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PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 1 de 8 AAPPEELLAAÇÇÃÃOO 1 INTRODUÇÃO A apelação, na regra geral, é o recurso cabível nos casos em que forem proferidas sentenças judiciais que julguem o mérito ou que possuam caráter definitivo. Desta forma, NÃO é cabível o recurso de apelação para atacar os despachos de mero expediente, inclusive pelo fato de eles serem sempre irrecorríveis, e, via de regra, também NÃO é cabível a apelação para atacar decisões interlocutórias. Todavia, em algumas situações, pode-se perceber que a apelação acaba assumindo uma natureza residual, pois, em alguns casos de decisões interlocutórias proferidas pelo juiz singular, em que NÃO seja hipótese de Recurso em Sentido Estrito, poderá ser passível de impugnação por meio da apelação. Explicando melhor, pode-se afirmar que as decisões interlocutórias são classificadas da seguinte forma: Decisões interlocutórias simples – são todas aquelas que se visam decidir questões incidentais que surjam antes da sentença de mérito e que NÃO acarretam a extinção do processo, ou de algum procedimento. Para este tipo de decisão interlocutória será cabível apenas o RESE, se houver hipótese específica de cabimento deste recurso. Já se NÃO houver hipótese de RESE para atacar este tipo de decisão interlocutória ela será simplesmente irrecorrível, ou seja, para este tipo de decisão interlocutória NUNCA será possível a apresentação do recurso de apelação. Exemplo: a decisão que concede a liberdade provisória é uma decisão interlocutória simples e para atacar esta decisão é possível a apresentação do RESE com fundamento no art. 581, V, do CPP. Entretanto se a decisão do juiz for de negar a liberdade provisória NÃO haverá a possibilidade de ingressar com RESE, nem de forma residual com a apelação, sendo a decisão irrecorrível. O que a parte poderá fazer é impugnar a decisão por meio do Habeas Corpus, que não é um recurso. Decisões interlocutórias mistas – estas se subdividem da seguinte forma: Decisões interlocutórias mistas terminativas – são aquelas decisões interlocutórias que acarretam a extinção do processo ou de um procedimento. São também chamadas pela doutrina como decisões definitivas. Exemplo: decisão que não recebe a denúncia ou queixa. Decisões interlocutórias mistas não terminativas – são aquelas que extinguem uma etapa do procedimento, mas não acarretam a extinção do processo. São também chamadas pela doutrina como decisões com força de definitiva. Exemplo: decisão que pronúncia o réu no rito do tribunal do júri. SOMENTE as decisões interlocutórias mistas terminativas ou não terminativas é que poderão ser atacadas de forma RESIDUAL pela apelação, nos termos do art. 593, II do CPP. Portanto, deve-se primeiro verificar se existe alguma hipótese de RESE para atacar as referidas decisões interlocutórias mistas terminativas ou não terminativas, caso NÃO exista hipótese, será perfeitamente viável a interposição da apelação. PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 2 de 8 Exemplo: a decisão que indefere o pedido de restituição de coisa apreendida é uma decisão interlocutória mista não terminativa, tendo em vista que extingue o procedimento de restituição de coisa apreendida, mas não acarreta a extinção do processo. Neste caso, como não existe uma hipótese específica de cabimento de RESE no art. 581 é possível à utilização residual da apelação com fundamento no art. 593, II, do CPP. Fique atento, pois este caso já foi objeto de pergunta em alguns concursos públicos e pode ser objeto de uma questão na OAB. Vale lembrar, também, que o prazo de apelação é de cinco dias para a interposição e de oito dias para as razões ou contrarrazões nos termos dos arts. 593 e 600 do CPP, respectivamente, salvo nos caso de contravenções, quando o prazo para as razões ou contrarrazões será de três dias, conforme parte final do art. 600 do CPP. Observação: Deve-se ter cuidado em relação à apelação no rito sumaríssimo, pois nos Juizados Especiais Criminais a apelação terá o prazo de 10 dias para a apresentação de razões e contrarrazões, nos exatos termos do art. 82, § 1º, da Lei n. 9099/95. No que se refere à contagem do prazo da apelação é bom ficar atento, pois diferentemente do Processo Civil, o prazo de apelação no Processo Penal começa a correr da data da intimação da sentença e não da juntada do mandado aos autos, caso esta tenha sido feita por oficial de justiça, nos termos da Súmula 710 do STF. Vale ressaltar, que a petição de interposição é sempre endereçada ao juiz do feito, aquele que proferiu a sentença. Já as razões da apelação serão endereçadas para o Tribunal competente respectivo. Cumpre elucidar, também, que somente se pode apelar sobre o que se pode entender, sobre o que é compreensível. No caso de o juiz proferir uma sentença condenatória, mas houver ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão em sua fundamentação, a primeira providência recursal será apresentar EMBARGOS DE DECLARAÇÃO e NÃO a apelação. Os embargos de declaração são usados para que o juiz declare a sentença de uma forma inteligível, de forma que possa ser compreendida. Entretanto, se a sentença condenatória tiver alguma ambiguidade, obscuridade, contradição ou omissão em sua fundamentação e tiver que se questionar o mérito para reanalisar a sentença, neste caso específico será cabível o recurso de apelação. Os embargos de declaração possuem os seguintes prazos: Embargos de Declaração - Rito Sumaríssimo – 5 dias (Juizados Especiais) art. 83, parágrafo 1º CPP. Embargos de Declaração – Rito Comum Ordinário e Sumário – 2 dias, art. 382 para atacar sentença e art. 619 CPP no caso de acórdão. 2 HIPÓTESES DE CABIMENTO DA APELAÇÃO O rol de hipóteses de apelação estão constantes no art. 593 do CPP, sendo considerado pela doutrina e jurisprudência como meramente exemplificativo. Vale lembrar as hipóteses de cabimento da apelação do art. 593: PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 3 de 8 Sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular (Art. 593, I, CPP). Será cabível o recurso de apelação quando o juiz vir a proferir sentença condenando ou absolvendo o réu. Estes dois tipos de sentença são consideradas definitivas já que resolvem o mérito da causa. As disposições referentes às sentenças condenatórias e absolutórias estão previstas no art. 386 e 387 do CPP, no caso de rito comum ordinário e sumário, bem como no art. 492, I e II, do CPP, no caso de rito do Tribunal do Júri. Observação: A previsão constante do art. 593, § 4º do CPP, no sentido de que quando for cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra, somente vale para a apelação com fundamento no art. 593, I, do CPP, tendo em vista que, no caso de existir a hipótese do art. 593, II, do CPP, a apelação será considerada residual, como já foi explicado. Decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no capítulo anterior (Art. 593, II, CPP). Esta hipótese de apelação é chamada de residual, pois ocorre todas as vezes que o juiz resolver uma questão definitiva ou com força de definitiva e que não era caso de Recurso em Sentido Estrito, conforme já foi devidamente explicado. Decisões do Tribunal do Júri, quando (Art. 593, III, CPP): I. Ocorrer nulidade posterior à pronúncia (Art. 593, III, a, CPP). Esta hipótese de apelação relaciona-se as nulidades relativas, tendo em vista que as nulidades absolutas podem ser alegadas em sede de apelação mesmo que tenham ocorrido ANTES da pronúncia. Quanto às espécies de nulidade, vale lembrar a seguinte diferenciação: - Nulidade Absoluta – pode ser arguida a qualquer tempo, a qualquer instante do processo, até em sede de segundo grau. Neste caso, poderá ser utilizada a apelação com base no art. 593, III, a, do CPP mesmo que a nulidade tenha ocorrido ANTES ou APÓS a pronúncia do réu. Exemplos: Incompetência para apreciar o mérito, como crime de latrocínio que acabou sendo processado pelo tribunal do júri. Impedimento ou suspeição do juiz, a qualquer tempo poderá arguir esta nulidade. Ausência de resposta à acusação, neste caso há o cerceamento de defesa, havendo o rompimento da ampla defesa e do contraditório. - Nulidade Relativa – são arguíveis em tempo hábil ou irão gerar preclusão. Normalmente elas são alegadas na resposta à acusação, pois se não for questionada neste momento haverá preclusão. Assim, no caso de existirem nulidades relativas ocorridas após a pronúncia, deve a defesa argui-las na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, sob pena de preclusão. Caso a parte tenha alegado a nulidade relativa ocorrida posteriormente à pronúncia e seja proferida uma sentença, após a deliberação dos jurados, que não reconheça a ocorrência da referida nulidade, será cabível a apelação com fundamento no art. 593, III, a, do CPP. PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 4 de 8 Apresentada a apelação com base no fundamento da nulidade processual, deverá ser pedida a invalidação do ato considerado nulo, ou seja, pede-se a anulação do feito em razão da nulidade, devendo haver a realização de um novo julgamento e com novos jurados, nos termos da Súmula 206 do STF. II. For a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados (Art. 593, III, b, CPP). No tribunal do júri o juiz presidente está vinculado à decisão dos jurados em matéria de mérito, se os jurados decidiram uma coisa, o juiz não pode decidir de outra forma. Se isto ocorrer, será cabível apelação com base neste inciso. Exemplo: Os jurados decidiram que houve homicídio simples o juiz NÃO pode decidir que houve homicídio qualificado, sob pena de afronta a decisão dos jurados. Caso faça isto deverá ser apresentada apelação. Também será cabível a apelação com base nesta hipótese se a sentença do juiz presidente for contrária à lei expressa. Na apelação com base neste inciso deve-se pedir a retificação da sentença do juiz presidente pelo Tribunal, como bem prevê o § 1º, do art. 593 do CPP, na medida em que esta hipótese visa impugnar apenas sentença do juiz presidente do Tribunal do Júri. III. Houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança (Art. 593, III, c, CPP). Nesta hipótese o juiz presidente, após a deliberação dos jurados, aplicou a pena de forma incorreta, ou seja, houve um erro na quantidade da pena ou na qualidade da pena que deveria ter sido imposta ao condenado. Exemplos: Os jurados decidiram que o réu deve ser isento de pena em decorrência de erro de proibição e merece tratamento ambulatorial devendo ser aplicada medida de segurança, mas o juiz condenou o réu a pena privativa de liberdade. Os jurados condenaram o réu pelo crime de aborto, mas o juiz aplica o regime inicial de pena em fechado, mesmo a pena mínima sendo inferior a 4 anos. Na apelação com base neste inciso deve-se pedir a retificação da decisão pelo Tribunal, como bem prevê o §2º, do art. 593 do CPP. IV. For a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos (Art. 593, III, d, CPP). Esta hipótese somente ocorrerá no caso de existir uma contradição gritante entre a decisão dos jurados e as provas trazidas aos autos, ou seja, existe um completo descompasso entre a decisão dos jurados e as provas produzidas dentro do processo. Esta hipótese tem como razão de existir o fato de que a soberania dos veredictos no júri NÃO é tida de forma absoluta. Exemplo: Resta provado nos autos que o réu agiu em legítima defesa, entretanto, o conselho de sentença resolve condenar o réu. PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 5 de 8 Na apelação com base neste inciso deve-se pedir a nulidade do feito, devendo haver a realização de um novo julgamento e com novos jurados, nos termos da Súmula 206 do STF e do art. 593, §3º, do CPP. Quanto a esta hipótese de cabimento, existe, ainda, a previsão do art. 593, §4º, do CPP, no sentido de que NÃO poderá ser usado este fundamento, novamente, em outra apelação e no mesmo processo, ou seja, em outras palavras, esta hipótese de apelação somente é cabível uma única vez, caso os jurados venham a decidir novamente de forma manifestamente contrária à prova dos autos, deverá ser respeitada a soberania dos veredictos e o critério da íntima convicção. Observações: A maioria da doutrina entende que as hipóteses de apelação do rito do Tribunal do Júri são de fundamentação vinculada, ou seja, somente será cabível a apelação se houver o enquadramento do caso em alguma hipótese prevista no art. 593, III, do CPP. Esta conclusão é uma decorrência da Súmula 713 do STF, que determina que “o efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição”. Parte da doutrina entende, também, que caso haja uma sentença do tribunal do júri que porventura NÃO venha a se enquadrar em umas das hipóteses do art. 593, III, do CPP, nada impede que seja fundamentada a apelação com base no art. 593, I, do CPP, como decorrência da ampla defesa e do contraditório e por não haver expressa disposição em contrário. Corrente majoritária. No caso de serem proferidas sentenças de impronúncia ou absolvição sumária a fundamentação da apelação será no art. 416 do CPP e NÃO no art. 593, III, do CPP, tendo em vista disposição legal expressa neste sentido. 3 ESTRUTURA DA APELAÇÃO 3.1. Petição de Interposição Endereçamento: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE _______________________ (Regra Geral) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________ (Crimes da Competência da Justiça Federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA COMARCA DE________________________ (Crimes da Competência do Tribunal do Júri) PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 6 de 8 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ____ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _______________________ (Crimes da Competência da Justiça Federal) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CRIMINAL DO JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE _______________________ (Crimes de Competência de Juizado Especial Estadual) EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA____ VARA CRIMINAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE ______________________ (Crimes de Competência de Juizado Especial Federal) Processo número: (Nomedo Recorrente), já qualificado nos autos do processo que lhe move o Ministério Público/Querelante, à fls._______, por seu advogado formalmente constituído que esta subscreve, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, inconformado com a respeitável sentença de _________________, conforme fls.______, interpor tempestivamente a presente APELAÇÃO ou CONTRARRAZÕES DA APELAÇÃO com fundamento no art. 593, (indicar inciso)______ ou art. 416 (no caso de absolvição sumária ou impronúncia) ou art.600 (no caso de contrarrazões), do Código de Processo Penal. Requer que, após o recebimento destas, com as razões inclusas (na prova elas serão feitas juntas), ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal, onde serão processados e provido o presente recurso. OU Requer que, após o recebimento destas, com as contrarrazões inclusas (na prova elas serão feitas juntas), sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal, onde serão processados e não provido o presente recurso. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 7 de 8 3.2. Razões ou Contrarrazões da Apelação. Endereçamento: RAZÕES (OU CONTRARRAZÕES) DA APELAÇÃO RECORRENTE: RECORRIDO: PROCESSO NÚMERO: EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CÂMARA ÍNCLITOS DESEMBARGADORES 1. Dos Fatos. Seja mais sucinto no resumo dos fatos e mais enfático no resumo do processo. Cita- se o mínimo necessário para os fatos e o máximo para o processo. Não precisa fazer dois pontos distintos, falar quando houve a publicação da sentença é fase processual, deve-se expor como se chegou até a sentença. No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um parágrafo com o seguinte teor: “A respeitável decisão proferida merece ser reformada pelos motivos de fato e direito a seguir aduzidos”. 2. Das Preliminares. Se for o caso deve-se alegar preliminares. Como já foi explicado existe uma sequência a ser seguida. Abra os artigos na seguinte sequência: Primeira – Art. 107 CP – Causas extintivas de punibilidade. Segunda – Art. 109 CP – Prescrição. Terceira – Art. 564 CPP – Nulidades. Quarta – Art. 23 CP - Causas de exclusão de ilicitude. Quinta – Deve-se buscar todo e qualquer outro defeito que levaria a ocorrência rejeição liminar da peça acusatória (inépcia da denúncia; pressupostos processuais; incompetência; impedimento; suspeição; litispendência; coisa julgada; etc.). 3. Do Mérito. Fale logo do mérito, diga o que você quer. Deve-se dizer logo o porquê de você está atacando a sentença. O recurso é uma peça pesada para investir no mérito. Após falar do mérito você deve logo em seguida falar do direito, mencionando o direito pertinente ao caso e os artigos correlatos. PPRRÁÁTTIICCAA JJUURRÍÍDDIICCAA IIIIII –– DDIIRREEIITTOO PPEENNAALL PPrrooff.. VVaannddeerrlleeii KKllooooss Página 8 de 8 4. Do Pedido. Deve-se fazer um pedido principal de provimento do recurso e reforma da decisão e demais pedidos subsidiários possíveis. Nas contrarrazões deves-se um pedido principal de não provimento do recurso e manutenção da decisão. Termos em que, Pede deferimento. Comarca, data Advogado, OAB ATENÇÃO! MUITA ATENÇÃO! Caso a apelação tenha sido feita pela parte acusatória a defesa seguirá a mesma linha. Na petição de interposição o nome será CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, com fundamento no art. 600 do Código de Processo Penal. Em se tratando de crime do rito do Tribunal do Júri, logo na interposição, o apelante deve indicar a motivação de seu recurso, em consonância com a súmula 713 do STF. Ao apresentar suas razões, este estará adstrito à motivação indicada na interposição, ou seja, no caso de apelação do Rito do Tribunal do Júri a apelação é de fundamentação vinculada e cabe nas hipóteses trazidas pelo art. 593, III, do CPP. Nos termos da Súmula 713 do STF: Súmula 713 STF – O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição.
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