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Caso Concreto 7

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Universidade Estácio de Sá – Campos dos Goytacazes RJ 
Natállia dos Santos da Silva Matrícula: 201703231181 
2° Período – Noite Direito Penal I 
 
 
Caso Concreto 7 – Do Fato Típico. Do Tipo Doloso. Do Tipo Culposo. 
 
QUESTÃO DISCURSIVA 
 
Leia a situação hipotética abaixo e responda, de forma objetiva e fundamentada, 
às questões formuladas: 
 
No dia 10 de agosto de 2012, por volta das 02h30min, na Unidade de Pronto 
Atendimento de determinada Unidade de Saúde, Geraldo, com inobservância de regra 
técnica de profissão, deu causa à morte da vítima A.M., com 09 (nove) meses de idade, 
em consequência de insuficiência respiratória aguda por pneumonite consecutiva a 
aspiração de conteúdo gástrico, conforme Auto de Exumação, fl. 231 do Inquérito 
Policial. Na oportunidade, Geraldo, médico anestesiologista, aplicava na vítima doses 
de determinado sedativo ministrado anteriormente, momento em que a vítima vomitou 
um líquido acastanhado. Ato contínuo, o médico iniciou o procedimento de entubação 
traqueal, por duas vezes, todavia, por imperícia, não conseguiu realizá-lo. Diante disso, 
a vítima aspirou o conteúdo gástrico, dando causa à insuficiência respiratória aguda por 
pneumonite, o que a levou a óbito. Cabe salientar que o paciente deveria ter sido 
submetido à uma avaliação anestésica pré-operatória, o que não ocorreu, vez que 
Geraldo, apenas, conversou, via telefone, na noite anterior com a genitora da vítima.” 
(fls. 02/04). 
 
Diante da situação hipotética apresentada, com base nas teorias sobre os tipos dolosos e 
culposos, responda às questões formuladas: 
 
a) A partir da teoria finalista da ação, diferencie as condutas dolosas e culposas e 
apresente seus elementos caracterizadores. Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 
b) No caso concreto ora narrado, a conduta do médico foi dolosa ou culposa? Responda 
de forma objetiva e fundamentada. 
 
 Resposta: 
a) 1. Conduta humana voluntária, a qual está relacionada à ação, e não ao 
resultado. 
 
2. Violação de um dever de cuidado objetivo, quando o agente atua em 
desacordo com o que é esperado pela lei e pela sociedade, seguido pela 
imprudência, negligência e imperícia. 
 
3. Resulta do naturalístico. Não haverá crime culposo se, mesmo 
havendo falta de cuidado por parte do agente, não ocorrer o resultado lesivo 
a um bem jurídico tutelado. 
 
 
 
Universidade Estácio de Sá – Campos dos Goytacazes RJ 
Natállia dos Santos da Silva Matrícula: 201703231181 
2° Período – Noite Direito Penal I 
 
4. Nexo causal. Elo entre a conduta do agente e o resultado. 
 
5. Previsibilidade. É a possibilidade de o agente conhecer o perigo ou 
não. 
 
6. Tipicidade. CP, Art. 18 - Diz-se o crime: Parágrafo único - Salvo 
os casos expressos e m lei, ninguém pode ser punido por fato pre visto 
como crime, senão quando o pratica dolosamente. 
 
 
 
b) Culposa, já que o profissional agiu com desleixo, insensatez, e descuido, 
deixando de prever um resultado típico possível de ser observado 
antecipadamente, tendo culpa inconsciente. 
 
 
 
 
QUESTÃO OBJETIVA 
 
Diz-se que o crime é doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de 
produzi-lo, e que o crime é culposo, quando o agente deu causa a resultado previsível 
por imprudência, negligência ou imperícia. Sobre o tema, é correto afirmar que: 
 
a) o dolo direto de segundo grau também é conhecido como dolo de consequências 
necessárias; 
 
b) para a teoria finalista da ação, o dolo e a culpa integram a culpabilidade; 
 
c) no crime culposo, a imprudência se caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a 
negligência, por um comportamento positivo; 
 
d) o crime culposo admite como regra a forma tentada; 
 
e) na culpa consciente, o agente prevê o resultado como possível, mas com ele não se 
importa. 
 
Resposta: 
Alternativa A.

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