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PGVS Vigilancia Sanitaria aula 30AGOSTO

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“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (CF, 88, art. 196)
Vigilância Sanitária
Legislação
Atributos
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Vigilância é a observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la.
(LANGMUR, 1963)
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Uma visão histórica:
A Luta Pela Sobrevivência: Saúde como valor fundamental.
Idade Média: Epidemias.
Saúde: Ainda o conceito fe Ausência de Doenças.
Século XIX: Revolução Industrial.
1917: Revolução Bolchevique.
A Partir De 1946 (Oms): A Saúde passa a ser Tratada Conceitualmente como um Estado de Bem Estar Físico, Mental e Social.
Risco Sanitário: Conceito Introduzido a partir da 8ª Cns (1986)‏.
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Tragédias:
Talidomida (enjôo na gestação) má-formação congênita/60
Césio 137 ±Acidente radioativo Goiânia/87
Serviço de hemodiálise Caruaru/PE.
Medicamentos falsificados (farinha de trigo)
Criação da ANVISA.
Fragilidade do Sistema.
SNVS (Produtos e serviços)
Fatos Históricos:
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Uma visão geral:
Econômico: regulação das relações produção-consumo de bens e serviços.
Jurídico: fundamentada no Direito Administrativo – visa disciplinar e restringir direitos e liberdades em prol dos interesses públicos.
Médico-sanitário: objetiva a qualidade em saúde, por meio da normatização, certificação de produtos e fiscalização.
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Vigilância Sanitária
 No Brasil a proposta de implantação de um sistema de vigilância sanitária surge na década de 70, como resposta do governo militar ao agravamento da questão social. 
	 Atualmente a Vigilância Sanitária comporta um campo de articulações complexas entre o domínio econômico, jurídico e o médico-sanitário.
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Vigilância Sanitária no Brasil
Principais estabelecimentos e serviços sujeitos à Vigilância Sanitária:
					
					
					80.000 farmácias
	 		 450 indústrias de medicamentos
	 		 3.700 produtores de cosméticos
			 3.300 produtores de produtos para a saúde
				 3.000 produtores de saneantes
				 2.000 distribuidoras de medicamentos
				 3.900 laboratórios de análises clínicas
				15.500 serviços de radiodiagnóstico 
				 6.600 hospitais
				 2.000 serviços de hemoterapia
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Vigilância Pós-Uso
Medicamentos
Alimentos
Produtos para saúde
Toxicologia
Cosméticos
Sangue, tecidos
 e órgãos
Tabaco
Laboratórios
Saneantes
Serviços de saúde
Áreas de atuação:
Organização
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VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
Proteção e Defesa da saúde
 
 Preocupações 
 recentes: - Charlatanismo
 - Serviços que lidam com radiações ionizantes 
		 - Transfusões sangüíneas 
 - Hemodiálise
 - Recém-nascidos
 - Clínicas geriátricas
 - Controle de Infecções hospitalares ( Lei nº 9.431 – estabelece punições para infrações sanitárias)
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Saúde: como bem jurídico prioritário
Constituição Federal 
Art. 1º, III: dignidade da pessoa humana.
Art. 3º, I: sociedade justa e solidária.
Art. 5º: direito à vida.
Art. 6º: um dos direitos sociais.
Art. 193: bem-estar como fundamento da ordem social.
Art. 225: qualidade de vida – meio ambiente.
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(Lei 8.080, de 19 de julho de 1990.) - LOS
é a prática de defesa da saúde coletiva ?
é o exercício do poder público em prol a cidadania, a se garantir o consumo de produtos e serviços de qualidade ?
Premissa:
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“Um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e prestação de serviços de interesse da saúde”.
(lei 8.080, art. 6°, §1º)
Conceito: Amplo
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“ Vigilância sanitária é uma organização,e, neste sentido, faz parte do sus – uma rede de pessoas, equipamentos, recursos, com autoridade legal para intervir sobre ambientes e sobre o setor produtivo. É também um conjunto de conhecimentos (uma parte da saúde coletiva) sobre a produção de saúde e de doenças, e um conjunto de regras (procedimentos técnicos) consideradas potentes para assegurar saúde às pessoas: um organização com poder legal e um campo de conhecimento especializado ao mesmo tempo”
Conceito: Estrito
(Campos, 2002.)
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I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.
Abrangência: LOS
(lei 8.080, art. 6°, §1º, I,II)
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SNVS e ANVISA
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária compreende o conjunto de ações definido pelo § 1º do art. 6º e pelos arts. 15 a 18 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, executado por instituições da Administração Pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que exerçam atividades de regulação, normatização, controle e fiscalização na área de vigilância sanitária.
De acordo com a LEI Nº 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999  que define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, compete a Agência Nacional de Vigilância Sanitária-ANVISA, do Ministério da Saúde o papel de coordenar, com o objetivo de regulamentar e executar as ações com abrangência nacional.
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Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA),
Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde; 
(CONASS),
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde 
(CONASEMS),
Centros de Vigilância Sanitária Estaduais, 	
Distrito Federal e Municipais
(VISAS). 
Laboratórios Centrais 	
(LACENS)
SNVS:
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Responsabilidades
Município: Planejar, organizar, controlar e avaliar ações;
Executar serviços de vigilância sanitária;
Normatizar complementarmente no seu âmbito de atuação.
Estado:
Promover a descentralização para os municípios;
Prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios;
Coordenar e em caráter complementar e ou suplementar, executar ações de Vigilância Sanitária;
Normatizar;
Capacitar.
ANVISA :
Participar na formulação e na implementação das políticas de ações em Vigilância Sanitária;
Participar da definição de norma se mecanismos de controle;
Prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, DF e municípios;
Capacitação de recursos humanos
Delegação de intervenção:
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
III - participação da comunidade.
Responsabilidades:
(Constituição Federal, 1988.)
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Responsabilidades:
Competência:
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica,
bem como as de saúde do trabalhador;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano.
(Constituição Federal, 1988.)
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Art. 6º. Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde - SUS:
I- a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador;
d) de assistência integral, inclusive farmacêutica.
 II - .....
 III - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde.							
Responsabilidades: LOS
(Lei 8.080, de 19 de julho de 1990.) - LOS
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Arts. 15 a 18: competências e atribuições da União, Estados, Distrito Federal e Municípios
Art. 16: À direção nacional do SUS compete:
I - […]
II - […]
III - definir e coordenar os sistemas:
a) de redes interligadas de assistência de alta complexidade;
b) de rede de laboratórios de saúde pública;
c) de vigilância epidemiológica; e
d) vigilância sanitária.
							
Competência:
(Lei 8.080, de 19 de julho de 1990.) - LOS
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Constituição Federal
Lei Federal nº 8080/90 - LOS
Lei Federal nº 8078/90 – CDC
Lei Federal n° 9.782/1999
Código Sanitário Estadual :
Lei Estadual 13331/2001
Decreto Estadual n° 5711/2002
Códigos Sanitários Municipais
Marco Legal:
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ação normativa e fiscalizatória sobre os serviços prestados, produtos e insumos terapêuticos de interesse para a saúde;
permanente avaliação da necessidade de prevenção do risco;
possibilidade de interação constante com a sociedade, em termos de promoção da saúde, da ética e dos direitos de cidadania.
Atributos:
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O Poder de Polícia:
PODER DE POLÍCIA: Conjunto de atribuições concedidas a administração para disciplinar e restringir, em favor do interesse publico, adequando direitos e liberdades individuais, tendo como principal característica a coercitividade e admitindo até o emprego da força para o seu cumprimento
PODER DE POLÍCIA SANITÁRIO: Caracteriza-se pela natureza do objetivo pretendido , que é o de evitar o fato danoso à saúde da população é precedido de ações educativas, de informações amplas sobre as restrições que a lei sanitária impõe às atividades pública e privada, e da notificação no sentido de alertar para a irregularidade constatada
O PODER DE POLÍCIA SANITÁRIO É UM INSTRUMENTO DE DEFESA COLETIVO
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Inspeção de Rotina
Inspeção Programada
Inspeção de Emergência
Inspeção Especial – demandas externas
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Surtos Infecções Hospitalares
Intoxicações
Apreensões de Produtos
Atividades Emergenciais:
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Denúncias e Reclamações: 
Ministério Público
Juizados 
Delegacias
Conselhos de Classe
Controle Social : Conselhos Locais, Distritais e Municipal de Saúde
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Demanda Externas:
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“É o conjunto de procedimentos cuja finalidade é a apuração das irregularidades sanitárias para uma final decisão, que culmina com a aplicação de penalidades.”
Processo Administrativo Sanitário:
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Infração
Instauração
Instrução
Defesa
Julgamento
Penalidade
Rito processual estabelecido em Lei Federal e nos Códigos Sanitários Estaduais e Municipais.
Processo Administrativo Sanitário: Fases
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Auto de Infração
Termos:
Intimação
Apreensão
Inutilização
Interdição / Desinterdição
Ciência
Processo Administrativo Sanitário: Autos
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Advertência
Multa
Apreensão Definitiva
Interdição
Cassação de Licença Sanitária
Processo Administrativo Sanitário: Penalidades
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Quanto a espécie:
Total
 Parcial
 
Interdição: 
Quanto à finalidade:
 Máquinas
 Equipamentos
 Ambientes
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“SAÚDE É DIREITO DE TODOS E DEVER DO ESTADO”
Nesse conceito inserem-se as ações de vigilância sanitária, voltadas para a prevenção e tendo em vista sempre o grau de risco sanitário a ser investigado ,na defesa da população.
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Bibliografia:
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.Vigilância em Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília : CONASS, 2011. 320 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 5,I)
BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.Vigilância em Saúde / Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Brasília : CONASS, 2011. 113 p. (Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011, 6, II)
BRASIL.Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.
LANGMUIR, AD-The surveillance of communicable diseases of national importances. N Engl J Med, 268(4):1963.
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Contato:
SESA – Secretaria de Estado da Saúde do Paraná
12ªRegional de Saúde - Umuarama
DVVGS – Divisão de Vigilância em Saúde.
Flávio Silva Posseti
dvvgs12rs@sesa.pr.gov.br | fposseti@gmail.com 
(44) 3621 – 8200 | 3621 – 8219
www.vigiar.blogspot.com
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Os bolcheviques defendiam a revolução socialista, a instalação da ditadura do proletariado, com a aliança de operários e camponeses, enfim, acreditavam que o governo deveria ser diretamente controlado pelos trabalhadores.
Introdução: O porquê que devemos estudar a Vigilância Sanitária e sua base legal.
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Eu poderia dizer que Vigilância Sanitária é: Resposta:
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Também são consideradas inspeções especiais, as oriundas de demandas externas:
Denúncias e Reclamações: CAU/SMS e Central PMC nº 156
Ministério Público
Juizados 
Delegacias
Conselhos de Classe
Controle Social : Conselhos Locais, Distritais e Municipal de Saúde
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Fechar com o comentário que o dispositivo do artigo 196 da CF, só é possível se houver o trabalho articulado da Vigilância em todos os âmbitos e de forma a “autorizar, validar e certificar” o produtos e serviços para tal, em prol a sociedade.

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