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1 Segunda Prova FC I Semiologia e Semiotécnica do Aparelho Cardiovascular no Adulto e na Criança - Os sintomas e sinais mais comuns relacionados ao sistema cardiovascular são: - Dispneia: dificuldade de respirar. - Ortopneia: dificuldade de respirar que surge ou se agrava quando o paciente se encontra deitado. - Dispneia paroxística noturna: dificuldade de respirar após o paciente deitar-se na cama, fazendo com que o mesmo acorde subitamente durante a noite, precisando sentar-se ou adotar a posição de pé para melhorar a sua capacidade de respiração. - Platipneia: dificuldade de respirar que surge ou se agrava com a adoção da posição de pé. - Trepopneia: dificuldade de respirar que surge ou se agrava com o decúbito lateral. - Fadiga: indisposição para realizar tarefas, e não só como uma fraqueza muscular - Edema - Anasarca: edema generalizado. - Palpitações: percepção dos batimentos cardíacos. - Dor torácica - Síncope: perda súbita e temporária de consciência e do tônus muscular, seguida de recuperação total e espontânea. - Tosse - Hemoptise: expectoração de sangue, puro ou associado a secreções, pela tosse. - Cianose: coloração azulada da pele e das mucosas de grau variável. - Dor anginosa: - O termo angina no peito se destina a designar a dor ou desconforto decorrente da isquemia miocárdica transitória, não associada a evidências de necrose miocárdica. - Angina estável: dor se instalou há mais de um mês e se mantém inalterada em relação às demais dimensões. - Angina instável: o período é inferior a um mês, de modo que não houve tempo suficiente para avaliação da evolução do paciente ou verificação de eventuais modificações nas dimensões da dor, que sejam indicativas de agravamento da isquemia miocárdica. OBS: A angina progressiva ou em “crescendo” é classificada como instável. Caracteriza por episódios de dor comparativamente mais intensos, frequentes, prolongados, desencadeados por atividades menores ou até mesmo repouso e resposta menos satisfatória aos vasodilatadores. - A dor da isquemia miocárdica usualmente é localizada na região subesternal ou um pouco à esquerda do esterno e na parte ulnar do braço esquerdo. - É mais difusa e não restritiva a uma pequena área como a correspondente à ponta de um dedo. - Quando muito intensa, costuma-se estender-se a outras regiões como a parte anterior do pescoço e do hemitórax direito, ombros e braços, sobretudo braço esquerdo. - A irradiação para os dois braços é mais comum do que para o braço direito isolado. - Quando envolve os membros, de acordo com sua extensão, situa-se na face medial do braço, antebraço e dedos. - Algumas vezes, a dor é limitada às seguintes regiões: ombro e braço esquerdos; braço direito; ambos os braços; epigástrio; mandíbula; coluna torácica superior; interescapular esquerda; supraclavicular. - Quando, em um mesmo paciente, o local da dor varia de posição, sua etiologia não costuma ser a isquemia miocárdica. - É comum que o paciente com angina no peito não relate dor, mas sim desconforto, por sensações diversas como constrição, aperto, peso, sufocação, dolorimento ou queimação. - O Sinal de Levine acontece caso o paciente feche a mão e coloque sobre a área esternal imprecisamente, quando é pedido para ele mostrar o local da dor. Esse sinal é altamente sugestivo de dor de origem isquêmica, ou seja, tem uma especificidade alta. Contudo, a sensibilidade é baixa, portanto se não estiver presente, não afasta dor anginosa. - Os episódios de angina no peito costumam durar entre um a cinco minutos. Se a duração é inferior a 1 minuto ou superior a 15 minutos, não é classificada como angina no peito, embora se precipitada por estresse emocional tende a durar mais tempo. Dor que se mantém por períodos mais longos pode ser causada por infarto agudo do miocárdio, isquemia miocárdica prolongada, ou outras condições independentes da isquemia. - A dor na angina surge durante o esforço físico ou estresse emocional, situações que aumentam o consumo de oxigênio pelo miocárdio, e desaparece rapidamente com a interrupção da atividade que a provocou ou o uso de medicação vasodilatadora sublingual. OBS: Cascata Isquêmica: - O desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio leva a alterações miocárdicas provocadas pela isquemia, que seguem uma sequência determinada de fenômenos fisiopatológicos denominada CASCATA ISQUÊMICA, representada pelos seguintes eventos: alteração de perfusão, alteração metabólica, disfunção diastólica do VE, dissinergia regional, alterações eletrocardiográficas e dor precordial. - Portanto, antes do paciente sentir a dor precordial, ele já deve ter passado por todos esses outros eventos anteriores. coordenação ineficiente de um grupo de músculos ou órgãos que normalmente trabalham em concordância. perda súbita de consciência e postura com rápida melhora estudar pela bahiana também Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 2 - Classificação da dor torácica: Avaliação do tipo de dor torácica Tipo de dor Característica da dor Tipo A – Definitivamente anginosa As características dão certeza do diagnóstico de Síndrome Coronariana Aguda (SCA) independente dos resultados de exames complementares. Dor/desconforto retroesternal ou precordial geralmente precipitada pelo esforço físico, podendo se irradiar para ombro, mandíbula, face interna do braço (ambos) ou epigástrio (sinal da cruz) com duração de alguns minutos e aliviada pelo repouso ou nitrato em menos de 10 minutos. Pode vir acompanhada de náuseas, vômitos, sudorese e mal estar. Tipo B – Provavelmente anginosa As características fazem a SCA a principal hipótese, porém é necessária a complementação por exames. Tem a maioria, mas não todas as características da dor definitivamente anginosa. Tipo C – Provavelmente não anginosa As características não fazem a SCA a principal hipótese, porém precisa de exames complementares para a exclusão. Tem poucas características da dor definitivamente anginosa (dor atípica, sintomas de “equivalente anginoso”). Tipo D – Definitivamente não anginosa As características não incluem a SCA como hipótese diagnóstica. Nenhuma característica da dor anginosa, fortemente indicativa de diagnóstico não- cardiológico. - A dor tipo D geralmente é desencadeada por doenças no arcabouço costal (ex: oesteocondrite / Síndrome de Tietze), sendo que a dor piora com movimentação do tórax (até na respiração), com a compressão e dura mais tempo. - Fatores de risco para infarto agudo do miocárdio: - Tabagismo - Diabetes Mellitus - Hipertensão arterial sistêmica - Dislipidemia - Doença vascular periférica - Idade: Homem > 45 anos, Mulher > 55 anos. - História familiar (+) de doença arterial coronariana: Pai ou irmãos < 55 anos; Mãe ou irmãs < 65 anos. - Ter apneia obstrutiva do sono. - Dormir menos que 7 horas por noite. - Dor na pericardite aguda: - O termo pericardite aguda se refere a um processo inflamatório que acomete o pericárdio sem que haja aumento considerável de líquido contido no interior da cavidade pericárdica. - A dor típica é descrita como em pontada, máxima na região subesternal, irradiando-se, com certa frequência, para o trapézio e pescoço, surge ou se acentua com modificações da posição do corpo (elevação dos braços, rotação do tronco) e, se associada à pleurite, aumenta com a inspiração e tosse. - A dor, em geral, é aliviada com uma respiração superficial, com a posição sentada ou com o tórax inclinado para frente. Exame físico - O exame físicodo coração inclui inspeção, palpação e ausculta. - Inspeção: - Os seguintes parâmetros devem ser analisados: - Pele: cianose, eritema, perfusão. - Fáscies - Unhas: hemorragias, baqueteamento digital. - Cabeça e pescoço: insuficiência aórtica, aneurisma de aorta. - Tórax: pesquisa de abaulamento. - Edema de membros inferiores. - Entre outros. - Palpação: - Decúbito dorsal com o tórax inclinado a 30° para a esquerda ou em decúbito lateral esquerdo. - Palpação do Ictus cordis: - O ictus cordis traduz o contato da porção anterior do ventrículo esquerdo com a parede torácica, durante a fase de contração isovolumétrica do ciclo cardíaco. - Investiga-se a localização, extensão, mobilidade, intensidade e tipo de impulsão, ritmo e frequência. - Situa-se, nos mediolíneos, no cruzamento da linha hemiclavicular esquerda com o 5° espaço intercostal; nos brevilíneos, desloca-se aproximadamente 2 cm para fora e para cima, situando-se no 4° espaço intercostal; nos longilíneos, costuma estar no 6° espaço intercostal, 1 ou 2 cm para dentro da linha hemiclavicular. - Nos portadores de enfisema ou quando há obesidade, musculatura muito desenvolvida ou grandes mamas, o ictus pode tornar-se invisível e impalpável. - O deslocamento do ictus cordis indica dilatação e/ ou hipertrofia do ventrículo esquerdo, como ocorre na estenose aórtica, insuficiência aórtica, insuficiência mitral, hipertensão arterial, miocardiosclerose, miocardiopatias e algumas cardiopatias congênitas. - Avalia-se a extensão do ictus cordis procurando-se determinar quantas polpas digitais são necessárias para cobri- lo. Em condições normais, corresponde a 1 ou 2 polpas digitais. Nos casos de hipertrofia ventricular, são necessárias 3 polpas ou mais. - Avaliação da perfusão periférica: - A investigação clínica da perfusão periférica pode ser efetuada com base na análise de várias características: temperatura, coloração e grau de enchimento das extremidades. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 3 - Avaliação dos pulsos arteriais: - Pulso, no contexto biológico aplicado ao sistema cardiovascular, é definido como qualquer flutuação periódica no sistema causada pelo coração. - As características básicas que devem ser investigadas na avaliação dos pulsos arteriais são: - Frequência: alterações da frequência cardíaca podem ser facilmente determinadas pela palpação do pulso em qualquer sítio. - Ritmo: deve-se avaliar se o ritmo é regular ou irregular. A avaliação do pulso simultaneamente com a ausculta cardíaca possibilita verificar a concomitância entre os eventos. Normalmente, a cada batimento deve ser detectado o pulso arterial correspondente. A não-ocorrência dessa concomitância, ou seja, quando nem todo batimento auscultado tem seu correspondente palpável, indica que a contração imediatamente precedente não teve intensidade suficiente para abrir a valva aórtica e gerar o pulso correspondente, sendo um sinal precoce de disfunção sistólica. - Localização: a avaliação dos pulsos deve ser realizada em todos os locais onde eles podem ser palpados: carotídeo, temporal, braquial, radial, ulnar, abdominal, femoral, poplíteo, tibial posterior e pedioso. - Simetria: percepção da amplitude dos pulsos palpáveis em comparação com o mesmo pulso contralateral. Essa análise oferece subsídios para o diagnóstico de situações como obstrução arterial crônica dos membros inferiores ou de outras doenças vasculares periféricas. - Formato – do ponto de vista clínico, embora uma grande variedade de formatos seja descrita com estudos invasivos das ondas de pulso, essas alterações são de difícil percepção e exigem muita prática. - Amplitude: a amplitude do pulso pode ser influenciada por vários fatores. Sua percepção pode ser facilitada com o exame de pulsos de localização mais distal no sistema arterial. Quanto à amplitude, os pulsos arteriais podem ser classificados como de amplitude normal, aumentada ou reduzida. O pulso parvus e tardus é encontrado na estenose aórtica, caracterizado por alteração de amplitude. A baixa amplitude é característica desse tipo de pulso, mas ele apresenta ao mesmo tempo uma elevação lenta da sua porção ascendente, o que faz que ele seja percebido tardiamente na sístole, durante a palpação. Essas modificações de amplitude (parvus) e de localização no ciclo (tardus) são características fundamentais dessa alteração, frequentemente mascaradas por perda da elasticidade do sistema arterial, como aquelas decorrentes do envelhecimento. - Ausculta: - Focos cardíacos: - Foco mitral: situa-se no 5° espaço intercostal esquerdo na linha hemiclavicular, correspondendo ao ictus cordis. - Foco pulmonar: localiza-se no 2° espaço intercostal esquerdo, junto ao esterno. É nesse foco que se tem as condições ideias para a análise da 2ª bulha pulmonar. - Foco aórtico: situado no 2° espaço intercostal direito, justaesternal. - Foco aórtico acessório: melhor local para perceber os fenômenos acústicos aórticos, compreendido entre o 3° e o 4° espaço intercostal esquerdo, abaixo do foco pulmonar. - Foco tricúspide: base do apêndice xifoide, ligeiramente para a esquerda. Contudo, os fenômenos acústicos originários da valva tricúspide – principalmente o sopro sistólico - são melhores percebidos nas proximidades do foco mitral. Por isso, é indispensável auscultar o coração durante a inspiração profunda, com o que se obtém a intensificação do sopro se ele for de origem tricúspide. - Ruídos cardíacos básicos: - Os sons que se originam do lado esquerdo do coração geralmente apresentam intensidade suficiente para serem audíveis em todo o precórdio, enquanto os gerados no lado direito, habitualmente, estão restritos a áreas limitadas da borda esternal esquerda, entre o segundo e o quarto espaços intercostais. - Primeira bulha cardíaca: - Dois componentes fundamentais têm maior importância na sua gênese da primeira bulha: o primeiro ocorre como conseqüência da tensão e desaceleração abrupta da valva mitral (M1) durante o seu fechamento, que delimita o início da sístole; o segundo ocorre em média 30 milésimos de segundo (ms) depois do primeiro e depende da desaceleração súbita do sangue determinada pela tensão a que a valva tricúspide (T1) é submetida durante o seu fechamento. - Portanto, o fechamento das valvas atrioventriculares dá origem ao primeiro ruído cardíaco. - Segunda bulha cardíaca: - As valvas semilunares durante o seu fechamento são submetidas à tensão que determina uma abrupta desaceleração do sangue e do movimento valvar. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 4 - As vibrações resultantes desse processo dão origem ao segundo ruído cardíaco. - Ele é constituído por dois componentes temporalmente distintos: o primeiro depende do fechamento mais precoce da valva aórtica (A2) relativamente ao da valva pulmonar (P2), ao qual se associa o segundo componente. - Na maioria dos indivíduos normais percebe-se um ruído único durante a expiração, enquanto na inspiração esses componentes são identificados separadamente, o que caracteriza o desdobramento fisiológico do segundo ruído cardíaco. Esse desdobramento depende, por um lado eprincipalmente, de uma sequência de eventos fisiológicos que se inicia com a redução da pressão intratorácica induzida pela inspiração, resultando em aumento do retorno venoso sistêmico, prolongamento do enchimento ventricular direito e retardo no aparecimento do componente pulmonar da segunda bulha; por outro, ocorrem durante inspiração acúmulo de sangue em território pulmonar, com consequente redução do retorno venoso para o lado esquerdo do coração e da duração da sístole ventricular esquerda, resultando em aparecimento mais precoce do componente aórtico do segundo ruído. - A magnitude desse desdobramento reduz-se à medida que a idade dos indivíduos aumenta. - Primeira e segunda bulhas como marcadores descritivos dos fenômenos auscultatórios: - O início da sístole ventricular é clinicamente identificado pela primeira bulha, enquanto o segundo ruído marca o início da diástole ventricular. - O primeiro ruído mostra-se mais intenso na região apical e porção inferior da borda esternal esquerda, enquanto a intensidade do segundo ruído tende a ser mais proeminente nos focos da base. - A proximidade temporal entre a ocorrência da primeira bulha e o início do pulso carotídeo é outro elemento clínico que pode auxiliar na distinção entre esses dois sons. - Os eventos sistólicos podem ser classificados como proto, meso ou telessistólicos, na dependência de ocorrerem na porção inicial, no meio ou ao final da sístole, enquanto os fenômenos diastólicos são caracterizados como proto, meso ou telediastólicos. - Variações da ausculta da primeira e segunda bulhas cardíacas: - Intensidade: - Ao tentar caracterizar um ruído cardíaco como apresentando uma intensidade normal (normofonético), reduzida (hipofonético) ou aumentada (hiperfonético), é importante ter em mente a variação fisiológica da intensidade de bulhas nas diferentes regiões do precórdio, as características anatômicas (forma e espessura) do tórax e reconhecer a existência de fatores fisiológicos que podem facilitar ou prejudicar a ausculta cardíaca. Variações da intensidade da primeira bulha Mecanismo Hiperfonese Hipofonese Anatomia torácica Espessura diminuída do tórax Obesidade, enfisema pulmonar, tamponamento cardíaco Velocidade de elevação da pressão ventricular Estados hiperdinâmicos (febre, anemia, tireotoxicose, exercício) Estado de baixo débito cardíaco (choque, cardiomiopatia) Bloqueio do ramo esquerdo Amplitude da excursão dos folhetos Estenose mitral, mixoma atrial, P-R curto P-R longo (200-500 ms) Insuficiência aórtica grave Rigidez dos folhetos Valva mitral com degeneração mixomatosa e folhetos amplos Estenose mitral calcificada Variações da intensidade da segunda bulha Mecanismo Hiperfonese Hipofonese Anatomia torácica Espessura diminuída do tórax Obesidade, enfisema pulmonar, tamponamento cardíaco Velocidade de redução da pressão ventricular Estados hiperdinâmicos (febre, anemia, tireotoxicose, exercício) Estado de baixo débito cardíaco (choque, cardiomiopatia) Bloqueio do ramo esquerdo Pressão arterial sistêmica / pulmonar Hipertensão arterial sistêmica (A2); hipertensão pulmonar Hipofluxo pulmonar (P2) Relação espacial grandes vasos/parede torácica Dilatação da aorta (A2) ou pulmonar (P2), transposição de grandes artérias (A2), tetralogia de Fallot (A2) Rigidez dos folhetos Estenose valvar aórtica ou pulmonar - Desdobramento: - O desdobramento anormal do segundo ruído cardíaco pode ocorrer na dependência de mecanismos diversos. - Ele pode ser paradoxal quando o fechamento da valva aórtica é tão retardado a ponto de o componente pulmonar ocorrer antes do aórtico. Desse modo, durante a expiração, o desdobramento será detectado, desaparecendo na inspiração, quando ocorre o retardo fisiológico do componente pulmonar. A situação clínica mais comumente associada ao desdobramento paradoxal é o bloqueio completo do ramo esquerdo do feixe de His. Esse tipo de desdobramento tem sido identificado em outras situações clínicas, que incluem a estenose aórtica grave e em pacientes que utilizam marcapasso. 5 - O desdobramento da segunda bulha pode ser, por sua vez, persistente, mas não fixo, significando que os dois componentes podem ser audíveis nas duas fases do ciclo respiratório, mantendo-se a variabilidade inspiratória do componente pulmonar, aumentando a separação dos dois componentes nessa fase. Esse tipo de desdobramento, também chamado de desdobramento amplo de B2, pode ocorrer por retardo do componente pulmonar, como ocorre no bloqueio completo de ramo direito, ou por precocidade do componente aórtico, tal como na insuficiência mitral. - Finalmente, o desdobramento do segundo ruído pode ser persistente e fixo quando estão amplamente separados os dois componentes durante as duas fases do ciclo respiratório, sem apresentar a variação inspiratória do componente pulmonar. Esse padrão auscultatório é, classicamente, observado na comunicação interatrial. - Ruídos cardíacos adicionais: - Terceira bulha cardíaca: - É um som transitório que ocorre concomitantemente à fase de enchimento rápido ventricular do ciclo cardíaco, durante a qual ocorre a maior parte do enchimento diastólico do ventrículo (aproximadamente 70/80%). - Esse som pode ser originário tanto do ventrículo direito como do esquerdo e, embora seu mecanismo seja fonte de alguma controvérsia, acredita-se que ele se origine como resultado da súbita limitação do movimento de expansão longitudinal da parede ventricular durante essa fase do ciclo cardíaco. - Sua intensidade poderá ser fisiologicamente aumentada por manobras que promovam um incremento de velocidade de fluxo através das valvas atrioventriculares, como ocorre durante exercício físico dinâmico, ou por elevação dos membros inferiores. - Do mesmo modo, a intensidade desse som também poderá estar anormalmente aumentada quando ocorrerem situações clínicas que se associem ao aumento do fluxo através de valvas atrioventriculares, como insuficiência mitral, febre, anemia, hipertireoidismo, ou quando os ventrículos apresentam anormalidades estruturais que modifiquem sua complacência e seu volume, como se verifica na insuficiência cardíaca. - No contexto do exame físico do adulto, resguardadas as outras etiologias aqui listadas, a terceira bulha é um marcador de disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. - Por se tratar de um ruído de baixa frequência, a terceira bulha será mais claramente audível com a campânula do estetoscópio. - Quando originada no ventrículo esquerdo, sua ausculta será melhor se o paciente for posicionado em decúbito lateral esquerdo e a campânula estiver sobre o impulso apical. Entretanto, o terceiro ruído de origem ventricular direito é mais claramente audível na porção inferior da borda esternal direita ou região subxifóide. - A terceira bulha pode ser audível em crianças e adultos jovens normais, mas existem evidências de que ela pode ser detectada em mulheres normais até a idade de 40 anos. - Quarta bulha cardíaca: - Apresenta características físicas comparáveis à terceira bulha, tanto do ponto de vista de frequência como de duração. Ele demonstra uma relação temporal evidente com a contração atrial, sendo tipicamente um som pré-sistólico. - Seu mecanismo provável parece estar relacionado com vibrações da parede ventricular secundárias à expansão volumétrica dessa cavidade produzida pela contração atrial. - Normalmente, sua intensidade é insuficiente para que seja audível em indivíduos normais, apesarde ser possível registrá-lo, facilmente, pela fonocardiografia. - A quarta bulha cardíaca é detectada com frequência em situações clínicas em que os ventrículos apresentem redução da complacência, tornando necessário um aumento da força de contração atrial para produzir o enchimento pré- sistólico dessa cavidade, tal como observado em hipertensão arterial sistêmica ou pulmonar, em estenose aórtica ou pulmonar, na cardiomiopatia hipertrófica e, também, na doença isquêmica do coração. - Nessas condições, a contração atrial pode ser responsável por mais de 25% do volume de enchimento ventricular. - Apesar de alguma controvérsia, considera-se que a ausculta de quarta bulha representa um indicador de anormalidade do enchimento ventricular (diástole). - Sopros cardíacos: - Os sopros cardíacos correspondem a um conjunto de vibrações de duração bem mais prolongada, que surgem quando o sangue, submetido a um gradiente de pressão entre dois pontos, modifica o seu padrão laminar de fluxo, tornando- se turbulento. - A turbulência pode ocorrer como resultado de um aumento desproporcional da velocidade do fluxo sanguíneo relativamente às dimensões das estruturas pelas quais ele se movimenta. - Assim, sopros podem se originar quando o sangue atravessa orifícios restritivos (estenoses e insuficiências valvares), em obstruções arteriais, na coarctação da aorta, e em pequenas Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 6 comunicações interventriculares, ou em estados de hiperfluxo transvalvar (comunicação interatrial e estados circulatórios hiperdinâmicos), ou, ainda, quando ele flui através de dilatações vasculares (dilatações da aorta e da artéria pulmonar). - Características fundamentais que devem ser exploradas na avaliação de sopros cardíacos: fase do ciclo em que ocorrem, duração, intensidade, frequência (tonalidade), timbre, configuração, localização, irradiação e relação com a respiração. - Fase do ciclo cardíaco: - Sistólicos: entre a primeira e a segunda bulha coincide com a onda de pulso. - Diastólico: entre a segunda e a primeira bulha não coincide com a onda de pulso. - Contínuos: ocorrem nas duas fases do ciclo. - Duração: - Protossistólico: vibração ocorre predominantemente no início da sístole. - Mesossistólico: vibração ocorre predominantemente no meio da sístole. - Telessistólico: vibração ocorre predominantemente no fim da sístole. - Holossistólico: vibração ocorre ao longo de toda a sístole. - Protodiastólico: vibração ocorre predominantemente no início da diástole. - Mesodiastólico: vibração ocorre predominantemente no meio da diástole. - Telediastólico: vibração ocorre predominantemente no fim da diástole. - Holodiastólico: vibração ocorre ao longo de toda a diástole. - Intensidade: - Genericamente, os sopros cardíacos são caracterizados de acordo com a intensidade em seis graus, a saber: - grau I/6 = representa um sopro tão pouco intenso que só pode ser ouvido com muito esforço e concentração; - grau II/6 = sopro de pequena intensidade, mas que pode ser identificado rapidamente por um observador experiente; - grau III/6 = sopro bem marcante mas não muito intenso; - grau IV/6 = sopro intenso; - grau V/6 = sopro muito intenso; e - grau VI/6 = sopro tão intenso que pode ser audível mesmo quando o estetoscópio não está em contato direto com a parede do tórax. - Uma regra prática para a distinção da intensidade dos sopros é atentar para a presença de frêmitos. Quando existir frêmito, esse sopro apresenta intensidade de IV, V ou VI em 6. - Comparação quanto aos tipos de sopro: - Estenose mitral e tricúspide: o sopro ocorre quando o sangue passa pelas válvulas estreitadas dos átrios para os ventrículos, portanto, ele ocorre na fase da diástole (enchimento ventricular) Sopro diastólico. - Insuficiência mitral e tricúspide: o sopro ocorre quando o sangue reflui através das válvulas mitral e tricúspide insuficientes no momento da sístole sopro Sistólico - Estenose pulmonar e aórtica: o sopro ocorre quando o sangue passa pelas válvulas estreitadas dos ventrículos para os vasos, portanto, ele ocorre na fase da sístole Sopro sistólico - Insuficiência pulmonar e aórtica: o sopro ocorre quando o sangue reflui através das válvulas pulmonar e aórtica no momento da diástole ventricular Sopro diastólico - Índice tornozelo-braquial (ITB): - O ITB é um teste diagnóstico não invasivo de simples execução, baixo custo e que pode ser realizado em nível ambulatorial. - A aferição do ITB permite identificar pacientes portadores de doença arterial oclusiva periférica sintomáticos e assintomáticos, sendo recomendado como screening para este fim. - O ITB é definido como razão da medida de pressão arterial sistólica aferida em um membro inferior, nas artérias pediosas e tibiais posteriores, sobre a maior medida sistólica aferida nos membros superiores. Portanto, para encontrar o ITB da perna direita, faz-se a medida da PA sistólica no membro inferior direito sobre a maior das duas medidas da PA sistólica dos membros superiores. A mesma coisa é feita quando se deseja saber o ITB da perna esquerda. Ou seja: ITB = 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎𝑟𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑠𝑖𝑡ó𝑙𝑖𝑐𝑎 𝑒𝑚 𝑢𝑚𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎 (𝐷 𝑜𝑢 𝐸) 𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠õ𝑒𝑠 𝑎𝑟𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑠𝑖𝑠𝑡ó𝑙𝑖𝑐𝑎𝑠 𝑑𝑜𝑠 𝑏𝑟𝑎ç𝑜𝑠 - O índice tornozelo-braquial de repouso normal é de 1,0 a 1,4. Quanto mais próximo de 1,0 for o ITB do paciente, melhor o resultado. Isto significa que a pressão sanguínea do braço deve ser o mais próxima possível da pressão sanguínea do tornozelo. - Um ITB menor do que 0,4 sugere doença arterial periférica grave. O paciente pode desenvolver úlceras que não cicatrizam ou gangrena. - Um ITB de 0,41-0,90 indica doença arterial periférica de leve (0,7 - 0,9) a moderada (0,6 - 0,4) e justifica testes adicionais como tomografia computadorizada, ressonância magnética ou angiografia. - Um ITB de 0,91-1,30 indica veias normais. Entretanto, um valor entre 0,9-0,99 pode causar dor durante atividade física. - Um ITB > 1,3 indica veias que não se comprimem e estão severamente calcificadas, o que aumenta a pressão sanguínea. Diabetes de longa duração ou doença renal crônica podem levar a este estado. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 7 Eletrocardiografia - Basicamente, o ECG constitui o registro da atividade elétrica gerada pelo tecido cardíaco. Na realidade, registra as diferenças de potenciais elétricos entre eletrodos metálicos colocados na superfície corporal, especificamente nos braços e pernas (derivações dos membros) e parede torácica (anterior [V1-V6] e, eventualmente, posterior [V7-V9]). - Essas diferenças instantâneas de potencial elétrico entre esses eletrodos são amplificadas, filtradas e registradas pelo eletrocardiógrafo. - O ECG precisa ser interpretado considerando as alterações do traçado eletrocardiográfico e os dados clínicos do paciente (idade, gênero, biótipo, sintomas e sinais clínicos), uma vez que o cardiopata pode ter ECG próximo do normal e o indivíduo normal pode ter ECG totalmente atípico. - O ECG é capaz de revelar alterações características de atrasos da condução atrioventricular e intraventricular do impulso elétrico, arritmias, isquemia e infarto do miocárdio, sobrecargas de câmaras cardíacas, processos inflamatórios (miocardites e pericardites), efeitos de fármacos (digital, antiarrítmicos, antidepressivos tricíclicos etc.), alterações metabólicas (hipopotassemia, hipomagnesemia etc.) e doenças com risco de morte súbita(p. ex.: síndrome de Brugada, síndrome do QT longo etc.). - Conceitos básicos de eletrofisiologia cardíaca: - No coração normal, o impulso elétrico cardíaco origina-se no nó sinusal ou sinoatrial (SA), situado no átrio direito próximo à desembocadura da veia cava superior, e é composto por células capazes de gerar o estímulo elétrico de forma automática. Portanto, o nó sinusal é o marca-passo normal do coração. - A partir do nó sinusal, o estímulo é conduzido ao átrio direito (AD) e, em seguida, ao átrio esquerdo (AE). A atividade elétrica é sucedida pela contração muscular dessas câmaras (AD e AE), bombeando sangue simultaneamente através das valvas mitral e tricúspide, para os ventrículos direito (VD) e esquerdo (VE). - Em seguida, o estímulo elétrico propaga-se através da junção atrioventricular (nó AV e porção proximal do feixe de His) para os ramos direito e esquerdo e seus respectivos fascículos, fibras de Purkinje e, finalmente, células musculares ventriculares. - A ativação do miocárdio ventricular inicia-se pela despolarização do septo interventricular da esquerda para a direita, prosseguindo com a despolarização do VD e parede inferior do VE, ápice, porções ventrais do VE e, finalmente, base e parede posterior do VE. No coração normal, a junção AV constitui a única conexão entre átrios e ventrículos, situa-se na base do septo interatrial e estende-se até o septo interventricular. Provoca atraso da condução AV, com duração suficiente para permitir o enchimento ventricular. - Novamente, a ativação elétrica é sucedida pela contração muscular dos ventrículos, que bombeia sangue simultaneamente, através das valvas pulmonar e tricúspide, para a artéria pulmonar e aorta. - No nível celular, existe uma diferença de potencial entre a parte interna e externa do miócito de aproximadamente 105 mV, determinada principalmente pelo gradiente da concentração de potássio (K+) através da membrana celular. - Com a despolarização do miócito, o potencial intracelular passa de um valor negativo (-90 mV), entre os batimentos, para um valor positivo (+20 mV), durante cada batimento. Após a despolarização, acontece a repolarização, ou seja, o retorno gradativo do potencial de ação transmembrana para o potencial de repouso. - O ECG, então, registra a despolarização e a repolarização do tecido cardíaco pela inscrição das deflexões P, QRS e T. - Como a despolarização do nó sinusal tem pequena amplitude, não é detectada pelo ECG tradicional e, por isso, a primeira deflexão é a onda P, com baixa amplitude, que corresponde à ativação atrial. - O intervalo entre o início da onda P e o início da próxima deflexão mais ampla e rápida (complexo QRS) denomina-se intervalo PR e corresponde ao tempo de condução do estímulo elétrico através do nó AV. - A partir do momento que a onda de despolarização atravessa o nó AV, acontece a despolarização dos miócitos ventriculares, acarretando a inscrição do complexo QRS. - O segmento isoelétrico após o complexo QRS é o segmento ST, que corresponde ao curto período em que não há atividade elétrica no coração. - Após o segmento ST, inscreve-se a onda T, correspondendo à repolarização ventricular. - O intervalo QT, medido do início do complexo QRS ao final da onda T, corresponde à duração da despolarização e repolarização ventricular. - Teoricamente, a onda U corresponde à repolarização das fibras de Purkinje. - Essas deflexões e intervalos do ECG têm valores normais: Onda P < 110 ms, Intervalo PR 120-200 ms, Complexo QRS < 110 ms, Intervalo QT ≤ 440-460 ms. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 8 - Derivações do ECG: - O ECG tradicional utiliza doze derivações para registrar a atividade elétrica do coração, envolvendo três derivações bipolares dos membros (D1, D2, e D3), três derivações unipolares amplificadas dos membros (aVL, aVR e aVF) e seis derivações unipolares precordiais (V1-V6). - As três derivações bipolares dos membros registram as diferenças de potencial elétrico entre os eletrodos de dois membros. Os eletrodos são posicionados nas cores vermelha e preta nos membros direitos e amarelo e verde nos membros esquerdos. - D1 registra a diferença de potencial elétrico entre o braço esquerdo (pólo +) e o braço direito (pólo -), D2 entre a perna esquerda (pólo +) e o braço direito (pólo -), e D3 entre a perna esquerda (pólo +) e o braço esquerdo (pólo -). O eletrodo da perna direita funciona como terra. - As derivações unipolares amplificadas dos membros (aVR, aVL e aVF) registram a diferença de potencial elétrico entre o eletrodo explorador de um dos membros e o potencial de referência constituído pela média dos potenciais captados por apenas dois dos três eletrodos dos membros. - Assim, em aVR, o eletrodo explorador (pólo +) é o braço direito e o potencial de referência (pólo -) é a média dos potenciais do braço e da perna esquerda, em aVL, o eletrodo explorador (pólo +) é o braço esquerdo e o potencial de referência (pólo -) é a média dos potenciais do braço direito e da perna esquerda e, finalmente, em aVF, o eletrodo explorador (pólo +) é a perna esquerda e o potencial de referência (pólo -) é a média dos potenciais do braço esquerdo e direito. - As seis derivações unipolares precordiais (V1-V6) registram os potenciais elétricos de uma pequena área subjacente ao eletrodo explorador e todos os fenômenos elétricos do ciclo cardíaco são analisados desse ponto. Essas derivações são consideradas unipolares porque utilizam um eletrodo explorador no tórax em relação a um eletrodo indiferente (central terminal de Wilson), com potencial próximo a zero. Os eletrodos precordiais devem ser colocados nas localizações: - V1: 4º espaço intercostal direito, próximo à borda esternal direita; - V2: 4º espaço intercostal esquerdo, próximo à borda esternal esquerda; - V3: à meia distância entre V2 e V4; - V4: 5º espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular; - V5: no mesmo nível de V4, na linha axilar anterior; - V6: no mesmo nível de V4, na linha axilar média. - Os eletrodos exploradores das derivações V1 e V2 estão mais próximos do ventrículo direito e do septo interventricular e aqueles das derivações V5 e V6 estão mais próximos da parede anterior e ântero-lateral do ventrículo esquerdo. Em geral, a onda R é progressivamente mais ampla de V1 a V6 e, ao contrário, a onda S é progressivamente menos profunda de V1 a V6. - Além disso, essas derivações precordiais podem ser complementadas por derivações precordiais direitas (V3R à V6R), constituindo imagens em espelho das derivações esquerdas, e derivações precordiais posteriores (V7-V9). Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 9 - Papel de registro do eletrocardiograma: - Registra-se o ECG em um papel milimetrado, com linhas horizontais e verticais, separadas por intervalosde 1 mm e linhas mais espessas com intervalos de 5 mm. - O tempo é medido pelas linhas horizontais de forma que na velocidade de registro habitual de 25 mm/s, um quadrado pequeno = 0,04 s. - A voltagem é medida pelas linhas verticais que, na calibração padrão, 10 mm = 1 mV. Teste ergométrico – Eletrocardiograma sob Esforço - Entre alterações basais e o real grau de capacidade funcional no esforço, está a base da utilização clínica dos testes ergométricos. - É fácil compreender que é mais lógico submeter o indivíduo a um exercício simples, seguro, padronizado e supervisionado e avaliar o grau de disfunção que ele apresenta do que imaginar o que aconteceria se ele se exercitasse. - Os testes ergométricos, pela sua excelente relação custo/benefício, representam a primeira escolha para a avaliação funcional cardiovascular, em um grande número de situações. - A frequência cardíaca aumenta gradualmente à medida que se eleva a intensidade do esforço, e se mantém quando é alcançado a estabilidade, em níveis de trabalho submáximo. Esse aumento é diretamente proporcional ao consumo de oxigênio, em uma faixa entre 50% e 80% do consumo pico. Esse princípio é utilizado na prática, em uma prova ergométrica, quando se estima o consumo pico de oxigênio através de normograma, observando-se o comportamento da frequência cardíaca. - A frequência cardíaca medida quando se atinge a exaustão é denominada frequência cardíaca máxima e seus valores decrescem com a idade em ambos os sexos; sendo o desvio- padrão para a mesma idade em torno de 10 bpm, e para o mesmo indivíduo, em testes repetitivos, em torno de 3 bpm. Ela pode ser calculada pela seguinte fórmula empírica: FCmáx = 220 – idade (em anos) - A frequência cardíaca submáxima se refere à frequência cardíaca correspondente a cerca de 85% da máxima teoricamente preconizada. Seu cálculo aproximado pode ser obtido por meio da fórmula 195 – idade (em anos). - O volume sistólico aumenta com o esforço dinâmico, gradativamente, atingindo sua máxima elevação quando o consumo de oxigênio situa-se em torno da metade do seu nível máximo. Os determinantes principais desse aumento são o acréscimo do retorno venoso, proporcionado pelo efeito de “ordenha” das veias pelos músculos que se contraem e a acentuação da contratilidade. Em razão das solicitações progressivamente maiores, o débito continua experimentando aumentos sucessivos, mesmo que ocorra queda do volume sistólico, graças à elevação da frequência cardíaca. É possível concluir que, uma vez cessado o esforço e o indivíduo permanecendo parado em pé, pode ocorrer queda significativa do retorno venoso, levando a uma redução do débito cardíaco e perfusão cerebral inadequada, gerando tonturas e até desmaios. - Análise dos resultados do teste ergométrico: - Teste compatível com resposta cardiovascular normal: - Sintomas: Nenhum sintoma sugestivo de doença cardiovascular é esperado no transcorrer da prova, mas apenas a sensação de cansaço gradativo, de acordo com o aumento das cargas. - Ectoscopia: A ectoscopia do paciente pode confirmar a presença da sensação de cansaço pela observação da dispneia gradativa. Raramente detecta-se palidez, que ocorre por intensa vasoconstrição cutânea se o teste é máximo ou supramáximo. O fenômeno não indica anormalidades na ausência de outros comemorativos e ocorre por extrema redistribuição do fluxo. - Exame físico: Não se espera, em teste ergométrico de indivíduo hígido, a presença de ruído adventício pulmonar desencadeado pelo esforço, bem como bulhas adicionais, sopros ou ruídos protossistólicos, na ausculta cardíaca. - Frequência cardíaca: O comportamento da freqüência cardíaca é considerado normal se ocorre sua elevação gradual, proporcional à intensidade do exercício. - Pressão arterial: O comportamento normal da pressão arterial inclui elevação gradual da pressão arterial sistólica, à medida que o esforço se desenvolve, e discreta elevação, manutenção ou mesmo queda da pressão diastólica. - Eletrocardiograma: As alterações eletrocardiográficas consideradas normais incluem: aumento da amplitude da onda Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 10 P, encurtamento do espaço P-R (relacionado à elevação da frequência cardíaca), e ponto J infradesnivelado (possivelmente por superposição da onda Ta de repolarização atrial, seguido de segmento ST ascendente, sem desnivelamentos em relação à linha que passa pela junção PQ). - Teste compatível com resposta cardiovascular anormal: - Sintomas: merecem destaque: dor torácica, claudicação dos membros inferiores, sintomas compatíveis com baixo fluxo sanguíneo cerebral e dispneia desproporcional ao aumento da carga. - Ectoscopia: A ectoscopia fornece dados valiosos compatíveis com falência ventricular esquerda, como dispnéia desproporcional ao trabalho realizado, palidez e cianose periféricas. - Exame físico: As anormalidades na ausculta cardíaca incluem: sopros, clicks e bulhas adicionais induzidas pelo exercício. - Frequência cardíaca: O rápido aumento da frequência cardíaca em níveis submáximos pode, em ambos os sexos, estar relacionado ao descondicionamento físico, aos distúrbios vasorregulatórios, condições que reduzem o volume vascular ou a resistência periférica, anemia, alterações metabólicas, além de outras. Já a redução do incremento da frequência cardíaca em níveis submáximos pode se dar pelo treinamento físico, aumento do volume sistólico, doenças que afetam o nó sinusal, hipotireoidismo, doença de Chagas, e pelo uso de agentes como os !-bloqueadores, bloqueadores do canal de cálcio, amiodarona e outras. Descartadas as situações possíveis de reduzir a elevação da frequência cardíaca, esse comportamento deve ser considerado como patológico e preditor de eventos futuros. Denomina-se essa condição de incompetência cronotrópica. Classicamente se considera normal o indivíduo atingir pelo menos 85% da sua frequência cardíaca máxima preconizada durante uma prova de esforço. Aqueles que não atingem esse valor têm incompetência cronotrópica. - Pressão arterial: O aumento gradativo do débito cardíaco, graças ao aumento do retorno venoso, até cerca de 40% a 50% do consumo máximo de oxigênio e o aumento da frequência cardíaca, é o principal determinante do aumento gradativo da pressão arterial sistólica em razão de exercício de um teste de esforço. A despeito dos valores da pressão arterial sistólica no exercício dependerem também da resistência periférica, a análise do seu comportamento pode refletir o desempenho do ventrículo esquerdo. Os incrementos ≥ 40 mmHg para a pressão arterial sistólica entre o repouso e o esforço máximo podem ser considerados normais para os homens. Incrementos menores, na ausência de medicação hipotensora, e comportamento em platô ou queda podem significar falência ventricular esquerda e estarem associados a isquemia miocárdica por doença arterial coronária grave. - Eletrocardiograma: Entre as diversas variáveis que podem ser obtidas, os desnivelamentos do segmento ST são os que mais se correlacionam com a presença de isquemia miocárdica. Quanto ao infradesnivelamento do segmento ST, identificam-se três tipos fundamentais: o ascendente, o horizontal e o descendente. Considera-se anormal o infradesnivelamento do segmento ST de pelo menos 1 mm (0,1mV) quando eleé de morfologia horizontal e descendente, levando-se em consideração, como linha de base, aquela que passa pelas junções PQ. - O supradesnivelamento do segmento ST, de valor igual ou superior a 1 mm (0,1 mV), geralmente se associa à lesão obstrutiva proximal de artéria coronária quando ocorre em derivações sem a presença de onda Q devido a um infarto do miocárdio prévio. Supradesnivelamento do segmento ST em derivações correspondendo à zona eletricamente inativa se relaciona com discinesias e aneurismas ventriculares. - Outras variáveis eletrocardiográficas podem ser valorizadas na interpretação dos testes ergométricos e incluem a observação do comportamento das ondas Q , R, S e U. - Indicações e contraindicações do teste: - A avaliação pelo teste ergométrico possibilita: detectar isquemia miocárdica, reconhecer arritmias cardíacas e distúrbios hemodinâmicos induzidos pelo esforço; avaliar a capacidade funcional e a condição aeróbica; diagnosticar e estabelecer o prognóstico de determinadas doenças cardiovasculares; prescrever exercício; avaliar objetivamente os resultados de intervenções terapêuticas; demonstrar ao paciente e aos seus familiares as suas reais condições físicas e fornecer dados para perícia médica; além de outras indicações específicas. - Contraindicações gerais: Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 11 - São consideradas contraindicações a presença das seguintes situações: embolia pulmonar, enfermidade aguda, febril ou grave, limitação física ou psicológica, intoxicação medicamentosa, distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos não corrigido. - Contraindicações relativas: - São situações que determinam a adoção de precauções adicionais para a realização do teste: dor torácica aguda, estenoses valvares moderadas e graves em assintomáticos, insuficiências valvares graves, taquiarritmias, bradiarritmias e arritmias ventriculares complexas. Dislipidemias - Diversos compostos químicos nos alimentos são classificados como lipídios. Entre eles, se encontram (1) a gordura neutra, também conhecida como triglicerídeos; (2) fosfolipídios; (3) colesterol; e (4) alguns outros de menor importância. - Quimicamente, a parte lipídica básica dos triglicerídeos e dos fosfolipídios é formada por ácidos graxos, que são, simplesmente, cadeias longas de hidrocarbonetos ácidos. - Apesar do colesterol não apresentar ácidos graxos na sua fórmula, seu núcleo esterol é sintetizado a partir de partes de moléculas de ácidos graxos, o que lhe dá, assim, muitas das propriedades físicas e químicas de outras substâncias lipídicas. - Triglicerídeos: - Os triglicerídeos, os lipídios mais simples, são usados no organismo principalmente para fornecer energia para os diferentes processos metabólicos, função que compartilham, quase igualmente, com os carboidratos. Além disso, são isolantes térmicos, protegem contra choques mecânicos e são um veiculo para absorção de vitaminas. Eles estão depositados no tecido adiposo e nos músculos. - Os triglicerídeos são compostos de três ácidos graxos, cada um em uma ligação éster com um mesmo glicerol. - Os ácidos graxos são classificados de acordo como grau de saturação em ácidos graxos saturados, monoinsaturados e poli- insaturados. - Lipídios estruturais em membranas: - Os lipídios da membrana são anfipáticos; um dos lados da molécula é hidrofóbico e o outro é hidrofílico. - Existem três tipos gerais de lipídios de membrana: glicerofosfolipídios, nos quais as regiões hidrofóbicas são compostas de dois ácidos graxos ligados a um glicerol; esfingolipídios, nos quais um único ácido graxo está ligado a uma amina graxa, esfingosina; e esteróis, compostos caracterizados por um sistema rígido de quatro anéis hidrocarbônicos fundidos. - Colesterol: - O colesterol é um álcool policíclico que, associado à molécula de ácido graxo, origina o éster de colesteril. - O colesterol é importante para a formação e função das membranas celulares e para a síntese de sais biliares, de hormônios esteróides e da vitamina D. - Transporte de triglicerídeos e outros lipídios do trato gastrintestinal para a linfa: - Quase todas as gorduras da dieta são absorvidas a partir do intestino para a linfa intestinal. - Durante a digestão, a maior parte dos triglicerídeos se divide em monoglicerídeos e ácidos graxos. Então, na passagem através das células epiteliais intestinais, os monoglicerídeos e os ácidos graxos são ressintetizados em novas moléculas de triglicerídeos que chegam à linfa como minúsculas gotículas, dispersas, chamadas de quilomícrons. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 12 - Pequena quantidade de apolipoproteína B é adsorvida às superfícies externas dos quilomícrons. Isso deixa o restante das moléculas de proteína projetando-se na solução hídrica adjacente, o que aumenta a estabilidade da suspensão de quilomícrons no liquido linfático e impede sua aderência às paredes dos vasos linfáticos. - A maioria do colesterol e dos fosfolipídios absorvidos no TGI penetra nos quilomícrons. Assim, apesar dos quilomícrons serem compostos principalmente de triglicerídeos, eles contém cerca de 9% de fosfolipídios, 3% de colesterol e 1% de apolipoproteína B. - Os quilomícrons são transportados para o ducto torácico e, em seguida, para o sangue venoso circulante. - Cerca de 1 hora após uma refeição rica em gorduras, a concentração de quilomícrons plasmática pode aumentar para 1 a 2% do plasma total. Devido ao grande tamanho dessas partículas, o plasma assume um aspecto turvo e, às vezes, amarelado. No entanto, os quilomícrons tem meia vida curta de apenas uma hora ou menos, de modo que depois de poucas horas, o plasma volta a ficar claro. Em um jejum de 12 horas, eles já estão completamente metabolizados. - Grande parte dos quilomícrons é removida da circulação sanguínea, à medida que passa pelos capilares de vários tecidos, especialmente tecido adiposo, do músculo esquelético e do coração. - Esses tecidos sintetizam a enzima lipase lipoproteica, que é transportada para a superficie das células endoteliais capilares, onde hidrolisa os triglicerídeos dos quilomícrons à medida que entram em contato com a parede endotelial, liberando ácidos graxos e glicerol. - Os ácidos graxos, sendo altamente miscíveis nas membranas das células, se difundem para o tecido adiposo e para as células musculares. Uma vez dentro das células, esses ácidos podem ser usados para produção de energia ou novamente podem ser sintetizados em triglicerídeos com novo glicerol. - Após os triglicerídeos serem removidos dos quilomícrons, os remanescentes dos quilomícrons enriquecidos com colesterol são rapidamente depurados no plasma pelo fígado. - Lipoproteínas – sua função especial no transporte do colesterol e dos fosfolipídios: - No estado pós-absortivo, depois que todos os quilomícrons tiverem sido removidos do sangue, mais de 95% de todos os lipídios no plasma vão estar sob a forma de lipoproteínas. - São complexos esféricos, muito menores do que os quilomícrons, mas, qualitativamente similares na sua composição, cujos componentes internossão os triglicérides e o colesterol livre ou ligado a ácidos graxos, e a parte externa é formada pelos fosfolípides e certas proteínas, denominadas apolipoproteínas (Apo A, B, C, D e E). - A concentração de lipoproteínas no plasma é, em média, 700mg/dL. Essa concentração pode ser subdivida nos seguintes componentes lipoproteicos individuais: mg/dL de plasma Colesterol 180 Fosfolipídios 160 Triglicerídeos 160 Proteína 200 - Além dos quilomícrons, que são lipoproteínas muito grandes (e menos densas), existem quatro tipos importantes de lipoproteínas, classificadas segundo sua densidade: (1) lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL), contendo altas concentrações de triglicerídeos e concentrações moderadas de colesterol e fosfolipídios; Em um jejum de 12 horas, o VLDL contém quase 100% dos triglicérides endógenos e 20% dos colesterol sérico. O VLDL pode ser metabolizado em LDL e o plasma adquire aspecto turvo quando ele se eleva. (2) lipoproteínas de densidade intermediária (IDLs), lipoproteínas de muito baixa densidade das quais uma parte de triglicerídeos foi removida, ficando aumentadas as concentrações de colesterol e de fosfolipídios; (3) lipoproteínas de baixa densidade (LDLs), derivadas das lipoproteínas de densidade intermediária, com a remoção de quase todos os triglicerídeos, deixando concentração especialmente elevada de colesterol e aumento moderado de fosfolipídios. A LDL representa 50% da massa total de lipoproteínas circulantes. São partículas bem menores, tão pequenas, que mesmo quando em grande quantidade não são capazes de turvar o plasma. O colesterol representa metade da massa da LDL (ou seja, 50%). Cerca de 25% são proteínas, especialmente Apo B-100 e pequenas quantidades de Apo C; o restante é constituído de fosfolípides e triglicérides. É a lipoproteína que mais carrega colesterol. Tem a função de transportá-lo para locais onde ele exerce uma função fisiológica, como por exemplo a síntese de esteróides. São, em sua maior parte, produzidas a partir das lipoproteínas VLDL. Sua concentração sérica guarda relação direta com o aumento do risco de aterogênese; e (4) lipoproteínas de alta densidade (HDLs), são pequenas partículas constituídas por cerca de 50% de proteína, especialmente Apo A I e II, e pouca quantidade de Apo C e Apo E, 20% de colesterol, 30% de fosfolípides e traços de triglicérides. Cumpre o importante papel de levar o colesterol até o fígado diretamente ou transferindo ésteres de colesterol para outras lipoproteínas, especialmente as VLDL (transporte reverso do colesterol). Tem papel de proteção do desenvolvimento da aterosclerose. - Quase todas as lipoproteínas são sintetizadas no fígado. - A função primária das lipoproteínas é transportar sues componentes lipídicos no sangue. - Apolipoproteínas: - As apolipoproteínas contribuem para a solubilização dos lipídeos no plasma – formação de lipoproteínas (Apo B100 e B48), constituem sítios de reconhecimento que permitem a ligação das lipoproteínas a receptores da superfície celular de tecidos específicos (Apo B100 e E) e são cofatores enzimáticos (Apo CII, CIII e AI). - Apo A: HDL e quilomícrons - Apo B: VLDL, IDL, LDL e quilomícrons - Apo C: quilomícrons, VLDL e HDL - Apo D: menos conhecida - Apo E: quilomícrons, VLDL e HDL Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 13 - Há dois grandes circuitos de transporte dos lípides na circulação sanguínea: - Via exógena: relacionada com o transporte dos lípides provenientes da dieta. Inicia-se com a síntese dos QM pelo intestino delgado. Via exógena: destino dos quilomícrons. Os quilomícrons sintetizados nas células epiteliais intestinais, secretados para dentro da linfa, passam para o sangue e se tornam quilomícrons maduros através da adição de Apo C-II e Apo E, provenientes do HDL. Na parede do capilar do tecido adiposo e do músculo, a lipoproteína lipase ativada pela ApoC II digere os triacilgliceróis (TAG) dos quilomícrons a ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos são oxidados no músculo ou armazenados nas células adiposas como triacilgliceróis. A Apo C-II é devolvida para o HDL. Os remanescentes dos quilomícrons são captados pelo fígado por endocitose mediada por receptor. As enzimas lisossomais dentro do hepatócito digerem os remanescentes liberando os produtos para dentro do citosol. - Via endógena: relacionada com o transporte dos lípides sintetizados pelo fígado. Inicia-se com a síntese hepática da VLDL. Via Endógena: Destino da VLDL. O fígado secreta as moléculas de VLDL nascentes, ricas em triacilglicerol (TAG). A essas moléculas, são incorporadas as Apo C II e Apo E, provenientes o HDL. O triacilglicerol da VLDL é degradada pela lipase lipoproteica nas células teciduais, como o tecido adiposo, formando IDL. A IDL perde as Apo C II e Apo E e se transforma em LDL. A LDL pode ser endocitada por processo mediado por receptor no fígado ou em células periféricas. Ela também pode ser oxidada e captada pelas vias Scavenger nos macrófagos. Essa via participa da aterosclerose. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 14 - Transporte reverso de colesterol: - Parte do material liberado pela ação da enzima lipase lipoproteica sobre os Qm e as VLDL é utilizado na fabricação da HDL, sintetizada no intestino e no fígado. - A sua principal Apo é a A-I. - A HDL é responsável pelo chamado transporte reverso do colesterol: retira-o das células e troca-o com outras lipoproteínas (principalmente as VLDL), sob ação da enzima CETP (proteína de transferência do colesterol esterificado), ou leva-o diretamente para o fígado. - A única maneira que o organismo dispõe para eliminar colesterol é através da bile, como colesterol livre ou como ácido biliar - LDL: - Função: fornecer colesterol aos tecidos periféricos. - Retém Apo B-100 e perde outras apolipoproteínas para o HDL. - O LDL é captado pelo fígado ou pelos tecidos periféricos utilizadores de colesterol (produção de energia e hormônios). - HDL: - Transferir as proteínas para outras lipoproteínas. - Retirar os lipídios de outras lipoproteínas. - Converter o colesterol em ésteres de colesterol através da LCAT. - Transportar os ésteres de colesterol para o fígado. Diagnóstico laboratorial das dislipidemias - O perfil lipídico é definido pelas determinações do colesterol total (CT), triglicérides e HDL- C (colesterol contido nas HDL) e cálculo do LDL-C (colesterol contido nas LDL), utilizando-se a fórmula de Friedewald (LDL-C = CT (HDL-C + TG/5)). Esta fórmula não deve ser empregada quandoos níveis dos TG forem iguais ou superiores a 400md dl. - Variações na determinação do perfil lipídico: - Pré-analíticas: relacionadas a procedimentos de coleta e preparo da amostra ou a fatores intrínsecos do individuo como estilo de vida, uso de medicações, doenças associadas. - Analíticas: relacionadas à metodologia e procedimentos utilizados pelos laboratórios. - Para minimizar os fatores pré-analíticos, é necessário padronizar a coleta: - jejum de 12 a 14h; para determinação isolada de CT não é necessário o jejum; - manter a alimentação habitual e evitar a ingestão de bebidas alcoólicas na véspera; - não praticar exercício físico imediatamente antes da coleta; - punção venosa após 5min sentado ou deitado, evitando estase venosa prolongada (manter torniquete por menos de 2min); - evitar a coleta no período das 3 semanas seguintes a uma enfermidade leve ou nos 3 meses após doença grave clínica (inclusive infarto agudo do miocárdio complicado), ou cirúrgica; - identificar eventual uso de medicamentos que possam alterar o perfil lipídico. - Material para análise: - Soro: deve ser separado no máximo 3 horas após a coleta. - Armazenamento: 4ºC por no máximo 3 dias; -15 a -20ºC quando mais que dois meses; -70ºC quando mais que 2 anos. - Determinação do HDL: - Método da precipitação seletiva: ocorre a precipitação de partículas que contém ApoB (LDL, IDL, VLDL e Qm) devido à adição de um poliânion (dextran sulfato ou heparina ou fosfotungstato) e um cátion divalente (Mg2+), deixando somente HDL livre para a dosagem. HDL, IDL, LDL, VLDL, Qm HDL + (IDL, LDL, VLDL, Qm) - Dosagem dos triglicérides e do colesterol total: - Método enzimático colorimétrico: Os triglicérides e o colesterol passam por diversas reações sequenciais, produzindo a quinoneimina de cor vermelha. A absorbância do complexo é diretamente proporcional à concentração de triglicérides e de colesterol. Obs: apesar do mesmo principio, para determinar os triglicérides é feita uma sequência de reações, e para determinar o colesterol, é feita outra sequência de reações. Portanto, não se determina os dois juntos em uma única reação. - Estimativa do LDL: - Equação de Friedewald: LDL = CT – (HDL + VLDL) onde VLDL = TG/5, para TG < 400mg/dL. - Determinação das apolipoproteínas: - Metodologia: ELISA, turbidimetria, imunonefelometria. - Não necessita de jejum. - Apo B: principal apolipoproteína das partículas aterogênicas: VLDL, IDL e LDL - Apo A-I principal apolipoproteína da HDL. - A relação entre as Apo B e A-I tem sido usada nos grandes estudos prospectivos como indicadora de risco, porém elas não são úteis para o diagnóstico das dislipidemias e não são uteis como alvos de tratamento. Dextran sulfato ou heparina ou fosfotungstato Mg2+ Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 15 - Valores de referência: - Dosagem da proteína C reativa: - Marcador inflamatório - Associação do PCR com perfil lipídico estratificação precoce do risco de doença arterial coronariana. - Valores de referencia para risco cardiovascular: Risco alto: > 3mg/dL Risco médio: 1 – 3 mg/dL Risco baixo: < 1mg/dL - Dosagem da homocisteína: - A homocisteína é um tioaminoácido formado durante o metabolismo da metionina, aminoácido essencial presente nas proteínas da dieta. - Diversas evidências experimentais sugerem que a propensão à aterosclerose esteja associada à hiper-homocisteinemia e numerosos mecanismos têm sido propostos, tais como: a) a hiper- homocisteinemia cria um ambiente oxidativo uma vez que sofre autooxidação; nessa situação, grupos sulfidril de moléculas de homocisteína reagem entre si, produzindo espécies reativas de oxigênio, como o ânion hidroxil, que, a seu curso, interagem com o óxido nítrico vascular, impedindo seus efeitos vasoativos e oxidam o LDL-colesterol, condição importante para a gênese das placas ateromatosas; b) a estimulação da proliferação das células da musculatura lisa vascular; c) a maior propensão à formação de trombos decorrente da redução dos fatores anticoagulantes e do aumento dos fatores agregantes plaquetários decorrente da injúria endotelial. - Pacientes com histórico de doença coronariana que possuem homocisteína maior que 15 μmol/L possuem alto risco para doenças coronarianas. - Classificação etiológica das dislipidemias: - De acordo com a sua etiologia, as dislipidemias podem ser primárias ou secundárias. Primárias se consequentes a uma causa hereditária reconhecida ou não, e secundária se consequentes a doença de base (hipotireoidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, diabetes mellitus, obesidade, icterícia obstrutiva, alcoolismo) ou ao uso de medicamentos (diuréticos, betabloqueadores, anticoncepcionais, corticoides, anabolizantes, estrógenos). - As dislipidemias primárias ou sem causa aparente podem ser classificadas genotipicamente ou fenotipicamente por meio de análises bioquímicas. - Na classificação genotípica, as dislipidemias se dividem em monogênicas, causadas por mutações em um só gene, e poligênicas, causadas por associações de múltiplas mutações que isoladamente não seriam de grande repercussão. - A classificação fenotípica ou bioquímica considera os valores de CT, LDL-C, TG e HDL-C e compreende quatro tipos principais bem definidos: a)hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dl); hipercolesterolemia familiar deve ser cogitada sempre que LDL-C ≥190 mg/dl. Sua transmissão genética é de penetrância dominante. A causa primária da hipercolesterolemia é a ausência total ou parcial dos receptores para LDL. O colesterol se deposita, então, na pele, tendões e artérias. Nesses casos, há uma incidência marcante de aterosclerose prematura. b)hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos TGs (≥ 150 mg/dl) que reflete o aumento do número e/ou do volume de partículas ricas em TG, como VLDL, IDL e quilomícrons. A estimativa do volume das lipoproteínas aterogênicas pelo LDL- C torna-se menos precisa à medida que aumentam os níveis plasmáticos de lipoproteínas ricas em TG. Portanto, nestas situações, o valor do colesterol não-HDL pode ser usado como indicador de diagnóstico e meta terapêutica, visto que ele consegue estimar o número total de partículas aterogênicas no plasma (VLDL + IDL + LDL). Colesterol Não-HDL = CT – HDL c) hiperlipidemia mista: valores aumentados de LDL-C (≥ 160 mg/dl) e TG (≥ 150 mg/dl). Nesta situação, o colesterol não- HDL também poderá ser usado como indicador e meta terapêutica. Nos casos em que TGs ≥ 400 mg/dl, o cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se, então, considerar a hiperlipidemia mista quando CT ≥ 200 mg/dl; É o distúrbio mais comum, entre as dislipidemias. Pode ocorrer devido à produção excessiva de ApoB100, aumentando os níveis plasmáticos de VLDL e LDL. d)HDL-C baixo: redução do HDL-C (homens < 40 mg/ dl e mulheres < 50 mg/dl) isolada ou em associação a aumento de LDL-C ou de TG. Pode ocorrer por um defeito na estrutura da Apo A-I, levando a uma menor quantidade dessa molécula no plasma. Níveis baixos de HDL estão relacionados a um maior risco para aterosclerose. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 16 Alterações laboratoriais nas Miocardiopatias - A síndrome coronariana aguda (SCA) compreende um termo operacional que define uma gama de sintomas clínicos compatíveis com isquemia miocárdica aguda. - No mundo, a doença cardíaca isquêmica é a principal causa de mortalidade, perfazendo um total de 7,2 milhões de óbitos a cada ano. - Essa síndrome isquêmica compreende o infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST (IAM-SST), sem elevação do segmento ST (IAM-SSST) e angina instável (AI). - No atendimento de emergência, a realização de um ECG é essencial para a distinção de pacientes com ou sem elevação do segmento ST, pois a necessidade mais urgente é identificar precocemente o IAM-SST, uma vez que os pacientes necessitam de terapia de reperfusão imediata (fibrinólise ou intervenção coronariana percutânea). No entanto, o ECG, por si só, é muitas vezes insuficiente para diagnosticar isquemia do miocárdio ou infarto, pois desvios no segmento ST podem ser observados em outras condições, tais como pericardite aguda, bloqueio do ramo esquerdo, hipertrofia do ventrículo esquerdo e síndrome de Brugada. - O IAM-SSST e a AI são entidades relacionadas, porém com diferentes graus de intensidade da isquemia. No IAM-SSST, a isquemia é grave e produz lesão miocárdica, com liberação para a corrente sanguínea dos marcadores bioquímicos de necrose miocárdica. Caso não seja demonstrada a elevação dos níveis dos marcadores bioquímicos, será estabelecido o diagnóstico de AI. Também, no IAM-SSST, podem ser observadas alterações persistentes no ECG (infradesnível do segmento ST, inversão da onda T), enquanto que na AI estas alterações eletrocardiográficas de isquemia podem estar ausentes ou serem transitórias. - A SCA inicia-se, na maioria das vezes, com a ruptura de uma placa aterosclerótica ou com a erosão superficial do endotélio em uma artéria coronária, estimulando a agregação plaquetária. Se o grau de agregação é suficiente para causar oclusão vascular, poderá ocorrer dano nos cardiomiócitos. O trombo, que oclui parcial ou totalmente a artéria, causa uma redução/interrupção da perfusão sanguínea, ocasionando desequilíbrio entre o suprimento e a demanda de oxigênio para os cardiomiócitos, podendo levar à isquemia ou à necrose de uma área do miocárdio. - Biomarcadores de necrose: - Utilidade clínica: - Diagnóstico das síndromes coronarianas agudas: angina instável e IAM. - Avaliação prognóstica. - Avaliação não invasiva de reperfusão coronariana. - Diagnóstico de reoclusão ou reinfarto. - Limitações: falta de sensibilidade e especificidade adequadas; alto custo financeiro e tecnológico; disponibilidade ainda precária nos centros de saúde. - Consenso do comitê internacional para redefinição do infarto do miocárdio: - Utilizar dois marcadores: marcadores de liberação rápida e marcador definitivo (elevada especificidade). - Avaliar cinética dos marcadores: tempo de elevação, ápice e queda, correlação com o início dos sintomas clínicos. - Realizar dosagens seriadas: coleta do material à admissão; após 6 a 9 horas; após 12 a 24 horas. - Em caso de suspeita de reoclusão ou reinfarto: geralmente ocorrem 7-14 dias após o evento inicial; utilizar marcador com meia vida curta. - Marcadores utilizados: - Mioglobina: - A mioglobina é uma proteína globular que possui um grupo prostético heme. É encontrada em todas as fibras musculares estriadas, sendo responsável por cerca de 2% da massa dos músculos esquelético e cardíaco. Seu pequeno peso molecular permite que ela seja liberada rapidamente na corrente sanguínea, tanto após uma lesão do músculo esquelético quanto na necrose cardíaca. A mioglobina tipicamente eleva-se de 1 a 3 horas após a morte da célula miocárdica, atinge o pico entre 6 e 12 horas e normaliza-se dentro de 12 a 24 horas. - Por causa de sua liberação rápida na circulação, sua alta sensibilidade e seu alto valor preditivo negativo, a mioglobina é considerada excelente para descartar o diagnóstico de IAM, apesar de sua baixa especificidade, pois é encontrada também nas fibras musculares esqueléticas. Está elevada no quadro de choque grave, trauma no músculo esquelético, estágio final da doença renal, exercício vigoroso, distrofia muscular, entre outras situações. Portanto, a mioglobina pode ser mais útil quando usada em conjunto com outros marcadores cardíacos para a rápida determinação do IAM, especialmente em pacientes com dor torácica atípica ou alterações eletrocardiográficas inespecíficas e que chegam ao serviço de emergência antes de quatro horas do início dos sintomas. - Método de detecção: imunoensaios quali e quantitativos. - Vantagens: marcador precoce de IAM, elevado valor preditivo negativo, detecção de reinfarto. - Desvantagens: baixa especificidade, elevação do nível sérico na insuficiência renal (devido à redução da depuração plasmática de mioglobina), resultado alterado não determina o diagnóstico de IAM, necessitando de confirmação com marcadores mais específicos. - VR: - Qualitativo: negativo - Quantitativo: até 70ng/mL - Creatinoquinase isoenzima MB: - A creatinoquinase (CK) total é uma importante enzima reguladora da produção e da utilização do fosfato de alta energia nos tecidos contráteis. Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce Compaq Realce 17 - É uma molécula dimérica composta por duas subunidades (M e B), formando assim três isoenzimas, nomeadas creatinoquinase isoenzima MM (CK-MM) encontrada principalmente no músculo esquelético, creatinoquinase isoenzima BB (CK-BB) encontrada principalmente no cérebro e no pulmão, e creatinoquinase isoenzima MB (CK-MB) encontrada principalmente no miocárdio. - Sua fração MB tem sido utilizada para o auxílio do diagnóstico do IAM, entretanto pode ser encontrada levemente alterada no sangue de pessoas saudáveis e, em níveis mais elevados, em dano do músculo esquelético. - Por ter peso molecular maior do que o da mioglobina, a CK- MB é liberada na corrente sanguínea mais lentamente após o dano das células cardíacas. No entanto, é mais específica que a mioglobina, pois é encontrada em menor proporção nas células musculares esqueléticas do que nas células cardíacas. - A CK-MB constitui 1 a 3% da CK total do músculo esquelético, e está presente em menor
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