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CIRURGIA DE TÓRAX ANATOMIA DO TÓRAX O tórax é dividido em Hemitoráx Direito e Hemitoráx Esquerdo a parte do meio é o Mediastino Comprometimento no Mediastino, realiza-se Externotomia (devido aos pulmões) O limite caudal do tórax é o diafragma que está fixado na 13ª costela, lateral pelas costelas, cranial pelo primeiro par de costelas e ventral pelo externo Esôfago é dividido em: Esôfago porção cervical e Esôfago porção torácica, ou também em Cranial, Médio (parte que ta passando pelo coração) e Caudal. Limites do Tórax: Caudal: Diafragma (que está fixado na 13ª costela) Lateral: Costelas Cranial: Primeiro par de costelas Ventral: Externo A Pressão do Tórax é negativa, quando abrimos "mudamos" essa pressão, os pulmões se colabam, o que é normal, por essa razão o paciente deve estar entubado e recebendo ventilação. Barotrauma: Trauma causado pela pressão. O pulmão fica com tanto ar, devido ao excesso de ventilação que ocorre ruptura dos alvéolos Músculos: Serrátil Ventral, Escaleno, Grande Dorsal, Peitoral Sutura do músculos são contínuas e com fio absorvível Músculos Intercostais externos atuam na inspiração, o sentido das fibras é Caudo Ventral (para trás e para baixo) Músculos Intercostais internos atuam na expiração, o sentido das fibras é Crânio Ventral (para ventre e para baixo) A cavidade é revestida pela pleura (última camada a ser incisada) Na borda caudal de cada costela temos as artérias e veias intercostais, logo a incisão deve ser feita no meio, nunca nas bordas CASOS CLÍNICOS Caso Clínico 1: Cão levou um tiro na cervical, os sinais clínicos são: regurgitação (sinal que é esôfago, e não estômago, pois se fosse estômago o animal vomitaria) e claudicação do membro torácico direito. Na radiografia foi encontrado um projétil na região torácica. Nesse caso, realizar uma Externotomia Mediana. Caso Clínico 2: Cão com uma massa estranha. Essa massa se encontra na parte apical do lado esquerdo e lobo diafragmático na parte caudal. Realiza-se uma Toracotomia Intercostal no 3º espaço do lado direito e uma Toracotomia Intercostal no 7º espaço do lado esquerdo Caso Clínico 3: Cadela engolia um osso e apresenta regurgitação, ou seja, está no esôfago. Lembrar que no 5° espaço intercostal, há o Arco Aórtico, o qual comprime o esôfago. O Esôfago também é comprimido quando passa pelo diafrágma (Hiato Esofágico), normalmente são nesses dois locais que os corpos estranhos ingeridos ficam presos. Realiza-se esofagostomia se o osso estiver no esôfago na parte cervical, já se ele estiver na porção torácica realiza-se uma Toracotomia Intercosta 5° espaço intercostal do lado DIREITO, devido ao Arco Aórtico. Caso Clínico 4: Corpo estranho localizado no Esôfago Torácico Caudal, pois não conseguiu passar pelo Hiato Esofágico realiza-se uma Toracotomia Intercostal no 7º espaço do Lado ESQUERDO TÉCNICAS EM TÓRAX Toracotomia Intercostal Toracotomia Transesternar (não feita) Toracotomia Mediana Toracotomia com Ressecção de costela (retira a costela) INDICAÇÕES DA TORACOTOMIA INTERCOSTAL Neoplasia pulmonar Abscesso pulmonar Torção lombar Corpo estranho esofágico Estenose traqueal Trauma torácico Cirurgia cardíaca TORACOTOMIA INTERCOSTAL (Acesso ao Toráx) Pele Subcutâneo Músculo cutâneo do tronco (bem fino) Músculo grande dorsal Músculo escaleno Músculo peitoral Músculo serratil ventral Músculo intercostal externo e depois interno Pleura Incisão vai desde a borda mais dorsal até a mais ventral Usa o afastado de Finochietto, material especial, próprio para tórax. Para usa-lo deve sempre utilizar uma compressa umedecida A pressão negativa só é perdida quando chega na pleura, logo deve avisar o anestesista pois a respiração vai ter alterado Incisão na linha média da costela (nas bordas encontram-se veias e artérias intercostais) Ao fechar do tórax não realiza-se a rafia da musculatura intercostal, o fio passa costela cranial até a caudal da incisão. Não suturamos as musculaturas pois cada camada muscular tem fibras para um lado Fio utilizado é o Naylon ou o Polipropileno de grosso calibre A partir do 7° espaço intercostal não temos músculo escaleno nem o músculo serrátil A pressão negativa só é reestabelecida quando sutura a camada muscular usa-se um dreno torácico para retirar o ar sempre Há também toracotomia intercostal unilateral TORACOTOMIA TRANSCOSTAL (Não se faz na rotina) Incisão encima da costela Retira o periósteo da costela Secciona a articulação costocondral Obtém o acesso TORACOTOMIA ESTERNAL Linha media do esterno (se seccionar uma pouca mais para um lado ou para o outro, pegaremos o Músculo Peitoral) Maior problema é a artéria torácica externa (ramo direto da aorta) Obtém acesso dos dois lobos pulmonares Externotomia mediana fechamos com Sultan e fio de aço ( fica para sempre ) TORACOCENTESE Uso de dreno torácico Sistema de 3 frascos (não faz na prática) Usado para fazer reestabelecimento da pressão negativa COLOCAÇÃO DE DRENO TORÁCICO Dreno de polivinil ou de silicone Colocado no 10 ou 11 espaço intercostal através de um túnel subcutâneo caminha duas costelas e entra, normalmente entra no 8 ou 9 espaço Incisão cutânea no terço dorsal 1/3 O dreno deve chegar até o assoalho do tórax (embaixo) 1ª costela O dreno só pega um lado, se o problema for bilateral, logo é necessário colocar um dreno bilateral O dreno é colocado em sistema de sucção Tem que saber que o coração esta entre 3 e 4 espaço intercostal Tamanho do dreno: não pode ocupar mais que 2/3 do espaço intercostal para não esbarrar nas artérias RETIRAR O DRENO APÓS 2 DIAS DA CIRURGIA PÓS OPERATÓRIO DE UMA CIRURGIA TORÁCICA Dor devido a respiração principalmente Reestabelecer a respiração do paciente Reposicionar o paciente (parte cirúrgica para baixo) Repor fluidos Analgesia com bloqueio intercostal (Bupivacaína) COMPLICAÇÕES Não pode ter ar dentro do tórax Lesão no parênquima pulmonar (ar fica vazando para o tórax) Pneumotórax (através da radiografia após a toracotomia torácica) Hemotórax (algum vazo rompeu) Hipoventilação
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