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CONTESTAÇÃO TRABALHO CARLOS (Carlos Henrique Cantanhede Cunha) (Carlos Henrique Cantanhede Cunha)

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CARLOS HENRIQUE C. CUNHA
ADVOCACIA, ASSESSORIA & CONSULTORIA JURÍDICA
OAB/MA nº 20.883
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUÍ S – MA
Processo nº 76623.0201.80001
HAPPY KIDS LTDA, já devidamente qualificada na AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS, pelo rito comum, que lhe move, JOÃO GABRIEL OLIVEIRA, menor impúbere, representado por seu genitor, PEDRO DA SILVA OLIVEIRA, vem por seu advogado abaixo subscrito (doc. 1) com endereço profissional na Av. dos Holandeses, n° 388, Ed. Biadeni, sl, 202, bairro Barramar, nesta cidade, vem perante V. Ex.ª, oferecer sua:
CONTESTAÇÃO,
Expondo e requerendo o que segue:
PRELIMINARES:
Conforme dispõe o CPC/2015 em seu art. 337, antes que se discuta o mérito referente à demanda, devem-se indicar em matéria preliminar as devidas alegações de nulidade da inicial.
Diante do exposto, venho mui respeitosamente e com a devida “vênia” suscitar a exceção de INCOMPETÊNCIA RELATIVA em razão do valor da causa, conforme art. 337, II, CPC/2015.
Por se tratar de uma causa de menor complexidade, com o valor estabelecido na inicial pelo autor, sendo menor que o teto estipulado e abrangido pelos JUÍZADOS ESPECIAIS, conforme art. 3º, I, lei nº 9.099/95.
Solicito que os autos sejam remetidos ao JUIZADO ESPECIAL CÍVEL, por entender se tratar do juízo competente para apreciar tal demanda.
Conforme Art.337,XI,CPC/15, a requerida vem por meio dessa contestação afirmar também sua ILEGITIMIDADE PASSIVA no polo processual, por entender que não foi responsável pelo dano causado a parte autora, e conforme dispõe o CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL em seu art. 339, indica que o SUJEITO PASSIVO legítimo da lide em questão, é a empresa responsável pela comercialização do produto pirateado, no caso, a empresa BINQUEDOS & CIA LTDA.
DOS FATOS
O autor aduz que comprou brinquedo fabricado pela empresa HAPPY KIDS LTDA, que continha 6 (seis) formas plásticas e 4 (quatro) rolos de massa de modelar e que na embalagem continha a especificação referente a idade permitida para utilização mas, não indicava que o brinquedo era tóxico. 
Alega ainda, que ao ingerir um dos itens constantes no kit de brinquedos (massa de modelar) intoxicou – se, tendo por consequência de ser levado imediatamente ao hospital, para os devidos socorros médicos, ficando internado por 5 (cinco) dias.
Conforme relato do autor, o médico que o atendeu, confirmou que a intoxicação foi devido à ingestão de produto tóxico, no caso a massa de modelar.
De fato, a empresa HAPPY KIDS LTDA, fabrica brinquedos nessas especificações, denominado “mão na massa”. Todavia, na nota fiscal (doc.) apresentada somente está descrito a aquisição de “brinquedo” de forma genérica.
Igualmente, o código de barras não tem a mesma numeração que o brinquedo fabricado pela requerida.
Do mesmo modo, tal ação não deve prosperar, pois as características do produto e prospectos não obedecem ao padrão de qualidade da fabricante, conforme laudo em anexo, que vale ressaltar estão conforme legislação vigente e devidamente inspecionadas e autorizadas pelo INMETRO. 
Cabe salientar, que o brinquedo “mão na massa” ainda não foi posto em circulação, tampouco está sendo fabricado em longa escala, uma vez que encontra – se em fase de teste, para que seja avaliado se está adequado ao público destinado.
De suma importância, a observância que, na embalagem do produto em questão, havia a indicação de idade, bem como, instruções de uso, uma das quais é a explícita recomendação de não levar nenhum dos itens à boca.
A empresa HAPPY KIDS LTDA, ressalta que o fato ocorrido é lastimável e infeliz, porém, a fabricante não pode ser responsabilizada pelo ocorrido, vez que também é vítima de prática de pirataria industrial.
DO MÉRITO
O CDC (código de defesa do consumidor), prevê situações em que a responsabilidade do fabricante é excluída. 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos.
(...)
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Conforme exposto, o caso em questão se enquadra em todos os requisitos, pois:
1º A requerida afirma não ter colocado o produto no mercado para comercialização, pois este ainda se encontra em fase de teste, para melhor adequação. Sendo vítima, portanto, de PIRATARIA.
2º Ainda que tivesse disponibilizado o produto para comercialização, o referido defeito certamente não existiria, devido aos rigorosos processos de inspeção e qualidade pelo qual são submetidos todos os produtos fabricados pela requerida. Tendo sido inclusive certificada por tal rigor.
3º Igualmente, a nota fiscal descreve a aquisição de "brinquedo" de forma genérica. No entanto, o brinquedo fabricado pela requerida tem uma denominação específica, no caso, "mão na massa". Do mesmo modo, acrescenta-se que o código de barras não condiz com o código do brinquedo fabricado pela acusada.
4º alia – se a isso, um flagrante ato de negligência do representante legal do autor, pois não deu a devida atenção ao uso correto do brinquedo por parte do autor, ainda que especificada as orientações de uso.
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÂO. AUSÊNCIA DO DEVER DE INDENIZAR. AUSÊNCIA DE PROVA DO NEXO CAUSAL. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE. ART. 12 , § 3º , DO CDC . Consoante dispõe o artigo 12 do CDC , a responsabilidade do fabricante é objetiva, cabendo a este demonstrar que não colocou o produto no mercado, a inexistência do defeito, ou a culpa exclusiva do consumidor, nos moldes do § 3º, do referido dispositivo legal. Assente na prova a inexistência de defeito no produto posto em circulação no mercado pela parte ré, bem como a ausência de nexo causal entre o suposto defeito no tênis e o acidente narrado na exordial, inviável a responsabilização da fornecedora. Sentença de improcedência confirmada. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70053746384, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Paulo Roberto Lessa Franz, Julgado em 25/04/2013)
Para consubstanciar ainda mais a tese, anexamos aos autos um estudo técnico, feito por um renomado Médico Pediatra, onde atesta que a idade máxima para que crianças levem objetos à boca é de 0 à 2 anos. Evidenciando ainda mais a negligência do representante do autor, bem como, a adequação dos produtos fabricados pela requerida com as normas de segurança exigidas.
“Geralmente, esse hábito desaparece naturalmente até os dois aninhos e é importante que você não o impeça de levar objetos à boca para não prolongar essa fase de descobertas – a não ser que eles estejam sujos, ou seja, perigosos, é claro. Essa mania do seu bebê se chama “fase oral”. Desde o nascimento até em torno dos 18 meses, ele descobre o mundo através da boca: chora para mostrar que está com fome ou desconfortável, descobre novos sabores e texturas, chama a atenção (com sons que mamães e papais se derretem!), além de criar uma forte relação com a mãe por meio da amamentação, que é quando o bebê aprende a sugar, sente o calor da pele, olha nos olhos e o laço afetivo aumenta”. Afirma o médico Marcus Renato Carvalho.
De acordo com o descrito nos fatos e consubstanciado nos pedidos, a requerente contesta a afirmação de ter praticado ato ilícito conforme descrito abaixo:
Art. 186 – Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Porém, conformejá afirmado e comprovado nos autos, não houve por parte do requerido, qualquer tipo de ação ou omissão voluntária e muito menos negligência e imperícia. Haja visto, que a requerida foi vítima de PIRATARIA.
Portanto, não há de se falar em responsabilidade e como consequência, presume-se infundada a acusação.
Na mesma esteira de pensamento, não havendo comprovado ato ilícito e por consequência a inexistência de responsabilidade, não há de se falar também em DANOS MORAIS, vejamos julgado sobre o caso em questão:
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO CAUTELAR DE BUSCA E APREENSÃO E INDENIZAÇÃO. JULGAMENTO CONJUNTO. CONTRAFAÇÃO. COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS FALSIFICADOS. AUSÊNCIA DE PROVA DOS DANOS MORAIS. REVELIA. 1. O Julgador não está adstrito à presunção de veracidade oriunda da revelia para a formação de seu convencimento. A pena de confissão é relativa e não induz à procedência do pedido, podendo ceder em face dos demais elementos constantes dos autos, de acordo com o livre convencimento do juiz. 2. Danos morais que dependem de prova. Ausência de demonstração de que a contrafação tenha causado abalo à imagem da autora. Ônus que lhe competia. Precedentes. APELAÇÃO DESPROVIDA. (Apelação Cível Nº 70066460411, Quinta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Isabel Dias Almeida, Julgado em 30/09/2015).
Contesta ainda assim, o laudo médico apresentado pelo representante da parte autora, requerendo de ofício que sejam feitas novas perícias conforme art.464, CPC/2015 em relação ao produto e à referida intoxicação.
DO PEDIDO
Isto posto requer a V. Ex.ª:
I - O acolhimento da preliminar de INCOMPETENCIA RELATIVA, remetendo-se os autos ao Juízo competente, ou seja, para um dos JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DA COMARCA DE SÃO LUIS - MA;
II – O acolhimento da preliminar de ILEGITIMIDADE PASSIVA, solicitando a substituição no PÓLO PROCESSUAL PASSIVO, bem como a citação do responsável legal, no caso, a empresa BRINQUEDOS & CIA.
III - Vencidas as preliminares, que no mérito seja julgado improcedente o pedido autoral;
IV - Seja julgado procedente o pedido contraposto condenando-se o autor ao pagamento de R$ 13.000,00 (treze mil reais) a título de compensação pelos danos morais experimentados pelo réu;
V - A condenação do autor ao pagamento das custas e honorários de advogado, estes a serem fixados em 20% sobre o valor da causa;
VI - A condenação do autor por litigância de má-fé, nos termos do Art. 80, incisos I, II, III e VI do NCPC.
VII – Realização de prova pericial técnica, realizada em relação ao produto em questão e à intoxicação;
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos Arts. 369 e seguinte do NCPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
Pede deferimento.
São Luís - Ma, 7 de novembro de 2016
CARLOS HENRIQUE CANTANHEDE CUNHA
OAB/MA nº 20.883
Av. dos Holandeses, nº 388, Ed. Biadeni, Sala: 202, Barramar, CEP: 65054 – 850, São Luís – Ma, 
Email: chccunha@hotmail.com

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