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ONDAS CURTAS

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Ondas Curtas 
 
 
O aparelho de diatermia por ondas curtas produz campos elétricos ou magnéticos com 
correntes de alta frequência oscilantes, e são esses campos alternados que produzem os 
efeitos fisiológicos e os benefícios terapêuticos. O aparelho consiste em um circuito 
gerador de ondas, com forma senoidal, que produz uma corrente com frequência de 27 
MHz, atinge o comprimento de onda de 11 metros e sua forma de calor se da pela 
conversão. Esses aparelhos podem ser contínuos ou pulsados, sendo que no pulsado o 
calor é dissipado antes que possa se acumular. 
O uso da diatermia iniciou-se quando d’Arsonval usou campos de radiofrequência 
eletromagnética com 10KHz ou 100.000 Hz de frequência para produzir a sensação de 
calor sem contrações musculares, que ocorrem em mais baixas frequências. Quando há 
um aquecimento detectável nos tecidos profundos, isso é chamado de “diatermia” 
(palavra de origem grega que significa “aquecimento por meio de”); portanto, a 
diatermia por ondas curtas se refere ao aquecimento produzido por campos elétricos ou 
magnéticos. Não causa despolarização da fibra nervosa, mas esta energia pode 
transformar-se em energia térmica no tecido corporal. 
O que determina se o aparelho de diatermia aumentará a temperatura do tecido é a 
quantidade de energia absorvida pelo tecido. Isso é determinado pela intensidade do 
campo eletromagnético produzido pelo aparelho e pelo tipo de tecido no qual o campo é 
aplicado. Quando uma parte do corpo é colocada em um campo eletromagnético, o 
fluxo de corrente é transmitido aos tecidos. 
A diatermia por ondas curtas foi, originalmente, adotada pelos terapeutas como método 
eficaz para produzir um aquecimento profundo. O maior fluxo de corrente é produzido 
nos tecidos com maior conteúdo de íons (o mais aquoso), assim, se não houver 
interferência de outros fatores, quando uma parte do corpo é tratada com as ondas curtas 
espera-se que o tecido muscular seja aquecido em uma maior extensão do que o tecido 
gorduroso. 
Quando a diatermia por ondas curtas é utilizada em conjunto com tipos diferentes de 
alongamentos, é obtido um aumento da extensibilidade das articulações. Todos os 
efeitos fisiológicos do uso de ondas curtas são os mesmos dos efeitos da aplicação do 
calor profundo. 
 
 
Efeitos fisiológicos 
 Vasodilatação 
 aumento da condução nervosa 
 aumento do metabolismo 
 aumento do fluxo sanguíneo 
 elevação de resistência à dor 
 alteração da força muscular 
 aceleração da atividade enzimática 
 aumento da extensibilidade dos tecidos moles 
 Com relação aos efeitos não térmicos tem-se maior perfusão microvascular, 
alteração da função da membrana celular e atividade celular 
 
 
Efeitos terapêutico 
 controle da dor e do edema 
 cicatrização de tecidos moles 
 cicatrização nervosa 
 cicatrização óssea 
Existem duas técnicas de aplicação: técnica capacitiva ou condensador e indutiva ou 
bobina 
O método indutivo ou bobina utiliza um condutor longo, flexível, metálico, de fio 
grosso, coberto por um isolante grosso de borracha. Pode ser enrolado ao redor da parte 
tratada como uma bobina ou disposto em uma espiral chata. O cabo forma um indutor e 
o condutor é separado da pele por uma toalha e pelo isolante de borracha. 
O método capacitivo ou condensador utiliza placas metálicas rígidas envoltas em 
plástico, chamadas de eletrodos em placas ou placas espaciais e são posicionadas por 
meio de braços de suporte. Utiliza eletrodos flexíveis ou maleáveis, envoltos com 
borracha espessa, que podem ser posicionados ao lado da parte a ser tratada com o 
espaçamento sendo feito por material adequado, cujos espaçadores são frequentemente 
fornecidos pelos fabricantes deste equipamento. Se um campo elétrico é aplicado 
através de um material homogêneo, este será relativamente uniforme, mas se houver 
interfaces entre os materiais, com constantes dielétricas ou condutividade diferentes, o 
campo elétrico sofrerá refração na interface. Para fornecer a energia suficiente para o 
aquecimento dos tecidos, é necessário concentrar o campo na área particular a ser 
tratada; do mesmo modo é importante não permitir que o campo fique tão concentrado a 
ponto de produzir aquecimento excessivo e dano. 
 
 
Indicações 
 Dor nervosa ( nevralgia, lombociatalgia, cervicobraquialgia) 
 Dor muscular ( mialgias, torcicolos, contraturas, espasmos) 
 Dor articular (artropatia de gota, traumatismo, oseoartrose, bursites, tendinite) 
 Cicatrização tecidual acelerada 
 Se aplicada em conjunto com alongamento, aumento da amplitude de 
movimento da articulação. 
A diatermia pode aumentar a temperatura de grandes áreas de tecidos profundos, e por 
isso seu uso é indicado quando se tenta alcançar os efeitos benéficos do aquecimento em 
estruturas profundas. 
 
 
Contra Indicações 
 quadro inflamatório agudo (mas pode ser realizado o OC pulsado) 
 supurações agudas não drenadas 
 patologias com tendências 
hemorrágicas 
 gestantes 
 neoplasias malignas 
 marcapasso cardíaco 
 alteração de sensibilidade 
 trombose 
 doença infecciosa 
 estado febril 
 implante metálico no campo de 
aplicação 
 áreas isquêmicas 
 insuficiência cardíaca 
 
 
Distância dos eletrodos: é aconselhável uma distância de dois a quatro cm entre a pele 
e o eletrodo, pois um espaçamento largo produz um campo mais uniforme nos tecidos. 
Posicionamento dos eletrodos em relação aos tecidos: devem ficar posicionados 
paralelamente à superfície da pele, de modo que a distância eletrodo-pele seja a mais 
constante possível. O campo torna o caminho mais curto e passará, preferencialmente, 
através do material de menor impedância. A distância entre os eletrodos deve ser maior 
do que a distância combinada eletrodo-pele dos dois eletrodos ou o campo passará 
através do ar entre os eletrodos e não pelos tecidos. 
Os tecidos com alto teor de água são aquecidos mais rapidamente, todavia a proporção 
do aumento da temperatura no tecido adiposo é normalmente maior do que no músculo, 
no campo de ondas curtas, pois na maior parte das configurações dos eletrodos, a 
intensidade do campo é mais alta próximo aos eletrodos e mais baixa distalmente; em 
segundo lugar, porque o músculo é esfriado mais facilmente do que o tecido adiposo e, 
por último, porque a capacidade de aquecimento do músculo é muito mais alta do que a 
do tecido adiposo. 
 
 
Aplicação dos eletrodos: 
 
a) Transversal ou contraplanar: um eletrodo lateralmente e outro medialmente, ou um 
eletrodo anterior e outro posterior. As várias camadas de tecido estão localizados umas 
atrás das outras em relação às linhas do campo eletromagnético, ou seja, se encontram 
dispostas em série. Nesta técnica, o aumento de temperatura será maior no tecido 
subcutâneo e estruturas mais superficiais que no tecido muscular e órgãos internos, ricos 
em líquidos e proteínas. Esta técnica se utiliza quando se deseja atingir estruturas mais 
superficiais. 
 
b) Longitudinal: as várias camadas de tecido estão dispostas mais ou menos na mesma 
direção do campo eletromagnético. Encontram-se dispostas em paralelo. Neste caso, a 
corrente seguirá o caminho de menor resistência; pode ser utilizado, por exemplo, na 
face anterior da coxa e outro na região plantar. 
 
c) Coplanar: eletrodos no mesmo plano. Este método promoverá uma terapêutica mais 
superficial. Deve-se respeitar uma distância mínima de oito a dez cm entre as placas, 
pois se houver redução dessa distância, haverá concentração de ondas curtas nas placas 
e não, no paciente. 
 
Importante: os cabos dos eletrodos devem estar afastados um do outro; em hipótese 
alguma devem se cruzar ou se tocar. 
 
Tempo de aplicação 
Fases agudas: 20 a 40 minutos (ondas curtas pulsado)Fase crônica: 15 a 20 minutos (ondas curtas contínuo) 
 
A sensação de calor vai depender do tamanho dos eletrodos, da distância eletrodo/pele, 
da posição dos eletrodos e da região a ser tratada. 
 
Distancia eletrodo/pele: Para se conseguir o máximo de profundidade térmica, 
devemos colocar os eletrodos no sentido transversal e a uma distância de 3 cm da pele. 
 
Dosagem terapêutica: A dosagem depende da sensação subjetiva de calor e para isso 
se utiliza a escala de Schiliphake. Se a energia for acrescentada aos tecidos mais rápido 
do que está sendo dissipada, a temperatura deverá aumentar o que causará vasodilatação 
para aumentar a remoção de calor até que o ganho e a perda de calor fiquem mais uma 
vez em equilíbrio em uma nova temperatura local mais baixa. 
 
Escala de Schiliphake 
 
 Calor muito débil: imediatamente abaixo da sensação de calor perceptível 
 Calor débil: sensação imediata perceptível 
 Calor médio: sensação de calor clara e agradável 
 Calor forte: no limite da tolerância 
Na fase aguda e subaguda, usa calor muito débil e débil, respectivamente e na fase crônica calor 
médio e forte. 
 
Sintonia: a sintonia depende do contato entre os eletrodos e a pele. É representada por 
luzes de led. Devem estar todas ou o máximo possível acessas. Pedir para o paciente 
não ficar se mexendo durante a terapia para evitar o desacoplamento das placas e 
ocorrer o desajuste da sintonia. 
 
Potência: Contínuo: normalmente 1/3 do que o aparelho oferece 
Pulsado: coloca-se o máximo que o aparelho oferece. Faz-se alguma 
alteração dependendo do relato do paciente 
 
Cuidados e precauções 
 
 Evitar usar próximo a aparelhos fisioterapêuticos de baixa frequência, assim 
como de equipamentos médicos de diagnósticos, devendo ficar a uma distância 
de aproximadamente 4 a 6 metros 
 Remover objetos metálicos do campo de aplicação 
 Usar toalhas entre os aplicadores capacitivos e indutivos se faz necessário, 
também, para absorção de umidade e suor 
 Os eletrodos devem estar posicionados com a mesma pressão 
 Os cabos não deve se cruzar nem estar em contato com o paciente 
 Questionar o paciente quanto ao uso de marcapasso cardíaco, cerebral, 
diafragmático, estimulador de bexiga, próteses mioelétricas ou aparelhos de 
surdez, pois podem ser destruídos, aquecerem ou alterarem seu funcionamento 
 Evitar aplicações sobre gônadas 
 Os implantes metálicos são contraindicados se uma corrente significativa 
alcançar o implante 
 Em períodos menstruais pode aumentar o fluxo de sangue 
 O paciente deverá permanecer o máximo imóvel possível durante o tratamento, 
devido ao ajuste da sintonia 
 A presença de DIU contraindica as aplicações na região do baixo ventre; entre 
os cabos/eletrodos e a pele do paciente devem-se colocar toalhas 
 Evitar macas ou cadeiras metálicas 
 Devem-se evitar aplicações de ondas curtas em regiões de epífises férteis 
 Nas patologias reumatológicas com características degenerativas articulares, a 
enzima colagenase é liberada por leucócitos polimorfonucleares, que destroem o 
colágeno da cartilagem articular, aumentando assim sua degeneração. 
 Orientar o paciente para avisar se caso houver excesso de calor 
 Ao terminar a terapia, zerar o aparelho e desligar 
 
 
 
Aula Prática – ONDAS CURTAS CONTÍNUO E PULSADO 
 
 
 
Potencia Média = Potencia de pico X duração do pulso X frequência de modulação 
 
Potencia de pico = 250 watts 
Duração de pulso = 400 microsegundos ( 0,0004 segundos) 
 
Potencia média de até 10 W é considerada baixa (atérmica) 
Potencia média maior que 15W vai começar a produzir calor, mas não será não 
intenso quanto o modo contínuo 
 
Tempo de aplicação 
Fases agudas: 20 a 40 minutos (ondas curtas pulsado) 
Fase crônica: 15 a 20 minutos (ondas curtas contínuo) 
 
Sintonia: a sintonia depende do contato entre os eletrodos e a pele. É representada por 
luzes de led. Devem estar todas ou o máximo possível acessas. Pedir para o paciente 
não ficar se mexendo durante a terapia para evitar o desacoplamento das placas e 
ocorrer o desajuste da sintonia. 
 
Potência: Contínuo: normalmente 1/3 do que o aparelho oferece 
Pulsado: coloca-se o máximo que o aparelho oferece. Faz-se alguma 
alteração dependendo do relato do paciente 
 
 
Exemplos de posicionamento dos eletrodos 
 
Joelho: um eletrodo no quadríceps e outro na panturrilha 
 
Tornozelo: um eletrodo na planta do pé e outro na panturrilha 
 
Quadril: um eletrodo na lombar e outro no quadríceps 
 
Glúteo máximo: um eletrodo na lombar e outro nos ísquios tibiais (técnica coplanar) 
 
Tracto iliotibial: um eletrodo na lombar e outro na lateral da coxa 
 
Lombar: um eletrodo no sacro e outro no na região dorsal 
 
Cervicobraquialgia: um eletrodo em na cervical e outro um pouco acima do cotovelo 
(técnica coplanar) 
 
 
Devemos evitar a técnica contraplanar ou transversal, pois esta gera uma resistência 
muito grande à passagem da corrente elétrica, é muito superficial e o há maior contato 
ósseo. Com isso aumenta-se o risco de queimaduras.

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