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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO CRIMINAL DA COMARCA DE SÃO PAULO, ESTADO DE SÃO PAULO. Patrícia Goulart de Bragança e Junqueira, brasileira, estado civil (xxx), blogueira e digital influencer , portadora do RG n.º XXX.XXX__, inscrita no CPF n.º XXX.XXX.XXX – XX, residente e domiciliada na rua xxx, n.º xxx, bairro xxx, na cidade de São Paulo/SP (tudo conforme cópias de documentos acostados – doc.xxx), por seu representante legal que ao final assina, de acordo com o Art. 44 do CPP (Procuração inclusa – doc. xxx), vêm, à ilustre presença de Vossa Excelência, propor a presente, QUEIXA-CRIME Com fundamento no art. 138 do Código Penal, em desfavor de Kamylla Proença de Albuquerque, brasileira, estado civil (xxx), profissão xxxx, portadora do RG n.º .XXXXXX __, inscrita no CPF n.º XXXXXXXXX, residente e domiciliada na rua xxx, n.º xxx, bairro xxx, também na Cidade de São Paulo/SP, conforme as razões de fato e de direito a seguir expostas: DOS FATOS Patricia, por sua profissão é uma pessoa de grande influência nas redes sociais, com milhares de seguidores. Formadora de opiniões e de grande repercussão, torna tendência tudo aquilo que divulga. A Querelada por sua vez, ex-colega de faculdade da Querelante, não possui os mesmo atributos, mesmo tentando por todos os meios atingir o sucesso, nunca obteve êxito em suas investidas, pois sua populariada não passava da familia e circulo de amigos intimos. Tamanha a frustação de Kamylla, diante do sucesso de Patricia, que inconformada e insatisfeita, ciente que a Querelante é usuária de redes sociais, e por consequência tem ampla rede de amigos e seguidores, resolveu divulgar através de sua conta na mesma rede, uma falsa noticia, com o intuito de imacular a honra da Querelante. Assim, no dia 19 de janeiro de 2017, em sua residência, também localizada na cidade de São Paulo/SP, entra em uma de suas redes sociais, através de seu computador pessoal e acessa o perfil pessoal de Patricia. Com a única intenção de ofender a ex-colega, inventou um fato que jamais chegou a acontecer e publicou a seguinte mensagem: “URGENTE! Ontem à noite, ao solicitar uma selfie, sem qualquer motivo, de forma covarde fui agredida fisicamente com um tapa no rosto por Patrícia Goulart de Bragança e Junqueira, também conhecida como Patty, quando esta entrava na portaria do prédio em que mora. Me ajudem a divulgar. Tal fato não pode ficar impune”. Tal postagem foi imediatamente disponibilizada a todos os milhares de seguidores de Patricia e viralizou. A publicação virou rapidamente notícia, tendo sido comentada, tanto nas redes sociais, quanto por grupos de aplicativos de mensagens em todo país. Patty, como era chamada, que se encontrava prestes a participar de um desfile de moda, como de costume, estava conectada à rede social por meio de seu smartphone e tomou conhecimento da publicação feita por Kamylla e toda a repercussão. Em estado de choque, profundamente abalada com o que estava acontecendo, Patty teve uma queda de pressão arterial e precisou ser amparada por Júlia Bauptista e Laura Guedes, modelos que também participariam do desfile. Muito abatida, Patricia desistiu de desfilar e foi para casa, onde precisou ser consolada por sua mãe. Tamanha era a decepção com tudo o que estava acontecendo, que chegou, inclusive, a cogitar deletar todas as suas redes sociais e abandonar a profissão. Excelência, nenhuma dúvida resta acerca do “animus” da Querelada em caluniar a Querelante e atingir sua moral, causando prejuízo à sua reputação. Por todas essas qualidades e atributos de suas personalidade a Querelada, jamais seria capaz de realizar conduta tão desproporcional quanto fora acusada de realizar, de maneira falsa, pela Querelada. Em que pese, a acusação, tão falsa e desarrazoada, mediante a personalidade da Querelante, gerou profundo e intenso dissabor perante todo publico que a segue, bem como macula em sua carreira de futuro promissor. Tudo aqui exposto, provado conforme documentos acostados e depoimento das testemunhas ao final arroladas. Não pode a Querelantes deixar sua honra, sua reputação, sua imagem, seu bom nome ser maculado de forma falsa, mentirosa e infundada pela Querelada, razão pela qual buscam a tutela jurisdicional, na pessoa de Vossa Excelência, a fim de ver condenada a Querelada nas penas do art.138 do Código Penal e ver realizada justiça! DO DIREITO Por ser a honra um direito fundamental e inviolável, nos termos do art. 5º, X da CF/88 - " são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”, o Código Penal brasileiro destinou um capítulo específico de tipos penais, visando a proteção deste bem jurídico. Entre eles temos que, Estabelece o art. 138 do Código Penal em seu capítulo V, DOS CRIMES CONTRA A HONRA: “Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga”. Conforme narrado nos fatos acima, percebe-se claramente a conduta típica da Querelada, que, imputou fato definido como crime à Querelante, sabendo ser falsas as acusações, com a clara intenção de lesar a imagem, a honra, a reputação e o bom nome da Querelante, querendo impor-lhe a aura de criminosa. Tal conduta se agrava culminando em aumento de pena, pois de acordo com o que estabelece o art. 141 do CP, temos que: “Art. 141 - As penas cominadas neste capítulo aumentam- se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: III - Na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria”. Pelo exposto, claro fica a ciência na incidência da conduta proibida realizada pela Querelada, estabelecida no artigo 141 do Código Penal, ao atribuir falsamente a Querelante a prática do crime previstos nos artigos 129 do Código Penal, com o fim de prejudicar a honra objetiva da Querelante, mediante tal divulgação em ambiente de total visibilidade, principalemente pela tamanha proporçao de popularidade da querelenta, em que toda a midia que a assisti, com repercussão a nivel nacional. DO PEDIDO Mediante as razões de fato e de direito expostas, vem a Querelante, à ilustre presença de Vossa Excelência, através de seu representante legal que ao final assina, REQUERER: a - O recebimento, processamento e julgamento da presente ação; b - A citação, o interrogatório e, ao final, a condenação da QUERELADA nas sanções penais previstas nos arts.138 e 141, do Código Penal; c – O requerimento de provas a serem produzidas (testemunhal, pericial, documental). Pretende provar a alegada por todas as provas de direito admitidas, e que se fizerem necessárias, aplicáveis neste caso. Ao acolher o pedido formulado pela Querelante e condenando a Querelada, Vossa Excelencia, estará restabelencendo a honra bem como, preservando a reputação da pessoa da Querelante. Termos em que, pede deferimento. São Paulo, 19 de julho de 2.017 ADVOGADO: XXXXXXXXXXX OAB/_ N.º XXXXXXX
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