Bomba de próton: bomba que fabrica o H+. 
 
CARACTERÍSTICAS DA GASTRITE ASSOCIADA AO H. PYLORI E AUTOIMUNE 
 H. Pylori Autoimune 
Localização Antro Corpo 
Infiltrado inflamatório Neutrófilos, plasmócitos subepiteliais Linfócitos, macrófagos 
Produção de ácido Aumentada a levemente diminuída Diminuída 
Gastrina Normal a diminuída Aumentada 
Outras lesões Pólipos hiperplásicos inflamatórios Hiperplasia neuroendócrina 
Sorologia Anticorpos para H. pylori Anticorpos para células parietais 
Sequelas Úlcera péptica, adenocarcinoma Atrofia, anemia perniciosa, adenocarcinoma 
Associações Estado socioeconômico baixo, pobreza, 
incidência em áreas rurais 
Doença autoimune 
 
Doença que destrói célula parietal. Quantidade de H+ cai. O bloqueio da somatostatina contra o G se desenlaça. 
Produz mais gastrina, produz muita histamina que não encontra a célula para agir. Essa célula de produção de 
histamina pode proliferar muito e formar um tumor neuroendócrino (NET). 
- Doença ulcerosa péptica 
Abertura na mucosa que se estende além da mucosa, alcança a muscular. (Erosão é úlcera rasa) 
Úlcera tem curso longo e pode cicatrizar e depois abrir de novo. 
É uma úlcera não maligna. 
O CA pode imitar uma úlcera. 
Causas: H. pylori ou uso de anti-inflamatórios (inibe as prostaglandinas). 
Patogenia: desequilíbrio entre agressor e proteção 
Causas: 
- Uso de AINES 
- Infecção por H. pylori 
- Associação à síndrome de Zolinger Ellison: Hipersecreção ácida por um tumor neuroendócrino produtor de 
gastrina (duodeno, pâncreas ou antro). Há úlceras pépticas múltiplas. 
Lesões crônicas que levam em média 15 anos para curar espontaneamente. Trata com inibidores da bomba de 
próton. 
Camadas de ulceração: 
1ª tecido necrótico com tampão fibrinoleucocitário – mistura de células mortas, fibrina e leucócito; 
2ª tecido de granulação 
3ª fibrose 
Pode ter sangramento e perfuração. 
Complicações: 
- Principal: hemorragia 
- Mais letal: perfuração 
Estomago em ampulheta: Úlcera que se cicatriza e causa uma estenose. Outra complicação. 
Adenocarcinoma gástrico 
- O mais comum. 95% dos tumores malignos do estômago. Predomina em homens acima dos 50 anos; 
- Sintomas mais evidentes em fase mais avançada (perda de peso, dor, disfagia e hemorragia digestiva). 
- Genética, infecção por H. pylori e alimentação carcinogênica (carne vermelha, gordura, defumados e salgados) 
- As células não tendem a se unir para formar estrutura nenhuma – carcinoma do tipo difuso. 
- Tipo difuso e tipo intestinal -> classificação histológica segundo Lauren. 
Classificação de Lauren: 
Tipos distintos em termos de comportamento e morfologia 
Intestinal e difuso. 
- Intestinal – Tumores que predominam no antro e pequena curvatura (maioria dos tumores) cujas células 
constituintes formam estruturas glandulares semelhantes às intestinais. É o adenocarcinoma clássico. Melhor 
prognóstico do que o difuso. Associados a zonas de baixo nível socioeconômico e à sequência de carcinogênese: 
Infecção por H. pylori - gastrite crônica multifocal atrófica – displasia – carcinoma. 
- Difuso – predominam no corpo e no fundo e são compostos por células isoladas em meio a fundo desmoplásico 
(cirroso), muitas das quais com grande vacúolo citoplasmático preenchido por muco, deslocando do núcleo para a 
periferia -> Células em aspecto de anel de sinete. Pode acontecer do nada. Pega muitas mulheres e pessoas jovens. 
Pode acontecer fora de qualquer contexto. Incidência não se altera muito com melhoria do saneamento. 
Prognóstico pior do que o do tipo difuso e sua incidência não se alterou com o tempo. 
Ponto de vista anatômico: gástrico precoce e gástrico avançado 
Fatores genéticos mais importantes em sua gênese (não se originam de focos displásicos). Ocorre no mesmo grupo 
de risco para o tipo intestinal. 
Carcinoma Gástrico precoce: T1. Invade a parede gástrica até a submucosa. Melhor prognóstico 
Carcinoma Gástrico avançado: Invade além da camada submucosa. Pior prognóstico. Mais associado com 
disseminação linfática, sanguínea e local. 
T – Tumor Primário 
T1 – Tumor invade lâmina própria ou submucosa 
T2 – Tumor invade muscular própria 
T3 – Tumor penetra a serosa (peritônio visceral) 
T4 – Tumor invade estruturas adjacentes. 
 
N – Linfonodos Regionais 
 
 N0 – Sem metástases 
 N1 – Metástases em 1 a 6 linfonodos 
 N2 – Metástases em 7 a 15 linfonodos 
 N3 – Metástases em mais de 15 linfonodos 
 
M – Metástases à distância 
 
 MX – Metástases à distância não podem ser acessadas 
 M0 – Sem metástases à distância 
 M1 – Presença de metástases à distância 
Esse estadiamento vale para todo o tubo digestivo. 
Classificação microscópica: Lauren e OMS. Intestinal e difuso (CA de células isoladas). 
Classificação a olho nu: classificação macroscópica de Bormann 
- Bormann 1: exofítico. Massa cresce para dentro da luz. Vegetante. 
- Bormann 2: como se fosse Bormann 1, mas tem ulceração no meio. Exofítico com ulceração. Úlcero-vegetante. 
- Bormann 3: úlcero-infiltrativo. 
- Bormann 4: difuso. Linitis plástica. O câncer não forma massa nem úlcera. Causa espessamento difuso da parede 
gástrica. Tipo difuso de Lauren na classificação microscópica. 
Adenocarcinoma de padrão tubular é o do tipo gástrico 
Tipo difuso de Lauren: células glandulares que produzem muco. Célula em anel de sinete. Muco acumulado dentro 
do citoplasma. Carcinoma das células isoladas (nome dado pela OMS) 
 
 
 
 
Pólipos gástricos 
o Pólipos de glândulas fúndicas; 
o Pólipos hiperplásicos; 
o Adenomas. 
Pequenos tumores com cabeça e pedículo. 
Pólipo Cécil – não tem pedículo. O pediculado é uma evolução do cécil. 
Geralmente não são malignos. Pode correr na parede do tubo digestivo, principalmente no intestino. Pode ter no 
estomago. 
3 tipos de pólipos: de glândulas fúndicas, hiperplásicos e adenomas (mais comum no intestino grosso do que no 
estômago) 
Se for adenoma: tem displasia nas glândulas proliferando dentro dele. A displasia faz parte de sua definição. A 
maioria das displasias não têm forma de pólipo. É incomum ter um adenoma no estômago, ao contrário do intestino 
que a maioria é em forma de pólipo. 
* Vilosidades: revestidas por enterócitos absortivos, células caliciformes e linfócitos intraepiteliais. A vilosidade tem 
3 vezes o tamanho da cripta. 
- Intestinos delgado e grosso 
o Doença celíaca (enteropatia relacionada ao glúten) 
o Pólipos e adenocarcinoma intestinal; 
o Doença intestinal inflamatória (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) 
- Doença celíaca 
Reação imunológica aberrante ao trigo e seus derivados na parede do intestino delgado que ataca a própria mucosa. 
Trigo possui glúten 
Ingestão do glúten. Aminoácido -> gliadina, que provoca a reação imunológica em algumas pessoas. 
Interleucina 15, produzida pelo epitélio intestinal das pessoas com essa reação, estimulador para a manutenção 
dessa resposta imunológica aberrante. Estimulam os linfócitosTCD8 a atacarem o epitélio intestinal. 
Adulto – anemia e diarreia crônica disabsortiva; ou forma subclínica. Não tem muita coisa, mas na biopsia observa 
que tem a doença. 
Criança – diarreia crônica e insuficiência do desenvolvimento 
10% das pessoas que têm doença celíaca pode ter dermatite herpetiforme; 
Dermatite herpetiforme: doença de natureza autoimune, autoimunidade voltada contra a pele. Bolhas na pele. 
Quem tem uma doença autoimune pode ter outra doença autoimune associada. 
Quem tem essa doença aumenta a chance de ter câncer de intestino. Linfoma T -> Tipo enteropático e, menos 
frequentemente, o adenocarcinoma. 
O intestino delgado tem pouco câncer em relação ao intestino grosso. Então quando dizem câncer de intestino, está 
se relacionando ao intestino grosso. 
Glúten é quebrado no lúmen intestinal e solta a Gliadina. Interação da transglutaminase -> gliadina desaminada. A 
gliadina desaminada que evoca a resposta imunológica em quem é predisposto a ter essa doença. Ataque à própria 
parede do intestino delgado (células epiteliais). 
Endoscopia: Padrão em mosaico da mucosa do duodeno. Pregas mucosas semilunares com aspecto serrilhado. 
Manifestações mais frequentes no duodeno e no jejuno. 
Mucosa intestino delgado normal – semelhante à mucosa do intestino grosso tem glândulas intestinais (criptas de 
Lieberkühn). 
Diferença entre intestino delgado e grosso: Intestino delgado tem vilosidades. As células que revestem as vilosidades 
são os enterócitos absortivos para absorver os nutrientes e células caliciformes. Além disso tem os linfócitos 
intraepiteliais (poucos em relação ao número de enterócitos absortivos) 
Tem glândula e vilosidade. Relação de tamanho entre a vilosidade e a cripta é 3:1. A vilosidade tem 3x o tamanho de 
uma cripta (glândula intestinal). 
1º sinal da doença: Há aumento do número dos linfócitos TCD8 intraepiteliais -> linfocitose intraepitelial. Pode usar 
marcador para leucócito. Ataque das células (tendência de gerar processo inflamatório) -> atrofia das vilosidades e 
hiperplasia compensatória das criptas. As criptas aumentam (produzem lisozima para muco). Quem absorve são os 
enterócitos das vilosidades. A relação vilocripta se inverte. Há transformação da mucosa do intestino delgado para 
uma mucosa do intestino grosso. Não tem vilosidade nenhuma e as criptas são longas. A relação vilocripta se 
inverteu ou se perdeu. 
Biopsia para saber se tem doença celíaca: Nessa doença produz anticorpos contra a transaminase; aspecto da 
endoscopia; aspecto clinico; aspecto da histologia (linfocitose intraepitelial e diminuição das vilosidades e aumento 
das criptas). 
Pólipos intestinais 
Retossigmoideoscopia e colonoscopia (via digestiva baixa) 
Pólipos potencialmente precursores de adenocarcinoma: adenomas. Tem potencial de evoluir para o câncer. 
Adenocarcinoma De Novo é o CA de intestino que nasce sem lesão precursora aparente, o que é raro no intestino. A 
maioria se origina de pólipos. 
Há outros pólipos precursores além do adenoma: 
Pólipos precursores de CA: 
Pólipos hiperplásicos/serrilhados (pólipo mais comum do intestino grosso): 
Dentro dessa família tem: 
o Pólipo hiperplásico (não é precursor do carcinoma intestinal e é o mais comum); 
o Pólipo serrilhado séssil sem atipias (sem displasia); 
o Pólipo serrilhado séssil com atipias (com displasia); 
o Adenoma serrilhado (mais comumente retal e tem displasia em sua constituição). 
Esses dois podem ser colocados juntos com os adenomas, tem potencial de virar câncer. 
Pólipos que tem potencial de virar câncer: adenoma, pólipo serrilhado séssil com atipias e adenoma serrilhado. 
Pólipo hiperplásico clássico sem displasia: padrão serrilhado, parece com dentes. 
Pólipo serrilhado séssil sem atipias: glândulas serrilhadas, mas muito longas. 
Pólipo serrilhado séssil com displasia/atipias: glândulas clássicas e glândulas escuras. É um precursor de CA de 
intestino. 
 
Outros: 
Pólipo inflamatório (excrescência polipoide da mucosa intestinal inflamatória); 
Pólipos amartomatosos (amartoma – proliferação desorganizada de elementos que existe na topografia da região) 
ex.: Pólipo juvenil: crianças com sangramento retal. Composto por proliferação de glândulas e o estroma também 
prolifera. 
Adenocarcinoma do cólon e do reto 
Um dos mais comuns do mundo 
Padrão constrictivo em alça de guardanapo 
Padrão úlcero-infiltrativo 
Padrão vegetante 
Maior incidência em áreas mais desenvolvidas. 
Causadores: Dieta ocidental (principal causador) e inflamação crônica (retocolite ulcerativa e doença de Crohn); 
Mais comum em sigmoide e reto 
Originados de adenomas (lesão precursora imediata) 
Disseminação linfática após invasão da submucosa. 
Adenocarcinoma invasor -> se invadiu a submucosa. 
Necrose com restos de células (necrose suja) – característico de CA de intestino. Debris celulares com células 
morrendo. 
Pólipo intestinal pedicular 
Pedicular já foi um cécil um dia. 
Pólipo que é um adenoma: glândulas displásicas. O pedículo é formado por submucosa e mucosa que não é doente. 
Se tem displasia é adenoma. 
Glândulas tubulares proliferando displásicas. 
Adenoma com aspecto viloso: estruturas papilares/ vilosas e não tubos. 
Adenoma tubular e adenoma viloso. Tem um que é mistura dos dois. 
Pólipos adenomatosos 
Neoplasias intraepiteliais precursoras da maioria dos CA colorretais 
Mais comum: hiperplásico 
A maioria dos adenomas são do colón esquerdo (distais). 
Chance para progredir para CA: grau de displasia, tamanho (maior indicador da progressão) e arquitetura vilosa. 
Alimentação rica em gordura, obesidade causa o seu aparecimento, fumo e sedentarismo. 
 
88% possuem instabilidade cromossômica 
Mutações na via Wnt (APC/Beta-catenina) 
Sequência adenoma-carcinoma (10 anos) 
 
15% apresentam instabilidade microssatelital (MSI) 
Erros em genes do reparo do DNA 
Adenomas serrilhados dão origem aos esporádicos 
10% via mutação herdada (síndrome de Lynch HNPCC) 
Vias moleculares de se gerar o câncer: 
Via da instabilidade cromossômica (via APC/Beta catenina ou via da instabilidade cromossômica) 
Principal via molecular de gerar o CA de intestino. 
 Sequência adenoma carcinoma (já foi chamada assim). Mutação do gene APC. 
Mutação no gene APC é o evento inicial para o surgimento de um pequeno adenoma. 
APC deixa o beta catenina solto, fazendo com que haja proliferação das células. 
Via da instabilidade microssatelital (MSI): Genes do reparo MLH1/PMS2 e MSH2/MSH6 
Perda de função de um dos 2. 
Inativação de uma das duplas de genes. Por essa inativação do reparo de GNA pode-se adquirir outras aberrações a 
partir disso e chegar no CA. 
Cólon normal -> adenoma serrilhado séssil -> carcinoma 
Cânceres que se originam no lado direito do cólon e são mucinosos ou inflamação crônica importante associado, ou 
aspecto medular -> chamativos para via de instabilidade microssatelital 
IHQ para proteína de MLH1 – Normal está preservado e no tumor os núcleos estão negativos. A proteína não está 
sendo produzida. 
IHQ consegue diferenciar as vias. 
Gene APC foi identificado pela polipose adenomatosa do cólon/familial. Muitos adenomas no intestino grosso na 
idade jovem. No mínimo 100 adenomas para diagnóstico. Herdou um gene APC doente. Chance de desenvolver para 
o CA de 100%. 
Adenocarcinoma colorretal (do intestino grosso) 
Uma das neoplasias mais comum no mundo inteiro 
Incidência aumentando em países que estão adotando o estilo ocidental de vida (Japão) 
Etiologia do CA colorretal esporádico -> interação de fatores ambientais (dieta rica em carne vermelha e gordura) e 
fragilidades genéticas 
Incidência aumenta com a idade. Pico de incidência aos 65 anos de idade.Propaga-se para estruturas vizinhas por extensão direta e metastatizam para linfonodos e por via sanguínea. 
Locais mais comuns de metástases: linfonodos regionais, fígado, pulmões e ossos. 
Indicador mais importante do prognóstico é o estadiamento, sendo o mais usado o TNM (tumor, linfonodos e 
metástases). 
Estadiamento: TNM 
TUMOR 
Tis: displasia in situ ou carcinoma intramucoso 
T1 – Até submucosa 
T2 – Até muscular 
T3 – Tumor invade atravessando a muscular própria 
 T3a – invasão <0,1 cm abaixo da muscular própria 
 T3b – invasão 0,1 a 0,5 cm abaixo da muscular própria 
 T3c – invasão > 0,5 cm a 1,5 cm abaixo da muscular própria 
 T3d – invasão > 1,5 cm abaixo da muscular própria 
T4 – Tumor invade órgãos adjacentes ou o peritônio visceral 
 T4a – invasão de outros órgãos ou estruturas 
 T4b – invasão do peritônio 
 
LINFONODOS REGIONAIS 
 NX – Linfonodos não puderam ser avaliados 
 N0 – Nenhuma metástase dos linfonodos regionais 
 N1 – Metástase em 1 a 3 linfonodos regionais 
 N2 – Metástases em 4 ou mais linfonodos regionais 
 
METÁSTASES DISTANTES 
 MX – Metástases distantes não puderam ser avaliadas 
 M0 – Sem metástases à distância 
 M1 – Presença de metástases à distância 
 
Doença intestinal inflamatória 
- RETOCOLITE ULCERATIVA 
- DOENÇA DE CROHN 
Doenças com características autoimunes. Se assemelha a elas. 
Retocolite ulcerativa idiopática: 
Crônica, idiopática (autoimune-símile), recidivante/remitente 
Intestino todo inflamado 
Afeta primariamente a mucosa do intestino grosso 
Doença inflamatória da mucosa do intestino grosso, com possibilidade de propagação para submucosa no máximo. 
Não é transmural. 
Afeta primariamente a mucosa do intestino grosso. 
Desregulação da resposta imune a bactérias intestinais. 
Herdam genes HLA (A7, A11, DRB*12, DRB*103) 
Pico bimodal (15-30 e 60-80 anos) em descendentes de europeus 
É doença contínua com envolvimento retal muito frequente. 
 Cólon ascendente -> transverso -> descendente -> reto. 
Diagnostico é clinico e histológico. 
Ulcerações -> Risco de sangramento. 
Megacólon tóxico: Inflamação danifica o plexo submucoso -> dilatação -> ruptura. 
Clínica: dor abdominal, diarreia, constipação 
É uma doença exclusiva do intestino grosso. 
Formação de pseudopólipos 
Biópsia: inflamação crônica com aglomerados de neutrófilos dentro de glândulas (abcessos de cripta); ulceração; 
glândulas com padrão regenerativo (hiperplasia regenerativa) 
Abcesso de cripta não é exclusivo. 
Criptite aguda e abcesso de cripta são basicamente a mesma coisa 
Tampão fibrinoleucocitário 
Pseudopólipo: mucosa tentando regenerar entre as úlceras. 
Granulomas verdadeiros: imunológico. Células gigantes de Langherans com núcleos na periferia da célula. -> doença 
de crohn, e não Retocolite. 
Período entre crises – inflamação leve, não tem mais abcesso de cripta, mas ainda há glândulas deformadas 
tentando regenerar. Pesquisar se há displasia. 
Diarreia sanguinolenta 
Aguda: até 14 dias Crônica: acima de 14 dias 
Gastroenterite bacteriana Doença inflamatória intestinal (RCUI e Crohn) 
Parasitoses Câncer colorretal 
 HIV/Imunodeficiência 
 
Doença de crohn 
Não é limitada ao intestino grosso. Boca ao ânus. 
Inflamação transmural. Inflama todas as camadas – mucosa, submucosa, muscular e serosa. Presença de folículos 
linfoides reacionais. 
Inflamação transmural descontínua. Dá “saltos”. Parte doente -> parte normal -> parte doente. 
Acometimento do canal anal formando fistulas pode ter. 
Tabagismo, uso de ACO e AINE, dieta rica em gordura, infecção 
Genes NOD2, ATG16L1, IRGM (predisposição) e IL23 (proteção) 
Resposta Th1 e Th17 
Resposta imunologia anômala contra a parede do tubo digestivo. 
Aspecto de pedra de calçamento – úlceras, mucosas tentando regenerar e doença transmural (mais dura). 
Por ser transmural pode provocar fibrose transmural e causar estenose. 
Formação de fístulas (túnel de minhoca entre uma parte e outra. Ex.: entre intestino e vagina) e úlceras lineares 
Gordura rastejante: na borda mesentérica tem bastante. Essa gordura se propaga e envolve o órgão inteiro. O CA tb 
evoca essa gordura rastejante. 
 
Biopsia: inflamação, distorção das criptas, abcesso de cripta, ulceração e granulomas. Se achar granuloma 
imunológico é muito sugestivo de crohn. Úlceras mais profundas. Fibrose transmural causando estenose. 
 
 
1. Quais diferenças histologicamente falando entre DRGE e esofagite eosinofílica 
Esofagite eosinofílica: 
Maior eosinofilia em relação à DRGE; 
Os eosinófilos tendem a se concentrar mais da metade do epitélio escamoso para cima, com formação de 
abcessos eosinofílicos; 
Ponto de corte: 15 eosinófilos para cima favorecem esofagite 
 
DRGE 
 Ponto de corte: 15 eosinófilos para baixo favorecem DRGE 
 
2. O que é o esôfago de Barrett 
R.: Definição histológica: metaplasia intestinal da mucosa esofagiana. 
 
É um fator de risco para o desenvolvimento adenocarcinoma da JEG. 
Se tem esôfago de Barrett e se tem displasia associada ao esôfago de Barrett. 
* no mundo asiático, metaplasia gástrica pode ser considerado esôfago de Barrett, mas no mundo ocidental 
não. 
 
3. Cânceres de esôfago: No mundo inteiro é carcinoma epidermoide, geralmente é do terço médio. Se for do 
terço distal pode fazer confusão com adenocarcinoma. 
Pano de fundo para gerar o carcinoma epidermoide? 
Pano de fundo para gerar adenocarcinoma? 
Carcinomas da JEG geralmente nascem do esôfago de Barrett, mas alguns podem ser da cárdia e subir para a 
JEG, mas são agrupados como adenocarcinoma da JEG. 
 
4. Ca de estomago: Classificação de Lauren 
Tipo difuso e tipo intestinal 
Tipo difuso: células em anel de sinete 
Pano de fundo do adenocarcinoma do tipo intestinal: clássico -> gastrite ... 
Pano de fundo do carcinoma do tipo difuso: mucosa aparentemente normal. 
Perfil imunológico é diferente dos 2 tipos(?) 
 
5. Diferenças histológicas entre gastrite ambiental e autoimune. 
 
6. Quais achados histológicos típicos da doença celíaca? 
 
7. Câncer de intestino – Quais pólipos tem potencial de evoluir para carcinoma? 
R. Adenoma e alguns membros da família do pólipo hiperplásico (pólipo serrilhado séssil com displasia e 
adenoma serrilhado) 
 
8. Duas vias moleculares de gênese do carcinoma colônico (intestino) 
R. Instabilidade cromossômica e microssatelital 
 
9. Topografia do câncer no geral (intestino) 
 
10. Sobre a doença inflamatória intestinal: diferenças entre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. 
Uma é transmural e outra não é; uma tem granuloma e outra não tem; uma tem fístulas e estenose e outra 
não; uma tem Megacólon tóxico; uma é transmural e salta e a outra não;

Outros materiais