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Tiago Patologia digestiva Esôfago o Esofagite o Esôfago de Barrett o Carcinoma Esofagiano Na biopsia obtém-se mais esses diagnósticos. Esofagite: Uso abusivo de medicamentos: Ingerir muito remédio e irritar o esôfago; infecção por herpes vírus; Infecção (candidíase); suicídio com substâncias cáusticas Dois tipos de esofagite: o Esofagite eosinofílica (alérgica) o Esofagite provocada pelo refluxo (DRGE) É um desafio para diferenciá-las. Amostra inflamada. Os 2 chamam eosinófilos. Eosinofilia no tecido, número de eosinófilos acima do normal. Eosinófilos altos: câncer, DRGE, esofagite - Esofagite eosinofílica: Geralmente ocorre em pessoas mais jovens, alérgico, alergia alimentar Formação de anéis -> Traqueização; lesão até a camada muscular da mucosa – erosões/cratera. Passando disso já é uma úlcera (lesão mais profunda); Eosinófilos para parte mais alta do esôfago. Ponto de corte: 15 eosinófilos por campo microscópico de grande aumento. Atrai mais eosinófilos do que DRGE. Erosões lineares principalmente do esôfago distal. Pessoa com esofagite eosinofílica tem refluxo. - Esofagite causada pelo refluxo (DRGE): Normalmente pessoas mais velhas, obesa, sintomatologia de azia. Eosinófilos mais para baixo. Esofagite crônica rica em eosinófilos (isso que as 2 tem em comum). Base para o esôfago de Barrett. Esôfago de Barrett: Linha z: transição da mucosa do estômago para a mucosa do esôfago. É o avanço de uma mucosa colunar (estomago) para dentro dos limites do esôfago, ou seja, além da linha Z. Definição histológica: Existe mucosa de tipo glandular onde só poderia haver epitélio escamoso (esôfago), por um processo de metaplasia (adaptação a uma mudança físico-química - o ácido). Produção de uma mucosa de tipo glandular (glândula intestinal pois tem célula caliciforme). Definição: Metaplasia intestinal da mucosa esofagiana, para dar diagnóstico. Tem a metaplasia gástrica e depois, logo em seguida, metaplasia intestinal. Precisa do achado de metaplasia intestinal acima da linha Z para dar o diagnóstico. Mucosa colunar (gástrica) além da linha Z. Metaplasia intestinal na mucosa escamosa. Não é para ter glândula na mucosa do esôfago, só na submucosa. Coloração bege: mucosa esofagiana normal. Quando vermelho indica uma metaplasia. É uma doença do esôfago distal. É uma complicação da DRGE. Complicação: fator de risco para o câncer de esôfago (adenocarcinoma esofagiano). Pode apresentar displasia nas glândulas da metaplasia, ou seja, ser precursor de câncer. A maioria com esôfago de Barrett não desenvolve câncer, mas pode acontecer. Não é sempre que a displasia vai evoluir para câncer. Glândulas escuras sem células caliciformes -> displasia (fase evolutiva de um câncer). Adenocarcinoma da junção esofagogástrica. Massa na transição esofagiana. Praticamente só do esôfago distal Adenocarcinoma da JEG: Células se unem para formar tubos que lembram glândulas, que vão destruindo tudo. Localizado no terço distal. Homens caucasianos (65 a); Câncer de esôfago mais comum se pegar em áreas desenvolvidas; Fatores de risco: DRGE e esôfago de Barrett; obesidade; tabagismo; alcoolismo. CEC: Carcinoma Epidermoide: Tumor maligno mais comum do esôfago se considerar o mundo inteiro. Começam como lesões in situ. Homens afroamericanos (65 a); Fatores de risco: Fatores ambientais e alimentares. Contribuição para predisposição genética. Tabagismo e alcoolismo contribuem para esse câncer; dieta cancerígena (muito salgado, defumado, comida ocidental, bebidas quentes – chimarrão); pobreza, radioterapia, HPV (pouca relação). Tratamento radioterápico. Massa em terço médio do esôfago, mas pode estar no terço superior e no inferior. Biópsia de esôfago: Esofagite; Esôfago de Barrett (com ou sem displasia); carcinoma esofagiano. Biópsia do estomago: o Gastrite; o Ulceração péptica; o Câncer de estômago. Defesas da mucosa: o Barreira de muco aderente ao epitélio + bicarbonato o Junções intercelulares epiteliais apertadas impedem difusão de H+ o Síntese de prostaglandinas -> estimulam a secreção de muco e bicarbonatos, inibem a secreção ácida e algumas são vasodilatadoras (E e I) o O rico suprimento sanguíneo da mucosa traz oxigênio, bicarbonato e nutrientes e remove H+ - Helicobacter Pylori: Provoca o câncer de estomago. Doenças associadas: gastrite crônica, úlcera péptica, carcinoma gástrico e linfoma MALT gástrico. Corante: GIEMSA. Fica aderido à porção mais alta na infecção do H. pylori. Barreira de defesa da mucosa contra a acidez, composto por barreira de muco rico em bicarbonato. Mucosa sintetiza prostaglandinas. Agressor x barreira de defesa Enfraquecimento da barreira mucosa, ou vence a barreira ou os 2 juntos – há um enfraquecimento da barreira e o patógeno a vence. * Gastrite aguda (álcool causa irritação) transitória. Pode ter erosão e sangrar. Gastrite crônica Meio ambiente favorável ao desenvolvimento da CA de estomago. Alterações inflamatórias crônicas da mucosa que resultam em atrofia e Metaplasia intestinal, podendo haver surgimento de displasia e carcinoma. Etiologia: possui como agentes causadores principais a infecção por H. pylori e autoimunidade (gastrite autoimune/anemia perniciosa) - Gastrite crônica Ambiental: - Muito mais comum, induzida pelo H. pylori; - Carcinoma e linfoma MALT -> 2 tipos mais comuns; - H. pylori é um bastonete Gram negativo responsável por uma das infecções mais comuns do mundo. É transmitido via fecal-oral, por ingestão de água contaminada, daí sua maior prevalência em populações de baixa renda de países em desenvolvimento (saneamento básico deficiente); - É o principal causador da gastrite crônica, úlceras gástricas e duodenal e câncer gástrico (Carcinoma e Linfoma MALT). - H.pylori não invade, fica na superfície. Evoca resposta inflamatória. Respostas inflamatórias crônicas evocam câncer, por afetar o epitélio. Os leucócitos em proliferação eterna podem induzir o câncer também. Capaz de aumentar a secreção de ácido e causar dano direto. Danifica o epitélio gástrico diretamente ou pela resposta contra ele. Efeitos sentidos no antro. Gastrite hipersecretória. Pode ter também repercussão duodenal. No início tem hipersecreção ácida, acarretando irritação no duodeno. Antral ou difusa (corpo e fundo) Gastrite que só pega corpo e fundo e poupa o antro -> autoimune. Neutrófilos invadem as glândulas e as destroem. Doença crônica em atividade. Folículos linfoides (induzido pela presença do H. pylori. No antro é difícil de achar esse folículo. Se tiver no antro é provável que o H. pylori tenha induzido. - Antro -> mucosa pilórica (glândula não tem célula parietal nem principal) - Corpo e fundo -> mucosa oxíntica. Glândula propriamente dita e fovéola com célula parietal e principal. Porções da glândula gástrica: 2 porções. Toda glândula exócrina tem 2 porções. Ácino (onde produz) e o ducto. Na gástrica chama fovéola (ducto) e glândula propriamente dita. No antro essas glândulas não têm nem célula parietal e nem célula principal que produz pepsina. Só produzem muco. Células neuroendócrinas que produz hormônio de ação local (gastrina), que estão escondidas nas glândulas gástricas do tipo pilórico. Tem célula G, produtora de gastrina. Folículos linfoides e metaplasia intestinal. As glândulas gástricas assumem fenótipo de glândula intestinal (célula caliciforme e de paneth). Pode surgir a displasia nessas glândulas, o que pode chegar no CA. - Gastrite crônica autoimune: Brancos (nórdicos). Destruição imunomediada de células parietais.Restrita ao corpo e fundo (Gastrite do tipo A) Características: Hipocloridria; Hiperplasia de células neuroendócrinas; anemia perniciosa (megaloblástica). Anemia megaloblástica: Ocorre porque há destruição das células que produzem o ácido e fator intrínseco para absorver vitamina B12. Anticorpos contra as células parietais e contra o fator intrínseco e redução sérica da concentração de pepsinogênio 1. Quem fabrica pepsina é a célula principal e não a parietal. O antro é poupado. Ocorre no fundo e no corpo. Mucosa oxíntica: Célula parietal produz H+ e célula principal produz pepsina. Gastrina estimula a produção de histamina, que induz a célula parietal a liberar o H+. Excesso de H+ inibe a gastrina de ser liberada. Bomba de próton: bomba que fabrica o H+. CARACTERÍSTICAS DA GASTRITE ASSOCIADA AO H. PYLORI E AUTOIMUNE H. Pylori Autoimune Localização Antro Corpo Infiltrado inflamatório Neutrófilos, plasmócitos subepiteliais Linfócitos, macrófagos Produção de ácido Aumentada a levemente diminuída Diminuída Gastrina Normal a diminuída Aumentada Outras lesões Pólipos hiperplásicos inflamatórios Hiperplasia neuroendócrina Sorologia Anticorpos para H. pylori Anticorpos para células parietais Sequelas Úlcera péptica, adenocarcinoma Atrofia, anemia perniciosa, adenocarcinoma Associações Estado socioeconômico baixo, pobreza, incidência em áreas rurais Doença autoimune Doença que destrói célula parietal. Quantidade de H+ cai. O bloqueio da somatostatina contra o G se desenlaça. Produz mais gastrina, produz muita histamina que não encontra a célula para agir. Essa célula de produção de histamina pode proliferar muito e formar um tumor neuroendócrino (NET). - Doença ulcerosa péptica Abertura na mucosa que se estende além da mucosa, alcança a muscular. (Erosão é úlcera rasa) Úlcera tem curso longo e pode cicatrizar e depois abrir de novo. É uma úlcera não maligna. O CA pode imitar uma úlcera. Causas: H. pylori ou uso de anti-inflamatórios (inibe as prostaglandinas). Patogenia: desequilíbrio entre agressor e proteção Causas: - Uso de AINES - Infecção por H. pylori - Associação à síndrome de Zolinger Ellison: Hipersecreção ácida por um tumor neuroendócrino produtor de gastrina (duodeno, pâncreas ou antro). Há úlceras pépticas múltiplas. Lesões crônicas que levam em média 15 anos para curar espontaneamente. Trata com inibidores da bomba de próton. Camadas de ulceração: 1ª tecido necrótico com tampão fibrinoleucocitário – mistura de células mortas, fibrina e leucócito; 2ª tecido de granulação 3ª fibrose Pode ter sangramento e perfuração. Complicações: - Principal: hemorragia - Mais letal: perfuração Estomago em ampulheta: Úlcera que se cicatriza e causa uma estenose. Outra complicação. Adenocarcinoma gástrico - O mais comum. 95% dos tumores malignos do estômago. Predomina em homens acima dos 50 anos; - Sintomas mais evidentes em fase mais avançada (perda de peso, dor, disfagia e hemorragia digestiva). - Genética, infecção por H. pylori e alimentação carcinogênica (carne vermelha, gordura, defumados e salgados) - As células não tendem a se unir para formar estrutura nenhuma – carcinoma do tipo difuso. - Tipo difuso e tipo intestinal -> classificação histológica segundo Lauren. Classificação de Lauren: Tipos distintos em termos de comportamento e morfologia Intestinal e difuso. - Intestinal – Tumores que predominam no antro e pequena curvatura (maioria dos tumores) cujas células constituintes formam estruturas glandulares semelhantes às intestinais. É o adenocarcinoma clássico. Melhor prognóstico do que o difuso. Associados a zonas de baixo nível socioeconômico e à sequência de carcinogênese: Infecção por H. pylori - gastrite crônica multifocal atrófica – displasia – carcinoma. - Difuso – predominam no corpo e no fundo e são compostos por células isoladas em meio a fundo desmoplásico (cirroso), muitas das quais com grande vacúolo citoplasmático preenchido por muco, deslocando do núcleo para a periferia -> Células em aspecto de anel de sinete. Pode acontecer do nada. Pega muitas mulheres e pessoas jovens. Pode acontecer fora de qualquer contexto. Incidência não se altera muito com melhoria do saneamento. Prognóstico pior do que o do tipo difuso e sua incidência não se alterou com o tempo. Ponto de vista anatômico: gástrico precoce e gástrico avançado Fatores genéticos mais importantes em sua gênese (não se originam de focos displásicos). Ocorre no mesmo grupo de risco para o tipo intestinal. Carcinoma Gástrico precoce: T1. Invade a parede gástrica até a submucosa. Melhor prognóstico Carcinoma Gástrico avançado: Invade além da camada submucosa. Pior prognóstico. Mais associado com disseminação linfática, sanguínea e local. T – Tumor Primário T1 – Tumor invade lâmina própria ou submucosa T2 – Tumor invade muscular própria T3 – Tumor penetra a serosa (peritônio visceral) T4 – Tumor invade estruturas adjacentes. N – Linfonodos Regionais N0 – Sem metástases N1 – Metástases em 1 a 6 linfonodos N2 – Metástases em 7 a 15 linfonodos N3 – Metástases em mais de 15 linfonodos M – Metástases à distância MX – Metástases à distância não podem ser acessadas M0 – Sem metástases à distância M1 – Presença de metástases à distância Esse estadiamento vale para todo o tubo digestivo. Classificação microscópica: Lauren e OMS. Intestinal e difuso (CA de células isoladas). Classificação a olho nu: classificação macroscópica de Bormann - Bormann 1: exofítico. Massa cresce para dentro da luz. Vegetante. - Bormann 2: como se fosse Bormann 1, mas tem ulceração no meio. Exofítico com ulceração. Úlcero-vegetante. - Bormann 3: úlcero-infiltrativo. - Bormann 4: difuso. Linitis plástica. O câncer não forma massa nem úlcera. Causa espessamento difuso da parede gástrica. Tipo difuso de Lauren na classificação microscópica. Adenocarcinoma de padrão tubular é o do tipo gástrico Tipo difuso de Lauren: células glandulares que produzem muco. Célula em anel de sinete. Muco acumulado dentro do citoplasma. Carcinoma das células isoladas (nome dado pela OMS) Pólipos gástricos o Pólipos de glândulas fúndicas; o Pólipos hiperplásicos; o Adenomas. Pequenos tumores com cabeça e pedículo. Pólipo Cécil – não tem pedículo. O pediculado é uma evolução do cécil. Geralmente não são malignos. Pode correr na parede do tubo digestivo, principalmente no intestino. Pode ter no estomago. 3 tipos de pólipos: de glândulas fúndicas, hiperplásicos e adenomas (mais comum no intestino grosso do que no estômago) Se for adenoma: tem displasia nas glândulas proliferando dentro dele. A displasia faz parte de sua definição. A maioria das displasias não têm forma de pólipo. É incomum ter um adenoma no estômago, ao contrário do intestino que a maioria é em forma de pólipo. * Vilosidades: revestidas por enterócitos absortivos, células caliciformes e linfócitos intraepiteliais. A vilosidade tem 3 vezes o tamanho da cripta. - Intestinos delgado e grosso o Doença celíaca (enteropatia relacionada ao glúten) o Pólipos e adenocarcinoma intestinal; o Doença intestinal inflamatória (doença de Crohn e retocolite ulcerativa) - Doença celíaca Reação imunológica aberrante ao trigo e seus derivados na parede do intestino delgado que ataca a própria mucosa. Trigo possui glúten Ingestão do glúten. Aminoácido -> gliadina, que provoca a reação imunológica em algumas pessoas. Interleucina 15, produzida pelo epitélio intestinal das pessoas com essa reação, estimulador para a manutenção dessa resposta imunológica aberrante. Estimulam os linfócitosTCD8 a atacarem o epitélio intestinal. Adulto – anemia e diarreia crônica disabsortiva; ou forma subclínica. Não tem muita coisa, mas na biopsia observa que tem a doença. Criança – diarreia crônica e insuficiência do desenvolvimento 10% das pessoas que têm doença celíaca pode ter dermatite herpetiforme; Dermatite herpetiforme: doença de natureza autoimune, autoimunidade voltada contra a pele. Bolhas na pele. Quem tem uma doença autoimune pode ter outra doença autoimune associada. Quem tem essa doença aumenta a chance de ter câncer de intestino. Linfoma T -> Tipo enteropático e, menos frequentemente, o adenocarcinoma. O intestino delgado tem pouco câncer em relação ao intestino grosso. Então quando dizem câncer de intestino, está se relacionando ao intestino grosso. Glúten é quebrado no lúmen intestinal e solta a Gliadina. Interação da transglutaminase -> gliadina desaminada. A gliadina desaminada que evoca a resposta imunológica em quem é predisposto a ter essa doença. Ataque à própria parede do intestino delgado (células epiteliais). Endoscopia: Padrão em mosaico da mucosa do duodeno. Pregas mucosas semilunares com aspecto serrilhado. Manifestações mais frequentes no duodeno e no jejuno. Mucosa intestino delgado normal – semelhante à mucosa do intestino grosso tem glândulas intestinais (criptas de Lieberkühn). Diferença entre intestino delgado e grosso: Intestino delgado tem vilosidades. As células que revestem as vilosidades são os enterócitos absortivos para absorver os nutrientes e células caliciformes. Além disso tem os linfócitos intraepiteliais (poucos em relação ao número de enterócitos absortivos) Tem glândula e vilosidade. Relação de tamanho entre a vilosidade e a cripta é 3:1. A vilosidade tem 3x o tamanho de uma cripta (glândula intestinal). 1º sinal da doença: Há aumento do número dos linfócitos TCD8 intraepiteliais -> linfocitose intraepitelial. Pode usar marcador para leucócito. Ataque das células (tendência de gerar processo inflamatório) -> atrofia das vilosidades e hiperplasia compensatória das criptas. As criptas aumentam (produzem lisozima para muco). Quem absorve são os enterócitos das vilosidades. A relação vilocripta se inverte. Há transformação da mucosa do intestino delgado para uma mucosa do intestino grosso. Não tem vilosidade nenhuma e as criptas são longas. A relação vilocripta se inverteu ou se perdeu. Biopsia para saber se tem doença celíaca: Nessa doença produz anticorpos contra a transaminase; aspecto da endoscopia; aspecto clinico; aspecto da histologia (linfocitose intraepitelial e diminuição das vilosidades e aumento das criptas). Pólipos intestinais Retossigmoideoscopia e colonoscopia (via digestiva baixa) Pólipos potencialmente precursores de adenocarcinoma: adenomas. Tem potencial de evoluir para o câncer. Adenocarcinoma De Novo é o CA de intestino que nasce sem lesão precursora aparente, o que é raro no intestino. A maioria se origina de pólipos. Há outros pólipos precursores além do adenoma: Pólipos precursores de CA: Pólipos hiperplásicos/serrilhados (pólipo mais comum do intestino grosso): Dentro dessa família tem: o Pólipo hiperplásico (não é precursor do carcinoma intestinal e é o mais comum); o Pólipo serrilhado séssil sem atipias (sem displasia); o Pólipo serrilhado séssil com atipias (com displasia); o Adenoma serrilhado (mais comumente retal e tem displasia em sua constituição). Esses dois podem ser colocados juntos com os adenomas, tem potencial de virar câncer. Pólipos que tem potencial de virar câncer: adenoma, pólipo serrilhado séssil com atipias e adenoma serrilhado. Pólipo hiperplásico clássico sem displasia: padrão serrilhado, parece com dentes. Pólipo serrilhado séssil sem atipias: glândulas serrilhadas, mas muito longas. Pólipo serrilhado séssil com displasia/atipias: glândulas clássicas e glândulas escuras. É um precursor de CA de intestino. Outros: Pólipo inflamatório (excrescência polipoide da mucosa intestinal inflamatória); Pólipos amartomatosos (amartoma – proliferação desorganizada de elementos que existe na topografia da região) ex.: Pólipo juvenil: crianças com sangramento retal. Composto por proliferação de glândulas e o estroma também prolifera. Adenocarcinoma do cólon e do reto Um dos mais comuns do mundo Padrão constrictivo em alça de guardanapo Padrão úlcero-infiltrativo Padrão vegetante Maior incidência em áreas mais desenvolvidas. Causadores: Dieta ocidental (principal causador) e inflamação crônica (retocolite ulcerativa e doença de Crohn); Mais comum em sigmoide e reto Originados de adenomas (lesão precursora imediata) Disseminação linfática após invasão da submucosa. Adenocarcinoma invasor -> se invadiu a submucosa. Necrose com restos de células (necrose suja) – característico de CA de intestino. Debris celulares com células morrendo. Pólipo intestinal pedicular Pedicular já foi um cécil um dia. Pólipo que é um adenoma: glândulas displásicas. O pedículo é formado por submucosa e mucosa que não é doente. Se tem displasia é adenoma. Glândulas tubulares proliferando displásicas. Adenoma com aspecto viloso: estruturas papilares/ vilosas e não tubos. Adenoma tubular e adenoma viloso. Tem um que é mistura dos dois. Pólipos adenomatosos Neoplasias intraepiteliais precursoras da maioria dos CA colorretais Mais comum: hiperplásico A maioria dos adenomas são do colón esquerdo (distais). Chance para progredir para CA: grau de displasia, tamanho (maior indicador da progressão) e arquitetura vilosa. Alimentação rica em gordura, obesidade causa o seu aparecimento, fumo e sedentarismo. 88% possuem instabilidade cromossômica Mutações na via Wnt (APC/Beta-catenina) Sequência adenoma-carcinoma (10 anos) 15% apresentam instabilidade microssatelital (MSI) Erros em genes do reparo do DNA Adenomas serrilhados dão origem aos esporádicos 10% via mutação herdada (síndrome de Lynch HNPCC) Vias moleculares de se gerar o câncer: Via da instabilidade cromossômica (via APC/Beta catenina ou via da instabilidade cromossômica) Principal via molecular de gerar o CA de intestino. Sequência adenoma carcinoma (já foi chamada assim). Mutação do gene APC. Mutação no gene APC é o evento inicial para o surgimento de um pequeno adenoma. APC deixa o beta catenina solto, fazendo com que haja proliferação das células. Via da instabilidade microssatelital (MSI): Genes do reparo MLH1/PMS2 e MSH2/MSH6 Perda de função de um dos 2. Inativação de uma das duplas de genes. Por essa inativação do reparo de GNA pode-se adquirir outras aberrações a partir disso e chegar no CA. Cólon normal -> adenoma serrilhado séssil -> carcinoma Cânceres que se originam no lado direito do cólon e são mucinosos ou inflamação crônica importante associado, ou aspecto medular -> chamativos para via de instabilidade microssatelital IHQ para proteína de MLH1 – Normal está preservado e no tumor os núcleos estão negativos. A proteína não está sendo produzida. IHQ consegue diferenciar as vias. Gene APC foi identificado pela polipose adenomatosa do cólon/familial. Muitos adenomas no intestino grosso na idade jovem. No mínimo 100 adenomas para diagnóstico. Herdou um gene APC doente. Chance de desenvolver para o CA de 100%. Adenocarcinoma colorretal (do intestino grosso) Uma das neoplasias mais comum no mundo inteiro Incidência aumentando em países que estão adotando o estilo ocidental de vida (Japão) Etiologia do CA colorretal esporádico -> interação de fatores ambientais (dieta rica em carne vermelha e gordura) e fragilidades genéticas Incidência aumenta com a idade. Pico de incidência aos 65 anos de idade.Propaga-se para estruturas vizinhas por extensão direta e metastatizam para linfonodos e por via sanguínea. Locais mais comuns de metástases: linfonodos regionais, fígado, pulmões e ossos. Indicador mais importante do prognóstico é o estadiamento, sendo o mais usado o TNM (tumor, linfonodos e metástases). Estadiamento: TNM TUMOR Tis: displasia in situ ou carcinoma intramucoso T1 – Até submucosa T2 – Até muscular T3 – Tumor invade atravessando a muscular própria T3a – invasão <0,1 cm abaixo da muscular própria T3b – invasão 0,1 a 0,5 cm abaixo da muscular própria T3c – invasão > 0,5 cm a 1,5 cm abaixo da muscular própria T3d – invasão > 1,5 cm abaixo da muscular própria T4 – Tumor invade órgãos adjacentes ou o peritônio visceral T4a – invasão de outros órgãos ou estruturas T4b – invasão do peritônio LINFONODOS REGIONAIS NX – Linfonodos não puderam ser avaliados N0 – Nenhuma metástase dos linfonodos regionais N1 – Metástase em 1 a 3 linfonodos regionais N2 – Metástases em 4 ou mais linfonodos regionais METÁSTASES DISTANTES MX – Metástases distantes não puderam ser avaliadas M0 – Sem metástases à distância M1 – Presença de metástases à distância Doença intestinal inflamatória - RETOCOLITE ULCERATIVA - DOENÇA DE CROHN Doenças com características autoimunes. Se assemelha a elas. Retocolite ulcerativa idiopática: Crônica, idiopática (autoimune-símile), recidivante/remitente Intestino todo inflamado Afeta primariamente a mucosa do intestino grosso Doença inflamatória da mucosa do intestino grosso, com possibilidade de propagação para submucosa no máximo. Não é transmural. Afeta primariamente a mucosa do intestino grosso. Desregulação da resposta imune a bactérias intestinais. Herdam genes HLA (A7, A11, DRB*12, DRB*103) Pico bimodal (15-30 e 60-80 anos) em descendentes de europeus É doença contínua com envolvimento retal muito frequente. Cólon ascendente -> transverso -> descendente -> reto. Diagnostico é clinico e histológico. Ulcerações -> Risco de sangramento. Megacólon tóxico: Inflamação danifica o plexo submucoso -> dilatação -> ruptura. Clínica: dor abdominal, diarreia, constipação É uma doença exclusiva do intestino grosso. Formação de pseudopólipos Biópsia: inflamação crônica com aglomerados de neutrófilos dentro de glândulas (abcessos de cripta); ulceração; glândulas com padrão regenerativo (hiperplasia regenerativa) Abcesso de cripta não é exclusivo. Criptite aguda e abcesso de cripta são basicamente a mesma coisa Tampão fibrinoleucocitário Pseudopólipo: mucosa tentando regenerar entre as úlceras. Granulomas verdadeiros: imunológico. Células gigantes de Langherans com núcleos na periferia da célula. -> doença de crohn, e não Retocolite. Período entre crises – inflamação leve, não tem mais abcesso de cripta, mas ainda há glândulas deformadas tentando regenerar. Pesquisar se há displasia. Diarreia sanguinolenta Aguda: até 14 dias Crônica: acima de 14 dias Gastroenterite bacteriana Doença inflamatória intestinal (RCUI e Crohn) Parasitoses Câncer colorretal HIV/Imunodeficiência Doença de crohn Não é limitada ao intestino grosso. Boca ao ânus. Inflamação transmural. Inflama todas as camadas – mucosa, submucosa, muscular e serosa. Presença de folículos linfoides reacionais. Inflamação transmural descontínua. Dá “saltos”. Parte doente -> parte normal -> parte doente. Acometimento do canal anal formando fistulas pode ter. Tabagismo, uso de ACO e AINE, dieta rica em gordura, infecção Genes NOD2, ATG16L1, IRGM (predisposição) e IL23 (proteção) Resposta Th1 e Th17 Resposta imunologia anômala contra a parede do tubo digestivo. Aspecto de pedra de calçamento – úlceras, mucosas tentando regenerar e doença transmural (mais dura). Por ser transmural pode provocar fibrose transmural e causar estenose. Formação de fístulas (túnel de minhoca entre uma parte e outra. Ex.: entre intestino e vagina) e úlceras lineares Gordura rastejante: na borda mesentérica tem bastante. Essa gordura se propaga e envolve o órgão inteiro. O CA tb evoca essa gordura rastejante. Biopsia: inflamação, distorção das criptas, abcesso de cripta, ulceração e granulomas. Se achar granuloma imunológico é muito sugestivo de crohn. Úlceras mais profundas. Fibrose transmural causando estenose. 1. Quais diferenças histologicamente falando entre DRGE e esofagite eosinofílica Esofagite eosinofílica: Maior eosinofilia em relação à DRGE; Os eosinófilos tendem a se concentrar mais da metade do epitélio escamoso para cima, com formação de abcessos eosinofílicos; Ponto de corte: 15 eosinófilos para cima favorecem esofagite DRGE Ponto de corte: 15 eosinófilos para baixo favorecem DRGE 2. O que é o esôfago de Barrett R.: Definição histológica: metaplasia intestinal da mucosa esofagiana. É um fator de risco para o desenvolvimento adenocarcinoma da JEG. Se tem esôfago de Barrett e se tem displasia associada ao esôfago de Barrett. * no mundo asiático, metaplasia gástrica pode ser considerado esôfago de Barrett, mas no mundo ocidental não. 3. Cânceres de esôfago: No mundo inteiro é carcinoma epidermoide, geralmente é do terço médio. Se for do terço distal pode fazer confusão com adenocarcinoma. Pano de fundo para gerar o carcinoma epidermoide? Pano de fundo para gerar adenocarcinoma? Carcinomas da JEG geralmente nascem do esôfago de Barrett, mas alguns podem ser da cárdia e subir para a JEG, mas são agrupados como adenocarcinoma da JEG. 4. Ca de estomago: Classificação de Lauren Tipo difuso e tipo intestinal Tipo difuso: células em anel de sinete Pano de fundo do adenocarcinoma do tipo intestinal: clássico -> gastrite ... Pano de fundo do carcinoma do tipo difuso: mucosa aparentemente normal. Perfil imunológico é diferente dos 2 tipos(?) 5. Diferenças histológicas entre gastrite ambiental e autoimune. 6. Quais achados histológicos típicos da doença celíaca? 7. Câncer de intestino – Quais pólipos tem potencial de evoluir para carcinoma? R. Adenoma e alguns membros da família do pólipo hiperplásico (pólipo serrilhado séssil com displasia e adenoma serrilhado) 8. Duas vias moleculares de gênese do carcinoma colônico (intestino) R. Instabilidade cromossômica e microssatelital 9. Topografia do câncer no geral (intestino) 10. Sobre a doença inflamatória intestinal: diferenças entre a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Uma é transmural e outra não é; uma tem granuloma e outra não tem; uma tem fístulas e estenose e outra não; uma tem Megacólon tóxico; uma é transmural e salta e a outra não;
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