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15/03/2016 1 Prof. Msc: Renato Claudino. Conteúdo referente a capitulo de envelhecimento 1. Proposta de aula: Conceituar o termo envelhecimento seus mitos e teorias; Identificar o envelhecimento a partir dos órgãos e sistemas; Entender mudanças ocorridas nos idosos brasileiros bem como idosos centenários. 15/03/2016 2 Definição de envelhecimento, velhice, e mitos; Teorias vigentes sobre o envelhecimento humano; Envelhecimento biológico e fisiológicos nos diversos órgãos e sistemas; Características de senescência x senilidade, sarcopenia, fragilidade, dinapenia, e centenários. Processo que ocorre com a passagem de tempo, levando a perda da adaptabilidade ou de função total e eventualmente a morte. (SPIRDUSO, 1995). A (OMS), baseada em fatores socioeconômicos, considera idoso todo indivíduo com 65 anos ou mais. Porém, nos países com expectativa de vida mais baixa, por exemplo no Brasil, reduz-se o limite para 60 anos de idade. 15/03/2016 3 “É um processo dinâmico e progressivo, no qual há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que determinam perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à morte” (Papaléo Neto, 1996). Processo gradual, universal e irreversível, que acelera na maturidade e que provoca uma perda funcional progressiva no organismo (VERAS, 2008) 15/03/2016 4 É um fenômeno biopsicosocial que atinge ao mesmo tempo o homem e a sua existência na sociedade, manifesta-se em todos os domínios da vida começando pelas células, passando aos tecidos órgãos e terminando nos processos extrememente complicados do pensamento (NANCI 2009). 15/03/2016 5 A última fase do ciclo da vida, com suas manifestações somáticas, que se caracteriza pela diminuição na capacidade funcional, redução do desempenho no trabalho e está associada às perdas dos papéis sociais, solidão e perdas psicológicas, motoras e afetivas. Conceito Cronológico: 60 ou mais (países em desenvolvimento) 65 ou mais (países desenvolvidos) muito idosos (very old): 80 e 85 ou mais 15/03/2016 6 Envelhecemos todos iguais ? 62 anos 91 anos A Envelhecimento: perdas declínios doenças cuidados Proximidade do fim da vida Incapacidades de forma geral Asilamento, institucionalização família Qualidade de vida 15/03/2016 7 MITOS: Deus gregos- imortalidade Medéia- chave da junventude Alquimía era chave da vida PAPA INOCENCIO VII INJEÇÃO SANGUE- REJUVENESCIMENTO MORTE POR INCOMPATIBILIDADE SANGUINEA POR QUE ENVELHEMOS???? 15/03/2016 8 O HOMEN BUSCOS RESPOSTAS NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO EM RELAÇÃOS AS TEORIAS QUE AINDA NÃO APRESENTAM CONCLUSÕES FIDEDIGNAS.... AS TEORIAS TENTAM EXPLICAR O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO SÃO CARACTERIZADAS POR EVENTOS PROPORCIONAIS E EVENTOS ALEATÓRIOS Variável nos diversos indivíduos Variável entre os sistemas de um mesmo indivíduo 15/03/2016 9 Devem ser deletérias: reduzir a funcionalidade Devem ser progressivas: estabelecer gradualmente Devem ser intrínsecas: o ambiente tem forte influência sobre o aparecimento e velocidade dessas mudanças, apesar de não ser a sua causa Devem ser universais: dentro de uma mesma espécie ◦Poucos estudos; ◦Poucos autores; ◦Grande variedade de abordagens; ◦Organismos vivos são sistemas complexos hierárquicos e não lineares 15/03/2016 10 Envelhecimento = sem definição clara e de aceitação geral Testagem das teorias demanda alto custo e técnicas sofisticadas O envelhecimento é um aspecto complexo, mutifatorial 15/03/2016 11 As teorias biológicas do envelhecimento examinam o assunto sob a ótica da degeneração da função e estrutura dos sistemas orgânicos e células. genético-desenvolvimentista estocástica CLASSIFICAM (FARINATTI, 2002) CARACTERIZADA COMO CONTROLE EM FORMA DE UM CONNTIUUN ATRAVÉS DE GERAÇÕES E IDADES CARACTERIZADO COM LESÕES ASSOÇIADOS A EXPOSIÇÃO E LESÕES EM DECORRENTE AO AVANÇAR DA IDADE 15/03/2016 12 Grupo de teorias, o processo do envelhecimento seria, do nascimento até a morte, geneticamente programado. O tempo de vida, de acordo com essa programação, deveria conciliar as necessidades da reprodução e o não sobrecarregamento do meio ambiente com excesso de população, garantindo um quantitativo mínimo de indivíduos para a preservação de cada espécie. A estimativa da máxima da esperança de vida e da taxa de aumento da mortalidade com o correr dos anos são as formas de quantificá-las. Nos mamíferos, isso varia de três a quatro anos em roedores a cerca de 120 anos nos humanos. Tende a aumentar quanto mais se conhece sobre a expectativa de vida dos membros de uma população – assim, a longevidade. 15/03/2016 13 Eventos como a puberdade, a menarca, a menopausa e, obviamente, a senescência, seriam regulados por „relógios biológicos‟ celulares; Teoria de Acúmulo de Erros ou Teoria dos Erros Catastróficos; Limite de Hayflick; Teoria das Ligações Cruzadas (cross-linkage theory). Uma das teorias genéticas mais antigas; Envelhecimento celular tenha lugar a partir do momento em que, naturalmente, começam a ocorrer erros em processos como a transcrição e transporte de material genético, ou mutações somáticas. Esses erros trariam consequências negativas à renovação celular, gerando células „defeituosas‟ ou empobrecendo sua população, repercutindo em longo prazo na função de sistemas orgânicos inteiros. 15/03/2016 14 Desenvolvida no final da década de 70. Tal limite representaria uma quantidade máxima, geneticamente programada, da capacidade de reprodução celular. Uma célula seria, fisiologicamente, tão mais jovem quão mais distante estivesse desse limite. Não responde pois em todas as fases etárias apresentam certa replicação celular O envelhecimento derivaria do acúmulo de proteínas que tiveram “erros” nos processos de transcrição; A célula perderia a diferenciação, ou parte dela, e passaria a produzir proteínas e produtos celulares exógenos aquele tecido Quebra da Homeostase. 15/03/2016 15 Universidade de Harvard, publicado no conceituado Proceedings of the National Academies of Science. Os autores pretendem ter identificado genes específicos para o envelhecimento, provavelmente no cromossomo 4, em grupo de mais de 300 pessoas pertencentes a famílias ou subgrupos populacionais que se destacavam por sua longevidade. PUCCA AA, DALY MJ, BREWSTER SJ, MATISE TC, BARREt J, SHEA-DRINKWATER M, et al. A genome-wide scan for linkage to human exceptional longevity identifies a locus on chromosome 4. Proc Natl Acad Sci USA 2001;98:10505-8. Grupo de teorias que buscam justificar os danos causados por subprodutos das reações químicas orgânicas habituais que, pouco a pouco, causariam danos irreversíveis às moléculas das células. Tais reações poderiam ser potencializadas por fatores como a poluição ou padrões de alimentação ou de atividade física (FARINATTI, 2002). 15/03/2016 16 Johnson (1985), em seu livro „Relações entre Envelhecimento Normal e Enfermidades‟ („Relations Between Normal Aging and Disease‟), vírus, radicais livres, hidrólise espontânea, traumatismos, radiações, temperatura. Agressões do dia- a-dia modificando a função do DNA celular Função permanentemente prejudicada •Aumento das taxas de peroxidação lipídica, danificando enzimas mitocondriais- membrana plasmática. Radicais livres •estudos sugerindo que a ingestão de alumínioseria prejudicial, acelerando o processo de envelhecimento das células por estresse oxidativo. Alumínio •Fator não aceito no qual altas demandas metabólicas de estresse oxidativo poderiam envelhecer – pratica extenuante de atividade física Aumento das taxas metabólicas 15/03/2016 17 Teorias Neuroendócrinas: ALTERAÇÕES NA SINTESE DESSAS GLANDULAS- PROVOCARAIAM ENVELHECIMENTO TEORIA ESTA SENDO CONSIDERADA EM BUSCA DO RETARDO DO ENVELHECIMENTO REDUZ METABOLISMO – ALIMENTAÇÃO/ STRESS LONGEVIDADE Teoria Imunológica: 1. Reduções qualitativas e quantitativas no sistema imunológico (linfocitos T) e humoral (anticorpos) levariam a perda da Homeostase. Involução do Timo, perda da capacidade na imunidade adquirida; 15/03/2016 18 Propõem que a restrição de alimentação em ratos poderia ter impacto sobre sua longevidade (MACKAY, 1935). Entre os anos 30 e 80, conforme revisado Weindruch e Walford, (1988); Roth et al. (1999) esclarecem que as evidências consistente entre a eficiência de diversos processos fisiológicos, em roedores, mas que pelo menos 20 anos devem passar-se antes que explicações sólidas. Várias são as teorias que procuram explicar o envelhecimento do ponto de vista biológico. Algumas enfatizam o possível controle genético do envelhecimento celular, outras agressões externas a que são permanentemente expostas. Em cada uma delas buscamos “pedaços” da “verdade” biológica do envelhecer. 15/03/2016 19 Envelhecimento Fisiológico NORMAL ( Senescência) Refere-se aos processos biológicos (EFEITOS ANATOMICOS E FUNCIONAIS) inerentes aos organismos e são inevitavelmente involutivos. Provavelmente, essas transformações sofrem influência do ambiente físico e social. Rebellato e Morelli, 2207 Envelhecimento Patológico (Senilidade) Refere-se ao envelhecimento na presença de traumas e doenças que “desviam” a curva de capacidade para baixo. • Diabetes mellitus por Obesidade • Osteoartrose por esforço repetitivo • DPOC por tabagismo Hábito + Genética = Patologia Patologia + Envelhecimento Usual = Envelhecimento Patológico 15/03/2016 20 Composição e Forma do Corpo ◦ estatura a partir dos 40 anos (1cm/década) dos arcos do pé das curvaturas da coluna da coluna vertebral por alterações nos discos intervertebrais ◦ do diâmetro da caixa torácica e do crânio ◦ Crescimento do nariz e pavilhões auditivos (face do idoso) ◦ Diminuição de orgãos internos 15/03/2016 21 Composição e Forma do Corpo ◦ do tecido adiposo – região abdominal ◦ teor total água – perda de H2O e K+ intracelular ◦ Perda de massa Órgãos internos (> rins e fígado) Músculos esqueléticos Diminuição do gasto energético 15/03/2016 22 Consiste em: Pele; Unhas; Pêlos; Barreira “natural” contra infecção. Regulação da temperatura do corpo. Excreta. Proteção contra a radiação ultravioleta do Sol. Produz vitamina D. Receptores periféricos – tato, frio calor... 15/03/2016 23 Pele – sistema tegumentar ◦ Manchas na pele – alterações nos melanócitos (face e dorso da mão) Hiperpigmentadas, marrons, lisas Equimoses – vermelhas ou púrpuras salientes 15/03/2016 24 Menor capacidade de sudorese. Rompe-se facilmente. Demora para curar feridas. ◦ Porta de entrada para microorganismos. Verificar: úlceras de decúbito, varicosas, diabéticas? 15/03/2016 25 Sistema Ósseo ◦ Osso Compacto da estrutura pela reabsorção interna ◦ Osso Esponjoso Perda das lâminas ósseas – formando-se cavidades maiores entre as trabéculas ósseas ◦ Transformação da Compacta em esponjosa, mais delgada e porosa Sistema Ósseo ◦ do número e atividade dos osteócitos responsáveis pelo controle do metabolismo da matriz extracelular, levando ao desequilíbrio do metabolismo do cálcio e perda do cálcio pela matriz ◦ Perda do tecido ósseo maior na ♀ que no ♂ principalmente na menopausa 15/03/2016 26 15/03/2016 27 Sistema Articular ◦ das curvaturas da Coluna vertebral ◦ Articulações Sinoviais (Diartroses) Formada por camadas de células, os condrócitos, e uma matriz onde se encontram água, fibras colágenas e proteoglicanas Com a idade nº e espessura das fibras colágenas nº de células, água e proteoglicanas das camadas superficiais Cartilagem mais delgada – surgem rachaduras e fendas na superfície 15/03/2016 28 Sistema Muscular ◦ peso e área de secção perda de massa – atrofia ◦ Redução da informação dos receptores alfa em motonêuronios; ◦ Idoso – As vermelhas diminuem em número As brancas em volume e tamanho 15/03/2016 29 70 anos 25 anos Sistema Muscular Em função disso, a força muscular alcança o seu pico entre a segunda e a terceira década de vida e, após esse período, apresenta uma redução progressiva. Depois desse período, inicia-se um declínio de aproximadamente 12% 15% por década, culminando com perdas mais significativas após a idade de 65 anos. (MARZETTI et al., 2011). 15/03/2016 30 Sistema Muscular Essas alterações das propriedades mecânicas dos músculos, como também dos tendões, resultam em déficits na capacidade de gerar força e flexibilidade (PETERKA, 2002). Além disso, ocorre aumento generalizado na latência de ativação muscular, fazendo com que os idosos diminuam a capacidade de reposta muscular, gerando movimentos mais lentos, com respostas tardias e ineficientes em relação à demanda do movimento requerido (PETERKA, 2002; GU et al., 1996). Sistema Muscular PERDA/ REDUÇÃO DE MOTONEURONIOS; PERDA DA FORÇA- INSTABILIDADES; QUEDAS; MOVIMENTOS INCOORDENADOS – PERDAS DA SELETIVIDADE ENTRE AGONISTA ANTAGONISTA. 15/03/2016 31 Sistema Muscular Síndrome geriátrica consistindo na perda gradativa da massa muscular – ocasionando progressão da perda de força e desempenho em atividades; Perda de mobilidade, quedas, fraturas, perda da qualidade de vida; Maior determinante de fragilidade; Apoptose dos miócitos (MARZETTI, 2009); CABEÇA ANTERIORIZADA; AUMENTO DA CIFOSE DORSAL; DIMINUÇÃO DA LORDOSE LOMBAR; RETROVERSÃO PÉLVICA; ACENTUAÇÃO DOS VALGISMO/VARISMO; DIMINUIÇÃO DO ARCO PLANTAR; 15/03/2016 32 Sistema Nervoso ◦ peso e volume atrofia volumétrico dos ventrículos ◦ Depósito de lipofuscina nas células nervosas ◦ nº células nervosas Córtex dos giros pré-centrais (área motora voluntária) Giros temporais Córtex do cerebelo ◦ Depósito de amilóide nas células nervosas e vasos sanguíneos cerebrais (arterosclerose) 15/03/2016 33 Sistema Nervoso ◦ Degeneração granulo vacuolar Formação vacúolos no hipocampo formação de grânulos em substituição às células degeneradas ◦ Aparecimento de placas senis (argentofílica) e emaranhado neurofibrinar Placas Senis – restos dendríticos, mitocondriais, lisossomos e tecido amilóide ◦ capacidade de sintetizar os neurotransmissores velocidade dos impulsos nervosos de realizar movimentos ◦ Desmielinização das fibras velocidade de condução do impulso nervoso 15/03/2016 34 SISTEMA CARDIOVASCULAR Redução no número, força e velocidade de contração das células miocárdicas; Diminuição na complacência miocárdica - das ligações protéicas; - da água corporal total -fatores ambientais (dieta e tabagismo) no metabolismo basal e consumo de oxigênio conexões neurais centrais e periféricas 15/03/2016 35 ◦ SISTEMA CARDIOVASCULAR ◦ Miocárdio do peso Presença degotas lipídicas no citoplasma da espessura da parede do VE Depósito de lipofuscina e gordura Acúmulos localizados de mitocôndria em degeneração ◦ Nodo Sinoatrial Infiltração de gordura, do conjuntivo e das células musculares ◦ SISTEMA CARDIOVASCULAR – alterações vasculares Aparecimento de placas arterioscleróticas e espessamento das cordas tendíneas; Válvulas mais fibrosas e calcificação nas cúspides da esclerose, espessamento e depósito de placas Acumulo de lípidios 15/03/2016 36 Vasos sanguíneos ◦ Aorta Dilatação e do diâmetro interno das fibras elásticas e do colágeno Deposição de cálcio ◦ Outras artérias Arteriosclerose de depósito de tecido fibroso Incompetência das válvulas venosas do retorno venoso da pressão hidrostática Edema periférico 15/03/2016 37 Sistema Respiratório ◦ Caixa Torácica Importante para mecânica respiratória Desaparecimento das articulações sinoviais entre esterno e cartilagens costais – calcificam Cartilagens costais constituídas por condrócitos e matriz uniforme, fibras colágenas finas e proteoglicanas. Com o envelhecimento Degeneração dos condrócitos do nº de condrócitos Espessamento das fibras colágenas depósito de cálcio Cartilagem rígida Sistema Respiratório ◦ Caixa Torácica Desaparecimento da fibrocartilagem entre o manúbrio e o corpo do esterno complacência torácica; ◦ Pulmão superfície total dos alvéolos Alvéolos dilatados Alvéolos normais Alvéolos fundidos – cistos- devido à ruptura dos septos inter-alveolares da elastina 15/03/2016 38 15/03/2016 39 Menor habilidade para à tosse. Mais suscetível à infecções. Crepitação bibasal comum Ausculta pode ser muito difícil. Dimuição do clearançe mucociliar 15/03/2016 40 SISTEMA DIGESTIVO Prejuízos na capacidade digestiva e absortiva e alterações no metabolismo dos nutrientes: Atrofia da mucosa gástrica com produção de ácido clorídrico e de fator intrínseco; do tempo de esvaziamento gástrico; Atrofia da mucosa intestinal Constipação é comum. na atividade física; Imobilidade; nos movimentos peristálticos; do tônus da musculatura abdominal; Baixo consumo de alimentos ricos em fibras e água; Processos patológicos e uso de medicamentos 15/03/2016 41
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