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DIREITO INTERNACIONAL - 3º BIMESTRE Agentes Diplomáticos – Instituição Só quando ambas as partes estão se relacionando, necessário consentimento e reciprocidade. MANDAR E RECEBER (Autorização + reciprocidade) entre sujeitos de direito internacional Empresas atuam no cenário internacional – quadro econômico- agentes internacionais – NÃO SÃO SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAIS. Se comunicam no campo privado. MISSÕES PERMANENTES – Embaixadas: uma relação diplomática em ter dois Estados/ trocam entre si interesses e pessoas. Envolvem Estados soberanos -> especializada em Estados. LEGAÇÕES – Obedecem a mesma ordem, nem sempre são de Estados. (ex; Palestina; escritório representante). NÃO TEM STATUS DE ESTADO SOBERANO. Outras missões que não envolvem estados. Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas – consolidar uma prática milenar (existe também as de Rel. Consulares). Relações diplomáticas são permanentes (embaixadores), antes ele voltava. Mercantilismo aproxima os países – tratados internos. (Casamentos entre príncipes e princesas para fortalecer tratados) – Casamento continua sendo um tratado. OS TRATADOS ERAM COSTUMEIROS – Quando se relacionavam eram feitos tratados – consolidados de forma permanente pela ONU. COMPOSIÇÃO: Indicação do pessoal que compõe a embaixada (art. 1º). Quem é chefe da missão diplomática – não necessariamente é o embaixador, o chefe da missão em geral é, mas nem sempre. Desde Collor, coloca um diplomata de carreira (Itamarati), forma os diplomatas do BR – Instituto Rio Branco. A palavra dele compromete ou não o país. Treinados para representar os Estados, nem sempre é alguém de carreira – mais recente – Itamar (Embaixador BR na ITA), ele é engenheiro, não diplomata. EX: Delfim Neto (era chefe de missão diplomática) MEMBROS: - Pessoal diplomático (originários de carreira – secretários) - Agente diplomático - Adm. E técnico (de base, que trabalham) - Serviços (cozinheiros, serviços básicos) CHEFE DE MISSÃO (não pode + 4 anos no mesmo posto) Embaixador no máximo 15 anos Missão estrangeira máximo de 4 anos BR indica pessoa ao cargo em outro país, este faz seu próprio levantamento pessoal e aprova ou não. Emite o agreement (se prepara, vai mas ainda não assume o cargo, espera um tempo). Reune os docs e faz um só. Espera aquele que recebe autorizar a assumir. Apresenta toda a documentação e assim pode tomar posse. Preocupação com a formalidade, solenidade da posse. ART. 3º - FUNÇÕES DA MISSÃO DIPLOMÁTICA REPRESENTAR O ESTADO PROTEGER O ESTADO E SEUS NACIONAIS Quando não há consulado, a embaixada representa os nacionais civis. NEGOCIAR COM O ESTADO INTERAR-SE DAS CONDIÇÕES E INFORMAR – ESPÉCIE DE ESPIONAGEM - Tudo que acontece aqui importa ao cenário internacional - Contato com o próprio governo, estudantes, comércio – eladiografia do que acontece em todo país – o governo do outro país tem que saber os perigos e etc. Só tem como saber se relatar os dados. PROMOVER RELAÇÕES AMISTOSAS/CULTURAIS/CIENTÍFICAS PELAS EMBAIXADAS - Por elas mesmas promovidas – ex: Casa do Brasil (FRA). BILATERAL E RECÍPROCA – mas há uma forma diferente COMUM (art. 5º) – uma possibilidade de reunir as regiões – comunico o governo para enviar o mesmo embaixador para 2 ou 3 estados. MÚLTIPLA – representando o país frente a outros países ao mesmo tempo. Não colocar em todos os países (ex: Guerra Fria – sombra da URSS) – junta 4 ou 5 países e manda o embaixador. O contrário também existe com países pobres que se unem para representar um país (coloca um embaixador representando X nº de países). Remodelagem das relações exteriores para economizar dinheiro. Em alguns casos essa diplomacia toda deixou de existir pela globalização e pela proximidade – evita gastos. MISSÕES TEMPORÁRIAS - Questões determinadas, mesmo sem ter representação diplomática, fica temporariamente para resolver a questão. (ex: Reconhecimento de Estados), tema específico. - CARACTERÍSTICAS (lista) *Precisa ter uma primeira relação diplomática - PRIVILÉGIOS E IMUNIDADES Chefe – cargo mais alto – inviolabilidade pessoal (outras pessoas tem gradação das inviolabilidades) – depende do trabalho/missão Taxa paga. Impostos e tributos não PRIVILÉGIOS DAS MISSÕES - Comunicação: 110% (muito espionada) Mala diplomática não pode ser aberta - Inviolabilidade do local da missão – asilo político; perseguidos por opinião política Estar na embaixada estrangeira, não pode entrar e não pode sair. NÃO SE INVADE EMBAIXADA. EMBAIXADAS – REPRESENTAM OS ESTADOS (APENAS 1) - Dirige atividades dos Estados e seus interesses CONSULADOS – REPRESENTAM INTERESSES PRIVADOS (VÁRIOS) - Pode existir sem ter embaixada -Proteção de pessoas/súditos - Atende necessidade dos súditos e não precisa de relação diplomática prévia - Cônsul não representa Estados e sim interesses privados *ambos são ligados ao Min. Das Rel. Exteriores. 2 TIPOS DE CONSULADOS: CARREIRA: Carreira de diplomata – com curso (equivale a um mestrado no BR – 24 meses) HONORÁRIO: espécie de substituto – geralmente em países menores e não em todas as atividades de cônsul. Uma sala concedida. Função um pouco mais emergencial, mas representa os interesses privados. Naquele momento é inviolável (inviolabilidade) – quando está atuando no nome de outro Estado. Mas PODEM ser presos em caráter excepcional (O EMBAIXADOR JAMAIS PODE POIS ELE É O ESTADO ESTRANGEIRO) Assistência consular – Área penal, o consulado dá essa assistência caso ele não tenha recursos. É dever do Estado comunicar. Havendo um consulado, é dever informar ao MP e o consulado para tomar as providências. *Problemas caso o país não comunicar – O Estado deve comunicar o consulado para informar o problema envolvendo o estrangeiro (Assistência) O PAÍS DEVE DAR ASSISTÊNCIA Local do consulado é inviolável até que seja necessário ser violado (NA EMBAIXADA NÃO É POSSÍVEL VIOLAR). – Necessário autorização. - Função de tabelião, interesses culturais (patrocínios), interação entre os povos, (ex: casamento consular) – juiz de paz e acessor. DOMÍNIO PÚBLICO DO ESTADO - Onde aplica-se o Direito Internacional - Local fixo, área geográfica, aplica a sua soberania - Espaços internacionais 5 DOMÍNIOS POSSÍVEIS: - Terrestre - Fluvial - Marítimo (nem todos tem) - Aéreo - Espacial (confuso, é de todos e de ninguém) EXCLUSIVIDADE – Somente a própria lei – com exceções - Proteção - Econômico – questão de proteger suas riquezas Teoria do Espaço vital (ex: Alemanha) – Necessidades territoriais + Matéria Prima ANEXAÇÃO DE TERRITÓRIOS – Territórios tomados por NECESSIDADE - Defesa econômica é essencial (fronteiras terrestres e marítimas) LEI ESTRANGEIRA NÃO É IGUAL A LEI INTERNACIONAL TERRITÓRIO É a porção da superfície do globo terrestre sobre a qual o Estado exerce seus direitos e soberania. (SILVA, p. 166) - Não é terra – palavra ampla, jurisdição do Estado (onde ele atua – mar, espaço....) - Elementos essenciais – não sobrevive sem território – a perda do território acaba com o Estado. - Limite: lei territorial - Não há regras para definir o tamanho - Quem define o que é Estado é a Teoria Geral do Estado – POVO, TERRITÓRIO E SOBERANIA - 2 leis: Nacional & Internacional (exceção a regra) Ex: MERCOSUL e União Europeia Lei estrangeira – LINDB – art. 7º - importação de regras estrangeiras, há previsão (sem a necessidade de comunicação) Art. 7º - A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família. § 1º - Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração. § 2º - O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. (Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957) § 3º - Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeirodomicílio conjugal. § 4º - O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal. § 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977) § 6º - O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009). § 7º - Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estendese ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes sob sua guarda. § 8º - Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de sua residência ou naquele em que se encontre. CASO X APLICAÇÃO DA LEI EXTERNA Territorialidade da lei e extraterritorialidade da lei. COMPONENTES: Solo e sub-solo • Rios, lagos e ilhas fluviais • Mares e ilhas oceânicas • Mar territorial • Plataforma continental • Zona econômica exclusiva • Espaço aéreo • Colônias • Embaixadas • Navios e aviões militares - Todo território tem um subsolo (minas, águas e etc pertencem a União) Embaixadas e navios de guerra há soberania/jurisdição BR. LIMITES (QUESTÕES DAS FRONTEIRAS) Ex: Oceano Atlântico – é um limite; mesmo que não se divida com ninguém. As limitações são fundamentais. - ARTIFICIAIS: Meridianos e paralelos; quando não há um acidente geográfico para delimitar as fronteiras. Levantar cada um dos tratados para visualiza-los. - DELIMITAÇÃO: tratado, no papel, acesso geral de todos. Ato jurídico, tratado internacional, memorial descritivo. (ex: Tordesilhas). Essa delimitação (demarcação) é feita por meio de um Tratado, que diz até onde irá o território. É preciso que, após a edição do tratado, sejam colocados sinais visíveis, concretos e permanentes que irão marcar estes limites (comissões demarcadoras). ▪ Delimitar é estabelecer limites por meio de tratados, costumes, decisões judiciárias, arbitrais. É ato jurídico que se faz para determinar até onde vão os territórios. Pode ser estipulada como linha divisória dos Estados um acidente geográfico (ex: uma cordilheira, um rio) ou, quando não existirem acidentes geográficos relevantes o suficiente, essa limitação pode ser determinada por uma linha imaginária, onde se fará uma demarcação física. - DEMARCAÇÃO: se cria uma comissão mista demarcatória que com base no material descritivo fazem as demarcações no território, tornam-se “visíveis”, estima nos terrenos os marcos e onde estes estarão. Atividade mecânica distintiva, no papel. Demarcar é colocar marcos físicos. É o ato de assinalar a linha divisória de um determinado Estado. Pode ser realizada unilateralmente pelo Estado, mas somente será definitiva quando for aprovada pelos governos dos Estados limítrofes. CONFIGURAÇÃO ÍNTEGRO/COMPACTO: não sofre interrupções, ele está totalmente em um mesmo lugar. A porção da superfície da terra é compacta, como no caso do Brasil. A maior parte dos Estados da Sociedade Internacional possuem território íntegro. DESMEMBRADO: Sofre interrupções – ex: EUA. A porção da superfície terrestre é formada por partes. É o que acontece com o território dos EUA, que tem o Alasca separado do território dos demais Estados membros pelo Canadá. OBS: Japão não é desmembrado, mesma jurisdição no arquipélago ENCRAVADO: perdura. Estado que está dentro de outro Estado. Cercado inteiramente pela superfície de outro Estado. (ex; Vaticano – um Estado dentro do outro). Rodeado por mesma jurisdição. Anomalias históricas. MODO DE AQUISIÇÃO E PERDA (5 meios) OCUPAÇÃO (NÃO EXISTE MAIS): séc XVIII – local com gente, mas sem jurisdição estatal. Ocupar efetivamente o local, devido a cobiça de outros povos. Ex: Os europeus quando anexaram a América na época das grandes navegações. Eles chegaram aqui e não encontraram uma civilização comum (só índios!), então consideraram a terra como “res nullius” (terras ocupadas por povos sem mínimo de organização). A validade da ocupação se dá, atualmente, com a posse efetiva, para mostrar aos demais Estados que o Estado que ocupou deseja ficar com aquele território. Para que haja a ocupação, é necessário o preenchimento de quatro requisitos: - Território “res nullius” - Posse em nome de um Estado e para ele - Posse real e efetiva - Ocupação deve ser notificada aos demais sujeitos de DIP. ACESSÃO (MÉTODO NATURAL) Acréscimo aluvião – Se dá de uma forma lenta, ao longo dos séculos. Região de foz de rios, com os séculos, formam-se camadas e avançam, tomando pela natureza pouco a pouco. Avulsão – é violento, Ocorre abruptamente, por meio de um acidente geográfico que faz com que haja um acréscimo grande. Mas também natural (ex: vulcanismos), amplia faixa de terra e mar territorial. - Necessidade de retraçar limites em caso de mudança de curso de rios devido a terremotos. CESSÃO: Tratado onde algo é cedido a outro mediante contrato gratuito ou oneroso (ex: Acre e Alasca). PRESCRIÇÃO: existe a noção, espécie de usucapião, período de tempo indeterminado (relativamente longo), ocupação efetiva, com renvidicação, utilizando a prescrição. Existe a possibilidade, mas não há casos. • Condições: ─ posse pública e efetiva ─ posse com “animus domini”, pelo Estado ─ posse mansa, pacífica e ininterrupta ─ tempo suficiente para presunção de consentimento tácito do antigo dono CONQUISTA: por natureza, militar, principalmente a 2GM. - geopolítica – agir geograficamente de acordo com a política -proibição, não fez a guerra para conquistar o território, este, derrotado, paga. Quando não tem bens paga em terras. Atualmente condenada pelo DIP (Carta da ONU, art. 2º, § 4º), de modo que não se admite a anexação por via militar. Carta da ONU (ou Carta das Nações Unidas, ou Carta de São Francisco): Artigo 2 - A Organização e seus Membros, para a realização dos propósitos mencionados no Artigo 1, agirão de acordo com os seguintes Princípios: (…) 4 - Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os propósitos das Nações Unidas OCUPAR: ATO MILITAR ANEXAR: PROIBIDO (POLÍTICO-JURÍDICO) DOMÍNIO FLUVIAL (RIOS E LAGOS): meio de comunicação e divisas RIOS ESTADUAIS (muitas disputas) X RIOS NACIONAIS (ex: Rio Amazonas) *não há rios municipais RIOS INTERNACIONAIS – ex: Rio Amazonas CONTÍNGUOS: é a divisa do país. Dividem dois Estados (ex: Rio Paraná). Em regra, para dividir os territórios dos Estados traça-se uma linha imaginária no meio do rio, uma linha equidistante das margens. Há outros tipos de configurações, além da linha equidistante, para dividir as soberanias pelo rio, mas a regra é a da linha equidistante das margens. SUCESSIVOS: nasce num país e continua São frutos de tratados internacionais; todos são fontes de tratados internacionais para o uso compartilhado dessas águas (tanto nos contíguos quanto nos sucessivos). Problemas políticos e jurídicos. Atravessa vários Estados sucessivamente, por isso, o Estado que está acima do curso não pode fazer o que quiser. Para cada riohaverá um sistema diferente, devendo ser feito um regime jurídico do rio. Se o Estado “X” poluir o rio, a sujeira pode ir seguindo seu curso e poluir o rio no território dos Estados “Y” e “Z”. Por isso, nenhum destes Estados pode fazer do rio o que quiser, caso ele seja sucessivo, pois, ainda que faça algum ato em seu próprio território, pode causar dano a outros países.
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