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CLASSIFICAÇÃO DE BALTIMORE

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CLASSIFICAÇÃO DE BALTIMORE
Tipo I: Vírus de DNA dupla fita, são vírus que em geral tem uma interação maior com a célula hospedeira, porém isso não lhes dá nenhuma prevalência sobre as outras classes. Em geral interagem mais com as enzimas celulares.
Duas fitas de DNA complementares, unidas. Quando o vírus entra na célula e está desnudado, observa-se a replicação do seu genoma, essas duas fitas são separadas e ocorre transcrição formando mRNA’s, e a partir destes, ocorre síntese proteica, gerando proteínas funcionais (enzimas) e estruturais (fazem parte da estrutura do vírus). Em geral todos os vírus de DNA tem sua replicação no núcleo da célula porque se interage um pouco mais se é capaz de “pega” muitas proteínas celulares para sua replicação, então nada mais certo que ter sua replicação no núcleo da célula. Existem exceções! 
Tipo II: Vírus de DNA fita simples. Porém não consigo ter uma polimerase que pegue uma fita de DNA para fazer RNAm, precisa duplicar essa fita para ter a transcrição. Então o primeiro passo é duplicar essa fita e obter a fita completar, a partir disso, dessa fita dupla, ai sim têm-se a transcrição normal para RNAm e a partir daí gerar as proteínas. Essa duplicação pode ser feita por polimerase de vírus, ou polimerase celular, depende do vírus. Bacteriófagos, a maioria deles, se replica pelo tipo I. Vírus de animais são distribuídos em todas as classes. E fitovírus, não existe vírus de vegetal com DNA dupla fita.
 
Tipo III: Vírus de RNA. Composto por fitas complementares de RNA. São vírus que possuem independência maior das polimerases celulares, pois codificam suas polimerases, e essa codificação os obriga a carregarem na sua estrutura a polimerase. Todo vírus de RNA fita dupla vai ter na sua estrutura, no seu vírion a enzima RNA polimerase RNA dependente. Então sempre na estrutura desses RNA’s fitas duplas teremos essa enzima vindo junto. E essa polimerase vai ter uma ação inicial que vai ser uma vez que esse vírus seja desnudado, essa enzima vai separar e duplicar as fitas de RNA. Então o primeiro processo vai ser de duplicação, então duas fitas complementares irão se destacar, neste momento está se liberando os RNA’s de fita positiva (estes positivos que são os RNAm), então a partir destas fitas que ocorrerá a síntese proteica, já servirão de molde para isso. Os RNA’s negativos não, não possuem códons visíveis seguindo a estrutura 5’-3’ de deslizamento do ribossomo para síntese proteica. O RNA negativo serve de molde para as fitas positivas ou para serem empacotados em novos vírions. Funções da fita de RNAm positivas: MOLDE PARA AS FITAS NEGATIVAS, MOLDE PARA SÍNTESE PROTEICA OU SERÃO EMPACOTADAS EM NOVOS VÍRIONS.
Tipo IV: RNA’s simples fitas e positivos. Esses vírus não trazem polimerase, pois estes expressos na célula diretamente já são RNAm+. Então já ocorrerá tradução a partir dessa fita e a partir da tradução ocorre formação das proteínas funcionais e estruturais. A partir dessas proteínas funcionais é que pode-se ter a replicação viral, porque vai ter a polimerase. Então estes vírus dessa classe seguem etapa de replicação com essa diferença, antes da replicação do genoma têm-se uma tradução precoce e dessa tradução precoce segue para replicação do genoma. Qual a estratégia que esse vírus usa para fazer isso? Têm-se nos RNA’s a possibilidade de fazer seguimentação. É interessante, pois já pode clivar algumas fitas que já codificam algumas proteínas especificamente. Nesse caso têm-se RNA único. Todos os RNA’s positivos são únicos. 
Podem ser de classe IV)a de Baltimore, que são de poliproteína. Têm-se no RNA desse vírus que é positivo apenas uma sequência de leitura, apenas uma ORF. Portanto, só haverá formação de 1 proteína, na verdade uma poliproteína. Ela é tão “poli” que na sua estrutura haverá protease, polimerase e proteínas estruturais. Pela formação da poliproteína, quando termina a síntese dessa, essa protease cliva a proteína mais perto que é a polimerase, liberando essa para a replicação do genoma. E a partir dessa polimerase há a replicação do genoma. A sequência que essa polimerase faz quando se liga ao ácido nucleico é diferente, têm-se uma ligação estreita entre o RNA positivo e o negativo. Quando se fala desses vírus, fala-se de intermediários replicativos. Um RNA genômico com polimerase ligada nele, haverão muitas polimerases ligadas sintetizando vários RNA negativos. 
Então a polimerase ao longo do percurso desliza sobre essa fita de RNA+ genômico produzindo RNA-, e encaixa outra, em seguida outra e assim sucessivamente, produzindo RNA- ao mesmo tempo. 
Então intermediário replicativo é quando há uma fita de RNA+ genômico cheia de fitas de tamanhos diferentes de RNA- oriundas desse molde de RNA genômico. 
IV)b: Formação de subgenomas. Nessa estratégia, têm-se o RNA+, esse é o RNAm/genômico, então acontece a produção de uma proteína. Só que esse RNA+ tem várias ORF’s, várias sequências de leitura, orf1, orf2, orf3. Então no momento que o ribossomo se liga ele produz a proteína 1. Porque têm-se um códon de iniciação e um códon de término. Essa proteína 1 é a polimerase, porque sem ela nada mais acontece. A partir dessa polimerase, pode-se ter a síntese da fita complementar do RNA-. Sendo que essa fita de RNA- possui várias regiões promotoras, prom1, prom2 e prom3. Então a partir desta fita de RNA- ocorre o fenômeno de intermediário replicativo. As polimerases produzidas pela fitas de RNA+ se ligam à fita de RNA- cada uma em uma parte, uma no prom1, outra no prom2, outra no prom3, produzindo diferentes tipos e tamanhos de RNA+ que servirá para formação de diferentes proteínas na síntese proteica. 
Tipo V: Vírus de RNA, trás polimerase consigo. RNA polimerase, RNA dependente. Vão ter o genoma de RNA- (não codifica proteína), e trás a polimerase. A partir da fita negativa há duplicação desta fita, gerando o RNA+ que é utilizado na síntese proteica.
Tipo VI: Têm-se fitas de RNA+, não complementares. Nesse caso trás-se uma polimerase especial, então uma vez que o vírus seja desnudado no citoplasma da célula (vírus de RNA se replica no citoplasma), então uma fita dessa de RNA+ vai servir de molde para síntese de uma fita complementar de DNA, fazendo uma transcrição reversa. Porém essa polimerase é multiuso, tem 3 funções, sendo DNA polimerase RNA dependente, é uma RNAse e além disso ela é uma DNA polimerase DNA dependente. No momento que essa enzima sintetiza o DNA, ela cliva o RNA, pois é uma RNAse, então esta enzima desliza sintetizando o DNA e clivando o RNA. Produz um DNA-, pois a fita de RNA era +. Como ela é uma DNA polimerase DNA dependente, sintetiza a partir deste DNA- um DNA+. Esse DNA+ circulariza porque existe nestes vírus uma enzima que é uma ligase, e esse é um RNA típico porque tem a replicação do seu genoma no citoplasma. Mas, esse DNA de fita dupla é carreado por enzimas para o núcleo da célula e penetra no núcleo, se inserindo no genoma da célula. Essa ligase também tem função de integrase e permite a integração do DNA no genoma da célula. Desta integração vai ser produzida por transcrição normal, por polimerase celular os RNA’s positivos e esses RNA’s+ vão codificar proteínas. Vai haver 2 tipos de RNA’s, um vai gerar poliproteínas e outro vai gerar proteínas funcionais. Então a partir da síntese proteica há acúmulo de material viral a partir do acúmulo desse material viral há montagem do vírus. 
Depois que ele se insere no núcleo há uma polimerase celular que transcreve os mRNA’s esses RNA’s são encaminhados para o citoplasma para síntese proteica. Só que além da síntese proteica os RNA’s genômicos serão empacotados em novos vírions. 
Tipo VII: DNA’s de fita dupla que são complementares, mas que passam por alguma fase de ação de uma transcrição reversa, pois codificam transcriptase reversa. Só a enzima que este genoma codifica se liga a este genoma. Será utilizado a RNA polimerase DNA dependente. Esse DNA irá para o núcleo da célula onde será transcrito em mRNA’s por enzimas celulares. Dentre esses mRNA’svai haver síntese proteica que vão formar proteínas funcionais e estruturais. Uma dessas proteínas funcionais produzidas será a transcriptase reversa que terá função de através desse RNA produzido fazer uma transcrição reversa para um DNA- e a partir desse DNA- duplicar para um DNA+ que é o DNA genômico. Com genoma e proteínas é só formar o vírion. 
• Vírus: Termo genérico, tudo é vírus.
• Vírion: Partícula completa infecciosa. 
• Viruzóide: Vírus de vírus. Vírus que depende de um vírus principal/auxiliar.
• Viróide: É apenas uma fita de RNA circular.

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