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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE PEDAGOGIA Contação de histórias Alunas: Cintia Silva da Silva RA 1416470 Fernanda Kanareki RA 1405385 Tubarão 2016 Alunas: Cintia Silva da Silva RA 1416470 Fernanda Kanareki RA 1405385 Contação de histórias Trabalho apresentado como requisito parcial a Disciplina Projetos e Práticas de Ação Pedagógica, do Curso de Pedagogia, da UNIP sob a Orientação do professor: Natane De Almeida. Tubarão 2016 Tema da aula: A arte de ler e encantar no espaço escolar Área e conhecimento: Língua Portuguesa - Literatura Público- Alvo: Maternal II (crianças de 4 a 5 anos de idade) CONTEÚDO: Histórias infantis. JUSTIFICATIVA A literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significante. E nessa faixa etária que surge um grande interesse por histórias de bruxas, fadas, príncipe, princesas, lobos, animais. E na relação lúdica e prazerosa da criança com a obra literária que formamos o leitor e o escritor. Através de experiências felizes com as histórias, os contos clássicos infantis, que a criança tem a possibilidade de interagir e adquire a capacidade de entendimento do mundo em que vive, possibilitando a construção do seu próprio conhecimento. SITUAÇÃO- PROBLEMA: Por que trabalhar a criatividade, a imaginação e a comunicação através da contação de histórias? Qual a contribuição do lúdico e da dramatização no processo de formação das crianças? A importância de se trabalhar com contação de histórias na Educação Infantil. OBJETIVOS Objetivo geral: Proporcionar momentos de prazer através da leitura, estimulando assim a linguagem oral, favorecendo a aplicação e ampliação do vocabulário. Objetivos Específicos: Participar de situações de leitura; Apreciar e ter atenção nos momentos de contação de histórias; Valorizar a leitura como fonte de prazer e entretenimento; Expressar-se por meio de desenhos, pinturas e colagens; Dramatizar histórias, por meio de expressões orais e dança; Descrever cenários e personagens; Refletir sobre sua identidade (Quem sou eu?). EMBASAMENTO TEÓRICO O projeto trará a importância do ato de contar histórias no espaço escolar para a formação do futuro leitor. Acredita-se que esta seja uma atividade necessária e indispensável no processo de desenvolvimento da criança, pois a contação de histórias auxilia e contribui na formação humana e, por isso, necessita ser valorizada e desenvolvida no ambiente escolar a fim de desenvolver a imaginação, a atenção, a memória, a linguagem, o prazer pela leitura e outras habilidades humanas, além de contribuir no processo de aprendizagem e socialização da criança. Isto posta, quão o ato de contar histórias na educação infantil favorece a aprendizagem e contribui para intensificá-la no intuito de analisar como o professor pode inserir a narração de histórias na sala de aula, para que seus alunos desenvolvam o interesse pela leitura; e também sobre a relevância da leitura no âmbito da Educação Infantil. [...] a história é importante alimento da imaginação. Permite a auto-identificação, favorecendo a aceitação de situações desagradáveis, ajuda a resolver conflitos, acenando com a esperança. Agrada a todos, de modo geral, sem distinção de idade, de classe social, de circunstância de vida. Descobrir isso e praticá-lo é uma forma de incorporar a arte à vida [...] (COELHO, 1997, p. 12). O homem, desde as suas origens pré-históricas, procurou se comunicar ou marcar sua presença no mundo através de uma determinada escrita, ou seja, uma forma concreta de registrar sua fala e fazê-la perpetuar no tempo. Usava vários suportes físicos para registrar suas mensagens: pedras, tabuinhas de argila, peles de animais, o córtex das árvores, junco, chifres, todos os materiais extraídos da natureza e com o auxílio do buril. Sendo assim, a história das culturas e o modo pela qual elas foram sendo transmitidas de geração para geração, verificamos que a literatura foi o seu principal veículo. Literatura oral ou literatura escrita foram às principais formas pelas quais recebemos a Tradição que nos cabe transformar, tal quais outros fizeram, antes de nós, com os valores herdados e por sua vez renovados. A literatura em especial a infantil tem uma tarefa fundamental a cumprir nessa sociedade em transformação: a de servir como agente de transformação, seja no espontâneo convívio leitor/livro, seja no diálogo leitor/texto estimulado pela escola. (COELHO, 2009, p.15). A literatura infantil apresenta aspectos possíveis de serem dinamizados, entretanto, tem sido usada de forma inadequada no espaço escolar, tendo funções utilitárias, assumindo um papel de abordagem e controle sobre as crianças. Tal situação não deve acontecer de forma alguma, pois a literatura deve ser “arte” deve sempre ser estimulante, desafiadora e lúdica. Com a origem da literatura infantil, sua relação com o ensino e com o processo de aprendizagem e desenvolvimento do ser humano, é um ponto essencial a contação de histórias no espaço da educação infantil e a importância do planejamento e execução dessa prática na rotina escolar para o desenvolvimento do indivíduo em formação. Segundo Cunha (2006), quando se leva o livro à infância, pretende-se criar hábitos de leitura, empregando a literatura como forma de enriquecimento, pois, a leitura é uma forma ativa de lazer e exige um grau de consciência e atenção com a participação do leitor, diferente de outras formas de lazer que propiciam repouso e alienação. A referida autora afirma que é imprescindível que a escola procure desenvolver no aluno formas ativas de lazer, incentivando-o a tornar-se crítico, criativo, mais consciente e produtivo. Neste sentido, acredita-se que a literatura tem papel relevante neste aspecto, pois além de ser forma de lazer, auxilia no desenvolvimento do sujeito. É fundamental que a criança possa vivenciar a palavra e a escuta em todas as suas possibilidades, explorando diferentes linguagens, capturando-as e apropriando-se do mundo que a cerca, para que este se desvele diante dela e se torne fonte de interesse vivo e permanente, fonte de curiosidade, de espantos de desejos e descobertas, numa dinâmica em que ela se socialize e se manifeste de forma ativa, cri (ativa), (particip) ativa em qualquer situação, não apenas “recebendo” passivamente, mas produzindo e (re) produzindo cultura (JORGE, 2003, p.97). O professor tem papel fundamental na mediação entre a criança e a literatura. A literatura é para ser lida e, como leitura, ser vivida. Neste sentido, cabe ao professor incluí-la em seu planejamento, pois ele que traçará os passos iniciais no ambiente escolar, incentivando e apontando a curiosidade das crianças e auxiliar para desenvolver o hábito da leitura na criança. Na educação infantil espera-se que a linguagem oral seja de suma importância e fundamental para o desenvolvimento psicológico, social e cultural da criança, pois é através das relações pessoais que a criança se desenvolve, e tem sua colocação e participação nas práticas sociais. Deve-se trabalhar a oralidade de dois pontos: a primeira é a comunicação que é estabelecida com base na linguagem que a criança já domina, ou seja, quando a criança entra na escola, já é capaz de dialogar, narrar fatos e histórias, brincar com colegas e adultos, pedir ajuda etc; e o segundo se trata do uso da linguagem como um importante mediador do conhecimento letrado, visto que a escola de educação infantil para crianças de famílias pouco escolarizadas talvez seja a mais importante instituição no sentido de ter acesso ao mundo letrado. Por este motivo, o professor deve conhecer e valorizar a linguagem que a criança traz, e a partir dela orientá-la e ensiná-la a forma correta. Leitor que relaciona com a literatura pela via do prazer estético e como exercício de vida. Leitor que, sendo educador, apresenta a literatura para as criançascomo brincadeira levada a sério, uma brincadeira que, partindo da palavra acontece “dentro da cabeça”, pondo em ação o corpo, a razão e a sensibilidade, numa relação plena do ato de conhecer. (BATTAGLIA, 2003, p.118). Contar histórias é uma experiência e prática significativa tanto para quem conta quanto quem ouve, entretanto infelizmente, empregado por poucos professores. PERCURSO METODOLÓGICO 1º SEMANA: HISTÓRIA: A JOANINHA DIFERENTE Apresentação do livro: capa, ilustrações; Contação da história de forma lúdica, onde uma das professoras se fantasiará de Joaninha para contação as crianças; No espelho, as crianças observarão as diferenças e semelhanças entre si; Explorar a cor vermelha diariamente, na personagem da história, nos brinquedos, objetos, alimentos e roupas das crianças. Confeccionar viseiras de joaninha para entregar como lembrancinha. Música JOANINHA - Cd Do Re Mi 2º SEMANA HISTÓRIA: O PINTINHO PLIC Apresentação do livro: capa, ilustrações; Contar a história do Pintinho Plic; Apresentar as crianças um pintinho de verdade; Problematização sobre o bichinho: O que ele come; O que bebe; Quantos pezinhos ele tem... Quantas asas... Ele é macio... Cantar a música: Pintinho Amarelinho Explorar a cor amarela diariamente, no personagem da história, nos brinquedos, objetos, alimentos e roupas das crianças. Colar cascas de ovo, em um ovo impresso em papel cartão, Colorir a figura do pintinho, para colar em um palito de picolé e depois colocar dentro do ovo feito de colagem, assim o pintinho estará saindo do ovo (trabalhando o nascimento). 3º SEMANA HISTÓRIA: O PÁSSARO SEM COR Contar a história do pássaro sem cor, com o auxílio do livro ou palitoche (Chapéu). Explorar as cores diariamente, no personagem da história, nos brinquedos, objetos, alimentos e roupas das crianças. Pintar rolinhos de papel higiênico para fazer uma gaiola; Pintar um pássaro impresso em folha, para colocar-mos na gaiola; Confeccionar móbiles com as gaiolas, onde será a morada do pássaro. Será levada a sala um pássaro (canário branco e um colorido). RECURSOS Livros; Espelho; Folhas sulfites, papel cartão; Lápis de cor, giz de cera, guache, pincel; CD de música, rádio; Casca de ovo, palito de picolé; Palitoche; Rolo de papel higiênico, cordão. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Como foi especificado na metodologia nosso projeto terá duração aproximada de 3 (três) semanas, mas sempre respeitando o momento da criança e podendo sofrer alterações. AVALIAÇÃO A avaliação será processual e diagnóstica, para conhecer o desenvolvimento da criança, considerando a participação, o envolvimento e o desempenho na realização das atividades propostas. Serão observados durante todo o processo de forma qualitativa. A avaliação irá contemplar os objetivos propostos neste projeto, considerando o aluno como um sujeito central no processo de aprendizagem, cada aluno será avaliado individualmente e coletivamente nos trabalhos realizados. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e Prática. São Paulo: Ática, 2006. JORGE, L. S. “Roda de histórias: a criança e o prazer de ler, ouvir e contar histórias”. In: DIAS, Marina Célia Moraes M. & NICOLAU, Marieta Lúcia Machado (Orgs). Oficinas de sonho e realidade na formação do educador da infância. Campinas, SP: Papirus, 2003. BATTAGLIA, Stela Maris Fazio. “A Criança e a Literatura”. In: DIAS, Marina Célia Moraes M. & NICOLAU, Marieta Lúcia Machado (Orgs). Oficinas de sonho e realidade na formação do educador da infância. Campinas, SP: Papirus, 2003. COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria – análise – didática. São Paulo: Moderna, 2009.
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